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O sucesso no Corinthians foi tão grande que, em agosto de 2008. o clube lançou a campanha “Manos do Mano”. O objetivo era convencer o técnico a prorrogar o vínculo com o Alvinegro, que terminaria no fim da temporada. Reprodução/Site do Corinthians
Luiz Antonio Venker Menezes, conhecido no mundo do futebol como Mano Menezes, é gaúcho de Passo do Sobrado. Nascido em 11 de junho de 1962, tentou a sorte como jogador de futebol sem muito sucesso. Foi um razoável zagueiro do Guarani de Venâncio Aires entre o final da década de 1970 e o início da de 1980. Mas parou logo para se dedicar ao curso de Educação Física e à carreira de treinador, iniciada em 1986 no SESI do Rio Grande do Sul.
Confira o relato de Mano publicado no blog do Elton Felipe Etges, amigo do treinador e Gerente Comercial do jornal Folha do Mate, de Venâncio Aires-RS.
“Abreviei minha carreira porque não tinha futebol para me realizar. Era zagueiro médio do interior e aconteceu um fato que acelerou minha decisão. Estava jogando no Guarani de Venâncio Aires e chegou um zagueiro rodado, com 12 anos de carreira. E tudo que ele tinha chegou em uma Fiorino. Olhei para ele e pensei: não é o que eu quero. Não vou levar 12 anos da minha vida para encher uma Fiorino. Aquela era a realidade dos clubes pequenos do Brasil. Ainda comparei a qualidade técnica dele com a minha. E eu era menos zagueiro do que ele. Pensei: depois de 12 anos, não vou conseguir encher a Fiorino. Eu tinha 26, 27 anos”.
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Mano, Arthur, Gérson e Biti. Comissão técnica do time de Venâncio Aires-RS. Colaboração do blog do Elton Felipe Etges
Mano seguiu pelas categoriais de base do Guarani de Venâncio Aires, Juventude e Inter de Porto Alegre (também fez estágio no Cruzeiro em 97 com Paulo Autuori). No mesmo ano passou a treinar equipes profissionais no Guarani, tendo dirigido depois Brasil de Pelotas, Iraty, XV de Campo Bom, Caxias, Grêmio e Corinthians, onde estava em 2008. Casado, Mano reside em Porto Alegre e adora literatura. Pai de Camilla, jornalista que reside em Londres, tem como superstição cortar o cabelo antes de partidas importantes.
Os momentos mais importantes de sua vida como treinador ocorreram no Grêmio. Em 2005, estava no banco na histórica batalha dos Aflitos, quando o tricolor bateu o Náutico com sete jogadores em campo por 1 a 0 e retornou para a Série A do Campeonato Brasileiro. Também foi bicampeão gaúcho em 2006 e 2007.
No comando do alvinegro paulista, Mano voltou ao Recife para mais uma “batalha”, desta vez perdida. O Corinthians foi derrotado por 2 a 0 pelo Sport, na Ilha do Retiro, e amargou o vice-campeonato da Copa do Brasil.
Quando passou a dirigir times grandes, o cabelo não parou de cair.
No blog do Elton, Gerente Comercial do jornal Folha do Mate, de Venâncio Aires-RS, está a explicação para a inclusão do apelido “Mano” no nome do treinador. O editor do Folha do Mate, Sérgio Klafke, foi o “culpado”.
“Conheço o Mano dos tempos de futebol amador, Sesi e Verde Bar (o charmoso “boteco” era tocado pelo técnico e pela esposa). Chegamos a jogar algumas poucas vezes contra. Ele no Rosário e eu no Fluminense de Sapé. Ele era esforçado (como eu), limitado como jogador, mas já era quem mandava no seu time dentro de campo. Depois veio para o Guarani como atleta onde foi capitão do título do Estadual de Amadores de 88 e acabou seguindo para a carreira de técnico, que seria o seu destino, trabalhando nos juniores do Guarani. Era época em que eu fazia esportes na Folha e acompanhava de perto o Guarani. O Mano assumiu o profissional em 1997 e eu achava que o nome Mano para técnico tinha pouco impacto. Naqueles tempos o Daltro Menezes, lendário técnico de muitos clubes gaúchos, ainda trabalhava e era respeitado. Como Mano se chama Luiz Antônio Wenker de Menezes, lhe disse que Mano Menezes seria um nome de impacto e passei a utilizar nas reportagens da Folha. E pegou. Não imaginava na época, que 10 anos depois ele estivesse onde está. E ainda vai mais longe.”
Por Marcelo Rozenberg e Fábio Lucas Neves