Arquivo da categoria: Curiosidades

Escudo Raro de 1967 e 1972: URT de Patos de Minas (MG)

Por Sérgio Mello

Escudo de 1972

A U.R.T. (União Recreativa dos Trabalhadores) é uma agremiação da cidade de Patos de Minas (MG). Foi Fundado no domingo, do dia 09 de Julho de 1939, surgiu em uma reunião de amigos, composta por um grupo de senhores e senhoras, no prédio de propriedade do Sr. Jovino Fernandes Canedo, na antiga rua Industrial (atual: Rua Vereador João Pacheco), com presença de inúmeras pessoas, inclusive o Professor Zama Maciel, que abriu a sessão para organizar uma entidade recreativa e esportiva, contando com membros do Sindicato Operário de Patos de Minas

O seu 1º Presidente foi Júlio Fernandes, eleito no mesmo dia da fundação e empossado no dia 5 de Agosto do mesmo ano. O nome União Recreativa dos Trabalhadores – a União como era chamada de início e depois URT – foi sugerido pelo Sr. Divino Londi, um dos participantes do Sindicato Operário.

Comissões

A comissão de festas contava com João Formiga, Adélio de Lélis Ferreira, Elizeu de Lélis Ferreira, Cremilda Albino e Maria Melo, nomes apontados pelo Sr. Abderram Araújo. A comissão de esportes: Vicente Pedro da Silva, Augusto Cândido da Silva, Tito Silva, Zilda Escolástica da Silva e Joana da Silva Melo, por proposição de Dolor Lourenço. Na Comissão de Sindicância: Zama Maciel, Divino Londe, José Albino da Silva, Manoel Honório Rodrigues, Domingos Flávio, José Augusto de Melo, Abderram Araújo e Samuel Moreira Pinto.

URT de 1972 (Acervo José Mauro Versiani), formado somente com os jogadores da cidade. 
EM PÉ (esquerda para a direita): Celso Cocão, Bico, Cacá, Fernandinho, Cascudo e Tega;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nogueira, Sabará, Otinho, Léo e Tê.

Arrecadação

A mensalidade estipulada foi de 5 mil réis para os homens e de 2 mil e 500 réis para as senhoras e senhoritas. A jóia para os não fundadores era de 8 mil réis, sendo isento os fundadores desta contribuição.

As cores

As cores preto e branco foram escolhidas para simbolizarem o clube, propostas por José Augusto de Melo. Outras cores sugeridas na oportunidade, vermelha e branca, azul e amarelo. Segundo o Sr. Messias Feliciano em 1940/41 as cores já eram azul e branco.

A União Recreativa dos Trabalhadores é o mais representativo time de futebol da cidade de Patos de Minas e maior torcida da região do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro, gozando deste prestígio por sua história, tradição e títulos.

Maior campeão regional, com títulos de destaque estadual já conquistados, o Trovão Azul, como também é conhecido, tem como objetivo imposto pela atual Diretoria Executiva um processo de reestruturação ambicioso buscando estar próximo às modernas organizações empresariais, sendo gerido com ética e compromisso econômico.

Escudo de 1967

Sede e o Estádio

A sua Sede está localizada na Rua Joaquim das Chagas, nº 688, no bairro da Várzea, em Patos de Minas. A equipe manda os seus jogos no Estádio Zama Macial, “Arena DB – DanBred“, com capacidade para 4.858 pessoas (duas fotos abaixo).

Títulos

A conquista do bicampeonato do Alto-Paranaíba nos anos 1955 e 1956. O título do Amador em 1980, após muitos anos sem uma conquista na Categoria. O Troféu conquistado no Centenário de Patos de Minas em 1992, nos jogos contra o rival Mamoré e o bicampeonato da Taça Minas Gerais em 1999 e 2000, propiciando a participação na Copa do Brasil em 2000 e 2001.

Em 2000, estreou contra uma grande equipe: o Fluminense, do Rio de Janeiro, e só perdeu no Maracanã, tendo conseguido um empate no estádio Zama Maciel por 1 a 1, gol de Ditinho. Em 2001, a URT foi eliminada pelo Mixto de Cuiabá, logo na 1ª fase.

Em 2005 foi a 3ª colocada no Campeonato Mineiro, tendo como presidente Romero Meira, ficando atrás apenas do Ipatinga e do Cruzeiro. Em 2006, o clube novamente participou da Copa do Brasil, após a grande campanha no Campeonato Mineiro de 2005. Na estreia, jogou contra o Londrina e classificou-se a 2ª fase, vencendo os paranaenses no primeiro jogo por 3 x 2 no Estádio Zama Maciel e empatando no Estádio do Café. Na 2ª fase, o clube jogou contra outro time grande, o Santos Futebol Clube, dentro de casa, e perdeu por 3 a 1, sendo eliminado. O autor do gol da equipe foi Ditinho.

URT de 1967 (Acervo de Didi Sousa Sousa)
EM PÉ (esquerda para a direita): Clenio (treinador), Zé Geraldo, Pão, Tinda, Bajoso, Lúcio e Neto;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Pelezinho, Guilherme, Hélio, Natal e Nem.

Ditinho é um dos maiores ídolos da história da “veterana“. Foi artilheiro por duas vezes do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão em 1999 e 2000, digno de estar eternizado nas bandeiras do nossa maior torcida, a “TOPA“.

O principal rival da equipe é o Esporte Clube Mamoré. Também mantém rivalidades com o Uberaba Sport Club, Associação Atlética Caldense e Uberlândia Esporte Clube.

HINO

Letra e música: Ibraim Francisco de Oliveira (participou de várias diretorias da Veterana, inclusive como presidente)

É União Recreativa dos Trabalhadores
Azul e Branco são as suas cores, time de garra e de tradição
Velha Mangueira, com mil bandeiras sempre a tremular
E a galera sempre a vibrar, com as conquistas do seu campeão
URT, tu és o símbolo de união, tu és a glória do esporte rei.
É o mais querido da região.
Salve a celeste, esquadra azul do gigante forte.
É nos gramados desde o sul ao norte
Mostrando raça e exibição
Lutar, vencer, é este o lema que lhe deu as glórias
Grandes conquistas faz a sua história
Salve a celeste, salve o campeão
URT, tu és o símbolo de união, tu és a glória do esporte rei.
É o mais querido da região.

ARTE: Escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: Acervos José Mauro Versiani e Didi Sousa Sousa

FONTES: Site do clube – Site do clube – AG Esporte – Manchete EsportivaAta da Sessão de fundação da União Recreativa dos Trabalhadores

Inédito! Pedro Leopoldo Atlético Clube – Pedro Leopoldo (MG): Fundado na década de 20!

Por Sérgio Mello

Pedro Leopoldo Atlético Clube (PLAC) foi uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Fundado na década de 20, o PLAC teve uma vida efêmera. Foi realizado uma assembleia na cidade que objetivava a criação de um clube sem fins lucrativos, que destinaria um espaço esportivo para a população.

Assim Pedro Leopoldo Atlético Clube acabou sendo incorporado pelo Sport Club Pedro Leopoldo dando origem a fundação do Pedro Leopoldo Futebol Clube, no sábado, do dia 23 de setembro de 1933.

ARTE: escudo e uniformes – Sérgio Mello

FONTES e FOTO: Prefeitura de Pedro Leopoldo – Site Futebol de Pedro Leopoldo

Escudo dos anos 90: Esporte Clube Limoeiro – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Limoeiro é uma agremiação do município de Limoeiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Com uma população de 59.515 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Nasce o expoente do futebol limoeirense

O “Cavalo de Aço do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 1º de novembro de 1942, por um grupo de desportistas na antiga Rua Nova (atual: Rua Cônego Climério Chaves), s/n, no Centro da cidade.

A sua Sede social e o Estádio José de Oliveira Bandeira, o “Bandeirão”, com capacidade para 5 mil pessoas, ficam localizados na Rua Coronel Alexandrino, nº 2.395, no bairro Popular, em Limoeiro do Norte/CE.

A 1ª reunião se realizou por volta das 14 horas, e sua 1ª Diretoria, após vários contatos reservados na praça capitão João Enes ao lado do obelisco comemorativo a fundação da então Vila de Limoeiro foi eleita por unanimidade ficando assim constituída: 

Presidente – Edilberto Chagas e Silva;

Vice-presidente – José Marcelino de Almeida;

1º Secretario – Meton Maia e Silva;

2º Secretario – Joaquim Rodrigues Loureiro;

1º Tesoureiro – Aniceto Carneiro;

Diretor de Esportes – Antônio Lage Maia;

Orador oficial – Rufino Maia e Silva. 

Na reunião estiveram presentes presidentes de clubes locais e grande número de desportistas que participaram das assinaturas da primeira ata, tendo como ambiente, gentilmente cedido, a sala principal da residência do Sr. Alexandre Carneiro.

Primeiro jogo

Na tarde de sábado, do dia 28 de novembro de 1942, aconteceu a primeira partida, na Praça de Esportes, do Tabajara Sport Club (imóvel de propriedade do Cel. José Jerônimo de Oliveira, que cedeu gentilmente).

O adversário foi o conjunto suburbano do Palestra Football Club de Arraial, e o jogo terminou empatado em dois golsEsporte Clube Limoeiro, que estreou envergando camisas brancas e faixa azul horizontal, além de possuir belíssima bandeira foi à seguinte: Gerardo Passarinho; Chico Tomaz e Soares; Estevam Alves, Lirio Remigio e Rufino; Raimundo Tomaz, Horácio, Farjado, Djalma Osterne e Cidinho.

No ano seguinte o clube é reorganizado

No domingo, do dia 3 de outubro de 1943, no paço municipal a Rua Cel. Malveira, no Centro, realizou-se uma reunião preparatória para reorganização da agremiação sócio esportiva, biênio 1943/44 sendo constituído após parecer do dinâmico e grande desportista Mario Braga Brasil especialmente convidado e alto funcionário do IAPC cidadão de solida formação moral e esportiva e de profundos conhecimentos, um conselho executivo o qual unanimemente aprovado, ficou com a seguinte constituição: 

Presidente – Dr. Manuel Castro Filho;

Secretario – Mario Braga Brasil;

Tesoureiro – José Rodrigues Loureiro Chaves;

Diretor de Esportes – Meton maia e Silva;

Orador oficial – José Osterne Junior

Em virtude de inúmeros afazeres, o desportista José Rodrigues Loureiro no início de 1944 deixa a tesouraria por meio de uma solicitação oficial sendo substituído pelo Sr. Raimundo Fidelis Maia que teve como adjunto o jovem estudante José Cupertino de Freitas. Como cronometrista foi convidado o Sr. Raimundo Maia de Freitas.

Clube ajuda a fundar a Liga de Limoeiro

Durante este período a diretoria do esporte promoveu interessantes jogos amistosos inclusive com clubes de municípios vizinhos como Morada Nova, oportunidade em que houve estreita cordialidade esportiva entre as duas cidades jaguaribanas, valendo ressaltar por outro lado os eventos sociais e os primeiros contatos para juntamente com outros clubes locais tratar-se da fundação na quarta-feira, do dia 02 de julho de 1947, a Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN), que como 1º Presidente o médico Dr. Francisco de Andrade Carneiro.

Limoeiro vence o Ceará, em Fortaleza

No domingo, a tarde, do dia 18 de abril de 1948, em pleno estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em amistoso, o Esporte Clube Limoeiro, venceu, de virada, o poderoso Ceará Sporting Club pelo placar de 3 a 2. Os gols foram de Alfredinho, duas vezes, e Lírio Remígio, de cabeça para o Limoeiro; enquanto Mitotonio e Jurandir descontaram para o alvinegro. Alfredinho que na década de 50 jogou no Santos ao lado de Pelé.

Os primeiros títulos, entre 1944 a 1956

O Esporte Clube Limoeiro se sagrou Campeão do Campeonato Limoeirense de Futebol de 1956, ao derrotar o Paissandu. Com o arrombamento do Açude Orós ocorreu uma cheia no Vale do Jaguaribe e o clube parou as atividades.

Nesse primeiro momento o Esporte Clube Limoeiro conquistou os seguintes títulos:

Campeão do Torneio São Silvestre (realizado no Parque Duque de Caxias, no domingo, do dia 31 de dezembro de 1944);

Campeão do Torneio Relâmpago (promovido pela LDLN em 1948);

Vice-campeão limoeirense de futebol, em 1947 e 1948;

Campeão da Copa Jaguaribana de 1952;

Campeão do Torneio Quadrangular de 1956 (conquistando a Taça “Walter Sátiro” Ex-Maguari E.C de Fortaleza, representado pelo desportista Luiz Pitombeira).

Após se licenciar forçosamente, Limoeirense volta à ativa

Foram quase três décadas inativo. Na quinta-feira, do dia 1º de novembro de 1984, aconteceu a primeira reunião para retornar o Esporte Clube Limoeiro ao futebol limoeirense estiveram presentes os desportistas:

De Assis Gurgel, Rubio Vieira, Antônio Lourenço, Mazé Faheina, Wilson Ricardo, Denizar Freitas, Sargento Silva Filho, Ricardo Rodrigues, João Eudes Saraiva, Ricardo Antônio, Nilvaldo Saraiva e Dr. Tarcisio.

A primeira partida, após voltar às atividades, aconteceu na terça-feira, do dia 7 de Maio de 1985, quando o Esporte Clube Limoeiro venceu o Calouros do Ar pelo placar de 1 a 0.

Tricampeão Citadino

O “Cavalo de Aço do Vale” se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte: 1987, 1988 e 1989. Nas 3 conquistas derrotou o Fluminense do Sítio Socorro. Voltou a ser campeão nos anos 1992 e 1994 derrotando Palmeiras do Arraial.

Limoeiro debuta na esfera profissional

Em 1994, sob a presidência de João Gadelha do Reis o Esporte Clube Limoeiro se filiou na Federação Cearense de Futebol (FCF), e ingressou no futebol profissional. Logo de cara, foi campeão do Torneio Seletivo (Equivalente ao Campeonato Cearense da 2ª Divisão). A competição contou com a participação de oito equipes:

Associação Atlética Novo Palmeiras (Pacajus);

Associação Esportiva Cearazinho (Paracuru);

Centro Esportivo Ubajarense (Ubajara);

Esporte Clube Limoeiro (Limoeiro do Norte);

Esporte Clube Vasco da Gama (Iguatu);

Maguari Esporte Clube (Capistrano);

Sociedade Esportiva União (Russas);

Uruburetama Futebol Clube (Uruburetama).

Na grande final, Esporte Clube Limoeiro e Uruburetama Futebol Clube decidiram em dois jogos (ida e volta) o título. Nos seus domínios, no sábado, do dia 24 de setembro de 1994, o Limoeiro não saiu de um empate sem gols.

Na partida de volta, no sábado, do dia 1º de outubro de 1994, novo empate, dessa vez em 1 a 1.  Com isso, o campeão foi definido na disputa de penalidades. E o Limoeiro levou a melhor, vencendo por 5 a 4, se sagrando Campeão da Segundona, e assegurando o seu lugar na 1ª Divisão Cearense.

Limoeiro jogou na Elite do Futebol Cearense por cinco temporadas

A estreia aconteceu no dia 28 de maio de 1995, vencendo o Quixadá por 3 a 0, no Estádio Bandeirão, em Limoeiro. No final, o clube terminou o Campeonato Cearense da 1º Divisão, em 8º lugar.

Em 1996, o Esporte Clube Limoeiro voltou a fazer um Estadual regular e repetiu a colocação anterior: 8ª posição. Em 1997, o “Cavalo de Aço do Vale” não repetiu as campanhas anteriores terminado na 12º colocação no Estadual.

Em 1998, o Limoeiro fez excelente campanha no Estadual, terminando em 5º lugar, e, conquistando o direito de um voo maior: disputar uma competição nacional.

Na estreia do Brasileiro da Série C, Limoeiro ficou em 7º lugar

Dessa forma, o Limoeiro estreou no Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, chancelado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na primeira fase o Limoeiro ficou em 1º lugar do Grupo 03 (juntamente com Icasa-CE, Potiguar de Mossoró-RN, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Juazeiro-BA) com 16 pontos conquistados.

Vale salientar que o Cavalo de Aço foi o único cearense a passar da fase inicial da competição (Icasa foi eliminado no mesmo grupo do Esporte, enquanto Fortaleza e Ferroviário foram eliminados no grupo 02), tornando-se o time cearense de melhor campanha daquele campeonato.

Nas fases seguintes o Limoeiro eliminou o Picos (PI), com vitórias nas duas partidas do mata a mata, e o Confiança (SE), eliminando um dos maiores times do futebol sergipano em pleno estádio Batistão em Aracaju.

No primeiro jogo da 4ª fase, marcado por uma intensa chuva no local da partida, contra o Anapolina de Goiás, no estádio Jonas Duarte na cidade de Anápolis, o Limoeiro sofreu um revés de 5 a 0. No jogo de volta no Bandeirão o Limoeiro não conseguiu reverter a vantagem goiana e empatou em 1 a 1, sendo eliminado da competição nacional.

Num total de 66 clubes participantes, o Esporte Clube Limoeiro terminou na 7ª colocação no geral: foram 16 jogos com 26 pontos; foram oito vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 29 e um saldo de menos dois.

Estadual de 1999, time acaba rebaixado

Após uma sequência de belas campanhas, o Esporte Clube Limoeiro acabou amargando um senhor revés. No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1999, terminou em 9º lugar e foi rebaixado para 2º Divisão. Em 2000, na Segundona Cearense, o “Cavalo de Aço do Vale” ficou em 9º lugar e por falta de apoio encerrou suas atividades profissionais.

Limoeiro revelou grandes craques

Durante as cinco temporadas (1995 a 99), o Esporte Clube Limoeiro revelou vários jogadores: Dude (8x Campeão Cearense pelo Fortaleza), Chiquinho (Campeão Cearense pelo Fortaleza e chegou a jogar no Vasco da Gama), Mazinho Lima (Passagens por Fortaleza, Ceará, Avaí e outros), Fabricio Ceará (Chegou a jogar em Portugal).

De volta as origens

Entre os anos de 2001 e 2012 o Limoeiro disputou o Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte e outras competições amadoras. Em 2012, encerrou suas atividades amadoras.

Limoeiro volta a esfera profissional

Após quatro anos inativo, o Esporte Clube Limoeiro retornou a esfera profissional. Em 2016, o clube com muita dificuldade, pagou 70 mil reais a FCF. Dessa forma, retornou ao futebol profissional e foi vice-campeão cearense da 3º Divisão do Campeonato Cearense. Neste mesmo disputou a Copa Fares Lopes.

Já em 2017, o Limoeiro voltou disputar o Campeonato Cearense da 2º Divisão, onde terminou como 6º colocado. Em 2018, acabou na modesta 8ª posição.  Em 2019, o time fez uma campanha sofrível, terminado na última colocação com apenas três pontos (três empates).

Após um ano sabático, o Limoeiro retornou ao Estadual da 3ª Divisão de 2021. No entanto, a campanha foi péssima: quatro jogos e quatro derrotas. Em 2022, nova campanha pífia, ficando na lanterna no geral.

Em 2023, a história se repetiu e o Esporte Clube Limoeiro terminou na última colocação. Nesse ano (2024), enfim, “Cavalo de Aço do Vale” está galopando como um cavalo de “pura raça” e não mais como um “pangaré”. O Limoeiro realizou três jogos e conquistou o mesmo número de vitórias: 1 a 0, no Tianguá (em casa); 2 a 1, no Terra e Mar (fora); 2 a 0, no Itarema (em casa).

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Adeilton Alves

FOTO: Página do Instagram – NE Camisas

FONTES: Rsssf Brasil – Futebol Cearense – Globo Esporte – Federação Cearense de Futebol

Escudo de 1940: Pedro Leopoldo Futebol Clube – Pedro Lepoldo (MG)

Por Sérgio Mello

Pedro Leopoldo Futebol Clube é uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Foi realizado uma assembleia na cidade que objetivava a criação de um clube sem fins lucrativos, que destinaria um espaço esportivo para a população. Assim o“Bode” foi Fundado no sábado, do dia 23 de setembro de 1933, por meio do Pedro Leopoldo Atlético Clube (alvinegro), que incorporou o Sport Club Pedro Leopoldo dando origem a fundação do Pedro Leopoldo Futebol Clube (alviverde)

Suas cores são o preto e o branco (semelhante ao Atlético-MG) e a mascote é o “bode”, criado pelo do cartunista Fernando Pierucetti, o Mangabeira, que também cunhou os animais de Cruzeiro, América e Atlético.

O terreno do campo é o mesmo desde a fundação, cedido por personalidades do município e localizado na parte central da Rua Comendador Antônio Alves, principal via de Pedro Leopoldo. Atualmente, leva o nome de “Estádio César Julião de Sales” em homenagem ao prefeito de mesmo nome que governou o município em 3 mandatos (1967 – 1970 / 1972 – 1976 / 1983 – 1988).

Acervo de Fabiano Rosa Campos:
Papel timbrado de 12 de março de 1940

No mês de junho de 1943, se filiou à Federação Mineira de Futebol (FMF), juntamente com Associação Atlética Caldense (Poços de Caldas); Clube Ferro Brasileiro (Caeté); Minas Futebol Clube (Nova Era) e Paraense Esporte Clube (Pará de Minas).

Equipe pousada do Pedro Lepoldo F.C. da década de 40

SETE PARTICIPAÇÕES NA ELITE MINEIRA

O time disputou campeonatos amadores na cidade e região até 1958, atingindo resultados satisfatórios, o que levou a Federação Mineira de Futebol a elevar o clube a categoria de profissionais naquele ano. O clube passaria a disputar o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 1959.

Em sua estreia no Campeonato Mineiro, o Bode, alcançou o 7º lugar em um campeonato com 11 clubes, conseguindo seis vitórias, três empates e 11 derrotas, marcando 27 gols e sofrendo 39. Borges foi o artilheiro da equipe com 8 gols e Gilberto marcou 7 tentos.

Em 1958, na sua estreia o Pedro Leopoldo terminou na 11ª posição, entre 16 equipes, com 4 vitórias, 4 empates e 7 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 30 e um saldo de menos cinco.

Em 1959, o Pedro Leopoldo ficou no Grupo Sertão, com seis equipes. Terminou na 3ª colocação com 11 pontos: 4 vitórias, 3 empates e 3 derrotas; 19 gols pró, 18 tentos contra e o saldo de um. O Bode avançou para o Campeonato Mineiro. o Pedro Leopoldo conseguiu o 7º lugar num total de 11 clubes. Foram 15 pontos em 20 jogos:  6 vitórias, 3 empates e 11 derrotas; 27 gols pró, 39 tentos contra e o saldo negativo de 12.   

Equipe pousada do Pedro Lepoldo F.C. da década de 50

Em 1960, o clube alcança 8º lugar entre 16 participantes, com 11 vitórias, 6 empates e 13 derrotas, marcando 45 gols e sofrendo 56. Pelau com 11 gols e Borges com 10 foram os artilheiros da equipe.

Em 1961, novamente termina o campeonato em 8º lugar, entre 12 participantes, alcançando 9 vitórias, 7 empates e 10 derrotas, marcando 45 gols e sofrendo 51 gols. Gilberto com 14 gols e Pelau com 9 foram os artilheiros do Bode.

Em 1962, termina a competição em 8º lugar pelo terceiro ano consecutivo, obtendo 8 vitórias, 3 empates e 11 derrotas, anotando 31 gols e sofrendo 38. Gilberto com 15 gols e Tomazinho com 8 sagraram-se artilheiro do time.

No ano de 1963, alcançou o 9º lugar no campeonato, obtendo 6 vitórias, 5 empates e 11 derrotas, marcando 22 gols e sofrendo 35. Os artilheiros da equipe foram Neco com 6 gols e Simália com 4 tentos.

Já o ano de 1964 é trágico para o profissionalismo do clube, com uma campanha de 1 vitória, 5 empates e 16 derrotas, terminando na lanterna do campeonato e sendo rebaixado.

O time marcou 14 gols e sofreu 50, tendo Curiol e Dias como artilheiros com respectivamente 4 e 3 gols marcados. Este golpe é fatal para o Pedro Leopoldoque logo depois, atolado em dívidas financeiras, abandona o seu Departamento de Futebol Profissional e passa a se dedicar a atividades amadoras.

Equipe pousada do Pedro Lepoldo F.C. da década de 60

UMA VEZ NA SEGUNDONA MINEIRA

Contudo, o Bode ainda tentou o retorno em 1968, quando disputou o Campeonato Mineiro Segunda Divisão. Contudo, fez uma campanha ruim, terminando na 4ª posição no Grupo II (seis jogos e três pontos: uma vitória, um empate e quatro derrotas; marcando sete gols e sofrendo 12), e acabou eliminado na fase classificatória.

No amadorismo, sagrou-se por diversas vezes campeão municipal, além do título de Campeão da Copa Itatiaia de Futebol Amador de 1983 e sendo vice em 1982, 1985 e 2001.

O clube manda seus jogos no Estádio César Julião Cecé de Sales, no centro da sua cidade natal. A Mascote do Clube é o Bode, idealizado pelo cartunista mineiro Fernando Pieruccetti, mais conhecido como Mangabeira, que também criou as mascotes de Cruzeiro, Atlético, América e outros times de futebol do país.

A origem da mascote deu-se graças ao fato de que em um certo dia, nos fundos de um antigo campo do Atlético, foram encontrados um casal e um bode preto numa fossa em um ritual de macumba. Associando esse fato ao pedroleopoldense Chico Xavier, Mangabeira criou o Bode como mascote do Pedro Leopoldo Futebol Clube.

Time base de 1946: Edmundo; Jesus e Alípio; José Justino, Maurício e Dedé; Lourinho, Gabriche, Ângelo, Hélio e Paulo.

Time base de 1958: João Grosso (Noni); Luciano (Roberto) e Licinho (Oswaldo ou Carvalho); Leci (Ildeu), Dunga (Jaci) e Reinaldo (Ruarinho); Antenor (Gilberto), Caé, Dalcio (Ary), Vacari (Ferreira) e Barrica (Dias).

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

 FONTES & FOTOS: Gazeta de Paraopeba (MG) – Lavoura e Commercio (MG) – Jornal dos Sports (RJ) – Rsssf Brasil – Página e Site do clube no Facebook

Associação Atlética Usinas Junqueira – Igarapava (SP): Disputou algumas edições do Campeonato Amador do Interior Paulista!

Por Sérgio Mello

A Associação Atlética Usinas Junqueira foi uma agremiação do município de Igarapava, situado no Interior Paulista (SP). Localizado a 447 km da capital (São Paulo), Igarapava conta com uma população de 26.212 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.    

A palavras “Igarapava” é um termo de origem tupi que significa “Porto de canoas“, através da junção dos termos ygara (canoa)upaba (Porto). Numa tradução mais objetiva e a qual foi realmente chamada, Igarapava quer dizer: “Porto das Canoas“.

Após ser realizado nos salões dos escritórios das Usinas Junqueira, uma importante reunião presidida pelo sr. Martiniano de Andrade a “Caçulinha” foi Fundada no domingo, do dia 29 de dezembro de 1935, com o nome de Associação Athletica e Recreativa das Usinas Junqueira.

Nessa reunião tomaram parte todos os elementos mais destacados das Usinas, tendo a mesma corrido animada sob os esforços do sr. Martiniano de Andrade, gerente geral das Usinas, que desejava ver a Associação elevada ao nível do progresso da empresa.

O clube se filou na Federação Paulista de Futebol (FPF), onde disputou o Campeonato Amador do Interior Paulista, em algumas edições, como por exemplo: 1955, 1956, 1957, 1958 e 1982.

A melhor colocação, aconteceu em 1982, quando chegou na grande final, sendo derrotado pelo Corinthians de Pindamonhangaba, terminando assim com o vice-campeonato. A equipe foi campeã do II Torneio da Alta Mogiana de 1978.

Time base de 1956: Armando (Guim); Paulo (Artur) e Cambio; Athaíde, Argemiro (Vadinho) e Melquiades; Pedro (Cormanete), Ditão, Zé, Lelo (Dedé) e Nenê.

Colaborou: Waldomiro Junho

ARTES: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Página do Facebook de Walterci Fedato e da Usinas Junqueira

FONTES: Prefeitura de Igarapava – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)

Escudo raro dos anos 40: Vespasiano Sport Club – Vespasiano (MG)

Por Sérgio Mello

O Vespasiano Sport Club (atual: Vespasiano Esporte Clube) é uma agremiação do município de Vespasiano (população de 129.246 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2019), situado na Região Metropolitana a 27 km de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.

Fundado na quarta-feira, do 27 de setembro de 1916, por um grupo de desportistas, liderados pelos dois irmãos Paulo Cota da Fonseca, seu ‘Paluca’ e Juca Cota da Fonseca. O campo iniciou-se na Fazenda do Barreiro, os mesmos dirigiram o clube até 1930.

Neste ano foi formada uma diretoria completa sendo o Presidente o Sr. Gerson de Moura que na sua gestão elaborou o estatuto do Clube e o registrou no cartório Gero Oliva, em Belo Horizonte. Este estatuto vigorou por muitos anos.


Sua 1ª Diretoria formada que se tem registro e notícias circulada na comemoração dos 80 anos de fundação, foram o seguinte:

Presidente – Romeu Romanelli;

Vice-Presidente – Miguel Timponi;

Secretários – João Silva e Francisco de Lima;

Tesoureiros – João Barbosa da Fonseca e José Emidio Silva;

Diretor Esportivo – Antônio de Oliveira;

Treinador – Manoel Antônio de Araújo.

Acervo de Fabiano Rosa Campos

Estádio Ilvo Marani e a sua história

Teve em sua história dois campos, um perto do rio, onde começou o time, era cercado em volta com grade de madeira, localizado na Rua Francisco Lima, s/n, no Centro da cidade. Por mais de 40 anos, o Estádio foi desapropriado pelo antigo proprietário, tendo então de procurar outro local para fazer novo campo.

Aí, 53 pessoas juntaram e deram o dinheiro para comprar o terreno. O Gerente do Banco Agrimisa Zé Campolina, que arrumou a papelada para concretizar o negócio.
Construíram definitivamente o atual com muita luta e participação dos admiradores e da sociedade esportiva vespasianense, sob a direção direta do seu Presidente Valdir Soares Pereira e seu maior idealizador do projeto Senhor Ilvo Marani, que deu nome ao estádio, situado na Rua Miguel Timponi, nº 40, no Centro de Vespasiano/MG.

Durante o período de construção das obras do campo, foram diversos estágios, destacaram o plantio do gramado, onde personalidades do time como: Adão Mormela, Sr. Themes, Pedrinho, Horácio e Zé Basilio, Guilherme Rocha, Acácio, Alberci Soares, Zé Rocha, juntamente com muitos adeptos, sempre estiveram participando em diversas áreas do projeto idealizado por Ilvo Marani, ainda destacamos nomes como os Srs Luiz Maria de Souza, Nem Rocha, Ulisses, Sr. Bodé, Pedro Maria, Sr. Themes, Lucas Albano da Costa, Marisio Cedro, Alencar, Maria de Souza, Zeca Perpétuo, Sr. Dé e seu filho Robson, Daltinho, Zé Marani, Núbio, Raimundo Lopes, João Araújo, Marcilio Agostinho Jorge, Daniel Araújo, Jaime do Nascimento este responsável pela topografia.

Construção

Na década de 60, um grupo de pessoas abnegadas e unidas com o objetivo de engrandecer o panorama esportivo e cultural de Vespasiano arregaçou as mangas e iniciou a construção do que é hoje a nossa principal área de eventos esportivos e culturais.

Naqueles tempos Vespasiano estava longe do progresso que ostenta hoje, mas havia a união das famílias e da sociedade em torno dos ideais. Sem maquinário pesado, sem a força de uma arrecadação financeira que pudesse ajudá-los, construíram o estádio literalmente com as próprias mãos.

Um exemplo de que a união, o idealismo e a força de vontade fazem as obras mais produtivas e poéticas que o chamado progresso. No terreno comprado pelos diretores e conselheiros tem início aos trabalhos de construção do estádio.

O Sr. Jaime Nascimento (topógrafo) e o presidente Ilvo Marani, deu início às obras.
Estavam alargando o rio na época e aproveitando levavam a terra para a área do campo para aterrar, os caminhões pertencentes a Ivo Marani, João Mula Manca, Roberto Rocha, Zé Rocha, Guilherme Rocha, eram os que mais trabalhavam. Diretores e colaboradores:

Zeca Perpétuo, Orsine Xavier, Daltinho (José A.Martins Soares), Sô Bebeto, Pedrinho Português, Waldir Soares, D. Mariquita, Bento, Núbio, Batista, Zé Basilio, Agostinho Jorge, Euler Conrado, Raimundo Lopes, João Araújo, Marcilio, José Rocha, Luís Maria de Souza, Dé, Nem Rocha, Zé Ulisses, Bodé, Toninho Rocha, Pezão, Roberto Rocha, Alencar Maria de Souza, Toninho, Alencar, Guilherme Rocha, Marisio Cedro, Acácio, Albeci Soares, Temistocles Souza Lima, Sô Temes, Euler Conrado Silva, Adão de Mormelo, Horácio.

Uma participação no Estadual de 1932

O ano de 1932, foi agitado e com muitas “rachaduras” no futebol mineiro. A LMDT (Liga Mineira de Desportos Terrestres), que organizava as principais competições no estado, foi acusada de favorecimento ao Atlético Mineiro.  Insatisfeitos, vários clubes se desfiliaram e criaram uma nova liga: AMEG (Associação Mineira de Esportes Geraes).

O Vespasiano Sport Club debutou no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 1932, organizado pela AMEG (Associação Mineira de Esportes Geraes). Na ocasião, a competição contou com a participação de seis equipes:

América Futebol Clube (Belo Horizonte);

Grêmio Ludopédio Calafate (Belo Horizonte);        

Societá Sportiva Palestra Itália {(atual: Cruzeiro E.C.) Belo Horizonte};

Sete de Setembro Futebol Clube (Belo Horizonte);

Vespasiano Sport Club (Vespasiano);

Villa Nova Atlético Clube (Nova Lima).

Na sua única participação do Vespasiano SC, terminou na 5ª colocação. Foram 10 jogos com cinco pontos: duas vitórias, um empate e sete derrotas; marcando 14 gols, sofrendo 28 e um saldo de menos 14 tentos.

O Atlético Mineiro foi o único clube grande a ficar na LMDT e venceu seu campeonato facilmente. Já na AMEG, o Villa Nova foi o campeão invicto, o primeiro de uma série de quatro títulos consecutivos – os outros três na liga já reunida e convertida ao profissionalismo.

Foto posada de 1936: do Vespasiano Sport Club

O Jornal (RJ), fez uma bela matéria contando a história do Vespasiano entre os anos de 1932 a 1936. A matéria na integra:

O Vespasiano Sport Club é uma dessas agremiações amadoristas de football do interior de Minas, que, há anos, se vem destacando dentre suas congêneres, mostrando, com brilhantismo, o seu valor ao adversário, nas inúmeras disputas que vem empreendendo.

Seus elementos são rapazes que jogam com amor ao time, têm entusiasmo e desenvolvem um futebol que agrada pela sua técnica; controlam a pelota com eficiência e, além disso, impressionam bem pela disciplina com que se portam, quer quando quer quando vencedores. vencidos,

Club afeito ás grandes pelejas, tomou parte na Liga Mineira de Desportos Terrestres, e, mais tarde, na Associação Mineira de Esportes Geraes. Nesta última disputou o campeonato, em 1932, enfrentando as grandes entidades esportivas de Minas, como Villa Nova Athletico Club, de Nova Lima, Palestra e America, de Belo Horizonte, etc., e, apesar de não ter sido dos primeiros colocados na tabela, não foi o último.

Sua atuação foi sempre magnifica, jamais cedendo com facilidade frente ao adversário, que, se conseguia derrotá-lo, era por score mínimo, como bem poderá provar pelas partidas disputadas com o Villa Nova, campeão da AMEG, e atual campeão mineiro, que, em seu próprio campo, dificilmente conseguiu vencê-lo pela insignificante contagem de 1 gol a 0, no turno, e, no campo local, por 2 x 1, no returno.

Apesar da transformação que sofreu o futebol, ultimamente, com a fase do profissionalismo, o Vespasiano se mantém no rol dos clubes amadores, dadas as suas condições financeiras que, por enquanto, não lhe são suficientemente favoráveis, mas nem por isso falta o entusiasmo a seus jogadores cuja boa vontade de sua diretoria, que muito vem trabalhando e bem do desenvolvimento do conjunto, fazendo jus mesmo a que se diga, sem receio, ser um dos bons times de Minas e dos melhores da zona sertaneja.

Em 1935 tomou parte na Liga Esportiva de Amadores, associação fundada por diversos clubs desta zona, sagrando-se campeão do torneio início, cujas provas tiveram ensejo na vizinha cidade de Pedro Leopoldo, entre 11 times e sob numerosa assistência.

Seguiu-se o campeonato daquele ano, tendo o Vespasiano sabido impor-se frente aos seus adversários, não sendo derrotado nem uma só vez em seu campo, onde fez vários jogos, no turno, notando-se ainda que no mesmo ano de 1925 enfrentou grande número de clubs de Belo Horizonte, em partidas amistosas, como vem enfrentando até hoje, sem que nenhum deles o sobrepujasse.

Tem, contudo, havido empates, conseguidos por alguns times, tais como Renascença (4 x 4), Associação Graphica (2 x 2) e Centro Acadêmico (2 x 2); os dois primeiros da Sub-Liga profissional e este último formado por estudantes, todos conjuntos de valor da capital mineira.

Fora destes, o Vespasiano conta cerca de vinte outros jogos amistosos em seu campo, de 1935 para cá, obtendo vitória em todos eles e alguns sobrepujando mesmo o adversário por contagens elevadíssimas, conforme está ainda bem recente na memória de quantos vêm acompanhando os seus jogos e como constam das notícias insertas nas colunas esportivas do “Estado de Minas“.

Foto de 25 de maio 1958

ALGUNS DOS PRINCIPAIS CONJUNTOS QUE O VESPASIANO TEM ENFRENTADO

Dentre outros, podem-se enumerar alguns dos principais clubes que o “Vespasiano” tem enfrentado nestes últimos tempos como sejam: “Far-West“, excelente conjunto da prospera localidade de Matosinhos, adversário leal, que se pode contar ne rol dos bons times da zona sertaneja; tem inúmeras vitórias e se destaca pela eficiência e disciplina de seus elementos; “Fluminense“, de Sete Lagoas; “S. C. Pedro Leopoldo“, da vizinha cidade que lhe empresta o nome; “Associação Graphica“, “Renascença“, “Centro Acadêmico“, de Belo Horizonte; etc.

DIRECTORIA

Os detalhes do clube estão entregues as pessoas idôneas, capazes e que muito vem contribuindo em prol de seu desenvolvimento; é presidente o sr. Antônio Maximiano dos Santos, conceituado comerciante da localidade, a quem muito o “Vespasiano” tem a dever, pois vem lucrando consideravelmente com os benefícios recebidos de sua parte, sendo, portanto, o seu nome digno de figurar nos registros desta agremiação esportiva, como um de seus grandes animadores.

Os demais membros da diretoria têm presta dos inestimáveis serviços ao clube. O “cliché” acima mostra os jogadores e reservas que tomam parte no “time“: Murce, goleiro; ingressou há pouco para o quadro e seu jogo tem agradado regularmente, esperando-se, contudo, que se revele ainda melhor futuro, Barão, Mormella, Mandico II, Nelson e Americo, constituem uma defesa eficiente; têm uma marcação segura e magnifica distribuição, nada deixando a desejar; Barroso, Mundico I. Alípio, Cecy e Renato, na vanguarda, formam uma linha perigosa e capaz, bastante para infiltrar em qualquer defesa adversaria, pela precisão de seus passes e rapidez na distribuição, notadamente os três primeiros (Barroso, Mundico I e Alípio) que são elementos de real valor, ótimos arrematadores e perfeitos controladores da pelota:

Cecy, apesar de não possuir grande físico, é ótimo elemento; ágil, bom driblador quando se faz necessário e excelente oportunista; Renato, embora não possua a mesma técnica dos demais, joga com entusiasmo e tem bom chute. Eis, pois, alguns dados sobre o “Vespasiano Sport Club“.

Atualmente o clube disputa as competições na esfera amadora

Várias vezes disputou o campeonato amador do estado, e hoje, com o nome Vespasiano Esporte clube, o “VEC”, é um clube social e esportivo que mantém seu estádio, utilizado pela sua equipe amadora.

E interessante salientar a mascote do clube, o frango d’água, seguindo a tradição mineira de bons mascotes. A escolha da mascote se deve ao local da construção do seu estádio ser um “alagado”, frequentado por muitos frangos D’água.

1º HINO do Vespasiano

Autoria: Dumas Chalita Chalup
Colaboração: Mariinha e Deuzinha

Vespasiano pelo passado tradicional.
No sertão és o principal, amador veterano.
Vespasiano por tua glória que treinaremos.
Em segurança seremos de um valor insano.
Viva a luta que o ardor controla,

nela mostramos o grande valor que temos no manejo da bola.
Revelando o que somos, causamos temor.
Vespasiano a nossa linha é formidável, é um terror.
A defesa invejável e um quiper soberano.
Assim organizado será sempre o vencedor.
E no tempo peso, pesado terá fruto em vez de flor.

2º HINO do Vespasiano

Letra e música: Edílson Pereira & Silmar P. Moreira
Arranjos e Interpretação: Ziza & Silmar

Oh dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe VEC.
O mundo se coloriu de azul
O Vespasiano é temido
De leste, oeste, de norte a sul.

Vespasiano és o clube do meu coração!
Com muita raça, vibra com garra e determinação;
O nosso lema é lutar e seu nome honrar
Como o azul do céu reflete o mar
Sua estrela sempre a brilhar.

Tamanha é a nossa euforia
Vespasiano entra em campo para jogar!
Explode o coração de alegria;
Tanta emoção é difícil segurar…

Com forte sol, debaixo d´água;
Por onde passa, deixa mágoa.
É o lutador e vingador
O imbatível “frango d´água”.

ARTE: escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FONTES E FOTOS: Blog Vespasiano Esporte Clube – Conteúdo Esportivo – Coleção Linhares – Hemeroteca de Belo Horizonte Estado de Minas (MG) – O Jornal (RJ)

Escudo raro de 1940: Villa do Carmo Sport Club – Barbacena (MG)

Por Sérgio Mello

Villa do Carmo Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Barbacena, situado no Interior do estado de Minas Gerais. Localizado a 169 km da capital (Belo Horizonte), conta com uma população de 125.317 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022

A “Maior das Vertentes(depois Periquito e depois Leão) foi Fundado na quinta-feira, do dia 1º de Maio de 1930, num povoado conhecido à época como uma “Villa”, situada próxima à igreja de Nossa Senhora do Carmo, no bairro do mesmo nome, na cidade de Barbacena/MG.

A partir daí, surgiu inicialmente com o nome Vila do Carmo Sport Club, e como cores oficiais o verde e o branco. Posteriormente, na década de 90, após um resgate de materiais históricos do clube, foi alterado seu nome oficial para Villa do Carmo Esporte Clube, adicionando também a cor vermelha para a identidade do clube.

Acervo de Fabiano Rosa Campos

O seu Estádio São Sebastião (Capacidade para 2.500 pessoas) e a sua Sede ficam localizados na Rua Prudente de Carvalho Araújo, nº 175, no bairro São Sebastião, em Barbacena.

A primeira mascote foi o “Periquito”, conhecido pela imprensa inclusive como “A equipe periquita de São Sebastião”. Posteriormente, foi adotado também o “Leão”, por força do então ilustre torcedor Butina.

Este usava sempre o slogan “Solto o Leão” para que os jogadores entrassem em campo. A partir daí, passou a ser conhecido ao longo dos anos como “O Leão da Mantiqueira”.

Praça de Esportes inaugurado em 1933

Foi inaugurando, no domingo, do dia 04 de junho de 1933, a esplendida Praça de Esportes Villense, realizou-se, em Barbacena, uma interessante festa esportiva, cujo programa agradou, em cheio, à assistência que se fez presente.

Ne jogo principal, Tupynambá, bicampeão de Juiz de Fora, enfrentou o forte conjunto do Villa do Carmo S. C. O cliché que estampamos é dos dois times que se defrontaram e de parte da assistência que aplaudiu os feitos do clube de suas simpatias.

Villa jogou no Rio de Janeiro em 1938

O Villa do Carmo viajou até o Rio de Janeiro, para realizar um amistoso diante do Modesto Football Club, do bairro de Quintino Bocaiuva, na Zona Norte do Rio.

A diretoria dos Leões de Quintino desembolsou 5:000$000 (cinco contos de réis), equivalente aos dias de hoje cerca de 50 mil reais; para organizar esse jogo, entre o “bichodos jogadores, passagens e hospedagem.

O Villa do Carmo trazia um cartaz que impunha respeito. Ostentava um “recorde de vitorias”. Seus craques eram quase todos profissionais. Seus triunfos foram todos obtidos sobre adversários dificílimos.

Abaixo, as 24 partidas e o mesmo número de vitórias, com 99 gols marcados, 19 tentos sofridos e um saldo pomposo de 80 gols:

America (4 x 2 e 3 x 1); Olympia (3 x 1 e 2 x 0); Botafogo (2 x 1 e 2 x 1); S. C. Lavras (8 x 0 e 6 x 1); Imperial (2 x 1, 3 x 0 e 6 x 0); Athletico (8 x 1 e 6 x 1); Campistas (3 x 0 e 6 x 0); Sigma (4 x 1, 7 x 1 e 5 x 2); Mineiro (3 x 0, em Santos Dumont); Guarany (5 x 1, em Lafayette); Tupynambás (4 x 3, em Juiz de Fora); Athletic (3 x 0, em São João Del Rey); Seleção de Barbacena (3 x 1); Minas F.C. (1 x 0, em S. João Del Rey).

Villa foi derrotado pelo Modesto

Na tarde de domingo, às 16h20min., do dia 08 de maio de 1938, as duas equipes se enfrentaram na Praça de Esportes do River Football Club, na Rua João Pinheiro, no bairro da Piedade. No final, o Villa do Carmo fez um bom jogo, mas acabou derrotado pelo placar de 2 a 0.

Estiveram presentes figuras conhecidas do sport carioca, como José Bastos Padilha (foi um dos maiores presidentes da história do C.R. Flamengo), e recebeu significativa manifesto dos suburbanos; Pedro Novaes (então presidente do Vasco da Gama), Cherubim Silva (ex-presidente da Federação Metropolitana de Desportos e vice presente, na época, do Vasco da Gama), Mario Rodrigues Filho (diretor do Jornal dos Sports), Mario Calderaro e João Machado (diretores da Federação Athletica Suburbana), Osorio, Manoel Silva e tantos outros.

O jogo foi movimentado e disputado, merecendo fortes aplausos da torcida presente. O Modesto Football Club venceu por 2 a 0, entretanto Villa do Carmo não foi presa fácil, e fez forte reação no segundo tempo, obrigando os modestinos a trabalhar de forma estafante para evitar o empate.

Aos 21 minutos do primeiro tempo, Ayres, de pênalti, abriu o placar para o Modesto. Na etapa final, Mangueirinha invadiu a área e tocou para Ayres, mostrou oportunismo, marcando seu segundo gol, aos 26 minutos, dando números finais a peleja.

O árbitro da peleja foi o argentino Sr. Virgílio Fredrighi, que teve excelente atuação, reinando sempre com cordialidade e disciplina entre players (jogadores) e assistentes (torcida). Na preliminar, na categoria juvenil, o Independentes bateu o Silva Teles por 3 a 1. Na preliminar, o Nacional venceu o Engenho de Dentro por 2 a 0.

MODESTO: Onça; Ludovico e Waldemar; Alberto, Carlos e Vavá; Nico, Antônio (Mosqueira), Ayres, Cicero e Mangueirinha.

VILLA DO CARMO: João Alberto; Waldyr e Arlindo Sabonete; Massudo, Anthero e Waldemar; Mistrica, Tizinho, Daniel, Ataliba e Mazzoni.

Vila do Carmo S. C.
Na foto acima os quadros de titulares e aspirantes logo após a conquista jamais igualada por outro qualquer clube desta cidade.
Titulares, tricampeões, 51, 52 e 53.
Aspirantes: tetracampeões: 50, 51, 52 e 53.
EM PÉ (esquerda para à direita): Simão S. Fortes (diretor), José T. Brandão (presidente), Zé Pequeno, Abalem, Magela, Olinto, Valter, Borracha, Morais, Calisto Campos (diretor), Angelo Morais (presidente). João Raimundo, 19, Zé Lima, Rael, Hilário, Cordeiro, Fernando, Benito. Bombeiro, Adriano Oliveira (presidente).
AGACHADOS (esquerda para à direita): Sabara (massagista), Irani, Duban, Branco, Levi, Morais, Nenem, Coquinho, Cicero (mascote), Carlinho Oliveira (técnico), Zuconi, Mazoni, Zozó, Plinio. Moisés e Sabará.

Tricampeão Citadino nos anos 50

Na quinta-feira, do dia 04 de maio de 1939, foi fundada a Liga de Sports Barbacenense (LSB), pelos clubes da cidade: Olympic Club, Villa do Carmo, Batalhão, América Futebol Clube, Central, Atlético Clube Barbacenense, Estudantes, Campista e Montanhês

Sob a presidência do Dr. Brasil Araujo, o Villa do Carmo se sagrou campeão do 1º Campeonato Citadino de Barbacena de 1939. No ano seguinte (1940), faturou o Bicampeonato Citadino. Em março de 1941, um dos destaques da equipe, o goleiro João Alberto foi contratado pelo Clube de Regatas Flamengo.

Em 1941, quem estava gerindo o futebol no município era a Liga Amadorista de Esportes Barbacenense (LAEB), situado na Praça dos Andradas, s/n, no Centro da cidade, e sob a presidência do Dr. Rubens Santos de Oliveira.

Destaque para o trio: Arlindo “Sabonete”, Waldyr e o goleiro João Alberto. Na década de 50, faturou o Tricampeonato Municipal (1951, 1952 e 1953)

Posteriormente disputou algumas edições do Campeonato Citadino de Juiz de Fora: 1958, 1959, 1960, 1961, 1964 e 1965.

America/RJ goleou o Villa

Um amistoso nacional, aconteceu na quarta-feira, do dia 1º de maio de 1957. O Villa do Carmo foi goleado pelo America FC por 6 a 3, em Barbacena/MG. O primeiro tempo, terminou com cinco a zero para o Mecão. Os gols foram marcados por Genuíno, quatro vezes; Romeiro e Ferreira para o America; enquanto Mauro, Irany e Lindolfo fizeram para o Villa.

Villa do Carmo: Campeão; Zé Antônio e Pavão; Cinquenta, Xeréu e Ibrahim; Lindolfo, Mauro, Silvinho, Irany e Coquinho.

America/RJ: Pompeia (Walter); Lucio e Edson; Rubens, Pacheco e Maneco; Canário (Ramos), Romeiro (Washington), Genuíno, Alarcon (Alvinho) e Ferreira. Técnico: Carlos Volante.

Na foto (acima) aparecem o trio final do Villa do Carmo S. C., campeão de 1939 da cidade de Barbacena. São eles: Arlindo (Sabonete), Waldyr e o guardião João Alberto, elemento muito futuroso e considerado o melhor das redondezas.

Villa foi derrotado pelo Madureira/RJ

No domingo, do dia 07 de julho de 1957, o Villa do Carmo perdeu para o Madureira por 3 a 2. Os gols foram assinalados por Nelsinho, Wellis e Nilo para o Tricolor Suburbano, enquanto Silvinho e Mauro, de pênalti, fizeram para o Villa. O árbitro foi Ângelo Ruas, com boa atuação.

Tudo igual entre Villa e Olaria/RJ

No domingo, do dia 06 de janeiro de 1958, Villa do Carmo e Olaria empataram em 1 a 1. No primeiro tempo, aos 6 minutos, Mauro abriu o placar para os donos da casa. O empate da equipe carioca só saiu aos 40 minutos da etapa final, por intermédio de Luís.  O árbitro foi o Sr. Aristocílio Rocha.

Villa do Carmo: Manuel; Pavão e Ibrahim; Zé Antônio, Carioca e Cinquenta; Lindolfo, Ceci, Silvinho, Mauro e Irany.

Olaria: Valter; Joel e Renato; Rico, Olavio e Dodô; César, Silvio, Bera (Luís), Valdir e Mário.

Villa debutou na Segundona Mineira

O Villa do Carmo debutou no Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1967. A equipe ficou na Sub Zona, que contava com nove equipes. A campanha foi boa, terminando na 2ª posição. No entanto, apenas o campeão avançava para a fase final.

Campeão Mineiro da Segunda Divisão de 1968

O Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1968, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol), contou com impressionantes 51 clubes participantes.

Na primeira fase, o Villa do Carmo ficou na Zona Vertentes-Metalúrgica, da Sub Zona, com nove equipes. No final, o Villa terminou na 2ª posição com 23 pontos em 16 jogos (10 vitórias, três empates e três derrotas; 34 gols a favor, 16 tentos contra e um saldo de 18).  

Na segunda fase, ficou na chave com quatro equipes:  Villa do Carmo, Olympic Club (Barbacena), Democrata (Governador Valadares) e Athletic Club (São João del Rei). A equipe terminou na 1ª colocação com nove pontos em seis jogos (quatro vitórias, um empate e uma derrota; 13 gols a favor, cinco tentos contra e um saldo de oito).

Com isso, o Villa do Carmo Esporte Clube avançou para o Quadrangular Final, juntamente com Trespontano Atlético Clube (Três Pontas), Patrocinio Esporte Clube (Patrocinio) e Associação Atlética Cassimiro de Abreu (Montes Claros).

1ª Rodada (5ª-feira – 14 de novembro)

AA Cassimiro de Abreu 0X0Trespontano AC
Villa do Carmo EC     2X0Patrocínio EC

2ª Rodada (Domingo – 17 de novembro)

Patrocínio EC2X1AA Cassimiro de Abreu 
Trespontano AC2X1Villa do Carmo EC     

3ª Rodada (4ª-feira – 20 de novembro)

Patrocínio EC2X0Trespontano AC
Villa do Carmo EC     6X0AA Cassimiro de Abreu 

4ª Rodada (Domingo – 24 de novembro)

Patrocínio EC1X1Villa do Carmo EC     
Trespontano AC2X0AA Cassimiro de Abreu 

5ª Rodada (4ª-feira – 27 de novembro)

AA Cassimiro de Abreu 2X3Patrocínio EC
Villa do Carmo EC     1X0Trespontano AC

6ª Rodada (Domingo – 1º de dezembro)

AA Cassimiro de Abreu 0X0Villa do Carmo EC     
Trespontano AC5X2Patrocínio EC

Classificação do Quadrangular Final

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Villa do Carmo EC     863211138
Trespontano AC76312963
Patrocínio EC763121011-1
AA Cassimiro de Abreu 2624313-10

O Villa do Carmo conquistou o inédito título do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1968. A campanha no geral foram 40 pontos em 28 jogos (17 vitórias, seis empates e cinco derrotas; 58 gols a favor, 24 tentos contra e um saldo de 34)

Apesar do título, o Villa precisou enfrentar o Independente Atlético Clube (Uberaba), último colocado da Primeira Divisão do Mineiro de 1968.

No 1º encontro, no domingo do dia 8 de dezembro, Villa e Independente empataram em 0 a 0. A 2ª partida, na quinta-feira do dia 12 de dezembro, novo empate sem gols.

O 3º e último jogo, na quarta-feira do dia 18 de dezembro, o Independente venceu por 3 a 1. Todos os três jogos foram no Estádio Independência (propriedade do Sete de Setembro F.C.), em Belo Horizonte/MG.

A vaga ficou com o Independente, porém o Villa do Carmo em seguida recorreu à Justiça Desportiva solicitando os pontos, alegando que o Independente teria utilizado um jogador, que assinou contrato fora do tempo legal.

A Justiça Desportiva (TJD-MG) anulou a partida, mas, paralelamente, a Divisão. O Conselho da Divisão Extra incluiu o Villa do Carmo no campeonato, juntamente com outras três equipes convidadas: Democrata-GV, Tupi e Sete de Setembro.

Duas edições no Mineiro da Primeira Divisão

Após idas e vindas, o Villa do Carmo conquistou o direito de disputar o Campeonato Mineiro da 1º Divisão de 1969. O Estadual contou com a presença de 16 equipes. A estreia aconteceu no domingo, do dia 26 de janeiro de 1969, com derrota para o Tupi por 2 a 0, em Juiz de Fora.  

A primeira vitória, mas aconteceu no domingo, do dia 16 de março de 1969, sobre o Democrata por 1 a 0 (gol de Milton), em Governador Valadares. Os resultados mais valiosos, aconteceu na quarta-feira, do dia 21 de março de 1969, quando arrancou um empate em 2 a 2, fora de casa, diante do América Mineiro. E depois, em casa, na quarta-feira, do dia 28 de março de 1969, ficou no empate em 1 a 1 com o poderoso Cruzeiro.

Na classificação final, o Villa do Carmo terminou na 13ª colocação com 22 pontos em 30 jogos (oito vitórias, oito empates e 14 derrotas; 24 gols a favor, 45 tentos contra e um saldo negativo de 21)

O Campeonato Mineiro da 1º Divisão de 1970, contou com a participação de 28 equipes. A campanha foi modesta, terminando na 17ª colocação com 15 pontos em 14 jogos (cinco vitórias, cinco empates e quatro derrotas; 17 gols a favor, 18 tentos contra e um saldo de menos um).

Algumas Formações:

Time base de 1938: João Alberto; Waldyr e Arlindo Sabonete; Massudo, Anthero e Waldemar; Mistrica, Tizinho, Daniel, Ataliba e Mazzoni.

Time base de 1942: Atos; Daniel e Arlindo Sabonete; Lima (Neto), Jorge e Jaguaré; Tatu, Tininho, Elias, Levi e Mazzoni.

Time base de 1948: João Alberto; Waldyr e Arlindo Sabonete; Massudo, Anthero e Waldemar; Mistrica, Tininho, Daniel, Ataliba e Mazzoni.

Time base de 1951: Danton (Pigmeu); Cinquenta (Coquinho) e Geraldinho (Mistrica); Dario (Bombeiro), Oitenta (Carmo) e Amaury (Zé Pequeno); Lindolfo, Levy (Morais), Mauro, Flavio (Pastos) e Plínio (Coquinho).

Time base de 1952: Danton; Borracha (Olinto) e Cinquenta; Geraldino (Morais), Carmo (Léo) e Oitenta; Coquinho (Cosme), Levy (Maurilio), Márcio, Mauro e Lindolfo (Coró).

Time base de 1955: Delvaux; Ibrahim e Duelo; Faquir (Olinto), Cinquenta e Carmo; Luizinho (Tupã), Levy, Nenê, Mauro e Coquinho.

Time base de 1957: Wilson (Delvaux ou Dalton); Zé do Hélio (Pavão) e Ibrahim (Zé Antônio); Cinquenta (Olinto), Xexéo e Carioquinha; Lindolfo, Levy, Silvinho (Ranulfo), Mauro (Iraci) e Irany (Coquinho). Técnico: Carlinhos Buchene.

Time base de 1958: Manuel; Pavão e Ibrahim; Zé Antônio, Carioca e Cinquenta; Lindolfo, Ceci, Silvinho, Mauro e Irany.

Papel Timbrado: Acervo de Fabiano Rosa Campos

PESQUISA:Sérgio Mello

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

 FONTES: A Luta Democrática (RJ) – A Manhã (RJ) – A Noite (RJ) – A Tribuna (SP) – Diário da Noite (RJ) – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná (PR) – Folha Mineira (MG) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ) – O Sol (MG) – Rsssf Brasil – Sport Ilustrado (RJ)

Clube Atlético Tucuruvi – São Paulo (SP): Fundado em 1924

TUCURUVI

O nome “Tucuruvi” tem origem na língua tupi e significa “gafanhoto verde“, através da junção dos termos tukura (gafanhoto) e oby (verde). A 1ª aparição da denominação Tucuruvi consta oficialmente em uma escritura de compra e venda de uma área há 168 anos atrás (1856).

Acervo de Rodolfo Kussarev

O bairro foi formado em sua origem por pastagens de gado em fazendas da região, habitat ideal para gafanhotos. No início do Século XX, predominava apenas a verde paisagem dos sítios e fazendas que existiam na época, dos quais os mais conhecidos eram o Lavrinhas, Pedregulho e Tapera Grande.

O primeiro núcleo do povoamento aconteceu no sábado, do dia 24 de outubro de 1903, quando o inglês Willian Harding adquiriu uma fazenda denominada Itaguaravi, na atual Parada Inglesa e, em 1912, fundou a Villa Harding, onde construiu sua imponente moradia, que também lhe servia de escritório, que passou a chamar-se Palacete Anglo-Parque. No final da década de 70, a Villa Harding foi demolida.

Foto oficial (1948) do C.A. Tucuruvi, no campo da Av. Cabuçu. Escalação: Italiano, Ernesto, Parreca, Wald, Chê I, Enéas, Araujo, O. Soares, Chê II, Ladeira, Nenê e Flávio.
Foto cedida por Ary Marinelli

CLUBE ATLÉTICO TUCURUVI

O Clube Atlético Tucuruvi foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Fidalgo” foi Fundado no domingo, do dia 1º de junho de 1924. A sua Sede social estava localizado na Avenida Tucuruvi, nº 98/ Sobrado, em Tucuruvi.

Já a sua Praça de Esportes (Foto acima) ficava localizado na Avenida Dr. Antônio Maria Laet (atualmente fica a Estação de Metrô Tucuruvi), s/n, Tucuruvi, em São Paulo/SP. As suas cores eram vermelho e branco.

Em 1941/42, disputou a Sub-Liga Esportiva Riachuelo, no qual se sagrou campeão.

Acervo de Rodolfo Kussarev

Na quarta-feira, às 15 horas e 30 minutos, do dia 29 de junho de 1955, foi realizado um amistoso o C.A. Tucuruvi recebeu a visita do time juvenil do São Paulo Futebol Clube. O árbitro da partida foi o Sr. Catão Montea Junior. No final, melhor para os juvenis do Tricolor Paulista que venceram pelo placar de 4 a 1.

Fotografias dos anos 50, do campo do CA Tucuruvi, vendo-se ao fundo, o local onde hoje está situada a estação do metrô Tucuruvi.

Time de 1951: Geninho; Pilho e Argemiro; Bola, Valdemar e Ednéas; Agringo, Quintelinha, Pestana, Dante e Valter.

Foto de 1953

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Ary Marinelli – Acervo pessoalAcervo de Rodolfo Kussarev

FONTES: meu acervo – Tucuruvi Antiga – A Gazeta da Zona Norte – Facebook – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)