Ao pesquisar na internet sobre a “Cruz de Malta” observei que a embarcação do escudo do Vasco da Gama não é uma “Caravela” é sim uma “Nau”.
Talvez este outro erro “gráfico” do escudo não seja reconhecido pelo clube, pois desconheço informações a respeito do assunto.
Os Portugueses, nos descobrimentos, utilizaram a Barca, o Barinel, a Caravela e a Nau para as suas descobertas e conquistas.
A barca é uma embarcação de pequeno porte, talvez de 20 a 25 tonéis, em geral de boca aberta, ou com uma só coberta quando se construíam para viagens distantes. A ré (popa) e a proa eram aguçadas e tinham em geral um só mastro com muito guinda e uma enorme vela de pendão. Foi com a barca que Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador em 1434.O barinel parece ter origem no Mediterrâneo. Foi usado em viagens de exploração ao longo da Costa Africana além do Bojador.
O barinel é um barco de maior porte que a barca com proa alterosa e recurvada, a popa redonda, o leme de grande porte, dois mastros com vela redonda de arrear e, armava remos para poder navegar sem vento ou na aproximação da terra.
A partir de 1441, os portugueses passaram a utilizar caravelas nas suas viagens. Este tipo de navio era um navio adaptado à exploração, rápido, de fácil manobra, apto para a bolina, de proporções modestas e em caso de necessidade podia ser movido a remos e usado como recurso de defesa de algumas armadas.
A caravela possuía velas triangulares (vela latina), o que lhe dava possibilidade de fazer um tipo de manobra que nenhuma outra embarcação o conseguira: bolinar – possibilidade de navegar com ventos contrários. A caravela portuguesa era um navio que podia ter um porte que era em média entre os 40 e 60 tonéis, com uns catorze metros de quilha. Geralmente tinha dois mastros com velas latinas, embora as maiores pudessem ter três mastros. Tinha apenas um castelo de popa e uma coberta. A tripulação de uma caravela poderia rondar os 20 ou 25 homens em média. No final do século XV e inícios do XVI sofre ajustamentos que deram à caravela um maior porte – passa a poder transportar 50 homens.
No século XVI a importância da caravela diminui, sendo destinadas as missões de apoio.
A nau substituiu a caravela nas grandes viagens oceânicas. Era um navio de muito maior porte, mais adequado para o comércio a longa distância, mais resistente à violência do mar e mais poderoso para enfrentar a guerra naval.
As naus tinham em geral três cobertas, dois mastros com pano redondo e um com pano latino, a ré, e castelos à popa e à proa.
A capitania da armada de Vasco da Gama, tinha cerca de 120 tonéis de porte, e no tempo de D. Manuel, as chamadas naus da Índia chegavam com frequência aos 400 tonéis. A partir de finais do século XVI, algumas das embarcações chegaram ultrapassar os 1000 tonéis.
A Nau permitia o transporte de maior tonelagem de mercadorias e tornara-se viável porque aumentara o conhecimento das rotas adequadas para o aproveitamento dos ventos mais favoráveis à progressão das naus. Texto extraido do blog portugues do Voltron.
Observem as fotos:
Caravela
Caravela e Barcas
Nau
O Almirante Vasco da Gama utilizou Caravelas para suas descobertas, quanto que as Naus eram utilizadas mais para transporte de mercadorias dado seu grande tamanho.
Conclusão:
Deveria ser uma “Caravela” a representar Vasco da Gama, mas no escudo do clube tem o desenho de uma “Nau”.
Acrescentando que as embarcações que utilizavam a “Cruz de Cristo” em suas velas eram dos Almirantes que pertenciam a “Ordem de Cristo” que na época era um Centro Católico de pesquisa e conhecimento das melhores naves portuguesas. Não necessariamente eram embarcações portuguesas, pois espanhois também frequentaram a “Ordem de Cristo” e também utilizavam a “Cruz de Cristo” em suas naves.
Muito interessante Ielo