Bobby Moore – o Incomparável

A cena ocorrida no venerável Estádio de Wembley perante 100 mil torcedores, entre os quais a Rainha Elizabeth II, continua tão viva como naquela tarde cinzenta de 30 de julho de 1966. Booby Moore, o capitão da Inglaterra, ergueu para a multidão a Taça Jules Rimet, no ato final de uma conquista sem precedentes. Ele pouco sorriu. Com o semblante sempre sério e com os olhos azuis fixo no troféu de ouro, se viu engolfado pelos abraços dos companheiros.

Um dos maiores zagueiros de todos os tempos, Bobby Moore disputou os mundiais de 1962, 66 e 70 pela Inglaterra, tendo somado 14 partidas em Copas. Em 1966 foi fundamental na única conquista inglesa de um campeonato mundial.

Dono de uma categoria invejável, reinou soberano na defesa inglesa por 11 anos, até se despedir do selecionado em 1973, depois de disputar 108 jogos. Apesar de sua classe incontestável, jogou apenas por times pequenos da Inglaterra. Fez praticamente toda carreira no West Ham, entre 1958 e 1974, e depois se transferiu para o Fulham, em 1977. Ainda assim conseguiu ganhar uma Copa da Inglaterra e uma Recopa pelo West Ham.

Onze anos depois, quando Booby Moore saiu de campo pela última vez para entrar nas páginas dos livros da história do futebol, encerrava-se a mais lendária e esplendida época até hoje vivida na Inglaterra. Ele estabeleceu um recorde até agora insuperado de 108 partidas pela seleção inglesa.

Num episódio curioso, acabou preso na Colômbia, local utilizado pela seleção de seu país para os treinamentos antes da Copa do México, em 1970. A história nunca ficou bem explicada. Moore foi acusado de roubar uma peça de uma joalheria, mas acabou inocentado e voltou a se juntar ao grupo quatro dias depois. Faleceu em 1993 depois de uma dura luta contra o câncer.
Revista Placar

5 pensou em “Bobby Moore – o Incomparável

  1. Gilberto Maluf

    Antes de eu mandar algo sobre Beckenbauer, este era o máximo realmente. Carlos Alberto, o capita, falava: as chuteiras do Beckenbauer só gastam do lado. Ou seja, só dava de três dedos ou de trivela.
    Abs

  2. Gilberto Maluf

    Combinado. Mas as vezes nós conseguimos ver os “antigos” jogarem. Eu digitei Brasil 5 x 2 Suecia de 1958 no You Tube e vi 4 minutos de filme de boa qualidade. O Didi, logo no início, pega a bola, dribla um e põe a bola na “caneta” do outro sueco, e de cabeça erguida. Esta elegância lhe rendeu o apelido de Príncipe Etíope.
    Abs
    Gilberto Maluf

  3. Edu Cacella

    Muito Legal,seria interessante vc colocar mais sobre estes jogadores e como os viu ao vivo,para nós que não tivemos esta felicidade seria uma oportunidade única,pq é uma opinião diferente da mídia que os viu jogar que sempre ou é 8 ou 80,ou menospreza ou aumenta demais,acho que o que vc passar nos dará muito mais noção de realidade.Exemplos,Beckenbauer,Muller,a Holanda de 74 e muitos outros..Eu só vi mesmo que lembre in loco de 1978 para cá..
    abraços

  4. Gilberto Maluf

    Edu, eu vi o Bobby Moore jogar na Copa de 70. Ele era da “escola” do Gamarra, ou seja, desarmava o adversário pelo processo indolor, como um gentleman.

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