Muito se fala sobre a queda de equipes para uma Segunda Divisão do Campeonato Estadual Acreano Profissional. Na última semana até mesmo ouviu-se falar em virada de mesa, o que foi descartada pelo presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), o advogado e empresário Antônio Aquino.
Se a autoridade máxima do futebol acreano confirmou a realização de uma segunda divisão, confirmou também que só haverá uma divisão de acesso caso existam equipes suficientes. No caso de apenas quatro equipes se inscreverem, haverá apenas uma equipe rebaixada, porém se houver cinco ou mais equipes inscritas, duas mais deverão ser rebaixadas.
Duas equipes tentaram suas inscrições para participar ainda em 2009 da Primeira Divisão, o Cruzeiro FC (Cruzeiro do Sul) e o Amazônia (Rio Branco), porém acabaram ficando para disputar a Segundona. Na última semana duas outras equipes buscaram a Federação para se inteirar sobre os documentos necessários para participar, o Flamenguinho (Bujari) e Bangu (Senador Guiomard).
Flamenguinho deu entrada em parte da documentação na Federação.
Articulações políticas dão conta de que uma equipe de Sena Madureira e outra de Epitaciolândia pretendem entrar no futebol profissional, porém a Federação disse não ter sido contatado por ninguém destes dois municípios oficialmente.
Uma quinta equipe chegou a ser cogitada para participar da Segundona, o Acre FC, no entanto seu presidente, João Salomão, descartou a participação. “Nossa entrada no futebol dependia de um projeto da abertura da licitação do Arena da Floresta e uma parceria com o Atlético (PR), mas agora ficou sem previsão”, disse Salomão. “Porém não estamos afastados totalmente do futebol, só não iremos participar este ano da Segunda”.
Antônio Aquino lembrou as equipes interessadas em se fi-liar na Federação que existem, além das documentações exigidas, três taxas a serem pagas. A de filiação da Confederação Brasileira de Futebol (que era de R$ 6.000 e agora passou a ser de R$ 10.000), a de filiação na Federação Acreana (R$ 10.000) e uma que é anual para cada clube (R$ 1.200).
O Amazônia FC confirmou que independente de quais forem as taxas, irá participar da Segunda Divisão em 2009. “Muitas equipes buscam se filiar na Segunda, mas quando ficam sabendo das documentações e os empecilhos acabam desistindo”, explicou Marcelo Ribeiro, o “Bujica”, vice-presidente do Amazônia. “A criação da Segunda foi uma motivação para o futebol acreano e independente de quais taxas seja, iremos participar, mas caso não tenha a Segunda vamos pleitear a entrada em 2010 para a 1ª Divisão”, disse.
O que se sabe ao certo é que não existe a certeza da realização da Segunda Divisão caso não se tenha o número mínimo de equipes para sua realização, ou seja, quatro equipes mais uma para cair (Plácido de Castro), ou ainda, cinco ou mais equipes, além de duas a caírem (Plácido e Independência). Outro fator a ser avaliado é que não existe nenhuma promessa do Governo do Estado para apoiar esta recém-criada divisão de acesso, o que deixaria a cargo de cada equipe os gastos com material, salá-rios e transportes, além da arbitragem. O que ficaria a cargo das equipes e o que ficaria a cargo da Federação é um fator a ser negociado entre as duas partes em reunião a ser realizada após a confirmação da divisão.
Fonte: Ramiro Marcelo, Jornal A Gazeta do Acre