Januário de Oliveira, o mago da narração

Januário de Oliveira
Nascimento 12 de Fevereiro de 1940
Alegrete, Rio Grande do Sul
Nacionalidade brasileira
Ocupação locutor (Aposentado)

Período em atividade: 1952 – 1998

Foi um radialista, locutor e narrador esportivo, atuou na Rádio Nacional AM, TVE-RJ (1982-1992) e TV Bandeirantes (1992-1997). Aposentou-se em 1998, quando começou a sofrer de diabetes e ficou cego de um olho. Ainda nesse mesmo ano, narrou algumas partidas da Copa do Mundo pela hoje extinta Rede Manchete.

Principais Bordões

“Taí o que você queria, bola rolando…”, quando o juiz apitava o início da partida ou do segundo tempo.

“Tá lá um corpo estendido no chão”, para o jogador que caía machucado no gramado.

“Lá vem Geraldo e Enéas para mais um carreto da tarde”, quando os maqueiros do Maracanã, Geraldo e Enéas entravam em campo para retirar um jogador machucado.

“Cruel, muito cruel…”, para elogio ao artilheiro após o gol.

“É disso Fulano, é disso que o povo gosta”, para o jogador (Fulano) que acabara de estufar as redes.

“Sinistro, muito sinistro…”, para falha grave de jogador ou árbitro.

“Eu vi, eu vi…”, para algum lance que ninguém viu, somente ele.

“riririkakakaka, o Juiz despirocou…”, para um lance em que o juiz marcou algo de outro mundo

“Acabou o milho, acabou a pipoca, fim de papo”. – Quando o juiz apitava o fim do jogo.

“Elementar, meu caro Addison”, agradecia Januário de Oliveira a Addison Coutinho

Januário de Oliveira narrava exclusivamente os jogos do Rio de Janeiro, numa época em que as equipes que transmitiam as partidas não tinham os velhos vícios do rádio, nem os novos vícios dos profissionais da era do pay-per-view.
Com bordões geniais, Januário ficou famoso na TV Bandeirantes também com os apelidos dados aos jogadores que marcaram os grandes clubes do Rio na década de 90, entre eles Ézio, o “Super Ézio”; o “Príncipe Charles” para o centroavante Charles Baiano (ex-Bahia e Flamengo). Valdeir virou “The Flash”, enquanto o volante Charles do Flamengo recebeu a alcunha de “Charles Guerreiro”. E sobrou também para Sávio, o “Anjo Loiro da Gávea”, além do maravilha “Tá, Té, Tí, Tó, Túlio…” . Januário transformava em diversão o hábito de acompanhar o futebol carioca.
De uns anos para cá, boatos sobre sua morte se espalharam pela cidade, mas o radialista, locutor e narrador garante estar mais vivo do que nunca. “Já me mataram. Fizeram até referência a mim me chamando de saudoso, mas estou vivo. Cheguei a sofrer quatro paradas cardíacas, mas estou aqui, firme e forte. Falaram até que eu tinha amputado uma e até as duas pernas. O que eu já amputei no pé foram as unhas, que corto de vez em quando”, brinca.

Saudades de um tempo não tão distante

Luciano do Valle não era um narrador que trocava os nomes dos clubes e cidades, José Luiz Datena era um bom repórter de campo e Juarez Soares até que era um comentarista chato aceitável. O único defeito era o Elia Júnior, que sempre estampava um sorriso na cara e dizia antes de chamar um intervalo comercial: “não sai daí, é pá e bola”.
Inesquecíveis eram os bordões dos locutores. E Silvio Luiz, o campeão absoluto de sempre. Ele poderia até transmitir uma partida entre Inter de Limeira e União São João que ainda assim era um festival de emoção – ou de risadas. Para cada “olho no laaaaaaanceeee!”, tinha uma menção aos quitutes que eram deixados na cabine da Band. Isso sem falar em “pelo amor dos meus filhinhos!”, “pelas barbas do profeta” e outros. Sensacional foi o dia em que ele refletiu sobre um de seus velhos bordões, “no paaaaaaaau!”, quando a bola batia na trave. “Acho que há muito tempo, as traves já não são mais feitas de madeira, e sim de ferro. Por isso, a partir de agora vou gritar ‘no feeeeeeeeeeeerrrooooo!’”. Impagável. E as narrações de gol? Até hoje Silvio Luiz mantém o padrão.
Januário de Oliveira também foi acompanhado de Gérson (que não ficou atrás e bolou “é brincadeira”), Januário tornava ainda mais divertido o hábito de acompanhar o futebol carioca, numa época em que ele não era tão decadente ainda.

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2 pensou em “Januário de Oliveira, o mago da narração

  1. Gilvanir Alves

    Que curtiui as alegres narrações, jamais esqueceram. Atualmente somos obrigados a ouvir a narração do Galvão Bueno, cheias de besteiras e a sonolência do Luciano do Vale.
    Foi uma pena que Januário se aposentou.
    Uma frase marcante: Tá Lá um corpo estendido no chão.

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