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Saudades do Rio em que os jogos no Maracanã tinham, com freqüência, mais de 100 mil espectadores e não havia violência.
Onde ainda era possível as crianças, orgulhosas, irem ao estádio carregando suas bandeiras, ao lado pai.
Era o tempo do fusca que aparece ali à esquerda, do radinho de pilha Spica ou Telefunken, carregado sem temor pelo pai, do Conga e do “short” do menino.
Era o tempo do bom futebol, de Garrincha, Didi, Newton Santos (depois virou Nilton), Quarentinha, Zagalo, Sabará, Pinga, Almir, Delém, Paulinho, Belini, Valdo, Telê, Maurinho, Castilho, Pinheiro, Joel, Dida, Dequinha, Indio, Babá, Evaristo, Zózimo, Calazans, Alarcon, Canário e tantos outros.
Era o tempo em que os árbitros ainda eram “juízes”, tais como Mario Vianna, Gama Malcher, Eunápio de Queirós (o “Larápio de Queirós”), Amilcar Ferreira, Frederico Lopes.
Era o tempo em que a Suderj era a Adeg (Administração dos Estádios da Guanabara), em que o alto-falante a toda hora anunciava “a Adeg informa, no Pacaembu, gol do Santos (e após um pausa) …Pelé”, em que o cachorro-quente e o Chica-Bon faziam a alegria de todos.
Era o tempo de pegar o lotação Lins-Lagoa ou os ônibus Grajaú-Leblon ou Barão de Drumond-Leblon, de sonhar com a vitória do seu time, de ver quem ganharia o moto-rádio ou seria escalado na “seleção da rodada” (para ganhar um relógio Mondaine), de ler a coluna “Penalty” do Otelo Caçador.
Era o tempo da Charanga do Jaime, do talo de mamona do Ramalho, de ver a Dulce Rosalina comandar a torcida do Vasco e o Tarzan a do Botafogo, de espirrar com o pó-de-arroz lançado pelos tricolores.
Era o tempo de milhares de vagalumes na arquibancada (quando os fósforos eram riscados para acender os cigarros), da bola G-18 marron, do “garoto do placar”, da arquibancada de concreto áspero.
Era o tempo de ouvir o Valdir Amaral, o Doalcei Camargo, o Oduvaldo Cozzi, o Jorge Curi, o Orlando Batista, o Clóvis Filho.
Era um tempo bom.
Fonte: Fotolog Saudades do Rio