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Considerada uma das maiores, senão a maior rivalidade no futebol mundial.Não raramente, chega-se a conclusão de que não há uma partida tão repleta de características marcantes quanto Celtic x Rangers, rivais na cidade de Glasgow e em todas as outras esferas possíveis.
A primeira partida entre os dois clubes aconteceu há mais de um século, confirmando a longevidade desta rivalidade. Este primeiro encontro, ocorrido em 1888, acabou com um placar de 5 a 2 a favor do Celtic, que tinha uma equipe composta por jogadores convidados do Hibernian, já que o Celtic havia sido fundado naquele mesmo ano.
Mas o que teria de tão especial esse clássico, popularmente conhecido como: “The Old Firm” (“A Velha Firma”)? Um pequeno pormenor religioso fez com que esse clássico fosse um dos mais violentos de todos os tempos: católicos versus protestantes!
O clássico ganhou a alcunha de The Old Firm. A primeira teoria para este termo surgiu de um artigo de jornal que dizia que os jogadores davam-se tão bem que pareciam velhos amigos de empresa. Por outro lado, o termo teria surgido dos benefícios comerciais que ambos adquirem com essa rivalidade, como se representassem uma empresa.
A rivalidade entre Celtic e Rangers vai muito além das quatro linhas. Não há dúvidas de que ambos são os maiores clubes do país, e muito raramente a hegemonia nacional é quebrada. Logo, é comum que clubes que lutem sempre pelos títulos tornem-se desafetos. Mas, neste caso específico, o desgosto comum deixa as arquibancadas, com desavenças religiosas, políticas e culturais.
Enquanto o Rangers representa a população Protestante e apoia o Reino Unido e sua Monarquia, o Celtic é um clube de origem Católica irlandesa e italiana, que reprensenta a população Republicana. Portanto, para os torcedores e para a Escócia, ambos se tornaram símbolos de cada parcela do povo.
Estas diferenças sócio-culturais acabam sendo explosivas para as parcelas extremistas da torcida. Hoje, ambos admitem o preconceito como um problema e entendem que estes torcedores foram, e continuam sendo, culpados de perpetuar o partidarismo, ofensas religiosas e intolerância cultural. Ao lado do Parlamento Escocês, Grupos de Igrejas e Organizações Comunitárias, Celtic e Rangers tentam abolir os cantos e bandeiras racistas e os torcedores problemáticos, com um aumento no número de policiais e vigilância eletrônica.
Mais os torcedores extremistas fomentam essa rivalidade, para se ter uma idéia do fanatismo, os torcedores do Celtics (verde e branco) colocam estampada em sua bandeira a imagem do Papa e apóiam o grupo terrorista irlandês: “Ira”! Já os do Rangers (azul e branco), de tradição protestante anglicana, colocam em suas bandeiras o rosto da Rainha da Inglaterra, cantam o hino do Império Britânico e apóiam o grupo terrorista Protestante: “Ulster”! São verdadeiros Hooligans escoceses!
No entanto, discussões sobre o que realmente caracteriza preconceito emperram um maior avanço nesse sentido. Alegações de valorização das crenças pessoais e não o sobrepujo sobre o adversário torna difícil decretar quais cantos e bandeiras serão proibidas. A UEFA abriu dezenas de investigações sobre episódios de violência e cantos racistas, aplicou pesadas multas, mas, de acordo com a Organização de Torcedores do Rangers, se trata de uma pequena parcela da torcida, sugerindo que “não importa o quanto digam para eles pararem, pois essas pessoas simplesmente não ouvem”.
Outro detalhe curioso é que a torcida do Rangers usa camisa laranja, como provocação ao adversário, para comemorar a deposição da Monarquia Católica de Guilherme de Orange, em 1688, que era conhecido como “Billy”. Os torcedores do Celtics são conhecidos como os “Billy Boys”.
Um estudo realizado em 2000 apontou que 74% dos fãs do Celtic são católicos, enquanto apenas 4% se declararam Protestantes. Para os adeptos dos Rangers, 65% são protestantes e 5%, católicos.
Em 1931, em mais um clássico “The Old Firm”, o goleiro do Rangers teve o seu crânio quebrado por um jogador do Celtics, numa disputa de bola, acirrando ainda mais o ânimo dos torcedores.
Em 1989 o Rangers, tentando acabar com a segregação religiosa, contratou o jogador Mourice “Mo” Johnston, um católico que havia sido artilheiro pelo Celtics. E ele passou a receber ameaças de morte pelas duas torcidas, tendo depois se “exilado” nos Estados Unidos. Em meados da década de 90, isso começou a acabar.
Com dois clubes tão representativos, não é espantoso o domínio de ambos no cenário nacional. O Rangers conquistou o campeonato escocês 51 vezes, contra 42 do Celtic. Porém, o Celtic é o único escocês e o primeiro clube britânico a conquistar a Liga dos Campeões, em 1967, vencendo a Internazionale por 2 a 1, em Lisboa. Enquanto isso, o Rangers alcançou apenas as semifinais, em 1960.
Ambos detém o recorde de conquistas consecutivas da Premier League: o Rangers foi nove vezes campeão entre 1989 e 1997, e o Celtic alcançou esta marca entre 1966 e 1974. Em Copas Nacionais, o Rangers soma 31 títulos da Copa da Escócia e 24 da Copa da Liga. Por sua vez, o Celtic conquistou 34 Copas da Escócia e 13 Copas da Liga.
Atualmente, os clubes enfrentam-se, no mímino, quatro vezes ao ano, uma vez que a Premier League é composta por apenas 12 times que disputam quatro turnos. Até hoje, tivemos 150 vitórias dos Rangers, 92 empates e 135 vitórias do Celtic, totalizando impressionantes 377 confrontos.
Apesar da enorme rivalidade, os clubes uniram-se no desejo de deixar as competições escocesas e participar da Premier League inglesa. A mudança para a Inglaterra daria um aumento considerável nas finanças de ambos, uma vez que sua base de fãs é muito maior do que de alguns clubes da EPL que recebem muitos mais em direitos televisivos. Porém, os clubes ingleses e escoceses não aceitaram a idéia. Na Premiership, haveria uma grande concorrência por vagas européias e os times menores perderiam espaço. Na Escócia, haveria um interesse ainda menor pela competição sem os dois gigantes. Além disso, as federações nacionais e a UEFA teriam de aceitar essa transferência, fato pouco provável.
Fonte:Internet,arquibancada.blog.br,Alexandre Sampedro,fanaticosec,wikipedia,arquivos pessoais.
As pessoas já usam o futebol para se separar em “grupos inimigos”, imagine misturando com religião.
Há outras rivalidades que passam um pouco da fronteira meramente clubística:
Roma x Lazio: Tem o lado político da “esquerda versus direita”, além daquele problema todo da herança fascista que a Itália sofre até hoje, sendo a Lazio o “clube dos conservadores/simpatizantes fascistas” e a Roma agrupando os torcedores liberais/contrários ao fascismo e ainda por cima fundada por judeus.
Ajax x Feyenoord: Apesar de não ter sido fundado por judeus o Ajax ganhou com o tempo essa conotação, a ponto de sua torcida levar estrelas de David para os jogos. Já a torcida do Feyenoord incorporou o anti-semitismo e a xenofobia, se considerando os holandeses “puro”, frequentemente carregam bandeiras com suásticas etc.
Abs,