No dia 9 de março de 1980, estavam reunidos no estádio Vivaldão, Nacional Fast Clube e Cosmos-EUA, jogo amistoso, mas com muitas atrações no time visitante: Benkenbauer, Carlos Alberto Torres, Oscar, Romerito e Chinaglia. O Fast apresentou, como novidade, o Campeão do Mundo, Clodoaldo.
O estádio Vivado Lima apanhou o maior público de todos os tempos, um recorde e cuja capacidade era, na época, limitada a 50 mil lugares.Desde às primeiras horas da tarde o movimento era grande nas imediações do Vivado Lima. Uma enorme fila de ônibus despejando torcedores que na correria procuravam as melhores acomodações. Tarde de muito calor e praticamente ninguém conseguiu ver o espetáculo sentado. Cada espaço era disputado com certo sacrifício.
Houve momento em que uma das marquises ameaçou desabar, tal a quantidade de pessoas que se encontravam nela sentadas. Foi quando um torcedor que estava na parte superior, lá em cima, lança uma garrafa de refrigerante nos que estavam nos degráus inferiores da arquibancada. A resposta foi imediata. Os que estavam na marquise se viram sob pedras latas, tudo o que dava na mão.
Muitas pessoas que se postaram na marquise sairam com diversos ferimentos pelo corpo, porque de quando em quando surgiam gritos que a marquise estava desabando. O corre-corre era geral e os mais afoitos saltavam de qualquer maneira, houve casos graves de fraturas de pernas, braços e costelas.
Tudo terminou como começou, ou seja, zero a zero. Depois do jogo a curiosidade do torcedor era em torno da arrecadação e do público pagante. Muitos chegaram a calcular 70 mil, considerando que sempre quando se falava em capacidade do estádio, alguns davam esse número.
O público só veio a saber do montante, dias depois ao jogo, pelo boletim financeiro distribuído e publicado pela imprensa, dando o número de pagantes: 56.950, com mais de 48.500 ingressos vendidos só para a arquibancada.
Fonte:Baú Velho de Carlos Zamith