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O Craque: Badeco
Ivan Manoel de Oliveira, o Badeco, nasceu a 15 de março de 1945.Ex-volante do Corinthians, América do Rio, Portuguesa, Comercial de Campo Grande e Juventude, nos anos 60 e 70, é delegado da Polícia Federal aposentado, é presidente da Cooperativa Craques de Sempre, Difusor de Esportes da Prefeitura de São Paulo e mora em São Paulo (SP) no bairro da Horto Florestal, zona norte.
O principal momento da carreira profissional de Badeco aconteceu em 1973, quando conquistou o título paulista pela Lusa. Naquele ano, o caneco foi dividido com o Santos, após uma presepada do ex-árbitro Armando Marques, que se confundiu na decisão por pênaltis.
Durante 14 anos como jogador profissional (64 a 78), Badeco se notabilizou por ser um volante clássico de toque refinado. Não conseguiu defender a Seleção Brasileira pois na época haviam outros grandes jogadores na posição, como Clodoaldo, um dos destaques do grupo tricampeão do mundo.
Passagem rápida pelo Timão
Badeco fez mais sucesso mesmo com as camisas do América do Rio e da Portuguesa, mas chegou a vestir a corintiana. O ex-volante defendeu o Timão em apenas dois jogos e não marcou nenhum gol. Ele jogou pelo alvinegro em amistosos. O primeiro foi na vitória sobre o Bragantino, por 4 a 0, no dia 21 de setembro de 1967. E o segundo, seis dias depois, no empate com o Paulista, por 1 a 1, no dia 27 de setembro de 1967.
Badeco iniciou sua carreira no América, de Joinville, em Santa Catarina. Depois defendeu o Corinthians, o América, do Rio de Janeiro e, em 1973 retornou a São Paulo para jogar na Portuguesa.
Um dos grandes ídolos da Lusa, Badeco teve a carreira abreviada em razão de um “carrinho” dado pelo ex-jogador Paulo Roberto Falcão. “Eu jogava pelo Juventude, de Caxias do Sul, e estávamos enfrentando o Internacional, de Porto Alegre. Num lance enquanto protegia a bola o Falcão me deu um carrinho e rompi o tendão de Aquiles. Apesar da gravidade da contusão, não vi maldade no lance. Eu acredito que o meu tendão já estava com problemas pois alguns dias antes tinha feito duas infiltrações para aliviar as dores.”
Badeco tem uma dívida de gratidão com o ex-jogador Marçal e o volante Dino Sani. “O Dino me orientou muito nos treinos, no Corinthians. Ele me posicionou. Dizia que assim não precisaria correr tanto. Falava da importância da preparação física e da maneira como deveria encarar a profissão. O Marçal cobrava o estudo. Na época, às vezes, ficava irritado com essas recomendações. Hoje dou muito valor aos dois”.
Além dos clubes que defendeu, Badeco tem um carinho especial pelo Fluminense e pelo São Paulo. “O meu pai era jogador de futebol do América, de Joinville. Eu tinha uns quatro anos e o Fluminense do Rio foi na minha cidade enfrentar o América. Depois da partida o meu pai ofereceu um churrasco para a delegação do Fluminense. O Didi compareceu e me deu a sua camisa . Em 1957 ocorreu a mesma coisa. O São Paulo foi a Joinvile e depois do jogo o pessoal foi em casa e o Zizinho me presenteou com uma camisa”, recorda Badeco.
Quem se depara com aquele negro esguio, sempre elegante, 1m86 de altura, barba grande, fala mansa e português correto, nem de longe imagina as dificuldades que teve de superar para chegar até onde se encontra hoje.
LEMBRANÇAS DE UM CLÁSSICO
No dia seis de agosto de 1970, numa quinta-feira, Vasco da Gama e América se enfrentaram no Maracanã pelo primeiro turno do campeonato carioca com os rubros saindo vencedores pelo placar de 3 tentos a 1. Nesse ano o C.R. Vasco da Gama foi o campeão carioca depois de uma espera de 12 anos.
Súmula do clássico com Badeco em campo.
VASCO DA GAMA(RJ) 1 X 3 AMÉRICA(RJ)
Data: 06 / 08 / 1970
Campeonato carioca
Local: Estádio do Maracanã
Gols: Silva; Tarciso(2), Jorge Cuíca
VASCO DA GAMA: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista, Alcir, Buglê(Willi), Luis Carlos, Ademir, Silva, Gilson Nunes(Valfrido) / Técnico: Tim
AMÉRICA: Helinho, Paulo César, Tião, Aldeci, Zé Carlos, Badeco, Jorge Cuíca(Mareco), Tarciso, Jeremias, Edu(Tadeu), Sarão.
Clubes em que atuou:
América, de Joinville-SC, de 1965 a 1967;
Corinthians, 1967 e 1968;
América-RJ, de 1968 1973;
Portuguesa, 1973 a 1978;
Comercial, de Campo Grande-MS e Juventude-RS 1978.
Principais títulos:
Campeão Paulista,
campeão Taça Governador do Estado e campeão da Taça São Paulo, em 1973.
Vice-campeão paulista em 1976.
Fontes: Site do Milton Neves; Gazeta Esportiva; futebolcarioca2008.blogspot