Trocando figurinhas de futebol

As figurinhas de futebol fez-me buscar as lembranças do já longínquo 1960, pelos lados do Bairro da Vila Mariana em São Paulo. Após ter-me lembrado do Álbum da Quigol, fui buscar mais gente que ainda sentem um pouco de nostalgia com o assunto. Segue bate-papo por e-mail entre 6 saudosos colecionadores de figurinhas de futebol.

Eu colecionava figurinhas das balas futebol. Tinha uma
vantagem, eu estudava na escola Roberto Simonsem Rua Monsenhor Andrade (Bras) bem perto da loja A AMERICANA, Rua do Gazometro, fabricante e distribuidoras das balas futebol, de Jordão Bruno Sacomanni.Tirava muitas carimbadas, me lembro do goleiro Gilmar, e do Lima, ponta direita do Palmeiras, duas das
carimbadas. Sai de lá com muitos prêmios. Fui tambem muitas vezes tirar a Abreugrafia (Chapa do Pulmão) no Clemente Ferreira, naquele casarão amarelo da rua da Consolação.Era uma exigência para qualquer coisa que fossemos
fazer. Bons tempos aqueles hein? Mario Lopomo

Ótimos tempos sim Lopomo !!!! (Não voltam mais) Você foi um colecionador “mais moderno” Lopomo, as figurinhas das “Balas Futebol” que eu colecionava eram aquelas do final dos anos 30 e começo dos anos 40,tempos de Tim, Perácio, Batatais e outros (do Rio) e King, Zarzur, Zezé Procopio, Echevarrietta e outros de São Paulo… O Gylmar devería ter uns 10 anos de idade, porém o tempo não importa e sim a brincadeira sadía que nos proporcionava…quanto ao Clemente Ferreira (aquele casarão amarelo) ainda deve estar naquele local…não sei se com a mesma ação benemérita à população em geral. Valeu !!! Abraços do amigo Flavio Rocha

Querido Flavio, começo onde voce termina: e assim, todos nós, fomos
vivendo.A sua história é igual a nossa e de muita gente que, como seu e o meu pai vieram do interior tentar a sorte a São Paulo. Através desta decisão deles, São Paulo tornou-se nosso ponto de referência. O Buenos Aires, acho que ainda existe, no mesmo lugar, quase em frente a Estação Santana do Metro.Obrigado
Flavio e foi assim mesmo que fomos vivendo. Um 2008 maravilhoso! Marco
Antonio .

E as balas? . Eram brancas, não eram? Meu álbum, na página do São Paulo Futebol Clube, agrupava os seguintes jogadores: Mario, Saverio, Mauro, Bauer, Rui, Noronha, Leonidas, Ponce de Leon, Remo, Teixerinha (não lembro de todos…), e na página do Palmeiras: Oberdan, Caieira, Turcão…Lima…e, se engano não houver, o fabuloso Lula, coice de mula – pelo chute violento e certeiro – e figurinha carimbada. Do Corinthians, lembro de um certo jogador bigodudo, conhecido como “cabecinha de ouro”, Balthazar, se bem me lembro. Acho que a coleção do Lopomo é posterior. E a
tua, Flavio, anterior. Será que a minha coleção datava dos anos 40/50?
Lary Ramos Coutinho –

Morando na rua Alfandega, pertinho da rua do Gasômetro, ia sempre na
“bolsinha” na porta da A Americana, onde se fabricava as Balas Futebol,
trocando, comprando e jogando “bafa-a-bafa” com outros garotos. Seu pai trabalhou na Lacta, na José A. Coelho. Muito tempo? A Lacta foi um grande cliente, vendi muita embalagem de Sonho De Valsa, Diamante Negro, Bis etc. já na Barão do Triunfo. Flávio, seu texto é, no mínimo, FABULOSO, um passeio encantador pelas alamedas da saudade. Rodar pião, balas Futebol, empinar pipas, brincar de “mãe da rua” uma-na-mula, pega-pega, palha-ou-chumbo, chocar caminhão etc…. pela mãe do padre, v. só causa mal-estar ao meu coração mas, continue, por favor. Vamos continuar gozando nestes retornos a
nossa meninice. Um ótimo e feliz Ano Novo, extensivo a toda sua família.
Abraços. Modesto

Colecionei figurinhas Balas Futebol de 1950 a 1956. Quando Gilmar era
figurinha carimbada estávamos em 1955. Como o “Girafa” nasceu em 1930, ele estava com 25 anos. LARY: Realmente, as balas futebol eram brancas. E açucaradas e mastigáveis, como disse a nossa colega, Bernadete. No time do São Paulo que você escalou, faltou somente o Friaça. Depois vinha Ponce de Leon, Leônidas, Remo e Teixeirinha. No Palmeiras o Lula aquele ponta direita que tinha o apelido de “coice de mula” era de 1947, deve ter ido um pouco mais alem, jogando pelo Palmeiras. Oberdã, Turcão e Palante. Waldemar Fiume,
Luiz Villa e Sarno. Lima, Canhotinho. Aquiles, Jair e Rodrigues. É de 1950. Flavio.
Mario Lopomo

Caro Flavio, eu também colecionava balas futebol, e jamais, jamais consegui completar um album, era impossível, tinha as dificeis, não eram carimbadas, só dificeis, tinha as carimbadas que eram dificilimas, e tinha uma que era o distintivo da CBD, era impossivel, acho que tinha umas duas ou tres, porque ninguem conseguia completar o album.Tinha um jogador que era figurinha dificil que morou ao lado de minha casa, o Elson do Nacional da Comendador Souza.Agora, realmente, as balas eram intragáveis de tão doce, jogavamos
fora. Abraços e um 2008 com bastante figur..quero dizer sucesso.Beira

Um comentário em “Trocando figurinhas de futebol

  1. Marcos Falcon

    Lembro-me do dia em que minha mãe me deu dinheiro para cortar o cabelo. Eu tinha 7 anos deveria então ser 1958. Passei na casa de dois primos mais velhos e falei que iria cortar o cabelo. De imediato eles sugeriram que eles mesmos poderiam cortar meu cabelo e utilizarámos o dinheiro para comprar balas de figurinhas.”dava pra comprar muita bala”. Um cortou de um lado enquanto o outro cortou do lado oposto e tudo ao memso tempo.
    Conclusão: Compramos um monte de balas e 90% eream de figurinhas repitidas que serviam apenas para jogar bafo.
    Eles colocaram um pano enrolado na minha cabeça p0ara minha mãe não ver a tragédia. Alem de ter que rapar careca para corrigir o estrago aida leivei uma sapecada daques. Os primos passarma meses fugindo de meu pai.
    Tembo bom, não volta mais, saudades…….!!!!

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