Até o ano de 1973, o Guarani participava somente de competições municipais e intercâmbios intermunicipais ou regionais, até porque não havia liga de futebol em São Miguel do Oeste. Até 1973, o Guarani pertencia à Liga de Futebol de São José do Cedro.
Em 1974, foi criada a Liga Esportiva Fronteirista, e neste mesmo ano foi realizado o Primeiro Campeonato Regional, do qual o CE Guarani sagrou-se campeão. Dessa forma, tomou-se a decisão de participar do Campeonato Catarinense de Futebol Profissional, pela primeira vez na história do Extremo-Oeste. O CE Guarani disputou então a Primeira Divisão do Campeonato Catarinense nos anos de 1974, 1975, 1976 e 1977, na administração do Sr. Waldir João Fedrizzi.
Em 1977, mais especificamente em outubro daquele ano, houve o pedido de licenciamento do clube junto à Federação Catarinense. No entanto, formou-se uma comissão em prol da continuidade do CE Guarani no futebol profissional. Esta comissão assumiu o Clube por procuração e contrato de responsabilidade mútua. Assinaram o contrato: Clari Vareschini (in memorian), Romildo Schleder (in memorian), Avelino Neis (hoje residente em Porto Alegre), Waldir João Fedrizzi (hoje residente em Florianópolis), Sérgio Volpi (ainda residente em São Miguel do Oeste) e Orlando Mafinski (ainda residente em São Miguel do Oeste). Este contrato foi assinado no dia 1º de novembro de 1977, perdurando até o dia 28 de fevereiro de 1978. Deste modo, o Guarani participou do Torneio Incentivo da Federação Catarinense de Futebol.
O Torneio Incentivo, promovido pela Federação Catarinense de Futebol (FCF), tinha como objetivo manter em atividade os clubes filiados da Divisão Especial, evitando uma pausa completa de jogos oficiais. Isso porque desde o final da Terceira Fase do Estadual, no dia 28 de agosto, os clubes eliminados ficariam inativos até o ano seguinte. O Torneio Incentivo de 1977 só terminou em 1978. A competição ficou paralisada desde o dia 18 de dezembro de 1977 e só reiniciou em fevereiro de 1978, devido às férias dos jogadores. A Chapecoense ficou com o título da competição. Joinville e Avaí não disputaram o torneio, pois estavam representando Santa Catarina no Campeonato Nacional. A fase final (em 1978) teve: Internacional (Lages), Figueirense, Carlos Renaux (Brusque), Joaçaba, Comerciário (Criciúma) e Chapecoense.
Destaque-se que o Guarani já tinha aparecido por três (03) vezes nos jogos na Loteria Esportiva Federal da época. Na oportunidade, o Guarani ficou 14 (quatorze) partidas invicto. Foram os quatro últimos jogos da Segunda Fase e todos os dez jogos da Terceira Fase do Estadual de 1977 sem derrotas. Essas duas fases eram regionalizadas (Planalto Serrano e Oeste Catarinense). Com oito vitórias e dois empates na segunda fase, o Guarani sagrou-se campeão do “Troféu Adolfo Camili”, único título de uma equipe do Extremo-Oeste no futebol profissional em toda a história.
Valendo ainda lembrar que neste mesmo período estiveram fazendo jogos amistosos em São Miguel do Oeste o Grêmio Fott Ball Porto-Alegrense e o Sport Club Internacional, de Porto Alegre. No dia 30 de agosto de 1976, o Guarani jogou contra a equipe do Milionários, de São Paulo e venceu pelo placar de 4-3. A equipe dos Milionários era composta por ex-jogadores da Seleção Brasileira como: Mané Garrincha, Fio Maravilha, Barbozinha, Humberto Monteiro, Tarciso, Minuca, Gilberto, Oreco, Paulo Borges, Cezar e Robson. No banco, jogadores como Tonho e Osvaldo. O Guarani tinha jogadores como Joãozinho, Lambari, Antonio Carlos, Valmir, Gessi, Paulo Renato, Clari, Alberto, Claudiomiro e Cezar. O técnico foi o Lindomar. O jogo foi arbitrado por Atílio Mallmann, com Simão de Oliveira e Hugo Simm na bandeira.
Em 05 de maio de 1978, houve uma Assembleia, tendo como local o CTG Porteira Aberta, para a formação da Associação São Miguel de Futebol. Este assunto ficou somente como um sonho, tanto do Guarani como do Clube Atlético Montese, mas nunca saiu do papel. Posteriormente, o Guarani licenciou-se das atividades profissionais no futebol.