Associação Atlética XI de Agosto – Tatuí (SP)

Na data de 11 de agosto de 1929 foi fundado o XI de Agosto Futebol Clube, em homenagem ao aniversário da cidade de Tatuí/SP.

O 1° presidente indicado, de forma extraoficial, pois o grupo ainda não possuía um estatuto, foi Procedino de Almeida, o Dingo.

O presidente, que era bancário, não chegou a assumir e acabou deixando o cargo para o vice-presidente Frederico Holtz, depois de ter sido transferido de agência.

O grupo já pensava em organizar um estatuto e em registrá-lo na Federação Paulista de Futebol. Para tanto, foi convidado o advogado Chichorro Netto, que elaborou o estatuto.

Ao apresentar o documento para aprovação em assembleia, realizada no Clube Recreativo Onze de Agosto, Chichorro Netto demonstrou que o estatuto já previa possibilidades mais auspiciosas.

Os jogadores do XI de Agosto e alguns torcedores aprovaram o estatuto por unanimidade. O documento já denominava a equipe de Associação Atlética XI de Agosto, prevendo que o time pudesse crescer e suas atividades viessem a ser ampliadas.

O Estádio Dr. Gualter Nunes começou como um campinho de várzea. No mês de junho de 1930 o campo foi fechado com tábuas, para ser construída uma arquibancada.

O 1° jogo foi realizado na data de 11 de agosto daquele ano contra a Associação Atlética Pindorama, mas sua inauguração oficial deu-se cinco anos depois, em 11 de agosto de 1935, contra o Palestra Itália (atual Sociedade Esportiva Palmeiras), e terminou com o empate em 1 a 1.

O terreno onde está situado o estádio, foi conseguido através da influência de Gualter Nunes, que obteve a doação da área.

O terreno primeiro foi doado a Gualter Nunes que, depois, oficializou doação à Associação Atlética XI de Agosto. A oficialização ocorreu somente no ano de 1946.

O empenho de Gualter Nunes fez com que ele, mesmo não sendo associado agostino, se tornasse o presidente do clube de 1933 a 1935 e 1938 a 1939.

A mascote do clube é a Égua Vermelha. Sua história é um tanto curiosa.

O XI que disputava o Campeonato Amador de Futebol do Interior do Estado de São Paulo no ano de 1957.

Quando se preparava para embarcar para mais um jogo em outra cidade, seus torcedores, que estavam em um bar local, ficaram perplexos ao perceber uma agitação anormal na cidade.

Logo, um andarilho gritou: “a égua vermelha tá morta!“. De fato, havia sido atropelada uma égua de cor avermelhada no centro da cidade.

A torcida adversaria aproveitou o caso para provocar: “A égua vermelha do XI vai morrer“, brincando com a cor do uniforme do XI.

No entanto, o XI venceu o jogo e o campeonato, e sua torcida, em comemoração, gritava “A Égua Vermelha Nunca Vai Morrer“.

E desde então, a torcida e o clube passaram a adotar a égua como mascote.

TÍTULOS

Dentre seus principais títulos estão o tricampeonato amador da LITAFU (Liga Tatuiana de Futebol) nos anos de 1940, 1941 e 1942;

Bicampeão Munhicipal de Futebol Varzeano em 1957 e 1958;

Campeão do Campeonato Municipal de Futebol Varzeano em 2003.

 MEMÓRIAS DO XV

Tatuí do XI de Agosto

O XI de Agosto conquistou em 1957 e 1958 o bicampeonato amador do Estado de São Paulo, que nessa ocasião não era pouca coisa. 

O feito do time da égua vermelha foi tão grande que lhe valeu uma menção até mesmo no hino de Tatuí

No estribilho do hino, vem a lembrança de “Tatuí do XI de Agosto”. Essa menção advém das glórias do time tatuiano.

O futebol continuava a ser o carro-chefe da Associação Atlética XI de Agosto. Nos anos de 1941, 1942 e 1943, o XI de Agosto conquistou os campeonatos municipais, sagrando-se tricampeão do Campeonato Amador Federado da Litafu (Liga Tatuiana de Futebol).

Durante mais de uma década, as atividades limitavam-se aos jogos de futebol e participação em campeonatos locais e regionais.

No ano de 1953, o XI de Agosto participou do Campeonato Paulista da 2ª Divisão de profissionais, terminando em 6° lugar.

Mas foi nos anos de 1957 e 1958 que o XI de Agosto obteve sua mais alta glória no futebol do interior paulista.

A equipe agostina sagrou-se bicampeã paulista do Campeonato Amador Estadual organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

Utilizando os uniformes nas cores vermelha e preta (ou camisa branca e calção vermelho), o XI de Agosto fez bonito em duas finais consecutivas;

XI de Agosto venceu o Comercial de Araras na final do Campeonato Amador do Interior de 1957 por 3 a 2.

O campeonato foi realizado em 12 de janeiro de 1958, na cidade de Piracicaba.

Há registros da época indicam que a partida foi “de ótima qualidade e os agostinos dominaram o famoso adversário conseguindo logo nos primeiros 30 minutos o resultado de 3 a 0”.

Ainda conforme os registros, os defensores do Comercial diminuíram numa cobrança de pênalti, mas a primeira etapa terminou em 3 a 1.

No segundo tempo, aos 43 minutos, o Comercial assinalou o segundo gol, também em cobrança de pênalti. Placar final: 3 a 2, com gols marcados por Paias e Sato.

Os heróis do Campeonato de 1957 foram: Aldo, Bia, Nicola, Sato, Osmar, Ponce, Paias, Kaquá, Paulinho, Renato, Eurides, Alfeu, Neto e Milton.

Notícias indicam que mais de mil torcedores tatuianos foram até Piracicaba para incentivar os jogadores e conferir a decisão.

No ano seguinte, a conquista do bicampeonato veio sobre o conceituado time do Itatiba Esporte Clube.

O placar do Campeonato do Interior de 1958, nem parecia de final: 7 a 1, tamanha a superioridade da equipe tatuiana.

Em 13 partidas, o XI de Agosto conquistou oito vitórias, dois empates e três derrotas. Marcou 54 gols e sofreu 17, tendo Nicola, com 20 gols, como o artilheiro da competição.

A equipe presidida por PG Meirelles e tendo Oswaldo Avalone como técnico, atuou com Bia, Alfeu, Eurides, Ponce, Sato, Paias, Osmar, Neto, Nicola, Paulinho, Aldo Jonas, Neco, Hioti, Tião, Carvalhinho e Paraguaio.

Essas duas importantes conquistas colocaram o XI de Agosto na história do futebol estadual de São Paulo.

Até hoje nenhuma equipe local conseguiu repetir o feito dos agostinos.

HINO DO XV

Oi quem mora lá?
Sou eu morena,
Oi abre alas;
Que eu quero passar.

Vermelho e preto
Sinal de guerra,
É o nosso Onze
Que estremece A terra

Quando pegamos uma
Bola amarelinha,
Não há defesa
Que segure A nossa linha

Nosso quinteto
Pega o couro e costura.
O Adversário
Olha a Bola e não segura.

FONTES: Acervo de Toninho Sereno – Wikipédia – site do clube 

Este post foi publicado em 01. Sérgio Mello, 03. Toninho Sereno, Escudos, História do Futebol, História dos Clubes Nacionais, São Paulo em por .

Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

Um comentário em “Associação Atlética XI de Agosto – Tatuí (SP)

  1. clacir oliveira

    Alguém sabe se o jogador BIA é natural de Porangaba, e que o jogador Alfeu faleceu no campo em jogo amistoso em Porangaba?

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