Por: Carlos Zamith
Jogo de campeonato oficial, no dia 3 de setembro de 1949, no Parque Amazonense, entre Nacional e América. O resultado favorecia ao Nacional por 2 a 1. Aos 15 minutos para o seu término o árbitro Valter Reategui (sargento do Exército) suspendeu a partida alegando falta de segurança devido a uma grande pancadaria dentro de campo envolvendo quase todos os jogadores.
Os gols do Nacional foram marcados do Hélcio Peixoto (duas vezes) e o do América, pelo ponteiro Nicolau. Os dois times estavam assim em campo:
Nacional: Luizinho, Caçador e Lupércio; Jurandir, Antonino e Dog; Aristóteles, Smith, Hélcio Peixoto, Enéas e Raspada.
América: Yano, Darcy e Mão de Remo; Pirrica, Toscano e Dedé; Ivan, Zé Luiz, Jonga, Teodorico e Nicolau.
E o ‘Pau cantou’
Decorriam 30 minutos do segundo tempo quando se registrou um grande “sururu” dentro de campo com a participação de quase todos os jogadores. Serenados os ânimos, expulsos de campo, Raspada e Dog, do Nacional.
Logo depois, foram excluídos Mão de Remo e Darcy, do América e Smith, do Nacional, ficando esta agremiação com oito jogadores e o América com nove. Após esse novo incidente, com correria e sopapos de todos os lados, a partida foi suspensa.
O caso foi para o Tribunal de Justiça da FADA que marcou a disputa dos 15 minutos restantes para o dia 17 de setembro, catorze dias após o tumultuado jogo. O árbitro era o mesmo, Walter Reategui, e o jogo que havia sido suspenso com 2 a 1, para o Nacional, ficou em 2 a 2, pois o avante Jonga marcou para o América.
O Nacional, no final dos 15 minutos lançou um protesto contra a inclusão do jogador Cortez ou Mão de Remo na equipe do América, alegando que ele havia sido expulso no jogo do dia tumultuado e também expulso da fileiras do Exército Brasileiro. Toda essa confusão terminou em nada. Cada time ganhou um ponto.