“Andarahy, um pouco de história e estória …”
Fundado no subúrbio carioca do mesmo nome, no dia 9 de novembro de 1909, o ANDARAHY ATLÉTICO CLUB foi um dos clubes que deixou marcada sua presença nos tempos heroicos do futebol carioca.
De suas fileiras suburbanas saíram alguns jogadores de valor para o futebol do Rio antigo.
E, entre outras coisas, se conta a história de um sapo enterrado no campo do Vasco, por uma figura “folclórica” do clube Arubinha. Esse sapo foi vingança da gente do Andarahy, depois de um revés em 1937, no 2º Turno, para o Vasco, por 12 a 0.
Nessa temporada o Andarahy foi o último colocado no Campeonato da Liga de Futebol do Rio de Janeiro, ano da pacificação nacional.
Seria também o último campeonato em que o velho Andarahy tomaria parte na Divisão Maior do futebol carioca.
Curioso que de um modo geral, na era das cisões, o Andarahy esteve sempre junto com o Vasco, na mesma Liga.
Mas, o fato é que depois dessa “praga”, o Vasco somente seria campeão carioca depois de um longo jejum, em 1945.
O Andarahy iniciou sua participação em Campeonatos da cidade do Rio de Janeiro, em 1916 na então Liga Metropolitana de Sports Athléticos. Nessa temporada o América foi campeão carioca e o clube do subúrbio ficou colocado em penúltimo lugar, com 10 pontos ganhos e 14 pontos perdidos.
Mas, conseguiu a façanha de derrotar o campeão por 1 a 0, no returno, assim como venceu o Botafogo por 3 a 2, e o Fluminense por 2 a 1.
O Andarahy jamais conseguiu derrotar o Vasco da Gama na sua passagem pelo futebol carioca em campeonatos oficiais.
Fonte: texto extraído do jornal Popular da Tarde, dos anos setenta. Obs: O texto não traz o nome do autor.
Arubinha era atacante! Dos bons eu não garanto!!! kkkkkk
Abração irmão!!
Parabéns pra você, meu irmão, por enriquecer o artigo,
agregando essa história aos fatos até então expostos.
Inclusive, por ter esclarecido que Arubinha, na
verdade, se tratava de um atleta do Andarahy. Pois no
texto adicionado isso não havia ficado claro. Dava a
impressão de que o sapo havia sido enterrado por alguém
de Arubinha.
Grande abraço!
Essa história do Arubinha virou folclore.
A história completa é a seguinte:
“Em 30 de dezembro de 1937, havia sido marcada pelo Campeonato Carioca uma partida entre o Vasco e o time do Andarahy. Naquele dia, logo de manhã, começou a chover forte. A chuva não parou, e continuou noite adentro. Normalmente, nessas condições, trocar-se-ia o dia do jogo. Mas não houve transferência. Era um jogo sem importância – todos sabiam que o Vasco iria ganhar. Às nove horas, então, no campo do Fluminense, o Andarahy foi para o jogo. Mas o time do Vasco não aparecia. E os jogadores do Andaraí ficaram ali, no meio do campo, pegando chuva, esperando pelo Vasco, até que, impacientes e encharcados, foram interpelar o juiz, Haroldo Dias da Motta. Mas nada do Vasco. O juiz, então, deu duas alternativas aos jogadores do Andaraí: eles poderiam esperar o Vasco, ou ganharem de W.O. Os jogadores do Andarahy se reuniram, e houve debate. Uns achavam que o time tinha que aproveitar, ganhar pontos que pareciam perdidos; outros já achavam tudo aquilo uma tremenda injustiça com o Vasco. Até que descobriu-se o motivo do atraso: tinha havido uma acidente com o time vascaíno, e muitos jogadores estavam no pronto-socorro. Um caminhão da limpeza tinha batido no carro que levava os jogadores do Vasco, e todo o time titular estava no hospital. Solidários com os colegas, o Andarahy resolveu esperar os reservas, que tinham escapado do acidente. Como diriam naquela noite: “O Andaraí sabe que vai perder, mas não faz questão de pontos. Faz questão é da amizade do Vasco”. Um jogador então intrometeu-se na conversa. Era o Arubinha, ponta esquerda do Andarahy. Ele fez um singelo pedido: que o Vasco não abusasse. Afinal, o Andarahy estava há tempos lá no campo, pegando chuva, por causa do Vasco. Não merecia ser goleado por aquele gesto de solidariedade. A maioria dos outros jogadores discordava. Era o time reserva do Vasco, e ainda por cima abalado pelo acidente. Daria Andarahy, é claro. Finalmente o Vasco chegou. E não parecia ter havido acidente nenhum: terminado o primeiro tempo, o placar registrava 5 a 0 para os camisas pretas. E o Vasco continuou a chuva de gols no segundo tempo, totalizando 12 a 0. Arubinha, então, irritadíssimo por ter pego tanta chuva apenas para ser humilhado pelo time reserva vascaíno, ajoelhou-se e pediu, bem alto, para que, se houvesse algum Deus no céu, o Vasco passasse doze anos sem ser campeão. Dizem que Arubinha não se contentou só com isso. Foi a São Januário e lá enterrou um sapo com a boca costurada, para fortalecer a praga. Os anos então se passaram, e nada do Vasco ser campeão. O campo todo de São Januário foi revirado, mas não se encontrou sapo nenhum. Chegaram a oferecer dinheiro para Arubinha revelar onde enterrara o sapo e desfazer a praga, mas ele se recusava. E afirmava não ter enterrado sapo nenhum. Verdade ou não, o Vasco só viria a ser campeão novamente 8 anos depois, em 1945”. Rsrsrsrrs
São de histórias assim que não encontramos mais no futebol tecnológico de hoje!
Abração e parabéns meu irmão Toninho!!