O FUTEBOL NA BARRA FUNDA
Barra Funda foi o nome popular dado a vila nova surgida abaixo dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana e ficava ao norte da pequena estação ferroviária erguida em terras do sr. Jacinto Ferreira de Sá. Recebia esse nome devido ao declive da área que culminava com a nascente de um riacho, hoje chamado de Córrego Christoni. As enxurradas das chuvas provocavam na nascente uma erosão que culminava com uma enorme cratera denominada “buracão”. Toda a área ficava em terras dos Sá e dos Christoni. Da estação ferroviária a vila nova chegava até a atual Rua Barão do Rio Branco. Uma boa parte dessas terras havia sido objeto de um projeto de desapropriação pela câmara municipal de Salto Grande do Paranapanema para que lotes fossem vendidos a preços bem acessíveis aos imigrantes que chegavam ao povoado. Mais tarde o loteamento se estendeu até a hoje denominada Rua Japão, confrontando com as terras de Valeriano Marcante, Benicio do Espírito Santo e família Perino, além dos Christoni.
Na etapa inicial do povoamento foram abertas três ruas hoje denominadas Av. Jacinto Sá, Rua Amazonas e Rua Pará. Mais tarde vieram as ruas Brasil e Barão do Rio Branco. No final da Av. Jacinto Sá, próximo aos trilhos da estrada de ferro ficava o cemitério municipal (hoje centro de re-socialização, ex-cadeia pública ). Aqui surgiriam em 1937, na hoje Rua Antonio Prado, o Club 9 de julho tendo à frente os srs. Francisco Vidal e João Rosa e na Rua Gaspar Ricardo número 97 o Grêmio Recreativo 1o. de Maio inaugurado com baile animado pelo “Jazz Band Laércio” em 1o. de maio.
A partir de 1912 começa na capital, São Paulo, um movimento pela popularização do futebol. Alguns clubes queriam os jogos em campos próximos ao povo e a Liga de Futebol Paulista queria os jogos nos parque Antártica, próximo à elite. Em 1918 foi criado o Município de Ourinhos cuja instalação se deu em 1919. Nesse mesmo ano a elite do novo município fundava o seu clube, o Clube Atlético Ourinhense. O resultado pela disputa em favor da popularização do futebol também atinge Ourinhos e na década de 20 surge o primeiro clube de futebol como expressão desse movimento – o Esporte Clube Operário sob a presidência do sr. Hermenegildo Zanotto.Com a venda de ações, o sr. Joaquim Luis da Costa liderou um movimento para a compra de uma área de terra onde foi erguido o campo de futebol com a força dos braços dos populares. Essa área ficava bem atrás de um baixo meretrício e por isso o preço era menor ( entre as ruas Antonio Prado e Duque de Caxias e entre a Barão do Rio Branco e Floriano Peixoto. Ali já existia o campo do Aurora F.C. O sr. Joaquim Luis da Costa foi o único que não conseguiu resgatar suas ações que totalizavam 20 contos de réis.
Em terras adquiridas pelos Cury e Ferrari seria construído, provisoriamente, um campo para o Clube Atlético Ourinhense ( hoje praça e escola estadual Domingos Camerlingo Calo ).
Desde o aparecimento do Ourinhense e do Operário, muitos clubes de futebol iriam surgir na Barra Funda, hoje subdividida em Vila Nova Christoni e Vila Nova Sá. Em tempos mais antigos toda as vilas eram chamadas apenas de Vila Nova. Vejamos os clubes :
1-E.C. Operário – surgiu em 16-06-1920 com a colaboração de Hermenegildo Zanoto, Hermínio Socci, Edson leonis, Ítalo Fioravante, Aurélio Sacheli, Joaquim Miguel Leal, Ernesto Gonçalves, Professor José Galvão, Francisco Cifone Filho, Osvaldo Paretto, Américo Cera, Chede Jorge, Pedro Cipriano da Silva ( o Pedrão). Inicialmente não tinha um campo dedicando-se a partidas locais ou com times vizinhos. Em 1933 comprou o antigo campo do Aurora e construiu ali o seu estádio Em 15 de novembro de 1944, sob a presidência do sr. Olimpio Coelho Tupiná, o Operário muda o seu nome para E.C. Olímpico, devido a circunstâncias políticas. Afinal, o presidente Getulio era simpatizante do fascismo de Mussolini e os comunistas (movimento operário) combatiam a Itália. Em 1944 o Olímpico é registrado oficialmente junto à Federação Paulista de Futebol e entre 1945 e 1950 vai disputar o Campeonato Amador Estadual como integrante da 14a. região da qual participavam ainda Santacruzense, Chavantense, Ipauçuense, Pirajuense, Ferroviário de Salto Grande, Ferroviária de Bernardino de Campos, São Paulo e A.E. de Avaré, São Paulo e A.E. de Assis, Candidomotense, Operário de Palmital, A.E. Cerqueira Cesar. Foi campeão de Ourinhos em 1945, 46,47 e em 1949 torna-se campeão da Sorocabana mas perde em seguida para a equipe de Altinópolis. Nessa época era presidente do clube o sr. Domingos Camerlingo Calo – prefeito entre 1952.-1955
Em 05 de novembro de 1950 volta a ser o E. C. Operário e disputa em 1954 e 1958 a terceira divisão de profissionais, campeonato organizado pela Federação Paulista de Futebol. Finalmente nos anos 70 encerra suas atividades penalizado pelas dívidas. Na gestão do prefeito Clóvis Chiaradia ( 1989- 1992) o campo foi desapropriado e também desaparece.
Entre os jogadores, deixaram o seu nome na história do clube : Orivaldo, Beraldo, Rubens, Moura, Tico, Rômulo, Amador, Atílio, Resende, Luis Zanoto e Nicanor que compunham o plantel em 1929 – o chamado esquadrão de aço. Depois vieram José Rodrigues, Jordão, João Pacu Didi, José dos Remédios, Valter, Alberico Albano, Orlando Azevedo, Nelito, Jorge Ferreira, Neguito, Pedro Perez, Oscarzinho, Ximenes, Efigênio, Pixo, Santo Perino, Roque,Bertoli, Francisco Saladini, Mingote, Cabeça de bode, Solim, Gerônimo, Alberto Arantes, Valdomiro Arantes (Chavantes), Pedrinho (do bazar), Demétrio, Feijão, José Luis Crivelari, João Firmino, Francisco Canizela, Jaça, Mario Costa, Lustroso ( Presidente Prudente), Palomar, Gordo, Cica, Quilau, Nelson, Servilio, os irmãos Zanotto – Antonio, Mário e Hermenegildo – Antenor, Mudinho, Rubens Manduco, Sabá, Roxinho, Lelé, Mauro Preto, Carlito, Odenis Módolo, Taquinho, Wilson Milani, Nelson Barbosa, Valter Mori, Wilson Mori, Leônidas Custódio e já no juvenil Eugenio Peixe (Bagre), Nego,Balaio, Rubão, Cambeta, Aramis Abreu, Heio, José Jesus Mariano (Zezo).
Alguns de seus presidentes foram : Hermenegildo Zanotto, Humberto Degoni (1932), João Garbim, após o pedido de demissão do presidente eleito Osvaldo Raposo de Almeida (1940), Filipe Colonna (1941), Vasco Fernandes Grilo (1944), Olimpio Coelho Tupiná e Germano Zulzke como vice (1944) e em 1945 com Janduya Perino como vice, Domingos Camerlingo Calo (1948), Moacir de Melo Sá, após a saída de Osvaldo Brizola que ficou apenas um mês (1951).
2-ATLETICO F. C. – surgiu na década de 40 organizado pelo sr Francisco Magalhães, o“Chiquinho pedreiro” e já disputava o campeonato varzeano. Entre seus jogadores estavam o Orlando Barleto, Dr. Agenor Pedroti, Bento Perino, Padula, Cantinflas, Ivorene, Aquilau, Sérgio, Valdemar, Edson, Luis e Nelson Ribeiro de Carvalho.
3-E.C. GAZETA – oficialmente, o 5o. clube de futebol a surgir na Barra Funda e fundado pelas pessoas mais humildes do bairro. Seu registro na Federação data de 1948 . O primeiro e oficial jogo do novo time foi contra o Vila Emilia (sete de setembro de 1952) A partir de 1952 passa a disputar o campeonato varzeano na cidade e a realizar excursões em busca de dinheiro. O Gazeta irá disputar a terceira divisão em 1979 e 2000. Na cidade será o campeão amador em 1973 (invicto), 1974, 1976, 1978, 1991, 1995 e vice campeão em 1962, 1971, 1972, 1975, 1984, 1989 e 1993,
O E.C. Gazeta foi formado e fundado pelo Valdomiro Pedroti Rodrigues, cuja família foi uma da mais antigas a se estabelecer em um dos primeiros loteamentos feitos em terras dos Christoni, entre a atual Rua Pedro de Toledo e os trilhos da E.F. Sorocabana, e entre a Rua Pará e Rio Branco (hoje chamada de Vila Nova Christoni). Juntamente com outros garotos costumava jogar futebol no “campo das toras” (antigamente um cemitério e mais tarde a cadeia pública e hoje centro de re-socialização). Desse grupo de garotos também fazia parte o Antonio Fernandes (ouvidor da PMO) cuja família morava ali na atual Rua Pará, próximo aos trilhos da estrada de ferro e ainda os irmãos Rocha – Juca, Solim, Ita e Heio – filhos de Urias Rocha. O time era chamado pelos moradores de “o time das almas” em alusão ao fato de ali ter sido um cemitério. O campo foi chamado de “campo das toras” por sido utilizado como depósito de toras pela serraria dos irmãos Migliari.
O nome E.C. Gazeta foi escolhido em homenagem ao maior jornal de esportes da época, a Gazeta Esportiva que, aliás, houvera prometido aos jovens um jogo de camisas, mas nunca cumpriu a promessa. Assim, aqueles jovens jogavam com uniforme emprestado, muitas vezes do Grupo Escolar Virginia Ramalho. A maioria desses jovens eram moradores das adjacências.
Sob a direção do Vado – presidente por cerca de 30 anos – o Gazeta instalou sua sede ali mesmo na Rua Pedro de Toledo, na esquina com a Rua Pará, onde realizavam seus bailes, muitos freqüentados por sinal. Próximo, a gruta da baiana garantia uma boa refeição. Com o tempo a direção comprou um terreno na Rua Gaspar Ricardo, já em outra parte da vila nova, em terras dos Sá, e ali instalou a sua nova sede que persiste até os dias atuais. Nessa sede na rua Gaspar Ricardo se desenvolveu uma intensa vida social. Entretanto nunca teve um campo de futebol próprio mandando seus jogos em campos alheios, como o do Operário e o da AECO (hoje rodoviária).
Pelo Gazeta jogaram atletas dos mais conhecidos do esporte em Ourinhos, como os irmãos Rocha – Ita, Juca, Solim e Heio, os irmãos Resende – Ramiro e Vanderley – Reynaldo de Paula Dutra (Baiano), Valdomiro (Wado), Antonio Fernandes, Humberto, Célio, Massao, Edélcio, Orestes, João Ronchi, Nelson e Newton Rui, Magrão, Silas, Jorginho, Chocolate, Pimenta, Damata, Sabá, Cabrita, Nivaldo, Safera, Robô, Armando Capeta, Ditinho, Paulo Português, Dr. Osmar de Souza, Faísca, Alicio, Carlos Samo, Maurinho, Fião, Tita, Jacinto, Servilio, e muitos outros. Alguns dos jogadores acabariam por se profissionalizar como o goleiro Silas que jogou no Santos F.C.
4- E.C. XV DE NOVEMBRO- fundado em 1951 para participar do campeonato varzeano por um grupo de atletas entre eles o José de Oliveira (Servilio), o Toninho Noronha, o Ditinho, o Demétrio, o Tininho e seu técnico era o Sérgio carpinteiro. Servilio e Sebinho se encarregaram de ir à capital comprar o uniforme do time. A diretoria do XV de novembro estava assim composta: presidente, Alcides Melo Silva; vice presidente, Renato Maron; 1o. secretário, José Ferreira; 2o. secretário, Alcides Gomes; 1o. tesoureiro, Sérgio Franquilini; 2o. tesoureiro, Antonio Pereira Mota; Diretor esportivo Arlindo Gomes e técnico, o Benato.A sua estréia no campeonato se dá em 29 de abril e aplica uma goleada de 14 a 1 no Atlético.
Zenaide, esposa de Servilio se encarregou de fabricar os calções. Logo na estréia do novo time, uma derrota para o Paulista por 4×1.
4-NACIONAL A.C. – foi fundado pelo sr.Vitor Garcia (comerciante) e sr. João Cunha (dono de uma fábrica de sabão na Vila Nova Sá. O endereço oficial era o da Gaspar Ricardo 975 . Vitor e João dirigiram o time de 1956 até 1967. Nesse ano foi empossada uma nova diretoria com participação dos senhores Waldemar Ambrozim, Sebastião Bugeli, João Rosário, Rubens Nilo e Aparecido de Andrade que esteve no comando até o final dos anos 80. A partir daí, uma nova diretoria comanda o time até os dias atuais. O campo do Nacional era o único da cidade que era inclinado para o lado. Ficava ali na Gaspar Ricardo, pouco antes de se chegar ao Cemitério Municipal. O serviço de limpa e terraplanagem do terreno foi feito com a colaboração das maquinas municipais na gestão do prefeito José Maria Paschoalick. Embora seus membros se considerem como da Vila Marcante, seu campo e o bar onde ainda se encontra, nos dias atuais estão dentro das terras antes pertencentes à família Sá. O bar onde ainda se encontram é o Bar do Zé da Vaca na Antonio Prado. Figuras conhecidas na cidade jogaram pelo Nacional como Odair Marques da Silva (Dudu Bar), Sebastião Bugeli, Valdomiro Balbino da Silva (Bilão), Pichulé e muitos outros.
5-A.A. SÃO BENTO – fundado em 1960. Tinha como sede a lavanderia do Massao na av. Jacinto Sá. Em diferentes jogos atuaram pelo São Bento, Adão, Aparecido de Sousa (Cidinho), Candinho, Deidi, Ivan Prado, José Arnaldo Antonieto, Marcilio, Marquinho, Maurinho, Máximo, Nelson Barone, Orlando, Roberto Tomaz, Zequinha e Zózimo.
6-A.A. PORTUGUESA- time formado nos anos 50 pelo Nelinho e que pouco durou.
7-A.A. PONTE PRETA – time formado em 1951 pelo Paulo Cuié antigo morador do bairro, na esquina da Rua Pará com Narciso Migliari. Também durou pouco. Segundo se sabe Cuié e sua família foram embora, para uns, para o Mato Grosso e para outros para o Estado do Paraná onde teria um posto de combustíveis.
😯 TIME DAS ALMAS- era como a população chamava ao time de jovens que jogava em um campo de futebol surgido no mesmo local onde antes era um cemitério na Av. Jacinto Sá. O local também foi usado pelas industrias Migliari para guardar toras de sua serraria. Por isso, o campo foi chamado de “o campo das toras”. Os Rocha, Célio e o Antonio Fernandes, hoje da ouvidoria municipal, participavam dessa equipe.
9-CRUZEIRO F.C. – time que existiu apenas por alguns meses. Era formado por um antigo garçom do Restaurante Príncipe, conhecido por Toninho, já falecido ao que se sabe.
10- UNIÃO DA BARRA FUNDA- oficialmente foi fundado no dia 23 de março de 1972 por jovens que não encontravam espaço para jogar no Cruzeiro F.C. e por isso resolveram criar o seu próprio time de futebol. Eram eles João Carlos Bigneli, João Carlos Belinelo e Julio César Ximenez. Orlando Roque da Silva (Gráfica União) foi eleito o primeiro presidente. Inicialmente o novo time deveria se chamar E.C. Rio Branco, mas prevaleceu o nome atual. O União logo se tornou uma das forças do futebol em Ourinhos e, em 1978 chegou a disputar a quinta divisão de profissionais da Federação Paulista de Futebol. Desde sua fundação em 1972 até os dias atuais disputou o campeonato amador ou varzeano da cidade e em 1980, 1990, 1992, 1998 já era o vice campeão. Mas o União também foi campeão em 1986, 1987 e 1989. Por sua equipe passaram alguns atletas que acabariam se profissionalizando.
A CAMPANHA DO E. C. UNIÃO DA BARRA FUNDA EM 1978
3ª DIVISÃO (OU 5ª) – GRUPO D – 6º LUGAR – ELIMINADO
07/05/1978 – UNIÃO DA BARRA FUNDA 1 X 1 MIRANDOPOLIS
14/05/1978 – PALMITAL 2 X 4 UNIÃO DA BARRA FUNDA
21/05/1978 – UNIÃO DA BARRA FUNDA 0 X 1 VILA OPERÁRIA (VOCEM-ASSIS)
28/05/1978 – MUNICIPAL (PARAGUASSU PAULISTA) 5 X 2 UNIÃO
04/06/1978 – UNIÃO 1 X 1 RANCHARIENSE
11/06/1978 – SÃO PAULO F.C. (SANTO ANASTACIO) 1 X 0 UNIÃO
18/06/1978 – UNIÃO 2 X 2 DRACENA
16/07/1978 – MIRANDOPOLIS 0 X 0 UNIÃO
23/07/1978 – UNIÃO 3 X 1 PALMITAL
30/07/1978 – VILA OPERÁRIA 6 X 0 UNIÃO
06/08/1978 – UNIÃO 6 X 0 MUNICIPAL
13/08/1978 – RANCHARIENSE 3 X 1 UNIÃO
20/08/1978 – UNIÃO 2 X 0 SÃO PAULO F.C.
27/08/1978 – DRACENA 0 X 0 UNIÃO.
11-VASCO F.C. – atrás da Cooperativa Agrícola havia também um espaço utilizado pelos jovens para jogar futebol. Esse time de jovens foi chamado de Vasco F.C. Ademir Nunes (o Danguinha), Sabá e outras figuras conhecidas jogavam no time.
12-AMÉRICA F.C. – nos anos 60/70 um ex-funcionario do Bradesco organizou um time de futebol chamado “América F.C.” que disputou vários torneios na região e chegou mesmo a jogar no estádio da Vila Belmiro em Santos. Moacir José de Oliveira era o nome do fundador do time do América.
13-GUARANI– do mesmo Moacir José de Oliveira e que se utilizava do campo do cerâmica na Vila Perino ou o da AECO –Associação Esportiva e Cultural de Ourinhos –(colônia nipônica – hoje terminal rodoviário.
14-OS AMARELINHOS – foi o último time a ser criado na Vila Nova Sá. Teve curta duração, mas tornou-se campeão da cidade já em 2003. O time foi formado pela Rosely Baia, filha do José Lauro (Lilo Baia) e era irmã do falecido Djalma José Baia, jogador da Associação Portuguesa de Desportos, falecido em acidente de carro em 1983 na capital. O nome vinha do moto táxi Amarelinhos na Rua Duque de Caxias, pertencente a Rosely. A maioria dos jogadores eram contratados das cidades vizinhas daí a sua força.
15-AZ DE OURO – Esta foi uma equipe que jogou apenas 7 vezes e perdeu todas. Em razão disso, assim como começou também acabou. Em uma de suas formações, o técnico Argentino de Oliveira (Tininho) escalou Áureo, Fião, Raul de Oliveira, Otaviano (Carreiro), Pintado, Florindo (Zorro), Oscar Perino, Vanderley Resende, Célio Laureano, Benedito Laureano e Domingos Perino.
16-RETIFICA DO CLOVIS – empresa situada na Rua Duque de Caxias e que por vezes também organizava um time com seus empregados para uma partida de futebol ou futsal.
17-INDÚSTRIA MIGLIARI – em 1953 já mantinha um time de futebol em que os jogadores eram na sua maioria garotos a partir de 14 anos. Entre eles podemos notar José Lauro Baia (então com 15 anos), Ludovico, Renato, Pintado, Silas, Barreirinho, Jacinto, Molina, Edy Ruy, Palácio, Carlinhos e Pedro Perez.
18-FÁBRICA DE SABÃO – existia na Barra Funda também uma fábrica de sabão do sr. João Cunha que também apresentou um time de futebol representativo de sua empresa. Na única foto disponível vemos os jogadores Joaquim, Mineiro, Antonio Fernandes (ouvidor da PMO), Servilio, Taquinho, Celso Sousa, Raulzinho e José L. Baía.
19-VILA NOVA F.C. – foi um time fundado ainda em 1931 tendo como presidente o sr. Antonio Costa, como tesoureiro o sr. Pedro Barbosa e capitães os srs.Francisco Oliveira e Oscar Pires. e que realizava jogos amistosos. Em 1940 o Vila Nova jogou na Vila Odilon contra o time do E.C. Bandeira em seu jogo de estréia.
20-MUNICIPAL F.C. – time formado pelos funcionarios da Prefeitura que tinha suas principais atividades centralizadas na Vila Nova (Barra Funda) e que esporadicamente realizava jogos amistosos já na década de 20.
21-BOTAFOGO F.C. – temos o registro da realização de três jogos desse time fundado pelo Alberico Albano em 1938 e tinha o sr. Felisberto Borges como presidente e Ivo Faccio como vice presidente..
22-S.E.PALMEIRAS – também em 1951 aparece na Barra Funda uma equipe alviverde, a S.E. Palmeiras (sem qualquer relação com o Palmeiras que surgiria mais tarde na Vila Sá) e que mantinha já um infantil.
23-UNIDOS F.C. – Surgiu por volta de 1984 e desapareceu cerca de 2003. Foi fundado por um Bombeiro conhecido como Reis. Na única foto existente aparecem cinco irmão Reis jogando pelo time.
Colaboração: Carlos Lopes Baia e Anderson Franciscão Baia