Arquivo da categoria: 23. José Ricardo Almeida

A EXCURSÃO DO YPIRANGA, DA BAHIA, AO NORTE/NORDESTE, EM 1926

Em agosto de 1926, quando a Liga Baiana de Desportos Terrestres – LBDT treinava a seleção da Bahia para o Campeonato Brasileiro de Seleções e o certame baiano estava suspenso, o Ypiranga, de Salvador, excursionou pelo norte e nordeste do Brasil.
Entre os dias 8 e 19 de agosto de 1926, o campeão baiano jogou em Belém.
Sua estréia aconteceu num domingo, 8 de agosto de 1926, contra a Seleção do Pará, no estádio do Clube do Remo.
A seleção paraense formou com Seabra, Evandro e Oscar; Sandoval, Vivi e Brito; Vadico, Secundino, Marinheiro, Barradas e Santana. O Ypiranga alinhou: Budetti, Silvino e Arlindo; Badaró, Gregório e Francisco; Lago, Joãozinho, Popó, Henrique e Sandoval.
A seleção paraense foi a vencedora do jogo, por 1 x 0, gol do ponteiro remista Santana.
Jogando na quinta-feira, 12 de agosto, União Esportiva e Ypiranga empataram em 1 x 1.
A seguir, venceu o Clube do Remo por 4 x 0 e se despediu de Belém no dia 19 de agosto, perdendo para o Paysandu por 2 x 1.
Em São Luís, fez três jogos na última semana de agosto, vencendo o Luso Brasileiro por 3 x 0, no dia 24, empatando com o Tupan em 1 x 1 (26.08) e vencendo a seleção maranhense por 4 x 1, no dia 29 de agosto.
Finalmente, entre 5 e 9 de setembro, em Recife, a convite do Náutico, a delegação baiana desembarcou nesta capital, para a disputa de três amistosos.
Eis as fichas técnicas dos três jogos (publicadas no jornal A Província):

Náutico 0 x 3 Ypiranga
Data: 05.09.1926
Público: 3.000
Renda: 8:000$000.
Local: Estádio dos Aflitos
Árbitro: Carlos Rios, auxiliado por Leite Bastos e Bulhões Marques.
Gols: Marinheiro (16:20), Popó (17:20) e Marinheiro (17:21).
Náutico: Lula, Heleno e Cleside; Natalício, Hermes e Isnard; Ivan, Fernando, Abelardo, Limão e Lobo.
Ypiranga: Budetti, Silvino e Arlindo; Francisco, Gregório e Badaró; Sandoval, Marinheiro, Popó, Lago e Daltro.

Torre 0 x 0 Ypiranga
Data: 07.09.1926
Local: Estádio dos Aflitos
Árbitro: José Fernandes Filho – Zezé
Torre: Valença, Pedro e Heleno; Arnaldo, Hermes e Dantas; Napoleão, Chiquito, Péricles, Piaba e Oswaldo.
Ypiranga: Budetti, Arlindo e Silvino; Francisco, Gregório e Badaró; Sandoval, Marinheiro, Popó, Lago e Daltro.

Santa Cruz 1 x 0 Ypiranga
Data: 09.09.1926
Renda: 2:000$000.
Local: Estádio dos Aflitos
Árbitro: André Costa
Gol: Sebastião.
Santa Cruz: Mario Franco, Mario Rosas e Juquinha; Casado, Adhemar e Tancredo; Aluízio, Fernandes, Sebastião, Agnello e Bulhões.
Ypiranga: Budetti, Arlindo e Silvino; Francisco, Popó e Badaró; Sandoval, Marinheiro, Lago, Joãozinho e Daltro.
Acompanhem o gol do jogo, na versão do jornal: Tancredo chuta a pelota para a frente. Fernandes ataca e passa a Sebastião, que numa bela virada conquista, às 17 horas e 20 minutos, o único gol da tarde. Por causa deste gol, Sebastião passou a ser conhecido como Sebastião da Virada.

Atuaram no Ypiranga durante a excursão: Budetti, Silvino, Arlindo, Badaró, Gregório, Francisco, Lago, Joãozinho, Marinheiro, Popó, Henrique, Daltro e Sandoval. O técnico do Ypiranga foi André Costa.

Fontes:
Livro “Popó O Craque do Povo”, de Aloildo Gomes Pires;
História do Clube do Remo, de Ernesto Cruz;
Arquivos pessoais dos pesquisadores Manoel Raimundo do Amaral e Carlos Celso Cordeiro.

EXCURSÃO DO SÃO CRISTÓVÃO AO NORDESTE EM 1927

Campeão carioca de 1926, o São Cristóvão realizou uma temporada vitoriosa ao Nordeste do Brasil, nos meses de janeiro e fevereiro de 1927.
A delegação carioca embarcou no dia 24 de janeiro de 1927, com destino a Salvador (BA), onde realizou os seguintes jogos:
30.01.1927 – 2 x 1 Ypiranga
02.02.1927 – 4 x 1 Vitória
06.02.1927 – 3 x 1 Botafogo
11.02.1927 – 3 x 3 Bahiano de Tênis
13.02.1927 – 3 x 0 Combinado de Salvador
Logo depois, partiu rumo a Recife, onde disputou mais três amistosos, com os seguintes resultados:
17.02.1927 – 5 x 0 Santa Cruz
20.02.1927 – 5 x 1 Sport
22.02.1927 – 3 x 1 Torre
Retornou ao Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1927.
Foram oito jogos, com sete vitórias e um empate. Marcou 28 gols e sofreu 8.

Fonte: Almanach Esportivo 1928, de Thomaz Mazzoni.

Protegido: JOGOS TREINOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA EM 1950 (2ª parte)

Fonte: A Gazeta Esportiva

No dia 1º de junho de 1950, no Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, a Seleção Brasileira que se preparava para disputar a Copa do Mundo daquele ano, enfrentou os quadros do Bangu e do Flamengo, que foram convidados pela C.B.D.

CONTRA O BANGU

Primeiramente, o treinador Flávio Costa colocou em campo o considerado time principal, que usando camisetas azuis jogou com os banguenses. A equipe de Moça Bonita foi um adversário difícil para o selecionado “A” da CBD. Houve bastante luta, os jogadores correram e se empenharam ardorosamente, sendo bom o resultado da prática. Exibindo um futebol convincente, os rapazes selecionados abateram os adversários pela contagem de 3 x 1, sendo que na primeira fase registrou-se um placar de 1 x 1.

MARCADORES

Conquistaram tentos os seguintes jogadores: Chico, aos 13 minutos, com esplêndida virada. Ismael, aos 30 minutos, empatou para o Bangu. Na fase complementar, o oportunista Baltazar conquistou mais dois tentos para a seleção, aos 2 e aos 38 minutos. Os pontos conquistados pelo centro avante corintiano foram marcados em belo estilo, sendo que o segundo foi realmente excepcional, de vez que o jogador colocou com bastante classe a pelota no fundo das redes.

AS EQUIPES

A seleção “A” treinou assim constituída: Barbosa, Augusto e Juvenal (Nena); Eli, Danilo e Bigode (Alfredo); Maneca, Zizinho, Baltazar, Ademir (Jair) e Chico. BANGU: Luiz (Pedrinho), Rafagnelli (Mendonça) e Sula; Walter, Mirim (Elói) e Irani (Pinguela); Djalma, Menezes (De Paula), Simões (Calixto), Ismael (Joel) e Moacyr.

De um modo geral, todo quadro “A” esteve bem, notando-se apenas uma ligeira indecisão entre os zagueiros. Também o centro-médio Danilo não foi muito feliz, marcando mal o adversário. Entretanto, Barbosa, Alfredo e Eli estiveram bem, Augusto está progredindo e Alfredo foi melhor que Bigode. No ataque, todos apresentaram um bom futebol, sendo que Zizinho, Baltazar e Jair foram as figuras mais destacadas. É necessário frisar que a entrada de Jair, substituindo Ademir, melhorou bastante a linha de frente, pois o popular “Jajá” esteve em tarde magnífica.

A SELEÇÃO “B” ESMAGOU O FLAMENGO

O segundo treino do dia, entre o quadro “B” e o Flamengo, caracterizou-se por um amplo domínio do selecionado. A equipe do Flamengo atravessa uma fase desfavorável, o que levou a partida para um campo bastante fácil para a representação secundaria da CBD. A defesa e o ataque dos convocados agiram muito bem, devido talvez à fragilidade adversária. Verificou-se o placar de 6 x 1 a favor do selecionado, que ganhava no primeiro tempo por 4 x 1.

OS ARTILHEIROS

Hélio abriu a contagem para o Flamengo, mas o avante Pinga, aos 7 minutos, empatou e iniciou a série dos tentos dos “pupilos” de Flávio Costa. Ipojucan aos 12, Pinga aos 20 e 29 minutos estabeleceram 4 x 1 no primeiro tempo. Jair e Rodrigues, respectivamente aos 12 e aos 17 minutos, completaram o marcador na fase final 6 x 1.

OS QUADROS

A equipe “B” entrou em campo com a seguinte constituição: Castilho, Nilton Santos e Mauro; Bauer, Rui (Brandãozinho) e Noronha; Friaça, Ipojucan (Pinga), Adãozinho, Pinga (Jair) e Rodrigues. Flamengo: Claudio, Osvaldo (Gago) e Jair; Biguá, Bria e Valter; Aloísio, Arlindo (Quiba), Hélio, Lero e Esquerdinha.

OS MELHORES

Como tivemos oportunidade de frisar, todos os elementos do quadro agiram de modo satisfatório. O zagueiro Mauro realizou na tarde de hoje seu melhor treino, conseguindo impressionar bastante. O jovem paulista não apresentou uma falha sequer. A intermediaria esteve num mesmo plano bom, e na linha Adãozinho, Pinga e novamente Jair foram figuras máximas, bem auxiliados pelos pontas Friaça e Rodrigues.

Protegido: JOGOS TREINOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA EM 1950

Fonte: Gazeta Esportiva

CONTRA OS GAÚCHOS

A Confederação Brasileira de Desportos, atendendo às necessidades do treinamento dos craques convocados, e de acordo com o preparador Flavio Costa, convidou a Federação Gaúcha de Futebol para enviar ao Rio de Janeiro uma representação de futebol, a fim de realizar com o quadro “A”, em São Januário, uma partida treino.
A representação sulina chegou ao Rio de Janeiro em 3 de junho, pela Panair, às 16 horas, com 22 homens. Os jogadores visitantes ficaram hospedados no Vasco da Gama.
No mesmo dia 3 de junho, os jogadores brasileiros foram submetidos a exercícios individuais, no Gavea Golf Clube.

O JOGO

Esse encontro foi levado a efeito na tarde de 4 de junho de 1950 e, além de apresentar o placar de 6 x 4 a favor do selecionado, veio evidenciar que os nossos craques ainda se encontram em fase de recuperação. De fato, a equipe da CBD, principalmente no primeiro tempo desentendeu-se completamente, desaparecendo, por diversas vezes, ante o “onze” sulino. A retaguarda do quadro principal dirigido por Flavio Costa falhou hoje de maneira incrível, somente vindo a se firmar no segundo tempo, quando a linha media foi inteiramente substituída;
O jogo foi iniciado às 15 horas e terá como árbitro o sr. Mario Viana.

OS MÉDIOS DO SÃO PAULO E O ATACANTE JAIR SALVARAM A SELEÇÃO

Como dissemos, na etapa inicial, a equipe “A” não apresentou o mínimo entendimento em suas linhas, devido ao fracasso total da defesa. O centro médio Danilo, sem marcar o adversário e infeliz ao extremo em várias jogadas confundiu inteiramente seus companheiros. Eli e Alfredo que completavam o trio médio nada puderam fazer para reter a ofensiva contrária. A zaga Augusto e Mauro não conseguiu também boa atuação nestes 45 minutos iniciais, salvando-se, somente, na retaguarda o arqueiro Barbosa. No segundo tempo, Flavio Costa colocou no gramado Bauer, Rui e Noronha, que vieram dar novo alento ao quadro brasileiro. Pode-se dizer mesmo que os componentes sãopaulinos salvaram o quadro “A”, firmando uma defesa inteiramente nula. Também Jair, que aos 20 minutos da fase complementar integrou a ofensiva, contribuiu para um melhor desempenho dos nossos.
Quanto ao quadro gaúcho, atuou de maneira convincente, fazendo notar que possui ótimo jogo de conjunto e grandes valores individuais. O jogador Hermes constitui-se hoje um espetáculo a parte, na linha de ataque sulina, conquistando os 4 tentos do seu bando e exibindo magnífico futebol.
Conforme tivemos oportunidade de ver, a primeira fase foi bastante infeliz para o quadro que representará o Brasil na Taça do Mundo, de vez que as falhas da defesa prejudicaram todo o jogo do “onze”, lançando a confusão sobre todos os setores. Os gaúchos, aproveitando o desentendimento dos jogadores convocados souberam atacar com precisão e marcar 3 tentos. O grande valor do atacante Ademir permitiu que também a nossa ofensiva consignasse 3 tentos, igualando o marcador.
Hermes, o goleador dos gaúchos, marcou o primeiro tento de sua série aos 14 minutos. Barbosa defendeu parcialmente um pelotaço desse meia-direita, que na recarga conquistou o tento. Ademir, recebendo de Maneca, empatou aos 16 minutos, e o mesmo Ademir, demonstrando a sua grande capacidade, voltou a marcar, aos 30 minutos. Logo após, aos 32 minutos, Hermes recebeu de Balejo e igualou o placar. Ademir aos 43 minutos, em sensacional chute desferido de longe, venceu o goleiro Ivo e estabeleceu o 3×2. Hermes, disputando um parco a parte de Ademir, voltou a empatar a peleja aos 44 minutos.

VITÓRIA DA SELEÇÃO NA FASE FINAL — 6 x 4

Apresentou-se o esquadrão da CBD no segundo período com a linha media inteiramente modificada, razão pela qual pôde estabelecer o equilíbrio de ações e o caminho para o domínio. De fato, pouco a pouco o nosso selecionado foi-se impondo até conquistar uma vitoria por 6 x 4. Também Jair foi outro grande valor. proporcionando a possibilidade desse triunfo.
Hermes conseguiu, aos 5 minutos, nova vantagem para os gaúchos. Aliás, seria esse o quarto e ultimo ponto dos sulinos nessa partida.
Zizinho, elemento que vinha se desinteressando pela partida, aos 19 minutos, conseguiu o quarto tento dos comandados de Baltazar. Aos 31 minutos, o meia-esquerda Jair, da altura da linha média adversária, cobrando uma penalidade, colocou o selecionado em vantagem. É interessante frisar que o pelotaço desferido pelo “Jajá” desnorteou inteiramente o goleiro contrario, que se atirou para um canto e a pelota entrou pelo outro… Novamente, Jair, aos 41 minutos veio ampliar a contagem a favor dos “pupilos” de Flavio Costa, recebendo um passe de Baltazar.

OS QUADROS

Os dois esquadrões atuaram na tarde de hoje com as seguintes constituições: Seleção “A”: — Barbosa; Augusto e Mauro; Eli (Bauer), Danilo (Rui) e Alfredo (Noronha); Maneca, Zizinho (Ademir), Baltazar, Ademir (Jair), e Chico. Gaúchos: — Ivo; Nena e Jony; Hugo, Ruarinho e Heitor; Balejo, Hermes, Adão, Mojica e Ariovaldo (Api). Nena e Adãozinho tiveram permissão para integrar a equipe da Federação Sul Riograndense aliás qual estão vinculados. Aliás, esses dois elementos cumpriram destacadas atuações.

AS ATUAÇÕES INDIVIDUAIS

Analisando o desempenho na partida de hoje dos nossos craques, temos:
Barbosa não foi culpado dos tentos sofridos, pois os seus companheiros de defesa falharam. Augusto e Mauro — não se houve muito bem esta zaga apresentada por Flavio Costa. Entretanto, no segundo tempo, melhorou bastante. Eli, Danilo e Alfredo. A péssima atuação do centro-médio levou os dois companheiros de ala à desorganização. Assim talvez tenha sido Danilo o culpado do fracasso da fase inicial. Bauer, Rui e Noronha. Os três integrantes do selecionado paulista reequilibraram o nosso sistema defensivo. Dessa forma, contribuíram de maneira categórica para o triunfo. Maneca trabalhou bastante e regularmente. Entretanto, foi um pouco abandonado. Zizinho disputou boa peleja na fase inicial, mas pouco a pouco foi perdendo o interesse, tendo sido acertada sua substituição. Baltazar não repetiu as suas atuações anteriores, Ademir e Jair — foram as figuras máximas do esquadrão da C.B.D., realizando grandes jogadas. Chico — da mesma forma que Maneca agindo de forma irregular.
No quadro gaucho, os convocados Nena e Adãozinho foram figuras de destaque. O zagueiro demonstrou segurança e decisão nos lances dentro da área, barrando varias investidas contrarias. Hermes foi a revelação, marcando 4 tentos, apresentando ainda uma estupenda atuação. Ariovaldo, Ruarinho e Mojica foram outros bons elementos.

O SR. JULES RIMET EM SAO JANUÁRIO

Assistiu ao jogo da representação brasileira frente aos gaúchos o sr. Jules Rimet, presidente da FIFA, e que veio ao Brasil, afim de assistir aos jogos da Copa do Mundo.

RENDA

Um público bastante numeroso compareceu ao estádio do Vasco da Gama, tendo a renda do encontro atingido a importância de Cr$ 111.970.00.

TESOURINHA E BIGODE CONTUNDIDOS

O ponta direita Tesourinha foi poupado na pratica de hoje (3 de junho), pois está com o joelho bastante inchado. Desta forma, não existem quase dúvidas sobre o corte desse jogador da seleção. Friaça deverá disputar com Maneca a posição.
O médio Bigode que se encontra com músculo distendido sentiu a contusão, retirando-se logo no inicio do treino de hoje.

PRESENTE O SR. PAULO DE CARVALHO

O sr. Paulo de Carvalho, dirigente do São Paulo F. C. e diretor das “Emissoras Unidas” da Capital bandeirante, encontra-se nesta Capital, em viagem de negócios e aproveitou a ocasião para assistir ao treino de hoje, em São Januario. A reportagem esteve com o desportista bandeirante que declarou ter apreciado a movimentação do exercício e o futebol posto em pratica pelos craques convocados.

Clube de Regatas Guará – DF

Dos clubes que disputaram o campeonato brasiliense temos o

Clube de Regatas Guará do Guará.

Em dezembro de 1956, um grupo de pioneiros, dentre eles Carlindo Ribeiro da Cruz, Francisco Luís Bessa Leite, Oswaldo Cruz Vieira, Edson Porto, Omar Martins Dias e Levy do Amaral, acampados em barracas de lona nas proximidades do velho barracão da Novacap (hoje chamado de Velhacap) resolveram fundar um clube.
Passam-se os dias e, a 9 de janeiro de 1957, no Restaurante dos Engenheiros da Novacap, já agora com os planos feitos pela Diretoria provisória, é realizada a sessão solene de fundação do clube, a qual comparece grande número de adeptos, pois a notícia da criação do Guará correu célere pelos acampamentos e, assim, Brasília foi tomada de curiosidade.
Sendo o acampamento da Novacap, onde surgiu a idéia, localizado às margens do córrego Guará e existindo no local grande número de lobos com esse nome, nasceu, daí, sua denominação.
Passados os primeiros dias de euforismo e já o clube em pleno desenvolvimento, o Oswaldão, “raposa velha” nos desportos, anteviu a necessidade de ampliá-lo com outras modalidades de esporte. Dessa forma, objetivando um terreno à beira do lago, propôs a mudança do nome de Esporte Clube para Clube de Regatas, a qual, submetida a apreciação da Diretoria e Conselho, foi aprovada, passando, então, para Clube de Regatas Guará.

Um dos pioneiros que chegou ao profissionalismo, disputou quase todos os campeonatos, sendo uma vez campeão em 1996 e 10 vezes vice – campeão,
que disputou os campeonatos em
1959 – 3º colocação
1960 – vice – campeão
1961 – 3º colocação
1962 –
1963 –
1965 – 3º colocação
1966 –
1967 –
1968 – 3º colocação
1969 –

Inicio do Profissionalismo
1976 – vice – campeão
1978 – 3º colocação
1979 – 3º colocação
1980 – 3º colocação
1981 – vice – campeão
1982 – vice – campeão
1983 – vice – campeão
1984 –
1985 –
1986 –
1987 – 3º colocação
1988 – vice – campeão
1989 – 4º colocação
1990 – 3º colocação
1991 – vice – campeão
1992 – 4º colocação
1993 – 3º colocação
1994 – 6º colocação
1995 – 3º colocação
1996 – Campeão
1997 –
1998 – vice – campeão
1999 –
2000 –
2001 –
2002 – 8º colocação
2003 – 5º colocação
2004 –
2005 – 9º colocação
2006 – 12º colocação (ultima colocação – rebaixado)

[img:CRGuara_novo3_DF_50_.gif,full,centralizado]

Ielo e Jose Ricardo Almeida

Rabello Futebol Clube – DF

Dos clubes que disputaram o Campeonato brasiliense temos o
Rabello Futebol Clube de Brasília,

O segundo grande clube a surgir foi o Rabello Futebol Clube, fundado em 17 de agosto de 1957 por Paulo Linhares Gomes, José de Lourdes Alexandre, Ernando Soares, Djalma Sérgio e José Silva Laranjeira, entre outros.
Em seu primeiro jogo perdeu por 6 x 0 para o time da Polícia Militar. Sempre levou muita gente a campo e tinha a melhor situação financeira.
Notas:
Pertencia a Construtora Rabello, cujo diretor era o engenheiro Marco Paulo Rabello, responsável pela construção de importantes obras em Brasília, dentre as quais o Palácio da Alvorada, a Estação Rodoviária, o Supremo Tribunal Federal e a Universidade de Brasília.
Marco Paulo foi um dos fundadores do Clube de Engenharia e Arquitetura de Brasília, do Country Club, do Cota Mil e do Iate Clube.
Uniforme do Rabello: muito parecido com o do Botafogo, do Rio de Janeiro.

Um dos clubes pioneiros e grande equipe na decada de 60,
com boas colocações sendo tetra campeão em 1967.

Disputou os campeonatos em
1959 – 5º colocação
1960 –
1961 – vice – campeão
1962 – 3º colocação
1963 – vice – campeão
1964 – Campeão
1965 – Bi – campeão
1966 – Tri -campeão
1967 – Tetra -campeão
1968 – vice – campeão
1969 –

[img:RabelloFC_DF_50__1_2_3_4.gif,full,centralizado]

Ielo e Jose Ricardo Almeida

Coenge Futebol Clube – DF

Dos clubes que disputaram o Campeonato brasiliense temos o
Coenge Futebol Clube do Gama.

A firma de construção COENGE S.A. – Engenharia e Construções, pioneira na capital da República fundou, em 14 de novembro de 1966, uma agremiação de futebol para manter vivo o clima de amizade e a união de todos os seus funcionários e operários.
Embora houvesse a colaboração de toda a firma, alguns nomes se destacaram pela maneira com que se empenharam na campanha de organização e concretização do Coenge Futebol Clube, entre eles Edvaldo Batista Gesteira, Júlio César de Oliveira, Geraldo Augusto da Fonseca e Indalício de Souza Pinto. Estes devotados e conscientes, não mediram esforços para levar a equipe a figurar dentre as melhores do Distrito Federal.
Constituída na maior parte por elementos da própria Companhia, o Coenge fundou a sua Sede Social à Quadra 9, Lote 10, Setor Comercial no Gama, onde promoveu suas reuniões para decisões e medidas a serem adotadas em relação ao clube. Além do futebol, o clube possuía quadros de voleibol, futebol de salão e grande parte recreativa, oferecendo, assim, diversão para todos os seus associados.
O uniforme do Coenge era muito parecido com o do Corinthians, de São Paulo, aquele que tem mais preto, não o que tem mais branco.

Disputou os campeonatos em

1959 – Disputou com o nome Brasil Esporte Clube (clube antecessor do Coenge FC)
1968 – Disputou campeonato amador
1969 – Campeão
1970 –

[img:CoengeFC_DF_50__1_2_3.gif,full,centralizado]

Ielo e Jose Ricardo Almeida

Grêmio Esportivo Brasiliense – DF

Dos clubes que disputaram o Campeonato brasiliense temos o
Grêmio Esportivo Brasiliense do Núcleo Bandeirante.

O Grêmio Esportivo Brasiliense foi fundado em 26 de março de 1959 e já nesse ano formava ao lado do CR Guará como os dois clubes de maior popularidade em Brasília.
Foi fundado com a finalidade de proporcionar divertimento ao pessoal do acampamento da Metropolitana (DVO), onde hoje está o Núcleo Bandeirante.

Disputou os campeonatos em
1959 – 1º campeão.
1960 –
1961 –
1962 –
1963 –
1964, 65 e 66 – Disputou campeonato amador
1969 – vice – campeão
1970 – campeão
1971 –
1972 – 6º colocação

[img:GremioBrasiliense_DF_50__1_2_3_4.gif,full,centralizado]

Ielo e Jose Ricardo Almeida