CHAPÉU E PASSAGEM PARA A GRÉCIA.

A partida valia pela segunda fase do Campeonato Paulista de 1988. São Paulo e Palmeiras empatavam em 1×1, quando o centroavante Marcelo, recém saído dos juniores, entrou em campo no lugar de Anilton. Ele não passava de uma promessa, descoberta pelo técnico Cilinho, mas em pouco tempo transmitiu a impressão de que poderia ser um craque. Recebeu um lançamento pelo alto do também centroavante Ney, percebeu a chegada da marcação e deu um leve toque, encobrindo o zagueiro Nenê. Para completar o chapéu, disparou uma bomba, de pé esquerdo, que ainda tocou na trave do então goleiro palmeirense Zetti, o lance de gênio valeu para Marcelo algumas partidas com a camisa titular. Rapidamente, porém, a torcida percebeu que seu futebol não continha a genialidade que aquele gol fazia imaginar. Por isso, o centroavante começou a perambular por clubes de menor expressão e chegou a figurar no banco de reservas do Bahia. Só os dirigentes da Grécia continuaram impressionados com a beleza do gol marcado contra o Palmeiras em 1988, e levaram-no para o Xanthi.

Fonte: Revista Placar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *