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Por Sérgio Mello
O Treze Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Juazeiro do Norte, localizado na Região Metropolitana do Cariri, que fica a 491 km da capital do estado do Ceará.
A localidade conta com uma população de 286.120 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.
O Alvirrubro juazeirense foi Fundado no domingo, do dia 15 de Novembro de 1936, com o nome de Treze Sport Clube, por Antônio Fernandes Coimbra, conhecido por Mascote.
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EM PÉ (esquerda para a direita): George, não identificado, Doca, Edmílson, Tonico e Darim;
AGACHADOS (esquerda para a direita): não identificado, Beato, não identificado, Rodrigues e Vicente Machado.
Cinco anos depois foi reorganizado (1941) e criado o Departamento Social, no domingo, do dia 6 de Abril de 1947, transformar-se-á, por força destes Estatutos, em sociedade desportiva, recreativa e cultural, com personalidade jurídica distinta da dos seus membros associados, os quais não respondem subsidiariamente pelas obrigações por ela contraídas. A sua alcunha: O Mais Querido Clube de Juazeiro.
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Sede inaugurada em 1949
Um Primor, a inauguração das novas instalações do Treze Sport Clube, localizada, onde atualmente fica a Praça Governador Tasso Jereissati, na Rua Leandro Bezerra, no bairro do Socorro.
A sociedade juazeirense não chegou a assistir uma festa tão notável como na quinta-feira, do dia 23 de junho de 1949, na inauguração das novas instalações do Treze Sport Club, “O Mais Querido Clube de Juazeiro”.
Com os seus amplos salões abertos e ao som de foguetes e orquestra, aquele club ofereceu uma riquíssima e empolgante festa dançante, que prosseguiu até o amanhecer.
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Escudo e Uniforme (fevereiro de 1958)
Artigo 53 – Fica a Diretoria autorizada a explorar a venda de bebidas e alimentos, podendo, se achar conveniente, fazer concessão de tais serviços a terceiros.
Artigo 54 – A Sociedade não participará, em nenhuma hipótese, de competições político-partidárias.
Artigo 55 – O Treze E.C. possuirá uma bandeira com as cores: vermelha e branca, contendo, o emblema representativo do Clube localizado no centro. Este será de cor branca, tendo em vermelho a figura de um galo e as iniciais TEC.
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EM PÉ (esquerda para a direita): Antônio Fernandes Coimbra (conhecido como Mascote, fundador e diretor), João Vermelho, Geraldo, Quincô, Ivan, Ivo, Sargento Amarildo, Darim e Zé Honório;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Mundinho, Tico de Sulino, Fosquinho, Valdir, Lino e Alexandre.
Artigo 56 – O uniforme esportivo do Clube constará de calção vermelho com camisa branca, ou calção branco e camisa vermelha e branca com listas verticais e o emblema do Clube.
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O Treze venceu o poderoso Fortaleza
No futebol, o Treze Esporte Clube enfrentou o Fortaleza três vezes: com uma vitória e duas derrotas; marcando dois gols, sofrendo sete e um saldo negativo de cinco tentos.
Na quinta-feira, do dia 09 de dezembro de 1943, aconteceu o 1º amistoso. Na ocasião, o Treze levou a melhor, vencendo o Fortaleza pelo placar de 1 a 0. O gol da vitória foi assinalado pelo atacante Beato.
A partida teve arbitragem do Sr. Edilson Cabral. O Treze jogou assim: Capotinho; Ananias e Vilmar; Benito, Barroso e Chico; Pequeno (Mascote), Mundinho, Araújo, Gisleno e Beato.
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Na revanche, deu Fortaleza
O 2º encontro ocorreu cerca de nove anos, no domingo, do dia 12 de outubro de 1952, com goleada do Fortaleza por 6 a 1, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza/CE. Os gols foram assinalados por França, três vezes; Pedro Faúna, Moésio e Antoni para o Leão do Pici; enquanto Peixe fez o de honra para o Treze. O árbitro foi o Sr. Raimundo da Cunha Rola, o ‘Rolinha’.
Fortaleza: Hélio Oliveira; Sapenha e Carrim; Jarbas, Basileu e Pelado; Pedro Faúna, Aloisio I (E), Moésio (Zé Raimundo), França e Antoni. Técnico: Valdemar dos Santos, ‘Gavião’.
Treze: Capote; Joda e Doca; Tonico, Lirio (E) e Dória; Padre, Beato, Peixe (Iran), Rodrigues e Quixada (Zezito). Técnico: Antônio Fernandes Coimbra, o ‘Mascote’.
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No jogo desempate, deu Fortaleza
O 3º jogo, no domingo, do dia 06 de setembro de 1964, no Estádio dos Bandeirantes, em Juazeiro do Norte/CE. O Fortaleza bateu o Treze pelo placar de 1 a 0. O gol da vitória foi marcado pelo atacante Raimundinho. O clube da capital teve Paraíba expulso.
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Uma das formações do Treze de Juazeiro do Norte em um dos seus ressurgimentos. Estádio da LDJ.
EM PÉ (esquerda para a direita): Amauri, Tarcísio, não identificado, Francilino e Biloso;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Jaime, Joãozinho, Pirajá, Fernando Brasil e Maurício.
Treze fecha às portas nos anos 70
O Treze Esporte Clube de Juazeiro do Norte, teve sua grande fase nos anos 50, sob o comando de Antonio Fernandes Coimbra, “Mascote“. Depois, sofreu várias paralisações até encerrar suas atividades na década de 70.
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Numa das últimas formações, já no “Romeirão” na década de 70.
EM PÉ (esquerda para a direita): Pereira, Cicero, João bufinha, não identificado, não identificado e Antônio;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Jaime, Lino, Joãozinho, Tarcísio e Sérgio.
ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello
Colaborou: Fabiano Batista
FOTOS: Acervo de Wilson Bezerra – Acervo de Tereza Neuma Macedo Marques
FONTES: Almanaque do Fortaleza – Estatuto do clube – Correio de Juazeiro (CE)
Boa tarde, Kleber.
Que bela narrativa sobre a história do teu pai como multiatleta.
Lamento pelo falecimento tão prematuro do teu pai.
Fico feliz, por ter feito com que vc lembrasse dessas histórias do passado.
No final, o que vale nessa vida são as boas lembranças.
Um forte abraço!
Que beleza! adorei ler a história do Treze Esporte Clube de Juazeiro do Norte! pena o Clube não ter progredido até os tempos atuais!
Sou cearense, nascido em Fortaleza em 1948 e meu Pai querido/RUBENS Benevides Ferrer, foi jogador de futebol nos idos dos anos 1940…por 2 anos defendeu as cores do GENTILANDIA de Fortaleza. Meu Pai foi multi-Atleta pelo NÁUTICO ATLÉTICO CLUB…CAMPEÃO de Natação em Alto-Mar, em Saltos Ornamentais e componente da 1a.Turma de Faixa-Preta de Jiu-Jitso formado pelo Prof.GRACIE e ainda da Seleção Cearense de Voley e Basquete ao longo da década de 1940…infelizmente, meu Pai Rubens veio falecer aos 31 anos de idade, em decorrência de um câncer originado, 11 anos depois, de uma pancada sofrida nos seus tempos de jogador do Gentilandia!!!
Obs: em 1959 fomos morar no Rio, minha Mamãe e 7 filhos menores e hoje vivo em Florianópolis…mas carrego até hoje o meu Ceará no coração!!!