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O Bahia nasceu da desfiliação do Campeonato Baiano, dos times da Associação Atlética e do Bahiano de Tênis. Em agosto de 1930 o desportista Oscar Azevedo tomou a iniciativa de fundar um clube que, por sugestão do Dr. Antunes Dantas, teria o nome de Bahianinho Futebol Clube visando, principalmente, aproveitar os jogadores que estavam à disposição da dissolvição do Bahiano e da Associação, mas esta tentativa deu errado.
Neste mesmo ano, em mais uma iniciativa de um grupo formado por Fernando Tude, Júlio de Almeida, Carlos Kock de Carvalho, Waldemar Costa, Lourival Paranaguá, Juju Guimarães e outros, foi levada a sério a idéia da criação de um clube. Eles se reuniram no antigo café Luso Brasileiro e resolveram a fundação do clube. Por incrível que pareça, neste grupo faziam parte antigos integrantes da Associação Atlética e do Baiano de Tênis que, na época, eram ferrenhos adversários. Aproveitando o entusiasmo da idéia, o grupo encarregou o desportista Fernando Tude de Sousa de convidar alguns desportistas para uma reunião em sua casa para trocar idéias e opiniões para a criação do novo clube. A reunião foi feita no dia 10.12.1930 no sobrado da rua Carlos Gomes, 57, onde é hoje o museu da Caixa Econômica Federal. Lá se realizou a primeira reunião preparatória para a fundação do Esporte Clube Bahia.
No dia 12 de dezembro de 1930, às 20:00h, aconteceu uma nova reunião com os pareceres Fernando Tude, Júlio de Almeida, Otávio de Carvalho, Plínio Rizerio e Aroldo Maia. O nome Esporte Clube Bahia foi uma proposta aprovada pelo desportista Júlio de Almeida e pelo jogador Gambarrota. O próprio Júlio de Almeida propôs que o uniforme do novo time deveria ser calção de mescla, camisa branca com escudo do clube no peito e, no máximo, 500 sócios. Após esta reunião, foi criada uma comissão formada pelos fundadores Otávio Carvalho, Fernando Tude, Aroldo Maia, Plínio Rizerio e Oscar Azevedo para a preparação dos estatutos e a instalação definitiva do clube. No dia 1.º de janeiro de 1931, na sede do Jockey Clube, com a presença de grande número de desportistas e com uma média de 150 participantes, foram apresentados e aprovados o modelo do escudo, as flâmulas (bandeiras) e os uniformes dos jogadores. Todas as questões foram aprovadas por unanimidade pelos presentes e exatamente às 11 horas e 15 minutos do dia 1.º de janeiro de 1931 estava fundado o Esporte Clube Bahia. Seu primeiro Presidente foi Waldemar Costa.
O Bahia nasceu grande, pois os jogadores de seu primeiro time eram os melhores das mais fortes equipes de futebol do Estado. Para provar isso, no seu primeiro jogo venceu o Ypiranga por 2 x 0, e no mesmo ano foi campeão baiano.
As cores
Suas cores vieram de três equipes: o azul da Associação Atlética, o branco do Clube Bahiano de Tênis e o vermelho, por sugestão de Gambarrota, veio do Sport Club Corinthians Paulista, assim como o escudo, de onde foi retirado a âncora e posto a bandeira da Bahia.
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O hino
Numa tarde de 1946, no C. C. Fantoches da Euterpe, Adroaldo Ribeiro Costa foi procurado por um grupo de torcedores que se dispunham a organizar uma “Torcida Uniformizada” para o lado B do Campo da Graça e precisavam de um canto que animasse a turma. Estavam ali para encomendar o hino e pediam pressa, porque se aproximava um jogo contra o Vitória e ainda teriam que ensaiar a moçada. A idéia agradou a Adroaldo, que tinha em si, aceso, o entusiasmo tricolor. Não seria difícil fazer o canto, e não o foi, realmente. No dia seguinte, já estava em casa, ao piano, procurando por em ordem os motivos que iria tratar.
Arrumada a letra, pôs-se a dedilhar o piano. Estas coisas não se sabe mesmo como e porque acontecem. O fato é que, em poucos minutos, a melodia brotou. Um retoque aqui, outro ali, em menos de meia hora estava tudo pronto. Logo ao acabar de cantá-lo, seus pais vieram até a sala e perguntaram:
– Que música bonita é esta?
Então algum tempo depois de usado com a torcida uniformizada, esta acabou e em pouco tempo, o hino estava esquecido. Dez anos mais tarde, um dirigente do Bahia o fez ressurgir, junto à Campanha dos 10.000 sócios. Era preciso um canto vibrante, um hino que sacudisse a turma. O hino já existia e, naquele instante, Adroaldo, ao piano, cantou-o. Este foi aprovado e o verso “Ninguém nos vence em fervor” foi substituído por “Somos do povo o clamor”.
Em verdade, várias são as agremiações que têm ou tiveram, seus cantos de guerra e de louvor. Jamais, todavia, nenhuma se associou tão intimamente à vida de seu clube, galvanizou desse modo uma imensa torcida. O hino transbordou de seus limites naturais, virou música carnavalesca, entoada, gritada e pulada em todos os carnavais, sacudida pelos trios elétricos em qualquer oportunidade que venham às ruas, querido e louvado por tricolores e não tricolores, sendo um grande sucesso.
O mascote
Seu mascote é o “super homem”, tradicional criação do Ziraldo.
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Curiosidades
As duas estrelas que ficam em cima do escudo do Bahia simbolizam a conquista da Taça do Brasil (1959) e do Brasileiro (1988).
O Bahia foi o primeiro time brasileiro a disputar a Taça Libertadores, graças a conquista da Taça do Brasil em 1959.
O Bahia foi o primeiro time do Norte-Nordeste a jogar no Maracanã, disputando o terceiro jogo final da Taça do Brasil de 59 contra o Santos, no dia 26 de Março de 1960, o Tricolor ganhou por 3 x 1 e ficou com o título.
O recorde de público da Fonte Nova pertence ao Bahia, 110.438 pessoas no jogo contra o Fluminense RJ no dia 12/02/89 (Bahia 2 x 1 Fluminense).
O primeiro gol do Bahia foi marcado por Bayma, no jogo Bahia 2 x 0 Ypiranga.
A maior goleada num BA-VI ocorreu no dia 8 de Dezembro de 1939, o Bahia ganhou por 10 x 1.
O maior artilheiro da Bahia é Carlito, jogador do Bahia, ele fez 220 gols entre 1949-1961.
Na Bahia, o Bahia é o clube que mais vezes foi campeão estadual (43 vezes) e no Brasil é o segundo (só perde para o ABC de Natal – 44 vezes).
No Campeonato Baiano de 1938, o Bahia dividiu o título com o Botafogo porque não houve um acordo entre os clubes para um desempate.
O estádio O Bahia manda seus principais jogos na Fonte Nova (Estádio Otávio Mangabeira), com capacidade para 80.000 espectadores e em algumas oportunidades no Pituaçu (Estádio Metropolitano Roberto Santos), capacidade 25.000 pessoas.
Ambos são propriedade do Governo da Bahia.
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Principais títulos
Campeonato Baiano – 1931, 1933, 1934, 1936, 1938, 1940, 1944, 1945, 1947, 1948, 1949, 1950, 1952, 1954, 1956, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1967, 1970, 1971, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1981, 1982, 1983, 1984, 1986, 1987, 1988, 1991, 1993, 1994, 1998, 2001,
Copa do Nordeste -2001 e 2002
Copa Norte-Nordeste- 1948, 1959, 1961 e 1963
Taça Brasil – 1959
Campeonato Brasileiro – 1988