A historia da Sociedade Esportiva Naviraiense

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A Sociedade Esportiva Naviraiense, disputou pela primeira vez um Campeonato Estadual de Profissionais no ano de 1.987 – tendo como Presidente o Advogado Mário Sérgio Rosa, Vice Teobaldo Karlinc e Diretor de Futebol Manoel Pulquério Garcia (Mane João). O time teve uma campanha invicta, até ás oitavas de final realizada no principio de Dezembro de 87. Em dois jogos inesquecíveis a SEN eliminou o CAP ( Clube Atlético Paranaibense). A CBF decidiu pela suspensão do Campeonato que entraria no período de festejos natalinos a fora. A federação adiou para o inicio de 88, a semi-final da Competição e o adversário era o Gianini de Costa Rica.

Houve muita polêmica, atraso na reapresentação e o campeonato voltou em Fevereiro. A SEN perdeu por 1 x 0 em Costa Rica e voltou a perder por igual placar, numa tarde chuvosa e que se transformou num clima “Fúnebre” – Gol de Luis Yamashita, no Segundo Tempo em um chute rasteiro de fora da área. Foi se o sonho do time comandado pelo Técnico Scarpelini chegar a primeira divisão.

No mesmo ano, já no segundo semestre, começou nova batalha. A Diretoria corrigindo erros da primeira incursão, substituiu a Comissão Técnica – Vieram o Técnico Carlos Sidreira (Copeu) velho conhecedor do Futebol Sul-Mato-Grossense e a maioria dos jogadores do Estado. Com ele o Preparador Físico Valdecir Roberto “Mandalho”. O time de Marcão, Paulinho, Mauri, Mauro, Sielmo, Serginho Gaúcho, Edílson, Siri, Jadilson, Reinaldo, Verde, Naldinho e Cia, sagrou se campeão invicto. A temporada de 89 foi conturbada com troca de Presidente no meio da disputa. Uma revolta de Jogadores e com apoio da Imprensa Esportiva (Soares e Silva Jr da Rádio Cultura) Teobaldo Karlinc foi elevado a função de Presidente com a renuncia de Mário Sérgio Rosa. A Semi final foi emocionante contra o Cassilandense (2 x 0 em casa e 2 x 1 fora) e a Final, já assegurada a vaga para a primeirona , disputada e vencida sem atropelos contra o Sidrolandia.

Em 90 com o Técnico Milton Buzetto, o time de Naviraí debutava na série principal do Sul-Mato-Grossense. A Campanha foi irreparável, o time praticamente não venceu nenhum jogo com mais de 2 gols de diferença. A única excessão foi o jogo contra o EASA de Ladário no Virotão por 3 x 0 (Um dos bandeiras foi Severino Ramos Florêncio 0 “Paraíba”). A velha tática da retranca que consagrara Buzetto desde os tempos de EC Corinthians prevalecia por aqui. Estréia contra o time que representava as cidades de Angélica e Ivinhema (ANGIVI) final 1 x 0 para SEN, gol do Tatuzinho Daniel aos 43 do 1º tempo. O time jogou com Bertosa, Luis Dias, Mauri, mauro e Tiquinho; Corina, Edílson (Sérgio Gaúcho) e Jadilson; Daniel, donizete e Marquinhos (Vicente). E já no primeiro ano chegou a final do campeonato, decidindo o título com o Ubiratan. A equipe tinha a melhor campanha, jogava por dois empates. Perdeu em Dourados por 1 x 0 e não saiu do 0 x 0 em casa. Esse jogo ficou na memória da torcida, pelo aparato de segurança trazido para Naviraí pela direção do Leão. Culparam o árbitro Marcos Augusto dos Santos, mas para mim ele foi perfeito. Teve atacante da SEN que errou gol em baixo da trave com o arqueiro Marola batido, um mês depois o referido centroavante já atuava pelo time de Dourados. Sem falar no volante qur jogava com tênis de Suíço (lembram) também amarelou. Perdemos um título que todos consideravam certo.

No ano seguinte, problemas políticos e também financeiros provocaram troca de diretoria. Saiu o grupo de Teobaldo karlinc, assumiu o pessoal da Administração Municipal. O presidente passou a ser o Secretário de Finanças da época João Alberto Giusfred. O time tinha Milton Brancaleão como diretor de Futebol. Foi uma das mais caras estruturas da história do Clube. De novo uma ótima campanha, com vitórias expressivas dentro e fora de casa. Os jogos mais marcantes para mi, foram 2 x 1 contra o Operário no Virotão com roubo e tudo praticado pelo Árbitro que home é meu amigo, por isso foi relevar e não repetir seu nome. Mesmo assim seu Antônio, o ponta Dário cobrou uma falta na gaveta de Paulão e não deu. O outro jogo foi em Paranaíba, ainda chamuscada pela rivalidade entre os times desde a segundona de 87, a SEN ganhou de 1 x 0 gol do ótimo ponta Cido. Com o Técnico João Paulo chegou a final com o Operário de Campo Grande. Uma final que não teve o jogo de volta em casa. Uma invasão de campo fez com que o Virotão fosse interditado. Entre os invasores estava o Pardal com uma cobra jararaca na mão. No Primeiro jogo derrota por 2 x 1 no Morenão e na volta nova derrota por 1 x 0 no Frédis Saldivar “Douradão”. Foi a segunda derrota seguida em final, talvez com um pouco de tristeza a menos porque infelizmente o futebol se misturava com paixões políticas e tinha muitos torcendo contra. Daquela campanha outra grandee lembrança foi a expressão, “ E ai meu Rei” deixada por Edson Moita o Zagueirão indicado pelo competente Médico Dr. Carlos Henrique.

Em 92, nova troca de Presidência. Mane João se torna politicamente ligado a Onevam e postula a Vice na chapa (Para Prefeito) do ex Presidente João Alberto Giusfred (Cabeça branca). Integrante da Assessoria de Imprensa de Onevam, Soares Filho é eleito Presidente e tinha como diretor de Futebol Antônio Marcelino (Gerente do Bamerindus). Como Técnico o consagrado Jogador Paquito (Manoel Martins Manso)e Manoelito como Preparador Físico. Com poucos recursos o time não passou da segunda fase. O resultado da eleição também colaborou. Era o inicio as fase pobre do futebol da SEM. 93 sem recursos o time se licencia do Estadual, para suprir a ausência o Dpto de Jornalismo e Esportes da Karandá promete a 1ª edição da Copa Karandá FM, repetida com sucesso no ano posterior.

No ano seguinte (94) na gestão Lukenczuk, novo Presidente – Elias Construtor, tendo Jaimir José da Silva como Vice e Carlos Talão Domingues (Diretor). Na diretoria ainda Elpidio Bressa como Tesoureiro, Soares Filho Supervisor e Paulo Sampaio, Secretário. A equipe começou com Minuca como técnico, Soares Filho foi interino após a demissão de Minuca, Almeida foi contratado e ficou só um mês e também foi demitido. Soares acabou o certame a frente do time, que a esta altura já não tinha mais presidente nem Vice. Diretores sem apoio abandonaram o Projeto. O Prefeito não cumpriu com o compromisso de apoio. Soares, Bressa e Paulo Sampaio conduziram o time em toda a segunda fase, sem dinheiro e com pouco apoio do comércio. O Futebol Profissional “Agonizava”. Desclassificado com a decepção do grupo trazido por Minuca de Xanxerê, o Naviraiense terminava no final de 2003, sua primeira etapa na história futebolística Sul-Mato-Grossense.

Em 2006, 12 anos depois o futebol voltou a ser motivo da alegria para a fanática massa local. Graças a insistência de Desportistas como Macedo, Zé Roberto e os ex craques Jadilson e Marcão. Apoiados pelo grande entusiasta o Vice Prefeito Ronaldo Botelho, fizeram ressurgir a emoção nas tardes de Domingo nos altos da Av. Dourados, estádio Virotão. O CEN vem até aqui, substituindo com toda galhardia a nossa inesquecível Sociedade Esportiva Naviraiense (SEN) do saudoso Manoel Pulquério Garcia, de Teobaldo, Mário Sérgio Rosa, Onofre Figueiredo, Carlinhos da Madeiral, Pescoço, Diogo da farmácia, Fernando Ramos, Pardal, Onivair e tantos, e tantos outros………………E a história prossegue.

Fonte: Gazeta MS

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