Rio-São Paulo de 1964 e 1966: e se os critérios de desempate fossem os de hoje?

Que o empate quádruplo no Rio-SP de 1966 e a impossibilidade de realizar um “super” ajudou as competições nacionais a finalmente adotar os gols como critério de desempate, todo mundo já sabe.

Mas e se essas regras já valessem, qual afinal seriam os “campeões morais”?

Vejamos:

Torneio Roberto Gomes Pedrosa (“Rio-São Paulo”) de 1964
Disputado em turno único, ao final do mesmo apontou Botafogo e Santos empatados na primeira colocação, com 7 vitórias e 2 derrotas cada. O desempate seria em melhor de três pontos, e o Botafogo chegou a vencer o primeiro jogo por 3 a 2, precisando apenas de um empate no segundo jogo – que nunca ocorreu.

Mas e se os critérios atuais fossem adotados?

Com igual número de vitórias, a decisão seria por “goal average”. Ambos os clubes fizeram 21 gols. O Botafogo, porém, tinha a melhor defesa: 9 gols sofridos, contra 12 do Santos. O que faria d’O Glorioso, nos dias de hoje, campeão sozinho.

Torneio Roberto Gomes Pedrosa (“Rio-São Paulo”) de 1966
Com a mesma fórmula da edição de 1964, o Torneio Rio-São Paulo de 1966 apontou quatro clubes empatados na primeira colocação ao final do campeonato, curiosamente os quatro alvinegros da competição – Botafogo, Vasco, Corinthians e Santos. Com isso, seria necessária a realização de um “Supercampeonato”, que nunca aconteceu, preferindo a CBD proclamar os quatro campeões empatados.

Mas e se os critérios fossem os mesmos de hoje?

Primeiramente, Vasco e Corinthians tinham mais vitórias (5) do que Santos e Botafogo (4), que ficariam para trás.

Na disputa pelo saldo de gols, o Gigante da Colina venceria por pouco. Foram 12 gols feitos e 11 sofridos, com saldo um. O Corinthians teve melhor ataque: 15 gols. Porém, também sofreu 15, zerando o seu saldo.

O Vasco, nos dias de hoje, seria campeão, à frente de Corinthians, Botafogo e Santos, nessa ordem.

Mas como todos sabemos, o “se” não entra em campo, e o que está na história, está na história…

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