Este foi o interessante título da matéria publicada no Jornal A Tribuna de Santos/SP de 06 de março de 1960, de um fato ocorrido no dia 03 de março. Abaixo a matéria:
” Lima, 3 (Do enviado especial, Gilberto Bezerra da Silva) – Curiosíssimo incidente verificou-se ontem no Cárcere Central, que era vsiitado pelo Santos F.C., a exemplo de outras delegações que aqui vem e que a pedido e quando tem oportunidade fazem exibições de futebol, no pátio fronteiro para os reclusos.
O jogador Pelé, alvo da admiração geral, esteve, entretanto, a ponto de ser depenado. Quando deu por ela em meio a abraços e cumprimentos dos presos que se estendiam em uma fila, ia ficando sem o relógio pulseira de ouro, avaliado em dezenas de mil cruzeiros.
Pelé reagiu incontinenti, porém no ligeiro tumulto que se seguiu, um outro preso já carregava a corrente e a medalha de ouro que Pelé ostentava no pescoço.
Nesse instante interveio um policial e aos empurrões fez sair da fila os dois gatunos dizendo que serão severamente castigados.
O incidente não teve maiores proporções, porém os jogadores do Santos que manifestavam o propósito de oferever uma exibição, não o fizeram aduzindo que o pátio do estabelecimento penal não era apropriado.
Passado o incidente, Pelé, guardando todos os seus valores que carregava, voltou sozinho passando diante de todos os presos que imediatamente organizaram uma verdadeira manifestação de desagravo. Minutos depois Pelé retirou-se acompanhado dos demais membros da delegação santista.”