AGREMIAÇÕES DA REGIÃO DO TATUAPÉ – PARTE 16 – GRÊMIO URCA DO TATUAPÉ

GRÊMIO URCA
GRÊMIO URCA
 

Na foto de 1952, o Grêmio Urca formava com, em pé: João Araújo, Sérgio, Aurélio, Rgitti, Pavão, Izo e Dr. Álvaro (presidente); agachados: Walter, Murilo, Nardinho, Polaco, Castilho e Amilcar

Outra agremiação que marcou época e deixou imensa saudade. Poucas vezes viu-se tanta união entre diretores, jogadores e simpatizantes de um clube. Tanto isso é verdade, que ainda na atualidade os “moços” do Urca e seus familiares encontram-se duas vezes por ano para um jantar de confraternização.

O clube surgiu em 12 de abril 1939 como Tupinambá. Por motivo de se reunirem no Bar e Bilhares Urca, defronte do antigo Ginásio Fernão Dias, de propriedade dos irmãos Fontes, teve o nome modificado para Grêmio Urca. Foram seus fundadores: Carlos Sá, Camal Chain, Joaquim Bernardes Nunes e Durval Jardim. As primeiras reuniões foram feitas na casa de Carlos Jardim, pai de Durval, que ficava no local onde atualmente se acha instalada a Padaria e Confeitaria Vera Cruz. Um importante fato deve ser salientado ao falar desta agremiação: além de jogadores, seus elementos demonstraram no correr dos anos serem homens na verdadeira acepção da palavra. Engenheiros, advogados, delegados, artistas, empresários e outras viriam a ser suas profissões. Vestiram sua gloriosa camisa ou exerceram liderança os seguintes homens: Carlos Pinto de Oliveira Sá (atual presidente da Sociedade Amigos do Tatuapé – SAT), elemento de proa, sempre esteve à frente de todas as grandes iniciativas em favor do Tatuapé e região; Dr. Álvaro Silva (advogado, um dos grandes presidentes do Urca, ex-presidente da Sociedade Amigos do Belém, atual secretário da SAT); Dr. Zenon. B. Sitrângulo (Delegado Seccional da Zona Leste); Nelson de Moura (artista plástico); Glicério Geraldo Carnelosso (escultor); Romeu Iervolino (médico operador); Basílio Brotto (coronel da PM) e outros.

No início de 1942, surgiria nas hostes do Grêmio Urca uma tremenda novidade: seu jornal mural. A arma mortífera chamava-se “O Pastelão”, uma criação de Nelson de Moura (Charuto), desenhista e pintor de méritos incontestáveis. Tais eram as caricaturas e gozações impressas nele, que logo abaixo do título Nelson colocava “Orgão interno dos venenos urcaínos”. Em setembro de 1944, assinalando o nº 72, o último Pastelão descarregava suas venenosas baterias nas cabeças dos urcaínos.

As cores do uniforme do Grêmio Urca eram preta, branca e vermelha. Mandava seus jogos no campo existente entre as ruas Teixeira de Melo, Padre Antonio de Sá e Soriano de Souza. Atualmente, no local, está edificada a Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo. Nos meados da década de 60, o Grêmio Urca deixou as lides esportivas do Tatuapé. Elencos de grandes atletas, valorizam com inesquecíveis exibições o consagrado futebol amador da região. Alguns acabaram se profissionalizando: Fernandes (goleiro do XV de Piracicaba), Walter Jorge (Juventus), Otavio Brennus e Canhoto (Comercial).

Fonte: Gazeta do Tatuapé

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