CLUBES BRASILEIROS- CALDENSE-MINAS GERAIS

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O dia 16 de novembro de 1925, alguns jovens esportistas, chefiados por João de Moura Gavião, reuniram-se na Photografia Selecta, sede provisória do time, situada na avenida Francisco Salles, perto do Hotel Lafaiete, para eleger a primeira diretoria, assim constituída:
João de Moura Gavião – presidente, professor Hugo Sarmento – vice-presidente, Romeu Chiacchio – 1º secretário, Cherubim Borelli – 2º secretário, Caetano Pereira – tesoureiro, Flaminio Maurício – procurador, Octávio Mantovani – diretor esportivo. A Comissão de Sindicância era composta por João de Oliveira Carmo, Antônio Ricci Júnior, Domingos Lamberti, Vitor Fortunato e Adolpho Guetti.
Os tempos iniciais foram difíceis, mas a esforçada associação despertou na mocidade um forte entusiasmo pelo futebol, que se tornava a coqueluche do momento. Sua comissão técnica trabalhou com afinco para que as agremiações possuíssem o melhor plantel da cidade.
Após algumas vitórias, em dezembro de 1925 o novo esquadrão enfrentou o Cruz Vermelha, campeão local. Mas, apesar de bem preparado, devido a uma chuva impertinente que caiu antes do jogo, foi derrotado por 3×2.
Esse revés não desanimou os valentes jogadores e, no ano seguinte, vários encontros amistosos com times de cidades vizinhas consagraram a Veterana nos meios esportivos regionais.
Fora criado o time, porém o grêmio social esportivo denominado Associação Atlética Caldense passou a existir após uma reunião realizada no dia 3 de abril de 1926, com a fusão da Caldense e o Gambrinus F.C. A primeira diretoria eleita foi constituída por: capitão Afonso Junqueira – presidente honorário, Fosco Pardini – presidente efetivo, Ulpiano César Mine – vice-presidente, João de Moura Galvão – tesoureiro, Cherubim Borelli – 1º secretário, Lourenço Batiston – 2º secretário, Hugo Sarmento – orador oficial e Arthur Cherchiai – colaborador. Dois dias depois houve uma reunião de trabalho a fim de colocar em prática o funcionamento da associação.
O falecimento prematuro do fundador João de Moura Gavião em 1927 trouxe o luto para a nascente da associação, que passou algum tempo desanimada e com reduzido ardor para a luta. No entanto, aos poucos o conjunto retomou o ritmo, batalhando com amor e energia para a glória do clube.
Durante a gestão do presidente João Porfírio Bueno Brandão, em 1928, a diretoria resolveu comemorar, daí por diante, a fundação da Caldense no dia 7 de setembro, por ser uma importante data cívica e coincidir com o feriado nacional. Esta determinação foi oficializada em 1943, na presidência de João Coelho da Silva.
No início de sua existência, o clube não possuía nem sede social e nem campo próprio. Existia apenas na cidade o campo do Internacional F.C., no atual jardim fonte luminosa, não havendo arquibancada nem gramado. Os torcedores ficavam em pé e os jogadores tinham que se contentar com um campo pelado e negro.
Antes mesmo da fundação do time, os jovens desportistas já tinham escolhido o terreno do “Chalé Procópio” para as atividades futebolísticas dos domingos. A partir de 1926, a Caldense começou a dar os primeiros passos para conseguir a área do coronel Christiano Osório de Oliveira, que naquela ocasião era um enorme brejo, onde a meninada ia caçar rãs.
Em 1929 uma comissão chefiada pelo prefeito Carlos Pinheiros foi a São João da Boa Vista pedir ao coronel Osório a cessão do imóvel.
O terreno, cedido a título precário, foi drenado e cercado de madeira. A partir dos anos 30, foi composta uma arquibancada rústica. Em 1947, a diretoria do presidente José Anacleto Pereira conseguiu da família de Christiano Osório um comando de uso, com o prazo de 20 anos, para as instalações do clube.
As diversas diretorias que se sucederam muito fizeram para o progresso e glória da agremiação, melhorando e iluminando o campo de futebol e iniciando a construção da quadra coberta, permitindo assim a realização de partidas noturnas e o desenvolvimento do esporte especializado.
A sede inicial e provisória do time da Caldense foi a Photographia Selecta, em 1925. Em seguida vários outros endereços: Palacete Cobra, na praça Pedro Sanches, antigo Cassino Gibimba, de 1938 a 1942, no Polietema, na avenida Francisco Salles até 1959, edifício Imperial até 1962 e, finalmente, em 1962 junto ao estádio Christiano Osório, a partir de dezembro de 1962, na gestão do presidente Antônio Megale. A sede social foi obtida no mesmo ano, com a doação oficial da família Osório. Com a posse do imóvel, vários melhoramentos foram realizados pelas diretorias subseqüentes, como a construção da piscina.
Entre 1960 e 1961 o futebol da Veterana ficou famoso nos meios esportistas pela campanha das 57 partidas invictas, o que proporcionou uma onda de entusiasmo entre associados e moradores de Poços de Caldas.
Durante a presidência do Dr. Antonio Megale, em 1962, a Caldense se tornou proprietária do terreno que compreendia o campo de futebol e as demais dependências esportivas, devido à doação definitiva feita por Cristiano Osório de Oliveira Filho, grande desportista e amigo de Poços de Caldas. Essa transação foi realizada graças ao empenho do prefeito David Benedicto Ottoni que, com a aprovação da Câmara Municipal, se comprometeu em troca a proceder o arruamento da chácara Osório pela prefeitura.
Com a posse do imóvel, vários melhoramentos puderam ser executados pelas diretorias subseqüentes, como a construção das piscinas, da sede social, dos ginásios, saunas, etc.
Lutando em seu próprio estádio, que foi durante muitas décadas o palco de memoráveis vitórias do Verdão, e após a edificação das quadras cobertas que possibilitaram a realização dos saudosos Jogos Abertos, a Caldense pôde se destacar nos meios esportivos, tornando-se orgulho dos poços-caldenses de nascimento e de coração.
Com a inauguração do Estádio Municipal Ronaldo Junqueira, em 1979, o campo da Associação Atlética Caldense foi desativado e em seu lugar foram construídas duas quadras de tênis, de peteca, um parque infantil, assim como uma nova piscina para atender o número de associados que a cada ano crescia.
No final da década de 1980, o clube adquiriu, na saída da cidade, uma área de treinamento do futebol profissional, denominada Ninho dos Periquitos. Hoje, o local conta com alojamento, três campos de futebol e piscina para a preparação dos jogadores da Veterana.
Na década de 1990, foi implantada a biblioteca Oscar Nassif, houve a ampliação da área de lazer com os quiosques construídos e a inauguração da piscina aquecida.
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Em 2002, a Caldense conseguiu o maior título de sua historia, conquistando o Campeonato Mineiro. Apesar de uma campanha brilhante e difícil, a equipe verde e branca mostrou toda a capacidade ao lotar o estádio Ronaldão e derrotar o Nacional, levando o nome de Poços de Caldas ao futebol do Estado.
Na gestão do atual presidente, o futebol passou a ser incorporado o ano todo, sendo um sonho realizado pelos torcedores da Veterana. Na sede social aconteceram melhorias, com aquisição de aparelhos de musculação, reformas dos vestiários e, recentemente, com a nova grama do campo de futebol society.

Fonte:AA Caldense

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