O FUTEBOL NA CIDADE DE OURINHOS – SP – PARTE VII

O FUTEBOL NA VILA PERINO

 

 O Vila Perino F.C. – anos 40

O Seminário Josefino

O Comercial F.C. – anos 50

O Flamengo F.C. – anos 50

A AECO – colônia de origem nipônica

O TIME DA CIPOSA 

O Independente F.C. – anos 60

O E.C. Olímpico – anos 60

 

Assim como a maioria dos novos bairros, a Vila Perino começou a se desenvolver na década de 40 e recebeu esse nome por estar situada nas terras pertencentes a família Perino. De um lado, a vila fazia divisa com as terras da família Sá (rua Maranhão hoje), com as terras da família Mano, com a rodovia Raposo Tavares (apenas estrada de rodagem na época) e com as terras adquiridas pelos imigrantes japoneses e onde foi instalado o clube da AECO (hoje terminal rodoviário).

Também foi na década de 40 que chegaram a Ourinhos os padres que construiriam nesse local o Seminário Josefino. Na década de 50 o bairro já estava bastante povoado e até mesmo uma fábrica de lingüiça e mortadela estava ali instalada.

Em 1951 os habitantes fundaram o Vila Perino F.C. para participarem do campeonato varzeano. Sua diretoria foi assim composta: presidente, Benedito Perino; vice presidente, José Alves de Oliveira; 1o. secretário, José Correia; tesoureiro, Helio Miguel Leal; Diretor esportivo, Joaquim Gomes da Silva; Conselheiros, Ivorene Ferreira, Eduval de Almeida e Bento Perino. Algumas das pessoas que participaram da equipe ainda estão por aí, como o Valdomiro Arantes (Cavantes). Também os padres do seminário eram grandes incentivadores do esporte. O campo por eles construído dentro da área do seminário, embora com dimensões reduzidas, era um dos mais procurados pelos times da Cidade, afinal, os poucos campos existentes não eram tão bons como esse. Eles, os padres formavam também times de futebol com os estudantes internos que disputavam partidas em todos os pontos da cidade. Quando surgiu o E.C. São Cristóvão em 1955 foram os jovens seminaristas que enfrentaram o novo time em sua estréia na cidade.

Na década de 60 um habitante do bairro conhecido por Cadió também se enveredou pelo campo do esporte e fundou o time do Comercial F.C. com joga-dores do bairro e até de outros pontos da Cidade. Outros se reuniam ocasionalmente para um jogo amistoso usando o nome de Flamengo F.C. Entre seus jogadores estavam René de Paula Dutra, Reynaldo, Pedrinho, Alberto Arantes (Chinelão), José L. Baia, Durovaca, Manivela e outros tantos.

No final da hoje Rua Maranhão ficava o clube da AECO – Associação Esportiva e Cultural de Ourinhos, pertencente aos imigrantes japoneses. Ali, além de um campo para a prática de beisebol – que sempre representou Ourinhos em todo o território nacional – havia também um campo de futebol e uma equipe formada basicamente por japoneses ou seus descendentes, que até disputavam campeonato varzeano na cidade.

Fora desse campo, em terras da família Perino existia um outro campo no qual jogavam equipes como a do Cerâmica Ourinhense, dos irmãos Souza, ou a própria garotada do bairro. Até uma fábrica de lingüiça e mortadela – a CICOL – estabelecida no bairro (na hoje Rua Brasil), ocupava parte de seu tempo com o futebol e usava esse mesmo campo, ou o do Seminário.

Foi também durante os anos 60 que os moradores, sob a liderança de Mauro Bahia e José L. Baia e dos irmãos Dutra, além de outros moradores, resolveram montar um novo time de futebol. Estava surgindo o Independente F.C. que logo mudaria o nome para E.C. Olímpico. No final da década já era considerado um dos melhores da região. Por motivo de casamento Mauro se afasta em 1966 e  a diretoria resolveu convidar para participar do grupo um outro morador, desportista e aposentado com tempo disponível para cuidar do time. Luis Gasparoto aceitou e começava aí uma nova fase na história do time. Em 1972 Luis Gasparoto assumia a presidência.

A vida social do clube se agitou com a construção de uma sede própria na Rua Floriano Peixoto. Bailes se tornaram comuns e até hoje, aos sábados se desen-rola em seu salão um agitado baile de forró. Com o tempo o terreno ao lado foi comprado e a sede ampliada. Outros terrenos foram comprados e surgiram equipes de malhas e bochas que tem sempre representado a cidade nas competições intermunicipais, estadual ou nacional.

O time de futebol vai viver seus melhores momentos em 1981 e 1982 quando se sagrou campeão amador da cidade e em 1996 e 1997 vice-campeão.

 

 

OBS: Foto e texto: Carlos Lopes Baia

 

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