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Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, em 1963: Rodoviário foi o Campeão!

Grêmio Campeão do Primeiro Turno

Por Sérgio Mello

PRIMEIRO TURNO

Encerrou-se no domingo, do dia 15 de setembro de 1963, o 1º turno do Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, e o Grêmio Jacutinga se sagrou campeão. A competição contou com oito equipes:

Grêmio Jacutinga (Jacutinga);

Rodoviário (Pouso Alegre);

ADJ – Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga);

Sete de Setembro Esporte Clube (Ouro Fino);

Facit Futebol Clube (Rua Herculano Cobra, nº 164, em Pouso Alegre);

Clube Atlético Flamengo (Pouso Alegre);

Fluminense (Ouro Fino);

Independente (Pouso Alegre);

7ª Rodada

RESULTADOSGOLSÁRBITRORENDA
Rodoviário 3 x 1 Flamengo  Edmundo (2) e Tista (Rodoviário); Francisco (Flamengo).Geraldo GuedesCr$ 27.450,00
Grêmio 3 x 2 FacitAleluia, Joaquinzinho e Chuveiro, contra (Grêmio); Fernando e Masseli (Facit).Valentim PereiraCr$ 41.500,00
Sete de Setembro 12 x 1 IndependenteAyrton (5) Layrton (2), Bira, Otávio, Jurandir, Vitor e Bolinha (Sete); Dote (Independente)Herminio GerbiottCr$ 19.555,00

Classificação do 1º Turno

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Grêmio Jacutinga11751123149
AD Jacutinguense10752251015
Rodoviário97412211110
Flamengo87430915-6
FACIT FC7731308080
Sete de Setembro6722320128
Fluminense47250816-8
Independente17160735-28
Sete de Setembro ficou na 4ª colocação no geral

Estatística do Primeiro Turno

TOTAL DE JOGOS:28
TOTAL DE GOLS:121
MAIOR RENDA:Rodoviário x Sete de Setembro (4 de agosto) – CR$ 90.750,00.
MENOR RENDA:Flamengo x independente (8 de setembro) – CR$ 7.250,00.
TOTAL DE RENDA:CR$ 1.074.385,00.
MELHORES ATAQUES:ADJ 25, Grêmio 23 e Rodoviário 21
PIORES ATAQUES:Independente 7, Facit 8 e Flamengo 9.
DEFESA MENOS VAZADAS:Facit 8, Rodoviário 11 e Sete de Setembro 12.
DEFESAS MAIS VAZADAS:Independente 35, Fluminense 16 e Flamengo 15.
GOLEIROS MENOS VAZADOS:Ferreira do Facit (4 jogos) 4 gols e Chuveiro Facit (3 jogos) 4 gols.
GOLEIROS MAIS VAZADOS:Helinho (Fluminense) 16 e Quadrado (Grêmio) 14.
PÊNALTES MARCADOS:11 (Oito convertidos e três desperdiçados).
EXPULSÕES:Três jogadores: Paturi Conrado e Ulacha (Independente) e Geraldo (Facit).
GOLS CONTRA:Sete vezes: Américo (2) e Emidio (Grêmio); Roberto (Flamengo); Nelsinho (Fluminense); Március (Rodoviário); Chuveiro (Facit).

ARTILHARIA

12 gols – Santana (ADJ);

11 gols – Aleluia (Grêmio);

7 gols – Edmundo (Rodoviário) e Ayrton (Sete de Setembro);

6 gols – Tista (Rodoviário); Masséli (Facit) e Kleber (Flamengo);

4 gols – Airton (Rodoviário); Joaquinzinho, Julião e Xepa (Grêmio);

3 gols – Pádua (ADJ) e Layrton (Sete de Setembro);

2 gols – Adilson (Rodoviário); Canhotinho (Facit); Régis (ADJ); Tista e Tite (Fluminense); Wilsinho, Escurinho e Bolinha (Sete de Setembro) e Gentil (Independente);

1 gol – Dentinho, Carlos Honório, Courinho e Dote (Independente); Antoninho, Lambari, Helinho e Tatáo (ADJ); Ronaldo e Neto (Grêmio); Batata, Custódio e Francisco (Flamengo); Siécola e Deise (Rodoviário); Belini, Maciel, Paraguassú Wilson (Fluminense); Bira, Otávio, Jurandir e Vitor (Sete de Setembro) e Fernando (Facit).

ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM

5 Vezes – Nivaldo de Barros e Geraldo Guedes;

4 Vezes – Valentim Pereira;

3 Vezes – Carlos Roberto Rodrigues Viotti;

2 Vezes – Raimundo Alves da Silva e Hermínio Gerbiott;

1 Vez – Caetano Charlante, Dante Charlante, Alexandre Crocetti, José Fausto Ricêto, Alcides José Peroni, Benedito Gerbiott e Clemente Scodeler.

Observações: Fluminense e Independente, respectivamente, 7º e 8º colocados, não disputaram o returno, uma vez que de acordo com o regulamento do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre o penúltimo e último colocados seriam eliminados da sequência do certame.

SEGUNDO TURNO

O returno do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, foi realizado no domingo, do dia 6 de outubro de 1963. O Clube Atlético Flamengo acabou derrotado pela Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga), pelo placar de 2 a 1, no Estádio Municipal da LEMA (Liga Esportiva Municipal de Amadores), em Pouso Alegre/MG.

Estatística do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre

TOTAL DE JOGOS:42 (Jogados 40 e não realizados dois).
TOTAL DE GOLS:161.
MAIOR RENDA:Sete de Setembro x Rodoviário (4 de agosto) – Cr$ 97.750,00.
MENOR RENDA:Flamengo X Independente (8 de setembro) – Cr$ 7.260,00.
TOTAL DE RENDA:Cr$ 1.584.990,00.  
MELHORES ATAQUES:AD Jacutinguense, 35; Rodoviária, 34; Grêmio Jacutinga, 29; Sete de Setembro, 28.
PIORES ATAQUES:Fluminense, 08 e independente, 07.
DEFESA MENOS VAZADAS:AD Jacutinguense e Sete de Setembro, ambos com 7 gols sofridos.
DEFESAS MAIS VAZADAS:Independente com 35 gols sofridos.
GOLEIROS VAZADOS:Rubão 8 e Sidney 3 vezes (ADJ); Paulo Afonso 13 vezes e Tite uma vez (Sete de Setembro); Helindo 16 vezes (Fluminense); Quadrado 19 Vezes (Grêmio); Zé Lucio 12, Morais 6 e Clóvis 3 vezes (Rodoviário); Ferreira 19 e Chuveiro 4 vezes (Facit); Roberto 25 e Boschinho 6 vezes (Flamengo); Bertelli 23 vezes, Mário Ito e Bulacha 6 vezes cada (Independente).
PÊNALTES MARCADOS:16. Cobrados 15 e um não cobrado (Convertidos nove e desperdiçados seis).  
EXPULSÕES:Geraldo (Facit), duas vezes, contra o Independente (6 de agosto) e diante do Grêmio (20 de outubro); Paturi e Conrado (Independente) no jogo contra o Grêmio (30 de junho); Bulacha (Independente) diante do Facit (6 de agosto); Batata (Flamengo) diante da ADJ (6 de outubro de 1963).
GOLS CONTRA:Nove – Emídio do Grêmio para o Flamengo (4 de agosto); Roberto do Flamengo para o ADJ (11 de agosto); Nelsinho do Fluminense para o Independente (25 de agosto); Américo do Grêmio, 2 tentos contra o ADJ (25 de agosto); Március do Rodoviário para o ADJ (8 de setembro); Chuveiro do Facit para o Grêmio (15 de setembro); Zezão do Facit a favor do Rodoviário (10 de novembro); Grapette do Rodoviário para o Grêmio (17 de novembro).

ARTILHARIA

18 gols – Santana (ADJ);

14 gols – Aleluia (Grêmio);

12 gols – Edmundo (Rodoviário); Airton (Sete de Setembro);

9 gols – Tista (Rodoviário);

5 gols – Airton I (Rodoviário); Joaquinzinho (Grêmio); Saméia (Facit); Kleber (Flamengo);

4 gols – Pádua (ADJ); Lairton (Sete de Setembro); Vasco (Facit);

3 gols – Julião e Xêpa (Grêmio); Vilsinho (Sete de Setembro); Batata (Flamengo);

2 gols – Régis, Adíber e Helinho (ADJ); Adilson e Airton II (Rodoviário); Escurinho, Bolinha e Otávio (Sete de Setembro); Canhotinho e Fernando (Facit); Duarte (Flamengo); Tista e Tite (Fluminense); Gentil (Independente);

1 gol – Tatáo, Antoninho e Lambari (ADJ); Siécula, Dayse e Marcinho (Rodoviário); Ronaldo e Neto (Grêmio); Vitor, Jurandir e Bira (Sete de Setembro); Zé Maria e Juvenal (Facit); Luiz Carlos, Julinho, Chichico e Custódio (Flamengo); Beline, Wilson, Paraguaçú e Maciel (Fluminense); Dentinho, Carlos Honório, Courinho e Dote (Independente);

 ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM (40 jogos)

6 Vezes – Nivaldo de Barros e Valentim Pereira;

5 Vezes – Geraldo Guedes;

4 Vezes – Carlos Roberto Rodrigues Viotti;

3 Vezes – Hermínio Gerbiet;

2 Vezes – Raimundo Alves da Silva José Fausto Ricêto e Virgílio Izsac Facury;

1 Vez – Caetano Charlante, Dante Charlante, Alexandre Grocetti, Alcides José Peroni, Benedito Gerbiot, Clemente Scodeler, Hilson Gonçalves, Lucrécio Gonçalves, Ivan Barroso e José Tudisca.

Os Jogos do Segundo Turno

Domingo: 06 de outubroFlamengo1X2Jacutinguense
Domingo: 06 de outubroSete de Setembro1X0Facit FC
Domingo: 13 de outubroRodoviário2X1Sete de Setembro
Domingo: 20 de outubroGrêmio Jacutinga1X0Facit FC
Domingo: 20 de outubroSete de Setembro5X0Flamengo
Domingo: 27 de outubroRodoviário4X2Flamengo
Domingo: 27 de outubroJacutinguense8X1Facit FC
Domingo: 03 de novembroGrêmio Jacutinga2X1Flamengo
Domingo: 03 de novembroSete de Setembro *1X0Jacutinguense
Domingo: 17 de novembroGrêmio Jacutinga3X4Rodoviário
Domingo: 17 de novembroFacit FC3X2Flamengo
Domingo: 17 de novembroRodoviário**WOXJacutinguense
Domingo: 24 de novembroFacit FC3X3Rodoviário
Domingo: 24 de novembroGrêmio Jacutinga ***XSete de Setembro
Domingo: 1º de dezembroJacutinguense***XGrêmio Jacutinga
* Aos 13 minutos do 2º tempo, o árbitro José Tudisco paralisou a partida, alegando falta de segurança. A LEMA (Liga Esportiva Municipal de Amadores), marcou para o domingo, do dia 24 de novembro de 1963, que os 32 minutos que faltavam fosse realizado. No entanto, Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga) não compareceu. Com isso a LEMA deu os pontos para o Sete de Setembro. ** Com o não comparecimento do Jacutinguense para a partida, o Rodoviário venceu por W.O. *** As partidas foram canceladas, pelo desinteresse das equipes.

Classificação do 2º Turno

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Rodoviário1812822342014
Grêmio Jacutinga1510712291910
AD Jacutinguense141174351421
Sete de Setembro1211524281414
Facit FC10124261523-8
Flamengo812481531-16
Fluminense47250816-8
Independente17160735-28
Rodoviário é o Campeão do Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre de 1963

Algumas formações:

Rodoviário: Zé Lúcio (Clóvis); Alemão (Edemir), Pedrinho e Március (Régis); Grapete e Benedito; Adilson, Bonga (Marcinho), Tista (Vitor), Edmundo e Darcy (Airton).

Sete de Setembro: Paulo Afonso (Tite ou Rastele); Zé Acácio (Toninho), Jura (Nelsinho) e Hugo (Herculano ou Nuno); Vitor (Lobo) e Bolinha (Saquete); Lairton (Vantania), Airton (Luizinha), Vilsinho (Tista), Anardino (Bira) e Escurinho (Otávio).

Grêmio Jacutinga: Quadrado; Sapucaí, Américo e Etualpes; Guaraná e Darci (Joaquim); Julião, Xepa, Aleluia, Lambreta e Ronaldo.

FACIT: Ferreira; Roberto (Zezão), Geraldo e Marcos (Baiano); Paulinho (Cláudio Claret) e Roberto II (Juvenal ou Batata); Deley (Zé Maria), Tião (Vasco), Fernando (Chiquito ou Reginho), Canhotinho (Dauro ou Fernando II) e Evandro (Joviano).

FONTES: Minhas anotações – Jornal Semana Religiosa, de Pouso Alegre (MG)

Foto Rara de 1930: Clube Atlético Mineiro – Belo Horizonte (MG)

Foto de 1930, do Clube Atlético Mineiro, Campeão dos Campeões, quando bateu espetacularmente o Bangu. O famoso esquadrão composto de:

Veado, Humberto, Orlando, Didico, Jací, Milito, Jairo, Naná, Dario, Geraldino, Mauro, Mario Gomes, Jaime, Murilo, Mauricio e Armando, além do diretor esportivo Ivo Melo e do técnico, presentemente estão todos ou quase todos formados por escolas superiores.

Em 1930, o Atlético Mineiro estreou na temporada, na terça-feira, do dia 07 de janeiro, derrotando o combinado carioca por 3 a 2. No domingo, do dia 18 de maio, venceu a equipe carioca do Sport Club Вrаsil, por 5 a 1.

No domingo, do dia 22 de junho, empatou com o Clube de Regatas Flamengo, também do Rio, por 2 a 2. No sábado, do dia 30 de agosto, na cancha da Barroca, derrotou o Botafogo/RJ, por 3 a 2. Os três gols dos mineiros foram assinalados por Mário de Castro.

No sábado, do dia 06 de setembro, goleou o Bangu por 7 a 2. No sábado, do dia 20 de setembro, venceu o São Christóvão carioca por 3 a 1.

Por fim, na revanche, na sexta-feira, do dia 24 de outubro, o Botafogo/RJ venceu por 6 a 3, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

FONTES E FOTO: Revista Alterosa (MG)

Foto Rara: Cruzeiro Esporte Clube campeão Mineiro de 1959!

Eis o grande campeão de 1959, Cruzeiro Esporte Clube – com seus heróis: Genivaldo, Massinha e Procópio; Nilsinho, Amauri e Clever; Emerson, Abelardo, Dirceu, Nelsinho e Raimundinho.

Cruzeiro campeão de 1959

A vitória do Cruzeiro Esporte Clube, no Campeonato Mineiro de 1959, que fez vibrar intensamente a alma cruzeirense da cidade, foi, sem dúvida, o resultado do harmonioso trabalho de uma equipe de homens devotados à gloriosa agremiação esportiva do Barro Preto.

Porque na verdade, não basta, no futebol, o entrosamento da equipe integrada pelos jogadores que se desdobram, em campo, para vencer o adversário, mas é necessária também a coesão da grande equipe representada por todos quantos, nos setores administrativos, técnicos e esportivos, contribuem com sincero esforço através de entusiástico espirito de luta para a grandeza do clube.

A grande vitória cruzeirense de 1959 resultou dessa harmonia total, constituindo-se num feito tão expressivo que, numa reportagem ligeira, como homenagem ao campeão do ano, não poderíamos deixar de evocar a gloriosa história desse grêmio cujas atuações vêm empolgando, desde o longínquo 1921, os aficionados do futebol em Minas.

O Cruzeiro Esporte Clube é a esplêndida continuação da Societá Sportiva Palestra Itália que, sob o patrocínio da colônia italiana de Belo Horizonte, surgiu em janeiro de 1921, para honra e glória dos esportes nacionais. Teve, depois, o clube recém-fundado, outras denominações: Sociedade Esportiva Palestra Itália, Sociedade Esportiva Palestra Mineiro e, por fim, Ipiranga.

Foi por ocasião da grande guerra mundial em 1941, que surgiu a substituição da palavra Itália por Mineiro, modificada, novamente, no ano seguinte, por força de decreto-lei para Ipiranga, nome que não resistiu uma semana, vindo a ser substituído pelo belo nome que hoje tem.

Durante os 39 anos de sua existência, marcada por várias vitórias inesquecíveis, que ficaram memoráveis na crónica futebolística de Minas Gerais, a raposa do Barro Preto conseguiu, com a camisa palestrina, o tricampeonato (28-29-30) o campeonato de 40 e, já no regime do profissionalismo, ostentando a camisa cruzeirense, alcançou novo tricampeonato (43-44-45) que consolidou o prestigio da querida agremiação.

Aurélio Noce – Fundador do Cruzeiro Esporte Clube (S.S. Palestra Itália) e seu 1º Presidente.

Todos os presidentes entre 1921 a 1960

Na sua existência, teve o clube do Barro Preto 22 presidentes, que foram os seguintes: Aurélio Noce, Alberto Noce, Braz Pellegrini, Antônio Falci, Américo Gasparini, Lidio Lunardi, José Viana de Sousa, Miguel Perrella, Romeu De Paoli, Osvaldo Pinto Coelho, Enes Ciro Poni, Mário Grosso, Antônio da Cunha Lobo, Divino Ramos, Manuel França Campos, Fernando Tamietti, Antônio Alves Limões, José Greco, Wellington Armanelli, Eduardo Bambirra, Manuel Carvalho e Antônio Braz Lopes Pontes.

Destaques na diretoria do clube em 1959

Na memorável campanha de 1959, três nomes se destacam, sem dúvida, dentro do grande e louvável esforço da totalidade dos cruzeirenses: Antonino Pontes, o presidente; Carmine Furletti, vice-presidente dos assuntos profissionais, e Felício Brandi, diretor de futebol. E, pode-se afirmar, os esforços desses três elementos, que a imprensa já cognominou de Três Mosqueteiros, obtiveram, no setor esportivo, absoluta ressonância em Leonisio Fantoni, o popular Niginho, que conduziu o team à vitória.

Outros desportistas merecem, também, citação, pela dedicação com que agiram sempre: Hélio Volpini, Joaquim Gramiscelli, Fábio Miranda, Celso Lovalho, Geraldo Faria e tantos outros cuja enumeração seria longa. Na administração do clube, devem ser citados os desportistas José Francisco Lemos Filho, Eduardo Bambirra, Nicola Costa, Harry Leite, Isac Federman, Miguel Morici, Geraldo Heleno, Adil de Oliveira, Américo Búfalo, José Azevedo e muitos outros que, por dedicação ao clube das cinco estrelas, fizeram da sede do Barro Prêto, um segundo lar.

Torcedor doa um terreno de 4 mil metros quadrados ao clube

O magnifico projeto do arquiteto Vicente Bufalo para a Sede Campestre do Cruzeiro, na Pampulha, considerado, no gênero, joia da arquitetura moderna. Salões de jogos, danças, leitura, quadras, piscinas e campo de futebol constituirão o grande empreendimento que está empolgando os cruzeirenses. O novo estádio terá capacidade para 20 mil expectadores.

A vitória que atualmente os cruzeirenses festejam, propiciou, neste início de ano, excelente clima para o prosseguimento da grande realização do Cruzeiro Esporte Clube: a Sede Campestre. Por desejo do saudoso homem público, René Giannetti, sua família doou ao Cruzeiro Esporte Clube uma área de 4 mil metros quadrados, no Jardim Santa Branca, na Pampulha.

Nicola Costa, expressivo nome cruzeirense, idealizou o plano e as obras já estão em pleno funcionamento, sob sua direção, sendo seus colaboradores vários paredros que constituem a diretoria da Sede Campestre: Nicola Costa, presidente; Adil Expedito de Oliveira, vice; Sebastião Morégula Campos, diretor de publicidade; Nicola Galicchio e Geraldo Moreira dos Santos, tesoureiros; e César Lovalho, secretário.

Projeto para construção da Sede e Estádio

Teremos, portanto, muito breve, na Pampulha, magnifico estádio de futebol, piscina olímpica, piscina para crianças, quadras de basquete, vôlei e tênis. Essa realização será o grande campeonato que o glorioso Cruzeiro Esporte Clube vencerá muito em breve.

Diretoria campeã do Cruzeiro em 1959

Presidente – Antonino Braz Lopes Pontes;

Vice-Presidente – José Francisco Lemos Filho;

Vice-Presidente de Futebol – Carmine Furletti;

Vice-Presidente Social – Antônio Harry Leite;

Vice-Presidente dos Especializados – Italo Becatini;

Diretor de Futebol Profissional – Felicio Brandi;

Diretor do Dep. Futebol Amador – Edson Crepaldi;

Diretor do Dep. de Finanças – Claro Flores Pinto;

Diretor de Patrimônio – Nicola Costa;

Diretor do Dep. Médico – Dr. José Greco;

Diretor do Dep. Jurídico – Luiz Carlos Rodrigues;

Diretor do Dep. Administrativo – Natalino Trigineli;

Diretores de Natação – Wellington Armaneli e Miguel Lovalho;

Tesoureiro – Américo Búfalo;

Secretário – Caetano de Oliveira Piló;

Diretores da sede social: Durval Serafim, Isac Federman, Rui Grossi, Gelson Aureliano Netgker, Sebastião Tostes e Nicola Galicchio (tesoureiro).

FONTE E FOTOS: Revista Alterosa (reportagem de maio de 1960)

Inédito!! Esporte Clube Londrina: 1º time de futebol da cidade de Londrina (PR), em 1934

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Londrina foi a 1ª agremiação de futebol que existiu na cidade de Londrina (PR). O “Alvinegro Londrinense” foi Fundado em 1934, por pioneiros da Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP) com o nome de Sport Club Londrina.

A sua Praça de Esportes ficava localizado na Avenida Paraná (atual: Avenida Celso Garcia Cid), na Vila Siam, em Londrina. Foi o 1º campo de futebol na cidade. Na década de 50, o campo de futebol deu lugar à antiga Cooperativa Cotia.

O 1º time do Esporte Clube Londrina tinha a seguinte escalação: Jacó Minatti (goleiro); Nicodemo, Leonino e Galvino (Beques); Mário, Américo, Fascio e Cézar Traballi; Celso Garcia Cid e Rafael Ferrari (Alfos); Aurélio Paglia (Center Alfo). Técnico: Alfredo Batini.

Na formação inicial dos núcleos urbanos planejados pela CTNP, havia o interesse dos colonizadores apresentarem um ideal de urbanidade ligado à vida esportiva. Isto talvez pelo fato de que para os próprios funcionários da CTNP fosse interessante manter atividades que preservassem a cultura nativa dos seus poucos funcionários ou ainda para auxiliar no empreendimento atraindo futuros compradores por meio da imagem de uma cidade planejada e próspera não apenas economicamente, mas também sociocultural do ponto de vista da sua organização e distribuição espacial de práticas de passatempo e esportivas. E dessa forma, destacamos o sentido atribuído ao campo de Football por parte dos colonizadores e do poder público local.

Foto posada no domingo, do dia 20 de janeiro de 1935

Mesmo relegado às determinadas áreas marginais, o futebol se desenvolveu de uma maneira que a interação social entre grupos com diferentes parcelas de poder denunciasse a questão de distinção social expressa pela distribuição e organização espacial do centro urbano.

Assim, a introdução do campo de Football na planejada cidade de Londrina é marcada por um discurso que condicionou e encarregou a área destinada a tal prática esportiva e de passatempo nos anos 1930.

Houve discurso higienista corroborando com os interesses da CTNP e dos representantes do poder público por meio da racionalização dos espaços, isto desde a sua concepção de núcleo urbano até a execução do projeto de cidade.

Foto posada no domingo, do dia 08 de agosto de 1937

Embora a cidade de Londrina em sua fase inicial apresentasse uma paisagem rural, não podemos deixar de frisar que o empreendimento inglês era um projeto moderno de exploração de terras e consequentemente de modelos de núcleo urbano planejado, sendo o campo de Football um elemento constitutivo da vida sociocultural.

Por fim, a representação do futebol dentro do projeto de núcleo urbano da CTNP, indica, por um lado, abertura a um possível lugar onde as diferenças deveriam conviver; por outro lado, a quadra de tênis indica o lugar de convívio daqueles que se julgavam pertencentes de uma elite social e condutora da cidade planejada e em urbanização.

ARTE: desenho dos escudos e uniformes: Sérgio Mello

FOTOS: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss – Acervo Nair Paglia Piantini – Londrina Foto Memória

FONTES: Paraná Norte (PR) – “O Enquadramento do Football na Cidade Planejada – Londrina dos anos 30”, de autoria de André Xavier da Silva e Tony Honorato – Aurélio Paglia

1º Escudo!! Operário Futebol Clube – Campo Grande (MS)

Escudo e uniforme de 1938

Por Sérgio Mello

O Operário Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A sua Sede social fica localizado na Rua Dr. Eduardo Olímpio Machado, nº 300, no bairro de Monte Castelo, em Campo Grande (MS).

O “Galo” foi Fundado no domingo, do dia 21 de agosto de 1938, por representantes da construção civil liderados pelo pintor Plínio Bittencourt. O time foi criado por cidadãos comuns que buscavam espaço na sociedade brasileira regida pelo Estado Novo.

Preto no Branco: Vasco da Gama e Operário quebraram barreiras políticas e sociais para revolucionar o futebol

Operário do Povo

Operários criavam um clube de origem popular, combatendo o preconceito para disseminar o esporte bretão que na época era praticado apenas pela elite. A instituição do povo, mostraria o seu valor durante o período do futebol amador da cidade com as conquistas da Liga Campo-Grandense em 1942 e 1945 e mais tarde, dando fim ao enorme jejum de 21 anos, levantando a taça de 1966 a última da era amadora.

Uma “seca” de títulos, que o Operário voltaria a enfrentar mais de 30 anos depois desse feito. Após o Bicampeonato Sul-Mato-Grossense (em 1996 e 1997) o Operário ficou 21 anos sem levantar o título do campeonato estadual e só voltou a soltar o grito de campão “entalado na garganta” em 2018, justamente no ano das comemorações dos 80 anos de existência do clube.

O atual Presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Estevão Petrallas se lembra de uma história envolvendo a torcedora símbolo do Operário que esteve presente durante todo esse jejum.

Eu me lembro do último episódio na cidade de Rio Brilhante, quando nós recebemos o Operário com uma dívida de 12 mil reais perante a justiça desportiva e a perda de mando de seis jogos. Estávamos jogando a Série B e eu assisti ao jogo, atrás do gol juntamente com Dona Maria Preta. E ela dizia, ‘seu Petrallas, eu vou morrer e não vou ver esse operário campeão’ e eu disse, Dona Maria não morre não, que nós vamos ser campeão”, se lembra Estevão.

A comemoração realizada no Rádio Clube Cidade, foi um verdadeiro marco para o Operário Futebol Clube, que enfim, pode reescrever a sua própria história apagando as injustiças cometidas com aqueles operários da construção civil que fundaram o clube e que foram impedidos de jogar futebol naquele mesmo lugar ainda no período do amadorismo.

Foto posada de 1938

O Operário nasceu de um clube social chamado Clube dos 30, que era visto como o clube para o povão bailar. Já que o Rádio Clube pertencente a elite, acabou sendo fechado por perseguição política e por conta disso, muitos dos seus integrantes, mais tarde, ajudariam a fundar o Operário Futebol Clube. Estevão se recordou desse fato inusitado durante a comemoração dos 80 anos do Galo.

O clube surgiu na Mato Grosso onde hoje é o Sinduscon, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e a festa foi no Rádio Clube porque era onde os operarianos não tinham espaço para que pudesse adentrar, porque era o clube da elite e o Operário era o clube do povão, então não tinha como ter acesso. E lembramos desse fato rapidamente durante a comemoração, claro sem causar nenhum constrangimento, porque não era o foco”, lembra Estevão.

Seu eterno rival, o Esporte Clube Comercial foi fundado por comerciantes e estudantes do Colégio Dom Bosco juntamente com o esportista Etheócles Ferreira tempos depois, em 15 de março de 1943.

Operário Campeão da Liga Municipal de Campo Grande de 1942

O escritor Reginaldo Alves Araújo que escreveu o livro: Futebol Uma Fantástica Paixão, a história do futebol campo-grandense tomo 1, cita a definição da Liga Municipal de Campo Grande de 1951.

Na ocasião, o Operário perdeu o título para o Comercial e a torcida operariana atribuiu a derrota, as cores do uniforme que foram modificadas pelo então Presidente do Operário, Silvio Andrade, justamente no embate decisivo. Após o apito final, o lado “preto e branco” das arquibancadas ficou tão irritado que arrancou o conjunto vestido pelos jogadores para atear fogo, numa demonstração de enorme insatisfação com o resultado, o que de modo geral, mostra um pouco do tamanho da dimensão da rivalidade que envolve o clássico Comerário.

Na década de 70, o Colorado se profissionalizou para a disputa da Seletiva para o Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube do estado do Mato Grosso a disputar a elite do futebol brasileiro em 1973. No mesmo ano em que seu arquirrival disputou a primeira divisão do nacional, o Galo da Bandeirantes conquistou o seu primeiro torneio internacional. Operário campeão da Taça Seleção União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi nessa época que o Operário uniu forças para poder competir no ano seguinte.

O clube de trabalhadores que talvez não tivesse condições nem de fazer o seu documento. E a gente tem histórias de um diretor da época em que sua mulher estava gravida, e ele aguardando o nascimento do filho, ele investiu todo esse dinheiro na Federação Mato-Grossense de Futebol”, relembra Estevão.

Escudo atual

Em 2023 o clássico Comerário completou 50 anos de rivalidade profissional. Foi no dia 20 de janeiro de 1973 pela tradicional Taça Campo Grande, que o estádio Morenão foi palco da partida histórica entre o Operário Futebol Clube e Esporte Clube Comercial, segundo registros do jornalista Marcelo Nunes.

Esse jogo foi num sábado à noite, começou às 21h30 e teve 6 mil e 71 pagantes para uma renda de 51 mil e 35 cruzeiros. Esse jogo foi 1 a 0 para o Operário e gol foi marcado pelo Pinho, aos 30 minutos do segundo tempo em um chute de fora da área. O árbitro foi o Mário Vinhas e os assistentes foram o Ladislau de Oliveira e Agnaldo de Barros, o trio do Rio de Janeiro”, relata Marcelo.

Marcelo Nunes é jornalista e tem mãos o maior acervo de registros da história do clássico Comerário com mais de 20 anos de pesquisa intensas computados, incluindo os jogos da era do amadorismo e partidas amistosas entre os dois clubes. Pesquisa que segundo ele próprio teve o apoio dos companheiros, Ricardo Paredes, Edna de Souza, Artur Mário, Elson Pinheiro e Marquinhos. Marcelo ainda tem o desejo de publicar o livro: “História dos Comerários”, obra na qual começou a escrever, mas que ainda não foi finalizada.

Torcida Esquadrão celebra os 83 anos do Operário

Ao todo o Operário conta com 10 participações na 1ª Divisão nacional, tendo como marcante a campanha de 1977, quando o Galo derrubou gigantes dos gramados e terminou com um honroso e inesquecível 3 º lugar.

Criação de Mato Grosso do Sul

A Lei Complementar 31, que previa a divisão do estado do Mato Grosso foi oficializada em 11 de outubro de 1977. Porém, a lei sancionada pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, só entraria em vigor em 1979. Com isso, o Operário foi impedido de ser hexacampeão estadual, justamente por conta da criação do estado de Mato Grosso do Sul. O Operário conquistou 6 títulos consecutivos em 76,77,78 (Mato-grossense) e 79,80,81 (Sul-mato-grossense).

Há exatos 34 anos, o Operário vencia o Campeonato Brasileiro
Operário Campeão Módulo Branco do Brasileiro de 1987

No polêmico ano de 1987, o Alvinegro fez história e se tornou o primeiro time do MS a vencer uma competição nacional. O Módulo Branco do Brasileiro daquele ano, ainda não é reconhecido pela CBF, mas, segue sendo motivo de orgulho para os operarianos. Até hoje, o Operário Futebol Clube é o maior do estado de Mato Grosso do Sul com 12 títulos estaduais.

FONTE E FOTOS: site de clubeSem Retranca

Seleção de Divinópolis, que disputou o Campeonato do Inteior Mineiro de 1947

Por Sérgio Mello

A Liga Municipal de Desportos de Divinópolis (LMDD) é a entidade máxima da cidade de Divinópolis, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Localizado a 120 km da capital mineira, conta com uma população de 231.091 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) de 2022.

Fundado na sexta-feira, do dia 03 de abril de 1936, a LMDD possui a sua Sede própria situado, na Rua Sion, n° 150, no bairro Esplanada, em Divinópolis/MG.

Divinópolis no 1º Campeonato do Interior Mineiro de 1947

A Seleção de Divinópolis, organizado pela LMDD (Liga Municipal de Desportos de Divinópolis), era praticamente o time do Ferroviário Atlético Clube, que na época era octacampeão municipal. Para se ter uma ideia, o selecionado titular contava com nove jogadores do Ferroviário: Voldack, Geraldinho, Palmiro, Bico-Fino, Bacharel, Pauzinho, Valtinho, Carmelinho e Torres.

A equipe se inscreveu para disputar o no Campeonato do Interior de 1947, chancelado pela Federação Mineira de Futebol (FMF). O Selecionado Divinopolitano ficou na 3ª Região, da 10ª Zona. A competição, com jogos de ida e volta de caráter eliminatório.

Preparação para o torneio

No domingo à tarde, do dia 21 de setembro de 1947, ensaiou pela segunda vez o selecionado divinopolitano, para seus compromissos no Campeonato do Interior de 1947. Os treinos vêm agradando plenamente, não só aos técnicos, mas também à grande assistência que tem comparecido ao campo da Esplanada.

O quadro Azul, ou seja, o titular, tem se exibido bem, mostrando boa fibra, técnica e ótima disciplina, acontecendo o mesmo com os suplentes. O escore do ensaio de domingo foi de 8 a 3 para os titulares.

Fizeram os gols: Pauzinho, três vezes; Torres e Piloto, dois tentos cada, e Valter, um gol; marcando para o team Branco: Rolô, duas vezes e Carmelinho, um tento.

Quadro Azul: Voldack (Jairo e depois Albertinho); Militão e Cuim; Silvio, Osvaldo e Bacharel; Pequeno, Valter, Piloto, Pauzinho e Torres.

Quadro Branco: Orácio (Jairo e depois Albertinho); Piola e Otacílio; Ascânio, Bico-fino e Didi; Baldo, Tiãozinho, Rolô, Toninho e Carmelinho.

O Campeonato do Interior terá início no domingo, do dia 5 de outubro de 1947, com jogo Formiga x Divinópolis. Lembrando que os jogos do Campeonato de Interior eram eliminatórios.

EM PÉ (esquerda para a direita): Mirgete, Otacílio, Orácio, Silvio Azevedo, Bico-Fino, Voldack, Bacharel, Geraldinho e Antenor Torres (treinador);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Torres, Valtinho, Pauzinho, Joca Guimarães e Carmelinho.

Divinópolis arranca empate no fim

Pelo 1ª Campeonato do Interior Mineiro de 1947, na estreia, no domingo, às 15h30min., do dia 05 de outubro de 1947, o Divinópolis após ir para o intervalo perdendo por dois a zero, conseguiu o empate “no apagar das luzes”, arrancando o empate em 2 a 2 com o Selecionado de Formiga, no Estádio Benjamin de Oliveira (propriedade do Ferroviário), em Divinópolis/MG.

No primeiro tempo, Guita e Cabaça marcaram para Formiga. Na etapa final, Pauzinho e Torres (marcou aos 35 minutos) deixaram tudo igual para o Selecionado Divinopolitano. Pela primeira vez, em Divinópolis, ocorreu uma partida intermunicipal em que todos os divinopolitanos presentes torcessem para o clube de sua terra.

Crônica do Jogo

O jornalista Oliveira Neto, do Divinópolis-Jornal fez a crônica dessa partida:

Primeira Etapa – De Orácio a Carmelo só se salva o zagueiro Geraldo que desde o início ao final, foi dinâmico mostrando muita fibra e classe. A equipe de Formiga não jogou melhor que os nossos, pois, encontraram um selecionado completamente desnorteado, não tendo em absoluto controle da bola.

Poderia o quadro de Formiga produzir mais e assinalar muitos tentos na fase inicial o que só não fizeram pela pouca produção de sua equipe que não correspondeu à expectativa.

Os locais não foram os que vimos frente ao Tupi (foi o último amistoso, uma semana antes, no qual Divinópolis goleou por 11 a 0). Não queremos com isto dizer que não encontraram resistência por parte dos cajuruenses, mas sim que tiveram mais domínio da pelota e compreendiam-se muito bem. Na partida de domingo fracassaram completamente, passando bola a torto e a direito.

Segundo tempo – Os defensores da jaqueta alvi entraram em campo para o tempo complementar, ainda um pouco descontrolados, mas firmando, à medida que o tempo passava. Com os visitantes aconteceu o contrário. Nessa fase, sua defesa jogava melhor e o ataque falhou quando era preciso, não se organizando quase nenhum a- taque de valor”.

ATUAÇÕES

DIVINÓPOLIS

Orácio, não teve culpa alguma nos dois gols, mas teve atuação falha, é fraco. Geraldo, o melhor em campo, jogando como verdadeiro mestre.

Otacílio, menos firme que seu colega, só firmando na fase final.

Silvio, fez um primeiro tempo péssimo, sobressaindo apenas um gol certo que tirou, executando uma bicicleta quando o arco estava completamente desguarnecido.

Bico-fino, fez um 1º tempo regular, melhorando sensivelmente no final. Bacharel, nas mesmas condições de Bico-fino.

Torres, teve boas jogadas.

Valter, foi dinâmico, mas nada conseguiu, pois, estava numa tarde negra. Pauzinho, mais uma vez jogou mal, não satisfazendo embora com espanto geral, pois, sendo ele um grande jogador fez duas partidas péssimas, esperando, no entanto, seus admiradores, que faça ótima partida em Formiga.

Joca esteve irreconhecível, não sendo o mesmo insider de domingo atrasado. Carmelinho, o elemento em quem nenhum dos esportistas locais depositava confiança foi o melhor da linha atacante, o 1º tempo, mas também é fraco,

FORMIGA

Marándola, um grande arqueiro, tendo efetuado uma grande partida.

Marico, muito falho.

Busina, regular.

A linha média, formada por Carlos, Nesir e Zezé, todos jogaram bem, sobressaindo o centro médio.

No ataque, Guita, o melhor.

Machado, foi um elemento de fibra que mostrou bom padrão de jogo.

Os demais no mesmo nível.

O JUIZ – O árbitro da partida foi o sr. Alcebíades M. Dias, o popular Cidinho agiu bem tendo algumas falhas. O sr. Cidinho é árbitro de categoria, pertencente ao quadro de juízes da F. M. F.

Waltinho Torres, Pausinho Torres e Joca Guimarães

DIVINÓPOLIS (MG)         2        X        2        FORMIGA (MG)

LOCALEstádio Benjamin de Oliveira, em Divinópolis (MG)
CARÁTER1º Campeonato do Interior Mineiro de 1947
DATADomingo, do dia 05 de outubro de 1947
HORÁRIO15 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 4.135,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROAlcebíades M. Dias, o Cidinho (FMF)
DIVINÓPOLISOrácio; Geraldo e Otacílio; Silvio Azevedo, Bico-fino e Bacharel; Torres, Valtinho, Pauzinho, Joca e Carmelinho. Técnico: Antenor Torres
FORMIGAMarândola; Marico e Busina; Carlos, Nesir e Zezé; Machado, Guita, Pedro, Milton e Cabaça.
GOLSGuita e Cabaça (Formiga), no 1º Tempo. Pauzinho e Torres aos 35 minutos (Divinópolis), no 2º Tempo.

Divinópolis sofre a virada e dá adeus ao Campeonato do Interior de 1947

Crônica do Jogo

O jornalista Oliveira Neto, do Divinópolis-Jornal fez a crônica dessa partida:

Solenidades – Pelos 22 homens e todos os presentes foi cantado o Hino Nacional Brasileiro, sendo nesta ocasião hasteado o pavilhão Nacional pelos Drs. Edson Pinto Coelho e José Adolfo Pereira, promotores de justiça de Divinópolis e Formiga, respectivamente. O chute inicial foi dado pelo Dr. Antônio Noronha, juiz Municipal de Formiga.

Coube a Pauzinho movimentar a pelota. Logo de início, fizeram os visitantes forte pressão ao arco contrário. O marcador de 5 a 2 não refletiu bem o que foi a partida. Os divinopolitanos jogaram bem, dominando por completo o seu adversário, no 1º tempo e aos 20 minutos iniciais da fase complementar.

Não tiveram chance os azuis em assinalar maior quantidade de gols o que sobrava demasia no quadro local. Os ataques dos visitantes eram mais coordenados com passes calculados, entendendo-se as mil maravilhas, mas sempre falhavam no arremate final. Faltou ainda no time divinopolitano mais preparo físico.

É justo, no entanto, salientar a grande reação dos formiguenses, motivada pela grande influência da torcida feminina que não parou um só instante de incentivar seus craques, o que não vemos em nossos campos, isto é, quando acontece aparecer uma moça para assistir a uma partida de futebol.

ATUAÇÕES

DIVINÓPOLIS

Voldack, sem favor algum, o mais positivo de seus companheiros. Encaixou com segurança e defendeu pênalti bem colocado do direito de sua meta. Não foi culpado de nenhum dos gols, porquanto foram assinalados a menor de um metro do arco.

Geraldo, não foi o mesmo de domingo atrasado, não querendo com isto dizer que jogou mal. Aliás, jogou bem, mas não tanto como da primeira vez.

Otacílio, uma verdadeira barreira para a famosa ala Airton e Petito, não conseguindo a mesma uma atuação primorosa devido a vigilância.

Palmiro e Dô, os mais fracos, não se compreendendo o motivo do afastamento de Silvio, que, apesar de ter jogado mal, domingo atrasado, jogou bem melhor que Palmiro. Dô, completamente nulo, tomou um baile tremendo.

Bacharel, juntamente com Otacílio e Voldack, formaram uma autêntica ‘muralha da China’. Bacharel esteve soberbo. Firme na marcação e bom distribuidor. Quando este elemento quis avançar para auxiliar os atacantes nasceu o 2º tento formiguense.

Carmelo, fraco em excesso, perdendo nada menos de 3 gols um dos quais o arco de Marándola estava inteiramente desguarnecido.

Valter, Paulinho e Joca jogaram bem. Valter, mais uma vez brilhou mostrando sua invejável técnica.

Pauzinho, retificando suas péssimas exibições anteriores esteve infernal.

Joca, além do magistral gol assinalado de fora da grande área com um potente petardo que obrigou Maréndola a soltar a pelota o fundo das redes, fez uma partida de gala. O gol de Pauzinho surgiu também de um chute de Joca que o arqueiro formiguense soltou e Pauzinho finalizou marcando o 1º tento.

Torres, jogou bem e deu um tremendo bailado, sendo, desta vez, o dançarino, o famoso zagueiro Marico e depois Lulú, que não conformaram, deixando até a bola para atingi-lo.

FORMIGA

Maréndola, não jogou mal, mas deixou passar dois autênticos frangos.

Marico, teve algumas falhas, o mesmo acontecendo com seu colega de zaga. Carlos, deixou muito a desejar.

Nesir, dava ‘bolas com açúcar’, mas para os adversários. Completamente nulo.

Zezé e Niltinho, jogaram bem.

Machado, fez pivô , o que bem entendeu.

Guita, bem vigiado por Otacílio nada fez além do gol.

A infernal ala esquerda formada de Airton e Petito de trabalho constante para a retaguarda divinopolitana. São dois infernais.

O JUIZ – O árbitro foi o sr. Geraldo Fernandes da FMF, que teve uma atuação fraquíssima. Agiu com certo receio, prejudicando a quadro da L.M.D.D. (Liga Municipal de Desportos de Divinópolis). Vai mal o quadro de arbitragem da Federação Mineira. Dois gols foram assinalados em visíveis impedimentos.

FORMIGA (MG)     5        X        2        DIVINÓPOLIS (MG)

LOCALEstádio Juca Pedros, situado nas avenidas dos Viajantes e Paulo Lins, no centro de Formiga (MG)
CARÁTER1º Campeonato do Interior Mineiro de 1947
DATADomingo, do dia 12 de outubro de 1947
HORÁRIO15 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 4.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROGeraldo Fernandes (FMF)
FORMIGAMarândola; Marico e Lulu; Carlos, Nesir e Zezé; Machado, Guita, Niltinho, Airton e Petito.
DIVINÓPOLISVoldack, Geraldo e Otacilio; Palmiro, Dô e Bacharel; Torres (Carmelinho), Valtinho, Pauzinho, Joca e Carmelinho (Torres). Técnico: Antenor Torres
GOLSPauzinho e Juca (Divinópolis); Petito (Formiga), no 1º Tempo. Petito, duas vezes; Guita e Airton, um tento (Formiga), no 2º Tempo.

Após a eliminação, o Selecionado divinopolitano ainda realizou um amistoso. Foi na quarta-feira, no dia 22 de outubro de 1947, quando enfrentou a Seleção de São João del Rei, fora de casa. A partida terminou empatada em 3 a 3.  Os gols foram assinalados por Valter, duas vezes, e Pauzinho, um tento. 

Escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Divinópolis-Jornal (MG)

1º Campeonato do Interior Mineiro da F.M.F. de 1947: tabela e Caxambu foi o grande campeão!

Por Sérgio Mello

No final do ano de 1947, teve início a disputa do 1º Campeonato Mineiro do Interior, promovido pela Federação Mineira de Futebol (FMF). A competição na esfera amadora, foi disputada por clubes e seleções municipais, que teve a duração de 5 meses (entre o dia 05 de outubro de 1947 a 07 de março de 1948).

Esse movimento foi uma iniciativa do então presidente da Federação Mineira de Futebol, Saint-Clair Valadares, ainda no início do ano de 1944. Com isso conseguiu que várias ligas municipais fossem fundadas ou reativadas e em seguida devidamente filiadas à FMF.

A crença era de que essa competição seria o “divisor de águas” no futebol mineiro, e o número de inscritos comprovou isso: ao todo foram 42 seleções municipais (alguns foram representados por clubes da cidade) para a disputa, que só foi concluída no início do ano seguinte (1948), coroando a Seleção de Caxambu como a grande campeã. Abaixo as seleções distribuídas em quatro regiões:

1ª REGIÃO

1ª Zona:

Itabirito;

Nova Lima;

Caetés (José Brandão);

Barão de Cocais.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

ITABIRITO5X2NOVA LIMA 
JOSÉ BRANDÃO3X2BARÃO DE COCAIS 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

NOVA LIMA1X1ITABIRITO 
BARÃO DE COCAIS0X2JOSÉ BRANDÃO 

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

JOSÉ BRANDÃO1X0ITABIRITO 

4ª-feira, do dia 22 de outubro de 1947

ITABIRITO2X0JOSÉ BRANDÃO 

Domingo, do dia 26 de outubro de 1947

ITABIRITO2X0JOSÉ BRANDÃO 

Itabirito foi o Campeão da Zona da 1ª Zona

2ª Zona:

Santa Luzia;

Pedro Leopoldo;

Sete Lagoas;

Sabará.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

SANTA LUZIA1X1SABARÁ 
PEDRO LEOPOLDO0X2SETE LAGOAS 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

SABARÁ6X0SANTA LUZIA 
SETE LAGOAS4X2PEDRO LEOPOLDO 

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

SABARÁ0X1SETE LAGOAS 

4ª-feira, do dia 22 de outubro de 1947

SETE LAGOAS7X0SABARÁ 

Sete Lagoas foi o Campeão da Zona da 2ª Zona

3ª Zona:

Curvelo;

Diamantina;

Pirapora;

Montes Claros.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

MONTES CLAROS2X2PIRAPORA 
DIAMANTINA1X5CURVELO 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

PIRAPORA2X1MONTES CLAROS 
CURVELO4X1DIAMANTINAGols: Adilson, Cavaco e Caito, duas vezes.

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

CURVELO5X2PIRAPORA 

Domingo, do dia 26 de outubro de 1947

PIRAPORA2X2CURVELO 

Curvelo foi o Campeão da Zona da 3ª Zona

Pela Semifinal da 1ª Região

Domingo, do dia 30 de novembro de 1947

ITABIRITO1X0CURVELO 

Domingo, do dia 07 de dezembro de 1947

CURVELO *WOXITABIRITOEstádio Salvo Filho
* Apesar de ter vantagem de jogar pelo empate, a seleção de Itabirito não compareceu ao jogo, entregando a classificação para Curvelo que se sagrou campeão da 1ª Região.

2ª REGIÃO

4ª Zona:

Barbacena;

Juiz de Fora;

Santos Dumont.

Domingo, às 15h45min, do dia 05 de outubro de 1947 (Estádio Pareto)

SANTOS DUMONT4X3BARBACENAGols: Arinos aos 30 minutos (SD), do 1º tempo.  Zizinho aos 6 minutos (Bar); Natalino aos 8 minutos (SD); Arinos aos 10 e 25 minutos (SD); .  Levi, de pênalti, aos 29 minutos (Bar); Sapateiro aos 45 minutos (Bar), no 2º tempo.  

Domingo, às 15h45min, do dia 12 de outubro de 1947

BARBACENA*3X2SANTOS DUMONT 
* A decisão foi para a disputa de pênaltis. E Barbacena venceu por 3 a 1, avançando para a final. Como Juiz de Fora desistiu, Barbacena se sagrou campeão da 4ª Zona.

5ª Zona:

Mariana (Marianense F.C.);

Ouro Preto (E.C. Tabajaras);

Viçosa.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

MARIANA2X2OURO PRETO 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

OURO PRETO3X1MARIANA 

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

VIÇOSA5X2OURO PRETO 

Domingo, do dia 26 de outubro de 1947

OURO PRETO4X3VIÇOSA 

Domingo, do dia 02 de novembro de 1947

VIÇOSA *0X0OURO PRETO 
* A decisão foi para a disputa de pênaltis. E o Viçosa venceu por 4 a 3 se sagrando campeão da 5ª Zona.

6ª Zona:

Aimorés (S.C. Comercial);

Governador Valadares (E.C. Democrata);

Itabira (Valeriodoce E.C.);

Resplendor (Nacional E.C.).

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

RESPLENDOR3X2GOVERNADOR VALADARES 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

GOVERNADOR VALADARES3X4RESPLENDOR

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

ITABIRA1X0AIMORÉS 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

AIMORÉS3X1ITABIRA

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

ITABIRA1X0AIMORÉS

Na final da 6ª Zona, Itabira (Valeriodoce) eliminou Resplendor (Nacional), ficando com o título da 6ª Zona.

VIÇOSA2X3BARBACENA 
BARBACENA4X2VIÇOSA 

Na primeira partida da final da 2ª Região, Barbacena e Itabira empataram em 1 a 1. No final, o Itabira ficou com o título da 2ª Região.

3ª REGIÃO

7ª Zona:

Uberaba;

Uberlândia;

Araguari;

Patos de Minas (URT – União Recreativa dos Trabalhadores).

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

UBERABA4X2ARAGUARIGols: Brandão, Anísio (2) e Helinho; Paulo Borges e Renato
PATOS DE MINAS4X1UBERLÂNDIAGols: Gilberto (Uberlândia)

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

ARAGUARI1X2UBERABA 
UBERLÂNDIA1X1PATOS DE MINASGols: Zé Martins (Uberlândia)

Sábado, do dia 15 de novembro de 1947

UBERABA3X0PATOS DE MINASGols: Tercílio, Brandão e Helinho

Domingo, do dia 30 de novembro de 1947

PATOS DE MINAS2X4UBERABAGols: Helinho, Anísio e Ticrila (Uberaba)

Uberaba foi o Campeão da Zona da 7ª Zona

8ª Zona:

Bonsucesso;

Campo Belo;

São João del Rei.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

BONSUCESSO *1X3CAMPO BELO 
* A Seleção de Campo Belo se retirou de campo. Posteriormente acabou sendo eliminada. Com isso, o Bonsucesso avançou.

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

BONSUCESSO 1X4SÃO JOÃO DEL REI 

Domingo, do dia 26 de outubro de 1947

SÃO JOÃO DEL REI6X1BONSUCESSO  

São João del Rei foi o Campeão da Zona da 8ª Zona

10ª Zona:

Formiga (Formiga F.C.);

Divinópolis;

Dores do Indaiá (Dorense F.C.);

Araxá.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

DORES DO INDAIÁ2X1ARAXÁ 
DIVINÓPOLIS2X2FORMIGAGols: Pauzinho e Torres; Guita e Cabaça

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

FORMIGA5X2DIVINÓPOLISGols: Petito (3), Guita e Airton; Pauzinho e Joca
ARAXÁ4X1DORES DO INDAIÁ 

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

ARAXÁ2X0DORES DO INDAIÁ 

Domingo, do dia 26 de outubro de 1947

FORMIGA2X4ARAXÁ 

Domingo, do dia 02 de novembro de 1947

ARAXÁ *WOXFORMIGA 
* A Seleção de Formiga (formada pelo Formiga Futebol Clube), não compareceu para o segundo jogo e acabou perdendo por W.O. Com isso, a Seleção de Araxá se sagrou Campeão da Zona da 10ª Zona.

Domingo, do dia 07 de dezembro de 1947

UBERABA1X2ARAXÁGols: Anísio (Uberaba); Camarota e Nivaldo (Araxá)

Domingo, do dia 14 de dezembro de 1947

ARAXÁ0X4UBERABA** 
** O jogo foi interrompido aos 32 minutos do 2º tempo, em razão das condições impraticáveis do gramado, devido à forte chuva que caiu durante toda a partida. Na data marcada para a finalização do confronto e disputa da prorrogação (11/01/1948), a seleção araxaense não compareceu ao gramado alegando não ter sido devidamente comunicada pela FMF, dando a classificação a Uberaba.

Domingo, do dia 1º de fevereiro de 1948

SÃO JOÃO DEL REI1X1UBERABA 

Domingo, do dia 08 de fevereiro de 1948

UBERABA4X0SÃO JOÃO DEL REIGols: Anísio e Brandão, duas vezes cada um.

A Seleção de Uberaba foi a campeã da 3ª Região.

4ª REGIÃO

9ª Zona:

Caxambu;

Varginha;

Itajubá.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

VARGINHA0X4CAXAMBU 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

CAXAMBU7X2VARGINHA 

Domingo, do dia 19 de outubro de 1947

ITAJUBÁ3X1CAXAMBU 

Domingo, do dia 26 de outubro de 1947

CAXAMBU3X0ITAJUBÁ 

Domingo, do dia 02 de novembro de 1947

CAXAMBU2X0ITAJUBÁ 

Caxambu foi o Campeão da Zona da 9ª Zona

11ª Zona:

Alfenas (Alfenense F.C.);

Cabo Verde (União F.C.);

Muzambinho.

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

CABO VERDE2X3ALFENAS 

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

ALFENAS3X1CABO VERDE 

Na final, o Muzambinho desistiu e, consequentemente, o Alfenas se sagrou campeão da 11ª Zona.

12ª Zona:

Machado (A.A. Machadense);

Parreiras;

Poços de Caldas (A.A. Caldense).

Domingo, do dia 05 de outubro de 1947

MACHADO2X4POÇOS DE CALDAS 

Domingo, do dia 12 de outubro de 1947

POÇOS DE CALDAS6X1MACHADO 

Em relação ao selecionado de Parreira não foi citado. Possivelmente tenha desistido de participar. Fato é que Poços de Caldas (Caldense) ficou com o título da 12ª Zona.

Sábado, do dia 15 de novembro de 1947

POÇOS DE CALDAS5X4CAXAMBU 

Sábado, do dia 22 de novembro de 1947

CAXAMBU3X2POÇOS DE CALDAS 

Domingo, do dia 30 de novembro de 1947

CAXAMBU2X1POÇOS DE CALDAS 

Domingo, do dia 07 de dezembro de 1947

ALFENAS2X3CAXAMBU 

Domingo, do dia 14 de dezembro de 1947

CAXAMBU *WOXALFENAS 
* O selecionado de Alfenas não compareceu no jogo de volta e acabou eliminado. Com isso, a Seleção de Caxambu foi a campeã da 4ª Região.

Com a conclusão das fases eliminatórias nas 12 Zonas, e, posteriormente, a definição dos campeões da 1ª, 2ª, 3ª e 4ªRegiões, foi definido as quatro seleções municipais que lutariam pelo inédito título do 1º Campeonato Mineiro do Interior, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol). Os seis jogos da Fase Final, foram realizados no Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK (Capacidade para 15 mil pessoas), no bairro de Barro Preto, em Belo Horizonte/MG.

Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira

Sábado, do dia 28 de fevereiro de 1948

ITABIRA0X3CAXAMBUGols: Januário e Gravatinha, duas vezes.
CURVELO2X1UBERABAGols: Coquinho e Vicente (Curvelo); Brandão (Uberaba).

Sexta-feira, do dia 05 de março de 1948

UBERABA6X2ITABIRAGols: Ditinho, Jorginho, Tercílio, Anísio, duas vezes (Uberaba); Helinho e Alberto (Itabira).
CAXAMBU4X0CURVELOGols: Celinho, Cento e Nove e Wallace (Caxambu).

Domingo, do dia 07 de março de 1948

CURVELO4X2ITABIRAGols: Coquinho (duas vezes), Vicente e Quirino (Curvelo); Lourinho e Zé Neves (Itabira).
CAXAMBU2X1UBERABAGols: Celso, duas vezes (Caxambu); Helinho (Uberaba).
outro ângulo do Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira

Com esses resultados, a Seleção de Caxambu conquistou do 1º Campeonato Mineiro do Interior, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol).

Classificação Final

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Caxambu633918
Curvelo432167-1
Uberaba2312862
Itabira033413-9

Algumas formações:

Barbacena: Valkir; Domingos e Olinto; Alvaci, Carmo e Carnot; Hélio, Zizinho, Sapateiro, Levi e Oitenta.

Caxambu: Viola; Mazinho e Zé Carlos; Xatara, Januário; Ernesto, Wallace, 109, Celso, Laláu e Gravatinha (Haroldo).

Curvelo: Ulisses; Bené e Beiçola; Malé, Quirino e Cavaquinho; Bastianinha; Caito, Adilson, Cavaco e Coquinho.

Divinópolis: Orácio (Voldack); Geraldinho e Otacílio; Silvio Azevedo (Palmiro), Bico-Fino (Dô) e Bacharel; Torres, Valtinho, Pauzinho, Joca Guimarães e Carmelinho. Técnico: Antenor Torres.

Formiga: Marándola; Marico e Busina (Lulu); Carlos, Nesir e Zezé; Machado, Guita, Pedro (Niltinho), Milton (Airton) e Cabaça (Pepito).

Santos Dumont: Chico Pão (Tigre); Parafuso (Mineiro) e Walter (Social); Marcelo (Tigre), Convence (Social) e Hipólito (Mineiro); Couri (Mineiro), Anísio, Arinos, Italiano e Natalino (Social). Entre parênteses os clubes de cada jogador.

COLABOROU: Fabiano Rosa Campos

Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FONTES: Vida Esportiva (MG) – Gazeta de Paraopeba (MG) – Sol (MG) – Divinópolis-jornal (MG) A Manhã (RJ)

Mocidade Futebol Clube, do Jardim Zaíra – Mauá (SP)

MAUÁ

Mauá é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Pertence à região do ABC Paulista, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, A densidade demográfica é de 6 753,01 habitantes por quilômetro quadrado. Porém a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. Em 2014, era o 20° município do estado em produto interno bruto. Com 418.261 habitantes (Censo 2022), Mauá é o 15° município mais populoso do estado de São Paulo, e o 57° município mais populoso do Brasil.

Etimologia

Ver também: Topônimos tupi-guaranis no Brasil

O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere que o topônimo “Mauá” pode provir de “Magûeá“, que era o nome de uma aldeia tamoia que se localizava na baía de Guanabara no Século XVI. Originalmente, o nome “Mauá” designava uma área onde hoje situa-se o bairro de Mauá, em Magé, onde Irineu Evangelista de Souza construiu um grande porto. O imperador dom Pedro II, reconhecendo a importância da obra, nomeou-o barão de Mauá.

Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome “Mauá” passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo “Pilar“, que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo à Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Ribeirão Pires.

O Mocidade Futebol Clube do Jardim Zaíra, é uma agremiação da cidade de Mauá (SP). O “Tricolor do Zaíra” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de abril de 1970. Em Mauá é uma das mais tradicionais equipes do futebol amador da região do ABC. Seu nome é uma homenagem à escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel dado pelos fundadores Ademir Geremias Silva e Otaviano da Cunha.

Atualmente a equipe disputa o Campeonato Mauaense da 1ª Divisão, competição que o Mocidade FC já conquistou em três oportunidades: 1977, 1979 e 2001. Em sua extensa galeria de títulos e troféus, também constam o título do Campeonato da 2º Divisão em 1989, a Copa Amizade de 1997 e os diversos títulos dos veteranos e do cinquentão, com destaque para o campeonato invicto conquistado pelos veteranos em 2008.

O primeiro jogo do Mocidade foi contra o Congregação Mariano e o placar de 2 a 0 para o cobra coral já era um indício de que nascia ali um time predestinado às vitórias. O Mocidade jogou com: Geraldinho; Cláudio Neri, Ezequiel, Pedro Luiz e Silvão; Garrinchinha, Otávio e Lula; Bilão, Natal e Geremias. O primeiro gol coube ao centroavante Natal, de cabeça.

A 1ª Diretoria da equipe, além de seus fundadores, foi composta com os seguintes nomes e cargos:

Presidente – Felício Garcia;

Vice-Presidente – Otaviano da Cunha;

Tesoureiro – Silvão;

Secretário – Nino;

Diretor Esportivo – Ademir Geremias Silva;

Presidente do Conselho – Manoel Alves;

Vice-Presidente do Conselho Pata;

Conselheiros – Lula, Albino, Jessé e Rocão.

Outra curiosidade relacionada ao Mocidade FC é que a equipe quase tornou-se profissional e que poderia ter disputado a 2º Divisão de Profissionais do Campeonato Paulista de 1978. O então prefeito Dorival Resende da Silva havia prometido que colocaria o Mocidade na disputa, uma vez que, em 1977, a equipe vinha de conquistas tanto no principal como nos aspirantes, sendo o mais forte time de Mauá, na época. Mas tal promessa não se concretizou.

Mesmo com a negativa sobre a profissionalização da equipe, o “Tricolor do Jardim Zaíra” continuou revelando seus talentos, muitos dos quais atuaram no futebol profissional, entre os quais podemos destacar o ex-volante Valter, que jogou no Paulista de Jundiaí, o ex-lateral Dirceu, que jogou no extinto Saad, de São Caetano, o Caca, que jogou em Portugal e está na Alemanha e o zagueiro Bamba, que jogou no Grêmio Mauaense e no Oeste de Itápolis. Outro grande destaque foi o Coutinho, que foi da diretoria do Mocidade e jogou pelo União Bandeirante (PR), pelo Fluminense de Feira de Santana (BA) e encerrou carreira no Saad (SP). Outro importante atleta foi Cândido, que deu seus primeiros chutes como juvenil do Mocidade e depois brilhou com as camisas do Atlético Mineiro e do América de São José do Rio Preto.

PASSADO DE GLÓRIAS-FUTURO VENCEDOR.

A história de conquistas do Mocidade FC tem sua raiz na comunidade do jardim Zaíra, em Mauá. A relação da agremiação com o bairro vem desde sua fundação e ainda hoje é muito forte, conforme relata o presidente Evandro Fiorentini, o Picolé:

Naquele tempo se jogava pela várzea mesmo, você defendia o time de seu bairro, da sua comunidade, jogava para representar a vila”, destaca. “Quem não lembra da famosa Maria Coquinha, a antiga torcedora-símbolo do Mocidade e das partidas em que reuníamos mais de 800, 1000 torcedores por jogo”, rememora Fiorentini.

A Sede social do Mocidade Futebol Clube está localizado na Rua Sebastião Antônio da Silva nº 51, no Jardim Zaíra, em Mauá/SP, onde a tradicional agremiação esportiva guarda suas relíquias, vivas na memória de seus simpatizantes, muitos deles ex-jogadores, como o Bilão, que conta com muita alegria como era o Zaíra do passado, na época do surgimento do Mocidade.

O Jardim Zaíra tinha muito mato e ruas de terra, que dificultavam o acesso das pessoas para o fundo do bairro. O ponto final do ônibus ficava onde hoje está a sede do Juá Futebol Clube, no bar do Zé Pimenta”, relembrou Bilão.

A realidade do Mocidade FC é a mesma da maioria de nossos clubes amadores da região, ou seja, vivendo da abnegação de seus dirigentes e da relação com sua comunidade.

E assim segue o Mocidade FC, com sua tradição de revelar jogadores, com sua trajetória vencedora e repleta de glórias e conquistas e com sua profunda relação na comunidade do Jardim Zaíra, que continua com a mesma energia que o consagrou como uma das maiores equipes de futebol amador que a cidade de Mauá produziu.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Acervo pessoal – danielalcarria.blogspot – Facebook – Jornal Diário do Grande ABC