Os radialistas do Rio e SP – E-mail entre carioca e paulista

E-mail do Carioca Jairo
Na década de 50 a emissora que somente tratava de esportes era a extinta
Rádio Continental e onde trabalhava Oduvaldo Cozzi. A emissora mais potente
era a rádio Nacional, ( a TV Globo da época) líder absoluta de audiência. Os
titulares eram Antônio Cordeiro e Jorge Cury. Era uma transmissão difícil
porque um deles ficava com a defesa e outro com o ataque, de cada um dos
times. Quando a bola passava do meio de campo o outro assumia e creia eles
não se atrapalhavam. Luiz Alberto era o terceiro na hierarquia daí vc.
estranhar o nome.
Orlando Baptista e Jorge Cury eram os que tinham a vozes mais possantes.
Orlando Baptista não se destacava tanto porque talvez fosse negro e ainda
ainda como conseqüência trabalhava numa emissora fraquíssima que eu acho que
nem existe mais: a Rádio Mauá, com o slogan: a emissora os trabalhadores.

Eu quando garoto adorava a transmissão do Jorge de Souza e não gostei quando
ele sumiu. Só depois e agora vc. confirmou soubemos que tinha ido para a
capital da Paulicéa. Era como tratavam a capital de S. Paulo

Gilberto o n. de bons locutores era tão grande e bom que esqueci do meu
amigo, Celso Garcia, com o seu famoso bordão: atenção garoto do placar de
Maracanã coloque ( o placar era manual) um para o Bangu, zero para o
Corinthians. Pelo menos na narrativa o Bangu venceu. Gostou da brincadeira?
Um abraço,
JLS

E-mail do Paulista Gilberto
Mas de São Paulo eu tenho muitas saudades de Edson Leite. Eu não esqueço suas narrações
do tipo: O meu cronômetro marca…. 20 minutos …placar no Pacaembu…1 x 0 , O Santos vence.
A copa do mundo de 1958 teve editado um Long Play com trechos de jogos com o Edson Leite. Relembrando dois lances e os tipos de narração:
1)Bola com Fontaine que atira para o arrrrrco…seguuuuura Gilmar. Monumental defesa de Gilmar.
2) Bola com Didi, que passa para Pelé que atira para o arrrco…e….gooooooool. Magistral gol de Pelé.
Este Long Play ainda trouxe as músicas da vitória, com os bordões da época: Aleguá, Aleguá, Hurrra, Hurra, Brasil. A música tinha a seguinte letra: Verde amarelo cor de anil…são as cores do Brasil…..vencemos o mundo inteiro….maior no futebol é o brasileiro. Salve a CBD, jogadores, diretores, salve ò raça varonil campeão do mundo…Brasil.
Já Fiori Gigliotti tinha estilo peculiar e o diferente era quando
tínhamos escanteio. Aí quem narrava era o repórter de campo, normalmente o
Roberto Silva, o “Olho Vivo”.Como eu sempre digo: quem viveu a sua juventude nos anos 40/50,
certamente têm muitas saudades. Eu peguei apenas um trechinho. Mas foi bom.
Grande abraço
Gilberto Maluf

2 pensou em “Os radialistas do Rio e SP – E-mail entre carioca e paulista

  1. Marcos Falcon

    excelente Gilberto adorei sua contribuição para o blog.
    Realmente nós ficamos com saudades da tompo do futebol romantico.
    Abraços
    Marcos Falcon

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