Tomando como base o relato de Edu Cacella, Santa Cruz Tricampeão Pernambucano em 1933, onde Zeze Fernandes sentou na bola, lembrei-me de Luisinho que ganhou o apelido de pequeno polegar devido seus 1,64m de altura. A origem deste apelido veio da lenda/estória sobre uma família de camponeses pobres, onde o filho caçula nasceu tão pequenininho e fraquinho, que foi sorte sobreviver. Ganhou por isso o apelido de Pequeno Polegar. Ele era pequeno, porém muito esperto, sempre aprendendo e fazendo brincadeiras novas com seus irmãos. Igualmente se deu com o Luisinho. Quem teve o privilégio de vê-lo jogar no início dos anos 50 jogando pelo Corinthians se encantou com sua habilidade com a bola. Gostava de abusar nos dribles e suas graças no trato da bola fazia com que a torcida o adorasse. Igualzinho ao pequeno polegar, gostava de aplicar novos dribles.
Desde menino sempre ouvia falar que ele tinha sentado na bola contra o gentleman, o educadíssimo e refinado argentino Luis Villa, jogador do Palmeiras, verdadeiro cavalheiro. Nos últimos tempos comentou-se que foi apenas uma lenda. Oras, se alguém teve a coragem de acertar uma tijolada no Gino Orlando, grandalhão centroavante do São Paulo, não sentaria na bola frente ao Luis Villa? Dizem que depois desta tijolada o Gino começou a jogar uma barbaridade. Já imaginaram se o Gino jogasse no time de superticiosos do Botafogo do Rio ? Haja tijolada.
A tijolada aconteceu por uma coincidência. O Alfredo Ramos tinha quebrado a perna no clássico Corinthians x São Paulo, num choque com o ponta Maurinho. Os dois tinham ido visitar o Alfredo e se cruzaram na rua. Gino fez um desacato e Luisinho ficou na tocaia esperando o retorno e mandou-lhe uma tijolada. As más linguas falavam que o Luisinho estava sendo “enganado” e coisa e tal. Mas páro por aqui. Era o que se ouvia. Eu ouvi. Se foi maldade das pessoas eu não sei. O que eu sei é que a tijolada foi real tanto quanto a sentada na bola.
Abs
Gilberto Maluf
Luisinho – o Pequeno Polegar
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