Por: André Luiz Pereira Nunes
Na última segunda-feira, mais um brasileiro entrou no grupo de clubes que chegaram ao Centenário. O Brasil Industrial Esporte Clube é uma agremiação do Município de Paracambi, no Sul Fluminense (RJ). O clube foi Fundado no dia 16 de julho de 1912. A sua Sede fica localizada na Avenida dos Operários, no centro de Paracambi, que dista 76 km da capital do Rio de Janeiro.
O clube alvirrubro nasceu através da iniciativa de seis jovens oriundos do Bangu, sendo que cinco tinham origem inglesa. Todos se radicaram em Paracambi trazendo ideias de renovação e um livro sobre futebol.
Os saudosos pioneiros têm seus nomes gravados nos anais da história do clube por conta dos méritos a eles atribuídos, já que deram início à prática do futebol na então Vila de Paracambi: Clarence Hibs, Frederich Jacques, John Starck, Ernesto Bauer, Jersey Starck (mais conhecido como Gelson inglês) e Guilherme Gomes (sendo os cinco primeiros de nacionalidade inglesa), foram os pioneiros.
E foi assim que a ideia tomou vulto e obteve logo a adição dos operários da Companhia Têxtil Brasil Industrial e a simpatia de seus diretores. A fundação se deu a 1 de maio de 1912, com duas equipes formadas, tendo a integrá-las não só empregados da firma como também jovens que, embora não tivessem vínculo empregatício, juntaram-se aos demais para formar aquela que mais tarde viria se constituir numa das maiores glórias do futebol do estado do Rio de Janeiro.
O Paracambi Futebol Clube, hoje Brasil Industrial, nasceu sob o signo das conquistas e fadado a promover os grandes acontecimentos cuja repercussão transpôs as fronteiras do Estado, alcançando os pontos mais longínquos do país.
Em 1926, o Paracambi conquistou uma das mais expressivas vitórias, ao derrotar por 2 a 1 o São Cristóvão, campeão carioca daquele ano.
Sai Paracambi e entra o BIEC
Em 1937, aconteceu então a mudança do campo e ao mesmo tempo promoveu-se também a troca do nome primitivo para Brasil Industrial Esporte Clube, o mesmo acontecendo com referência ao uniforme que passou a usá-lo, ou seja: camisas vermelhas com golas e frisos brancos e de mangas curtas, emblema em forma de circunferência do lado esquerdo com as iniciais B.I.E.C., calções brancos e meias com listras horizontais vermelhas e brancas.
Foi mais um acontecimento marcante na vida do clube que também provocou discordância e protestos. Entretanto, aos descontentes, foram apresentados argumentos convincentes de que o clube ostentaria daquela data em diante o nome da empresa em troca de melhores condições para o soerguimento do mesmo, o que significava dizer que o clube faria a propaganda da indústria e por isso mesmo seus diretores dariam a ajuda necessária para evidentemente, fazer com que o clube progredisse sem que houvesse necessidade de sacrifício pessoal dos seus adeptos e diretores.
O clube das cores vermelha e branca foi um dos representantes do antigo Campeonato Fluminense, antes da fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro. Disputou esse campeonato em 1943, 1944 e 1954.
Em 1954, se classificou na 2ª Zona para a fase final juntamente com Central e Royal, ambos de Barra do Piraí. Mas o campeão foi o Coroados, de Valença, e vice o Royal.
A volta ao profissionalismo só se daria, em 1995, na Terceira Divisão de Profissionais, quando foi o quarto colocado, atrás somente de Tio Sam, Belford Roxo e Estrela da Serra. Desde então, disputa apenas o campeonato da Liga Desportiva de Paracambi. Seu maior rival é o Tupy, com quem protagoniza sempre grandes clássicos na cidade.