O Esporte Clube Golfinho foi uma agremiação da Cidade de Guarulhos (SP). O clube foi Fundado no dia 12 de dezembro de 1970, sendo um dos primeiros times de Guarulhos a disputar campeonatos profissionais.
O clube também se sagrou bicampeão da Taça Arizona (maior torneio de futebol amador do Brasil), a viagem ao Chile, o inicio na Terceira Divisão Paulista, e o fim triste de um time promissor…..Quantas saudades, velhos tempos….
Em 12 de dezembro de 1970 era fundado na cidade de Guarulhos o ESPORTE CLUBE GOLFINHO. Adotou as cores verde, preto e branco. Manteve-se disputando os campeonatos amadores da cidade e a sua maior projeção ocorreu em 1975 e 1976 quando alcançou o bicampeonato da Copa Arizona, torneio de futebol amador a nível nacional, patrocinado por uma grande indústria de cigarros.
Este feito animou os seus dirigentes para entrar no profissionalismo. A equipe disputou a 3ª Divisão (na verdade a 5ª divisão do futebol paulista) em 1978, mas sendo eliminado logo na 1ª fase ao terminar em 4º lugar no grupo A. Os resultados de sua passagem pelo profissionalismo foram os seguintes:
30.04.1978 – GOLFINHO 1-2 MACEDO, em Guarulhos
07.05.1978 – CRUZEIRO 2-1 GOLFINHO, em Cruzeiro
15.05.1978 – GOLFINHO 5-0 CORINTHIANS, em Guarulhos
21.05.1978 – UNIÃO POSSENSE 2-0 GOLFINHO, em Santo Antônio de Posse
25.05.1978 – MOGIANO 0-4 GOLFINHO, em Mogi Mirim
28.05.1978 – GOLFINHO 4-0 MOGI MIRIM, em Guarulhos
12.06.1978 – BRAGANTINO 0-2 GOLFINHO, em Bragança Paulista
19.06.1978 – GOLFINHO 3-2 FUNILENSE, em Guarulhos
03.07.1978 – GOLFINHO W0-0 MOGIANO, em Guarulhos
09.07.1978 – MACEDO 1-1 GOLFINHO, em Guarulhos
16.07.1978 – GOLFINHO 0-1 CRUZEIRO, em Guarulhos
23.07.1978 – CORINTHIANS 0-1 GOLFINHO, em Casa Branca
30.07.1978 – GOLFINHO 2-0 UNIÃO POSSENSE, em Guarulhos
06.08.1978 – MOGI MIRIM 0-1 GOLFINHO, em Mogi Mirim
27.08.1978 – FUNILENSE 2-1 GOLFINHO, em Cosmópolis.
30.04.1978 – GOLFINHO 1-2 MACEDO, em Guarulhos
07.05.1978 – CRUZEIRO 2-1 GOLFINHO, em Cruzeiro
15.05.1978 – GOLFINHO 5-0 CORINTHIANS, em Guarulhos
21.05.1978 – UNIÃO POSSENSE 2-0 GOLFINHO, em Santo Antônio de Posse
25.05.1978 – MOGIANO 0-4 GOLFINHO, em Mogi Mirim
28.05.1978 – GOLFINHO 4-0 MOGI MIRIM, em Guarulhos
12.06.1978 – BRAGANTINO 0-2 GOLFINHO, em Bragança Paulista
19.06.1978 – GOLFINHO 3-2 FUNILENSE, em Guarulhos
03.07.1978 – GOLFINHO W0-0 MOGIANO, em Guarulhos
09.07.1978 – MACEDO 1-1 GOLFINHO, em Guarulhos
16.07.1978 – GOLFINHO 0-1 CRUZEIRO, em Guarulhos
23.07.1978 – CORINTHIANS 0-1 GOLFINHO, em Casa Branca
30.07.1978 – GOLFINHO 2-0 UNIÃO POSSENSE, em Guarulhos
06.08.1978 – MOGI MIRIM 0-1 GOLFINHO, em Mogi Mirim
27.08.1978 – FUNILENSE 2-1 GOLFINHO, em Cosmópolis.
COPA ARIZONA:
A Copa Arizona de Futebol Amador foi disputada na década de 1970 e envolvia clubes amadores de todo o Brasil.Era organizada e patrocinada pelos cigarros Arizona e pela Gazeta Esportiva. Após as fases regionais, que classificava equipes de todo o Brasil, as finais eram disputadas na cidade de São Paulo.A competição de 1976 contou, inicialmente, com a participação de mais de mil equipes, com eliminatórias regionais. O EC Golfinho de Guarulhos conquistou o campeonato. Na decisão, a equipe guarulhense derrotou o Campineira DF, por 1 x 0. A partida, em seu tempo normal, terminou empatada em 0 x 0, sendo necessária a realização da prorrogação. Só no segundo período desta prorrogação, aos dois minutos, é que o Golfinho chegou à vitória, com um gol de Mauro.
PRIMEIRA FASE
19.06.1976
GOLFINHO (SP) 2 x 0 PITANGUI (MG)
FLAMENGO (SP) 1 x 1 ARTEX (SC) (nos pênaltis: Flamengo 5 x 4)
DE PINEDO (SP) 2 x 2 AQUARIUS (PA) (nos pênaltis: De Pinedo 4 x 2)
ARTUR ALVIM (SP) 3 x 0 DIAMANTE NEGRO (ES)
BOQUEIRÃO (PR) 3 x 3 CIPE (SP) (nos pênaltis: Boqueirão 4 x 3)
DISUL (RS) 4 x 1 EXPEDICIONÁRIOS (SP)
QUARTAS-DE-FINAL
20.06.1976
DISUL (RS) 3 x 1 DE PINEDO (SP)
BOQUEIRÃO (PR) 1 x 0 FLAMENGO (SP)
GOLFINHO (SP) 5 x 1 FLORESTA (CE)
CAMPINEIRA (DF) 1 x 0 ARTUR ALVIM (SP)
SEMIFINAIS
26.06.1976
CAMPINEIRA (DF) 2 x 0 BOQUEIRÃO (PR)
GOLFINHO (SP) 3 x 0 DISUL (RS)
DECISÃO DO 3º LUGAR
27.06.1976
DISUL (RS) 1 x 1 BOQUEIRÃO (PR) (nos pênaltis: Disul 10 x 9)
FINAL
27.06.1976
GOLFINHO (SP) 1 x 0 CAMPINEIRA (DF)
Gol de Mauro.E agora a viagem do Golfinho ao Chile em 1975.
TUDO PRONTO:GOLFINHO VIAJA DIA 25 AO CHILE
Está tudo pronto para a viagem do EC Golfinho, de Guarulhos, para o Chile. O embarque será no sábado, dia 25, às 11:20 min., em Viracopos, no voo 634 da Varig.
A viagem da equipe guarulhense, como todos lembram, é um prêmio pela recente conquista do titulo brasileiro da COPA ARIZONA.
O chefe da delegação, Lázaro Camilo Ramalho, disse ontem que o clube está filiado a Liga Guarulhense de Futebol Amador,a Federação Paulista, e a autorização do Conselho Nacional do Desporto para a viagem da equipe deverá sair no inicio desta semana.
Deu muito trabalho tratar da papelada de filiação, mas felizmente está tudo pronto -disse Lázaro Ramalho.
A relação oficial de jogadores e demais membros da delegação que embarcará sábado já está pronta,notando se que o técnico Abílio Ramos e o presidente do Golfinho Adolfo Noronha, não viajarão com o time.
Lázaro Ramos disse que Abílio Ramos não viajará com o time em virtude de seus compromissos particulares que o impedem “Quanto ao Adolfo Noronha, está para ser pai por esses dias e também não pode viajar”.
Acompanhará a delegação, a convite da diretoria do Golfinho, o jornalista Ademir Malavazi, editor chefe, da Folha Metropolitana,e o locutor esportivo da Rádio Boa Nova de guarulhos, Osvaldo Tassi, e o comentarista Hermano Hering.
A relação dos atletas que representarão o Golfinho no Chile é a seguinte: Biriba,Colau,Xixela,Magrão,Ico,Alemão,Nata,Nenê,Bolão,Pezão,Ronaldo,Jorginho,Celsinho,Mauro,Nelcy,
Nelcy e Ricardo. Técnico Naim Zeitune. Massagista Nathan do Nascimento.
O Golfinho fará dois amistosos no Chile.o primeiro dia 25,domingo,e o segundo no dia 28,terçã-feira devendo retornar no dia 30.
Um dos compromissos será com o Bata, campeão amador chileno de 1975. Os jogos serão realizados no campo do Bata em Penãflor, núcleo industrial localizado a 15 quilômetros de Santiago do Chile,e a segunda partida será com adversários da região.
UMA FESTA CHILENA PARA O FUTEBOL DE GUARULHOS.
O Chile e seu povo oferecem ao visitante estrangeiro-especialmente o brasileiro-uma série interminável de surpresas- a começar por suas ruas impecavelmente limpas, bem tratadas e arborizadas, e pela paisagem de seus verdes campos, divididos geometricamente por fileiras de álamos,altas,e esguias árvores inexistentes no Brasil.
De fato,os seis dias que os 21 integrantes da delegação do Golfinho passaram no Chile constituíram uma sessão de agradáveis surpresas, a primeira delas proporcionada pouco antes da aterrisagem no Aeroporto Internacional de Pudahuel, ás 14:30 horas do dia 25, sábado,pelo espetáculo imponente da Cordilheira dos Andes,cujas montanhas eternamente cobertas pela neve montam sentinela a Santiago.
Logo,entretanto, os brasileiros se convenceriam de que o mais importante da excursão não seriam as belas paisagens e passeio programados para os dias em que ali permaneceriam, e nem mesmos as próprias partidas de futebol previstas ,razão principal da viagem. Mais importante que tudo seriam as calorosas manifestações de hospitalidade e cordialidade dispensadas pelos chilenos a todos os membros da delegação- com as quais pretendiam homenagear, como não se cansavam de enfatizar,”a todos los hermanos brasileños”.
De todas as festas, banquetes, recepções e outras homenagens prestadas aos membros da delegação, porém, uma em particular superou a tudo que os brasileiros poderiam esperar-aquele que lhes foi proporcionada pela população de San Vicente de Tagua Tagua, cidade situada a 150 quilômetro são sul de Santiago, para onde o Golfinho se deslocou na terça-feira para realizar, no dia seguinte, uma partida contra o General Velasquez, equipe líder da Zona Sul do Campeonato Amador Chileno. Quinze quilômetros antes, ainda na estrada, uma caravana de automóveis esperava a delegação, para recepcioná-la. Ao longo de todo restante do caminho, os moradores de San Vicente postavam-se nas calçadas para aplaudir os brasileiros.
No centro da cidade, várias centenas de pessoas aguardavam a chegada da delegação (o prefeito havia decretado feriado municipal para que todos pudessem participar da festa com faixas, banda de música e conjuntos folclóricos, trajando roupas típicas.
Desde então, autoridades e povo de San Vicente desdobraram-se para oferecer aos visitantes uma acolhida que chegou a desconcertá-los- tanta era a atenção com que os cercavam. Os chilenos lamentavam apenas o mau tempo, que impediu o cumprimento de todo o programa previsto, que incluía passeios a cavalo pela cidade, rodeios e apresentação de domadores.
De qualquer forma, os brasileiros foram unânimes em afirmar que nada, nem o mau tempo, seria suficiente para diminuir o caráter festivo da recepção.
Também em Peñaflor – cidade distante 40 km de Santiago – onde os brasileiros ficaram hospedados, a população dispensou uma carinhosa recepção aos guarulhenses- em particular as crianças, que acompanhavam todos os passos dos membros da delegação, onde quer que fossem.
Houve também outras surpresas menos agradáveis, como o alto custo de vida no Chile, cerca de 50 por cento mais caro que o do Brasil (dois exemplos: o quilo de carne de primeira custa ali pouco mais de 80 cruzeiros; o Fiat 600, automóvel menor que um sedan Volkswagen é o carro mais popular do país, está a 80 mil cruzeiros), o que tirou dos brasileiros toda vontade de fazer compras; e a manutenção do toque de recolher no período de uma às cinco da madrugada, durante o qual não é permitido a ninguém permanecer ou transitar pelas ruas, sob pena de prisão. Esses dois aspectos, mais o fenômeno de uma inflação galopante, que em 1975 chegou a 300 por cento, constituem os principais indicadores de uma crise política que convulsionou o Chile nos últimos cinco anos e que há três anos os militares que tomaram o poder tentam conter, a ferro e fogo.
Mas assim como a população chilena, logo os brasileiros curvaram-se às exigências da nova situação e aceitaram as regras do jogo, às quais os chilenos se submeteram com a explicação de que, “ao aceitar as restrições, sentimo-nos seguros.
O saldo da viagem, entretanto, foi altamente positivo e na quinta-feira, ao iniciar o retorno ao Brasil( a delegação fez escala em Buenos Aires, onde permaneceu até a manhã de sexta-feira), os guarulhenses já começavam a sentir a saudade prematura de um país e um povo que os haviam recepcionado como nunca poderiam imaginar (Do enviado especial: Ademir Malavazzi).
GOLFINHO RETORNA DA EXCURSÃO AO CHILE
Após uma viagem de seis dias ao Chile e uma rápida passagem pela Argentina, a equipe do Golfinho- campeã da Taça Arizona, campeonato que reuniu mais de 3 mil clubes amadores de futebol de todo o Brasil, -retornou sexta-feira a Guarulhos, sendo recepcionada pelo prefeito Waldomiro Pompéu em seu gabinete. Na ocasião o chefe da delegação, Lázaro Camilo Ramalho, fez uma rápida exposição dos resultados colhidos durante a excursão, enfatizando o sucesso da equipe brasileira no campo esportivo e principalmente fora dele, pela forma como se conduziram os 21 integrantes da delegação.
Na verdade, mais que os resultados obtidos pelo Golfinho em suas partidas (uma vitória e dois empates, a primeira contra o General Velazquez da cidade de San Vicente de Tagua Tagua e as outras diante do Bata, campeão amador chileno), o aspecto mais importante da excursão reconhecido pelas unanimidade dos guarulhenses, foi a calorosa receptividade do povo chileno à delegação, uma hospitalidade que chegou a desconcertar os membros da delegação.
Essa hospitalidade se revelou desde o dia da chegada do Golfinho a Santiago, sábado, quando os maiores dirigentes do futebol amador do Chile e do Bata – clube que hospedou a delegação foram esperar os guarulhenses no aeroporto internacional de Pedahuel, e e prosseguiu num crescendo durante os demais dias em que eles permaneceram em Penãflor, florida cidade distante40 km de Santiago, jantares, coquetéis, apresentação de conjuntos folclóricos, passeios, nada foi esquecido pelos chilenos, cujos esforços em fazer com que os visitantes se sentissem como em casa não foram poupados.
O ponto alto da viagem entretanto, ocorreu em San Vicente de Tagua Tagua, onde a delegação do Golfinho se dirigiu na terça-feira para uma partida contra o General Velazquez: a população local largou todas as suas atividades para esperar os guarulhenses, enquanto o prefeito declarou feriado municipal e preparou um programa de recepção que incluiu passeios a cavalo pelo Município, apresentação de conjuntos de música e bailados típicos e um banquete de 200 talheres no principal restaurante da cidade.
A viagem do EC Golfinho, a primeira feita por um clube de Guarulhos ao exterior e que teve resultados notáveis -não apenas para o futebol da cidade, mas para também o próprio esporte amador brasileiro.
GOLFINHO, BI CAMPEÃO DA COPA ARIZONA
O Dr. Adolfo B. Noronha recebeu a reportagem, em seu gabinete na UNIFIG, para relembrar a trajetória vitoriosa da equipe de futebol do Golfinho de Guarulhos. Cordial e atencioso como é seu estilo usual, descrevia as cenas das vitórias do Golfinho, ao mesmo tempo em que exibia fotos e recortes da época.
O Golfinho iniciou suas atividades em 1970, e conseguiu ser tetracampeão de Guarulhos, na categoria Juvenil. Já em 1975 disputou a Copa Arizona de futebol Amador e sagrou-se campeão do Estado e Campeão Brasileiro.
No ano seguinte em 76, repetiu a dose e foi Bicampeão do Estado e Brasileiro da mesma Copa Arizona, maior evento de futebol amador do país na época.
O prêmio para a equipe vencedora, era garantir participação no quadrangular Sul Americano realizado no Chile e para lá foi o Golfinho, representar Guarulhos. – Os jogos foram transmitidos ao vivo pela ondas da Rádio Boa Nova, pelos radialistas Osvaldo tassi, com comentários de Hermano Hering, relembra.
No Chile, o Golfinho jogou nas cidades de Peñaflor, São Vicente de Tagua-tagua e disputou a final em Santiago do Chile onde foi Campeão do Torneio Internacional.
” Foi bom pra caramba”, diz sobre o dia que retornaram à cidade campeões do Sul Americano no Chile. A cidade parou para ver o desfile dos jogadores e comissão técnica em carro aberto do Corpo de Bombeiros, que percorreu as principais vias, e, o prefeito decretou feriado, recebendo a comitiva no Paço Municipal, em grande estilo. Foi até então o maior feito futebolístico de um representante da nossa cidade, destaca.
Em 1977, o Golfinho iniciava sua caminhada rumo ao acesso a Terceira Divisão do Futebol Paulista, mas pela total falta de apoio das autoridades locais e a falta de um estádio em condições de receber os jogos, Adolfo Noronha, desanimado e pela continuidade, decidiu propor a fusão com a Associação Atlética Flamengo, “naquela época cheguei a pedir de joelhos ao prefeito Waldomiro Pompéu, para não parar o time, sem êxito decidi pela fusão com o Flamengo”.
FONTES: http://adguarulhos.blogspot.com.br/ – Página do clube no Facebook
Olá senhores !
Meu nome é Jonathas e fiz parte desta equipe. Inclusive participei desta viagem ao Chile. Na relação dos jogadores, o meu nome não consta (falha da reportagem ) Eu era conhecido como Jonas. Mas assim mesmo gostei muito da reportagem !
Muitas saudades !
Eu joguei no Golfinho, como goleiro de futebol de salão. Tinha 11 anos e hoje com 46, mas me lembro de cada detalhe dos jogos que fizemos.
Sou Leandro Cantuario de Andrade, hoje moro em Marília SP.
Poucas! Apenas duas!
E fotos não tem