Adeus Bellot. Faleceu na manhã desta sexta-feira, no 23 de março de 2012, Josenildo Francisco da Silva (08/01/1965), 47 anos, carinhosamente conhecido como Bellot. Após chegar ao chegar ao vestiário do São Cristóvão F.R., o jogador sentiu um mal súbito. O atleta chegou a ser socorrido pelos jogadores e demais membros da comissão técnica, mas não resistiu ao chegar ao hospital.
Considerado bom goleiro, sua carreira não obteve projeção maior por conta de sua baixa estatura. Ainda quando jogava na categoria Mirim, foi o primeiro goleiro a sofrer um gol de Romário, em jogo válido pelo Campeonato Estadual entre América x Vasco, no dia 12 de novembro de 1979, fato o qual gostava sempre de relembrar como um motivo de grande orgulho e satisfação.
Bellot, recentemente alvo de documentários e entrevistas, era um raro de exemplo de atleta, que mesmo tendo encerrado a carreira de goleiro, voltara atrás em várias oportunidades para ajudar a equipe cadete quando era necessário que o time tivesse ao menos um arqueiro para compor o banco. Em determinados momentos ele acumulou o cargo de técnico, assistente, treinador de goleiros, supervisor, e ainda o de goleiro reserva do time, algo muito raro no mundo do futebol.
“Havia decidido me aposentar em 2009 e vinha exercendo o cargo de supervisor, mas me vi obrigado a voltar a campo porque dois dos três goleiros do elenco profissional se encontravam sem condições de jogo”, declarou certa feita em uma entrevista.
Nascido há 47 anos, em Goiana, no estado de Pernambuco, Josenildo ainda atuaria pelo Novorizontino (SP), Anápolis (GO), Novo Horizonte (GO), Santo André (SP), Portuguesa (SP), XV de Jaú (SP), Atlético Goianiense (GO), Vila Nova (GO), Goiás (GO), Náutico (PE), Porto (PE), River (PI), União Rondonópolis (MT), América (RJ), Portuguesa (RJ), além do próprio São Cristóvão por oito anos.
Bellot é também é o recordista de partidas com a camisa so São Cristóvão F.R. em toda a história do clube: 432 jogos disputadas. “A torcida sempre me pedia para voltar. Chegaram mesmo a promover uma campanha chamada “Machuca, Max”, para que eu pudesse ser titular”, afirmava o simpático e atencioso Josenildo sempre alvo de admiração pela comunidade esportiva pelo exemplo demonstrado dentro e fora de campo.
Colaborou com o texto: André Luiz Pereira Nunes
Fotos: Arquivo pessoal