Jacó Santos Vasconcelos ou Jacozinho um sergipano que ganhou fama nos anos oitenta, vive em Vila Velho no Espirito Santo. Ele ainda mantém o seu jeito folclórico e engraçado. No futebol viveu bons e maus momentos. Foi coroado rei em Alagoas e morou debaixo das arquibancadas no Maranhão. Hoje, Jacozinho é atleta de cristo e não se restringe apenas às alegrias e aos dramas pessoais.
O Jacó gosta de contar as histórias que viveu no futebol. Ele fala sobre as drogas que circulam no submundo do futebol brasileiro. Ele mesmo diz que quando jogava no Galicia de Salvador, os jogadores tomavam Glucoenergan na veia. Jacozinho não se deu bem. Tomou e ficou todo abestalhado. Muita gente não gostou de suas declarações, mas ele afirma que no Maranhão, jogadores usavam maconha. No Nacional de Manaus, o estimulando era cocaína. No CSA, o massagista Cajú dava aos atletas Glucoenergan e Preludim, substâncias consideradas proibidas no esporte.
Os casos de doping são apenas algumas das histórias vividas por Jacozinho que começou jogando no Vasco de Sergipe em 1975. Na sua longa careira passou por 22 clubes. Como jogador conseguiu fama graças as reportagens carregadas de humor e exagero do repórter Márcio Canuto repórter da emissora que retransmitia a Globo para Alagoas, jogando pelo CSA a popularidade do craque sergipano estorou em 1985 no Campeonato Brasileiro daquele ano e pedia o craque do time alagoano na seleção brasileira de Telê, no amistoso que comemorava a volta de Zico ao Flamengo. Jacozinho não havia sido convidado para a festa, mas voou para o Rio de Janeiro e, no Maracanã, cavou uma vaguinha no banco do time Amigos do Zico. Depois, acabou entrando aos 25 minutos do segundo tempo. Tempo suficiente para receber um passe de Maradona e marcar um golaço. Com isso, ganhou fama e algum dinheiro. Mas, esbanjou tudo com farras e mulheres. Jacó garante que, no apogeu da fama, chegou a possuir um sitio, uma mansão de cinco quartos em Jequié , na Bahia, uma casa em Aracajú, um apartamento em Maceió e três carros. Perdeu tudo. Hoje, vive em casa alugada, tem um Monza cheio de problemas e ganha 450 reais mensais.
Em Vila Velha, onde mora, Jacozinho se converteu em atleta de Cristo. Ficou longe da mulherada, mas tem um projeto na cabeça: Se tornar pastor e levar a palavra do evangelho para a China. Faz parte de grupo de pagode evangélico e já gravaram um CD. Seu carro chefe é a musica que narra seu maior momento de glória. O refrão diz assim: Maradona lançou, Jacozinho partiu, Leandro ficou, Cantarele caiu… e a torcida gritou: é gol, é gol de Jacozinho.
Jacozinho foi campeão pelo CSA 1984/1985 voltou em 1987.
Vasco (SE), Sergipe (SE), Jequié (BA), Galícia (BA), Lêonico (BA), Corinthians de Presidente Prudente (SP) e Santa Cruz (PE) e outros tantos clubes pelo Brasil.
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Bela narrativa Galdino.
A história de Jacozinho é igual a de centenas de jogadores em nosso país, infelismente.
Ainda bém que ele encontrou um caminho melhor que outros que não tiveram a mesma “sorte”.
Abraços
Marcos Falcon