O Gracianauto Futebol Clube foi uma agremiação fundada em Araraquara, na década de 1960. O proprietário de uma empresa se chamava Graciano R. Affonso (cidadão de destaque e muito prestígio na sociedade araraquarense), e o ramo de atividade era agência de automóveis; daí… juntaram Graciano e auto, resultando no nome que o clube recebeu: Gracianauto. Até hoje existe essa agência de veículos na Avenida 7 de Setembro, ao lado da igreja de Nossa Senhora do Carmo, no bairro do Carmo, mas com outros proprietários. Recebendo o maior apoio da empresa, o clube fundado destacou-se no cenário do amadorismo da cidade.
Começando pela Segunda Divisão Amadora da Liga Araraquarense de Futebol, o time azul e branco obteve o vice-campeonato em 1965. No ano seguinte, sagrava-se campeão, adquirindo o direito de disputar, em 1967, o certame lafeano da Primeira Divisão.
Em 1969, o Gracianauto desenvolvia sugestiva campanha, terminando a competição em 3º lugar.
Em 1970, levantou o Torneio-Início da Primeirona.
O ano de 1971 marcou as maiores conquistas do Gracianauto. Levantou a Taça Cidade de Araraquara; foi campeão da Taça A Gazeta Esportiva; e tornou-se vice-campeão do Campeonato Amador da LAF.
A final da Taça A Gazeta Esportiva de 1971 foi realizada no Estádio Municipal de Araraquara, entre Gracianauto Futebol Clube e Associação Ferroviária de Esportes (AFE). Contra o forte quadro amador da Ferroviária, o Gracianauto conseguiu igualar-se no marcador, no tempo regulamentar: 0 a 0. Na disputa de pênaltis, levou a melhor, erguendo o troféu da importante competição amadora.
Na oportunidade, o Gracianauto apresentou a seguinte formação: Laerte; Pastori, Fermentão, Wilsinho e Roberto; Pedrinho e Nelsinho; Osvaldo, Tim, Zé Carlos e Hudson.
Wilson Carrasco defendeu o Gracianauto
Entre os jogadores que desfilaram sua técnica e bom futebol no Gracianauto, destaque-se o nome de Wilson Carrasco, profissional competente que se destacou, na década de 1980, em clubes do interior paulista, entre eles a Ferroviária de Araraquara e o Botafogo de Ribeirão Preto, despertando o interesse de grandes clubes. Defendeu posteriormente a Portuguesa, o Sport, o Santa Cruz, o Cruzeiro, entre outros clubes.
Fonte:
Museu do Futebol e Esportes de Araraquara (Arena Fonte Luminosa)
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali