Passarinho (Mário Piçarra)
O esquadrão do São Paulo Railway A.C. de 1938
Clodô, Mantovani ou Escobar e Passerini. Cipó, Silva e Ulisses. Agostinho, Passarinho, Carlos Leite, Vani e Junqueirinha.
Passerini veio da Portuguesa de Desportos, onde tinha sido campeão em 1935. Agostinho, o ponta-direita, foi para o Corinthians, onde jogou dois anos como titular. Carlos Leite assinou com o Vasco da Gama e Junqueirinha havia feito seu nome no São Paulo da Floresta.
Toda a força da equipe se concentrava no futebol da linha média, com os passes perfeitos de Cipó (ex-Corinthians), o mais técnico de todos. Silva era incomparável no jogo alto e era comum a sua cintura ficar na altura da cabeça dos adversários, nesse tipo de disputa. E Ulisses era um marcador intolerável.
Tudo isso fazia parte do sistema de jogo do técnico Caetano de Domenico, chamado de “cerradinha” pelos cronistas da época, ou a marcação homem a homem, dos dias de hoje.
Passarinho começou em 1935 e terminou em 1948, quando o clube já se chamava Nacional Atlético Clube.
Foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1945, com 17 gols, ao lado de Servílio de Jesus, do Corinthians.
Chutando com os dois pés, de fora da área, de preferência. Habilidoso nos passes e, mesmo sem velocidade, destruiu no primeiro turno do campeonato daquele ano todas as defesas, com os seus 14 gols. No segundo turno, porém, quando o seu cartaz havia crescido, foi marcado de tal forma que só conseguiu marcar 3 gols.
Passarinho conquistou pelo S.P.R. AC o torneio início de 1943 e o Campeonato Paulista de Segundos Quadros de 1937.
Foi ele quem recebeu o diploma do primeiro “Belfort Duarte”, concedido no futebol brasileiro, pelas cem partidas que disputou, sem sequer ter sido advertido.
Apesar de diversas investidas de outros clubes, tais como o São Paulo, Vasco da Gama, Canto do Rio e Botafogo FR, Passarinho nunca mudou de clube.
Encerrou sua carreira em 1948, sendo considerado o maior ídolo da história do clube.
Fonte: Jornal da Tarde e meu acervo
Valeu irmão!
Tem-se que se louvar um atleta dessa estirpe,
nada comum nos dias de hoje.
Grande abraço!
Muito bacana meu irmão!
Como já diz o velho ditado:
“Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar”. Rsrsrsss
Abração!!