São Paulo 1991, Palmeiras 2003 ou Corinthians 2008?

O Corinthians praticamente garantiu o acesso para a elite do futebol
brasileiro. E nos botequins a pergunta comum agora é a seguinte: Quem foi
mais eficiente dos times que já disputaram a Segundona? Aqui, estão separadas
três forças paulistas que já viveram o drama do rebaixamento, mas que
conseguiram dar a volta por cima: o São Paulo, que disputou a Segundona ( em termos ) do
Paulistão de 91, o Palmeiras, vencedor da Série B do Brasileiro de 2003, e o
Corinthians, que faz, em 2008, brilhante campanha na mesma Série B nacional.
Como sou detalhista, não fiz questão apenas de escalar os times com 11
jogadores. Também “selecionei” os principais suplentes. Então, vamos
conferir as equipes, escaladas sempre no 4-4-2, pois assim facilita as
comparações (peça por peça). Veja abaixo:

SÃO PAULO 1991 – Time base: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e
Nelsinho; Sidnei, Suélio, Raí e Elivélton; Muller e Macedo. Técnico: Telê
Santana. Seis reservas: Alexandre (promissor goleiro, que morreu em 1992),
Adilson (experiente zagueiro, também usado algumas vezes como volante),
Vitor (lateral-direito), Eraldo (dublê de volante e meia), Rinaldo
(ex-Fluminense e dublê de meia e ponta-esquerda) e Baiano (atacante que
depois jogou no Noroeste).

PALMEIRAS 2003 – Time base: Marcos; Baiano, Daniel, Leonardo e Lúcio;
Marcinho Guerreiro, Magrão, Diego Souza e Élson; Edmilson e Vágner Love.
Técnico: Jair Picerni. Seis reservas: Sérgio (goleiro), Glauber (zagueiro),
Corrêa (versátil jogador que atuava na lateral e também no meio de campo),
Fábio Gomes (volante campeão da Copa do Brasil pelo Sport em 2008), Pedrinho
(meia que voltou ao Vasco em 2008) e Muñoz (atacante colombiano).

CORINTHIANS 2008 – Time base: Felipe; Alessandro, Chicão, William e André
Santos; Fabinho (machucado, Fabinho foi substituído por Cristian, mas atuou
na maioria dos jogos), Elias, Douglas e Morais; Dentinho e Herrera. Técnico:
Mano Menezes. Seis reservas: Júlio César (goleiro), Fábio Ferreira
(zagueiro), Carlos Alberto (polivalente jogador que atua na lateral e no
meio de campo), Eduardo Ramos (dublê de volante e meia), Lulinha
(meia-atacante) e Acosta (machucado, mas que atuou a maioria dos jogos do
primeiro turno).

Adversários de cada um

E então: qual time paulista da “Segundona” foi o melhor? Vale lembrar que
alguns dos principais adversários do São Paulo, na espécie de Série B do
Paulistão de 91, foram Catanduvense, Olímpia, Juventus, Santo André, Ponte
Preta, Marília, Sãocarlense e Internacional de Limeira. Já o Palmeiras teve
como principais rivais na Série B do Brasileirão de 2003 equipes como o
Botafogo (vice-campeão), Sport, Marília, Brasiliense, Santa Cruz, Remo,
Náutico e Portuguesa. E agora, em 2008, o Corinthians parece ter como
maiores obstáculos na Série B tupiniquim as equipes do Vila Nova (GO), Avaí,
Santo André, Ponte Preta, Barueri, Bahia, Juventude e Ceará.

Titulares de Telê foram os melhores; Verdão teve mais pedreiras

Em minha opinião, contando apenas os 11 titulares, o São Paulo 91 tem o
melhor time. O Tricolor, que voltou à “Primeirona” do futebol paulista,
tinha ainda Telê Santana.
O melhor elenco (opções para o treinador) é o do Corinthians. E o time que
teve adversários mais duros para retornar à elite foi mesmo o Palmeiras. O
São Paulo, em compensação, enfrentou _exceto raríssimas equipes_ espécies de
“Ilhas Salomão do futebol de campo”, em 1991. Você concorda?

Goleiros de peso

Zetti estava em alta no São Paulo 91. Marcos já era ídolo _há pelo menos
quatro anos_ no Palmeiras, que subiu em 2003. E Felipe ainda é uma esperança
da Fiel, apesar dos terremotos frequentes vividos no Parque São Jorge. Todo
time grande começa por um bom goleiro. Os três parecem ter seguido o velho e
batido ditado.

Estrelas e símbolos

As principais estrelas são-paulinas em 1991 eram Raí e Muller. O Palmeiras
viu despontar em 2003 o artilheiro Vágner Love, que em pouco tempo
conquistou o mundo verde. O argentino Herrera, com seu estilo guerreiro,
pode ser apontado como símbolo do time corintiano 2008.

site Milton Neves
Rogério Micheletti

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