Bonsucesso F.C.: 100 Anos de Paixão pelo Rubro-Anil

Por: George Joaquim

Sócio Contribuinte de pagamento anual

No dia 17 de setembro de 1911, nascia mais um menino em Bonsucesso. Esse mesmo menino cresceria nas ruas do subúrbio carioca exibindo em seu peito o escudo que amaria eternamente. Esse menino foi o meu avô materno, Benjamim Joaquim Ferreira, que ao ver o time rubro-anil desfilando seu talento nos campos suburbanos, orgulhou-se em escolher o Bonsucesso Futebol Clube como seu clube de coração. Amanhã, se vivo fosse, meu avô estaria completando 100 anos. Os domingos eram uma festa para o coração rubro-anil de meu avô.

Deixava minha avó doida com sua pressão para o almoço sair mais cedo e ele partir feliz, levando minha mãe toda arrumadinha, para passar o resto do domingo ao lado de seus amigos de arquibancada e curtir os jogos do juvenil, 2º e 3º quadros, aspirante e o time principal. Ajudou seu clube de coração de acordo com as suas possibilidades, doando aterros e materiais de construção em seu caminhão para o novo estádio da Av. Teixeira de Castro.

E que orgulho ele tinha ao comentar seus feitos para ajudar o Bonsucesso. Guardou uma jóia rara por toda a vida: um cinzeiro de porcelana de 1957 com o escudo do clube dado pelo meu pai.

Capa da carteirinha de sócio de 1947: outra jóia quardada pelo meu avô


Em 1961, aos 50 anos, foi vítima de um violento derrame cerebral (hoje chamado de AVC), impedindo a freqüência assídua por muito tempo. Mas não deixou de ouvir o seu clube nas transmissões esportivas pelo rádio. Gostava do locutor Orlando Batista em razão deste, segundo ele, gostar do Bonsucesso.

Mais uma jóia guardada pelo meu avô: capa da carteira de sócio dos anos 30
Bonsucesso com ”M” e com dois ”C”
Sua vida terrena teve fim no ano do segundo rebaixamento do Bonsucesso, em 1985. E por uma coincidência do destino seu clube volta à primeira divisão no centenário de seu nascimento.

De onde estiver e se ainda responde por Benjamim, espero que receba os mais sinceros votos de um Feliz Aniversário saudoso de sua filha, Dª Marlene e de seu neto, George Joaquim.

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Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

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