FONTE: O Radical
FONTE: O Radical
O Clube dos Cariocas foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no dia 11 de Fevereiro de 1935, por funcionários do Estado da Guanabara, do Departamento de Transportes da antiga Prefeitura, com o nome de Mudando as Caras (um simples Bloco Barnabés *).
Em 1941, alterou o nome para Sociedade Carnavalesca dos Funcionários da Prefeitura do Distrito Federal. No entanto, o prefeito Henrique Dodsworth (11/11/1937 a 03/11/1945), não gostou de ver a prefeitura misturada com o carnaval, e sugeriu a mudança do nome para Clube dos Cariocas. E, por agrado, respeito ou medo, a sugestão foi aceita pela agremiação.
A sua Sede ficava localizada na Rua Miguel De Frias, nº 46, no Bairro da Cidade Nova, no Centro do Rio. Além do futebol, Clube dos Cariocas também era uma grande sociedade carnavalesca, onde realizava grandes bailes, concursos de fantasias e desfilou nas Grandes Sociedades no carnaval, todos com amplo destaque nos veículos impressos, entre as décadas de 50 a 70.
HISTÓRIA
Nos seis primeiros anos de vida o Mudando as Caras venceu seis vezes o desfile de Sábado de Carnaval. No terceiro título, resolveram passar o Bloco a Grande Sociedade, recebendo como Sede própria o imóvel na Rua Miguel de Frias, 46, cuja doação dependeria apenas de aprovação pela Assembléia, de uma mensagem enviada pelo então governador Carlos Lacerda.
A 1ª Diretoria constituída foi a seguinte:
Presidente – Valdemar Nunes de Morais;
Vice-presidente – João Schitini;
1º Secretário – Isaias Alves de Araújo;
2º Secretário – Rosino Teixeira;
1º Tesoureiro – Etelvino Alves Cardoso;
2º Tesoureiro – José de Sousa Cristo;
Procurador – Manuel Almeida Lima;
Diretor de Carnaval – Paulo Rocha Peixoto;
Diretor Esportivo – Francisco Antônio.
CORES, BANDEIRA & FUTEBOL
As cores eram azul, branca e vermelha. A descrição da bandeira era constituída por duas faixas largas azuis nas extremidades, duas menores vermelhas e uma larga branca no centro, todas horizontais. A sua verdadeira raiz era o mundo do Carnaval. Mas seguindo o dito que o carioca é apaixonado por samba e futebol, o Clube dos Cariocas levou essa tese à sério. Na década de 50, montou um time de futebol e participou do Campeonato Carioca do Departamento Autônimo, em 1950, 1951 e 1954. Apesar de alguns bons resultados, o Clube dos Cariocas não conquistou nenhum título.
PS: * No dicionário da Língua Portuguesa, ‘Barnabés’ significa: Funcionário público de baixa categoria.
FONTES: A Luta Democrática – Jornal A Noite – Jornal do Brasil (JB)
O Americano Futebol Clube é uma agremiação da Cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). O Cano foi Fundado em 1º de Junho de 1914. Campeão Brasileiro da Série B de 1987, é o clube do Estado do Rio de Janeiro que mais disputou o Brasileiro da Série B com 20 participações, é o maior campeão local e também o primeiro clube do interior do estado do Rio de Janeiro a vencer a Taça Guanabara e Taça Rio.
FONTES: Wikipédia – Jornal Monitor Campista
Na década de 60, em alguns jornais, era possível encontrar anúncios dos clubes a fim de aumentar o seu quadro de associados. Mas não se limitava apenas aos grandes clubes. As agremiações de pequeno e médio investimento também anunciavam, como é possível ver (abaixo), do Campo Grande Atlético Clube, veiculado no Jornal Luta Democrática, do dia 13 de Dezembro de 1965.
Uma foto (baixo) bacana do Bonfim Futebol Clube de 1955. Naquele período a agremiação do Município de Magé se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino, em 1955, 1956 e 1957.
Para aqueles que buscam o levantamento dos campeões do Campeonato Citadino de Magé, vai aí uma informação encontrada numa nota, no Jornal Luta Democrática: O Guarani Futebol Clube chegou ao tetracampeonato em 1965 (1962, 1963, 1964 e 1965).
FONTE: O Fluminense (26/04/1979)
Nesta foto (abaixo), do dia 07 de agosto de 1965, aparece o Atlético Clube Nacional, de Ricardo de Albuquerque. Além de ser um modelo de uniforme diferente dos demais conhecidos, também é uma referência ao clube que se sagrou campeão da ‘Série João Elis Filho’, do Departamento Autônomo.
FONTE: Luta Democrática
Após 30 anos, oficialmente, o Campeonato Carioca da 2ª Divisão era novamente disputada. Desta vez com outra nomenclatura: Divisão de Acesso. Em 1965, a competição contou com a presença de apenas quatro clubes: Campo Grande Atlético Clube – Madureira Atlético Clube – Olaria Atlético Clube – São Cristóvão de Futebol e Regatas.
REGULAMENTO
O regulamento era simples. As equipes se enfrentavam em turno e returno e aquele que somasse mais pontos seria decretado o campeão e, automaticamente, asseguraria o direito de disputar a Elite do Futebol carioca na próxima temporada.
SÃO CRI-CRI É CAMPEÃO INVICTO
Depois de seis rodadas, o São Cristóvão conquistou de forma invicta o título da Divisão de Acesso. O presidente do clube Cadete prometeu um ‘Bicho’ de 80 mil cruzeiros a cada jogador, pela vitória contra o Campo Grande na última rodada. Sendo que a “caixinha” que vinha dos associados até a noite de domingo (04 de julho de 1965), já havia rendido a bagatela de 5 Milhões de cruzeiros. Abaixo os jogos, datas e resultados:
Primeira Rodada (30 de Maio)
Madureira 1 X 0 Campo Grande
São Cristóvão 3 X 1 Olaria
Segunda Rodada (06 de Junho)
Campo Grande 0 X 6 Olaria
São Cristóvão 1 X 0 Madureira
Terceira Rodada (13 de Junho)
Campo Grande 1 X 2 São Cristóvão
Olaria 4 X 0 Madureira
Quarta Rodada (20 de Junho)
Campo Grande 2 X 1 Madureira
Olaria 3 X 3 São Cristóvão
Quinta Rodada (27 de Junho)
Olaria 2 X 0 Campo Grande
Madureira 1 X 3 São Cristóvão
Sexta Rodada (04 de Julho)
Madureira 1 X 3 Olaria
São Cristóvão 2 X 0 Campo Grande
SÃO CRISTÓVÃO F.R. 2 X 0 CAMPO GRANDE A.C.
LOCAL: Estádio Figueira de Melo, em São Cristóvão – Zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTER: 6ª Rodada do Returno, da Divisão de Acesso
DATA: Domingo, 04 de Julho de 1965
PÚBLICO: 2.180 pagantes
RENDA: Cr$ 1.130.500,00
ÁRBITRO: Armando Marques
AUXILIARES: Antônio Viug e Cláudio Flávio de Magalhães
SÃO CRISTÓVÃO: Balbino; Edson, Ailton, Elton e Turcão; Elizeu e Jair; Jorge, Gilberto, Aladim e Calazãs.
CAMPO GRANDE: Ridir; Paulo, Guilherme, Geneci e Carlinhos; Ezequiel e Hércio; Norival, Domingos, Jonas e Nodir.
GOLS: Calazãs aos 21 minutos do 1º Tempo e 42 minutos do 2º Tempo
CLASSIFICAÇÃO FINAL
Nº |
CLUBES |
PG |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
1º |
São Cristóvão |
11 |
6 |
5 |
1 |
0 |
14 |
6 |
8 |
2º |
Olaria |
9 |
6 |
4 |
1 |
1 |
19 |
7 |
12 |
3º |
Madureira |
2 |
6 |
1 |
0 |
5 |
4 |
13 |
-9 |
4º |
Campo Grande |
2 |
6 |
1 |
0 |
5 |
3 |
14 |
-11 |
ELENCO CAMPEÃO
Jorge Balbino (Balbino);
Paulo Carvalho Batista (Manga);
Edson Furtado de Mendonça (Edson);
Ailton Germano Rosa (Ailton);
Helton Rodrigues da Silva (Elton);
Luís Paes Leme (Turcão);
Eliseu Antônio Ferreira Vinagre de Godoy (Elizeu);
Gilberto Marques (Gilberto);
Jorge da Costa (Jorge);
Gilberto Fraga (Gilberto II).
Geraldo Teixeira (Aladim);
Moisés Francisco de Oliveira (MOisés);
José Alves Calazãs (Calazans).
Técnico: Silas da Silva.
Presidente: Neivas de Aguiar Mazza.
P.S.: No entanto, tempos após o fim da competição, aparentemente, a Divisão de Acesso foi dissolvido em 1966 e todos os clubes foram então autorizados a participar na Divisão Extra 1966: São Cristóvão, Olaria, Madureira e Campo Grande.
FONTES: Raymundo Quadros – Diário Carioca – Última Hora – Luta Democrática
FONTE: Luta Democrática