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Excursão de 1966: C.F. Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), onde disputou o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (MG)

O Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), Fundado no dia 23 de setembro de 1919, comandado pelo técnico brasileiro Jorge Vieira veio para uma série de sete jogos, no Brasil, sem três jogadores convocados para disputar a Copa do Mundo na Inglaterra, em 1966: o goleiro José Pereira, o lateral direito Rodrigues e o zagueiro Vicente.

No Campeonato Português de 1965/66, o Belenenses terminou na 7ª colocação ao lado do Varzim, ambos com 25 pontos. O campeão foi o Sporting Lisboa, com 42 pontos, enquanto o Benfica ficou com o vice, com 41.

O clube luso embarcou rumo ao Brasil para um total de sete jogos, passando por seis estados (Nordeste, Sudeste e Sul): pelo Recife/PE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Brasília/DF.  

Técnico Jorge Vieira

Clube português comandado por brasileiro desembarcou no Recife/PE  

A Delegação do Belenenses, desembargou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, na manhã da quinta-feira, o dia 12 de maio de 1966, chefiada pelo dirigente Manuel Trindade; os dirigentes Fernando Cordeiro e Ernani Pinheiro; o treinador brasileiro Jorge Vieira; o massagista, João Silva; e mais 19 jogadores:

Gomes e Serrano (goleiros), Sá Pinto, Alberto Luís (ex-Portuguesa de Desportos/SP), Quaresma e Caneira (zagueiros); Carlos Pedro (ex-defensor do America/RJ), Santana, Cardoso (médios); Adelino, Pedras, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense), Estêves, Ramos, Alfredo, Pedroso, Simão (natural de Moçambique), Teodoro e Pereira (atacantes). O Benfica cedeu para essa excursão dois atletas: Santana, 30 anos, e Pedras, enquanto o Porto emprestou Valdir.

A delegação ficou hospedada no Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no bairro de Boa Vista, no Recife/PE.

Uma curiosidade foi o ex-defensor do America do Rio, Carlos Pedro serviu de guia e ajudou os companheiros lusos a trocar de Escudos (moeda da época de Portugal) por Cruzeiros (moeda da época do Brasil), além de matar a saudade de nove meses do Guaraná e do cafezinho brasileiro.

Antes de desembarcar em Belo Horizonte/MG, o Belenenses realizou dois jogos em território brasileiro: no , derrota para o Santa Cruz, no Recife/PE (domingo, às 16 horas, do dia 15 de maio de 1966), por 2 a 1, no estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE. Pelo jogo, o clube luso recebeu, livre de impostos, a cota de US$ 7 mil dólares (cerca de 15 mil cruzeiros).

EM PÉ (esquerda para a direita): Reginaldo, Nilton, Agra, Carlos, Norberto e Valter Serafim;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Josenildo, Terto, Manuel, Erandir e Fernando José.

SANTA CRUZ F.C. (PE)   2        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 15 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 8.496.000,00
PÚBLICO2.832 pagantes
ÁRBITROErilson Gouveia (FPF)
AUXILIARESAlécio Siqueira (FPF) e Louralber Monteiro (FPF)
SANTA CRUZVálter; Reginaldo, Nilton, Carlos e Norberto; e Agra e Terto; Uriel, Manuel, Erandir e Fernando José. Técnico: Alexandre Borges
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Adelino (Estêves) e Santana; Valdir, Carlos Pedro, Pedras e Ramos. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSErandir (Santa Cruz) aos 15 minutos; Pedras (Belenenses) aos 35 minutos do 1º Tempo. Erandir (Santa Cruz) aos 12 minutos no 2º Tempo.

Uma semana depois, com uma temperatura mais amena, de aproximadamente 13º graus césios, o Belenenses voltou a campo. Dessa vez o adversário foi a Seleção Paulista (devido diversos jogadores estarem servindo a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1966, o selecionado paulista foi formado por reservas), em São Paulo/SP, no domingo, às 16 horas, do dia 22 de maio de 1966. No final, os paulistas venceram pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu.  Os preços dos ingressos: Cr$ 2 mil as gerais e Cr$ 3 mil as arquibancadas.

SELEÇÃO PAULISTA (BRA)     3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 22 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 22.242.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArmando Marques (o trio teve uma boa atuação)
AUXILIARESGerminal Alba e Wilson Antônio Medeiros
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
SEL. PAULISTAFélix; Osvaldo Cunha (Renato), Mauro, Jurandir e Edilson; Swing e Ademir da Guia (Benê); Almir, Babá, Coutinho (Ivair) e Tupãzinho. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Caneiras e Alberto Luiz; Cardoso e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSTupãzinho (Paulistas), aos 16 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 45 minutos do 1º Tempo. Tupãzinho (Paulistas), de pênalti, aos 17 minutos; Renato (Paulistas), aos 25 minutos do 2º Tempo.

Balanço da primeira semana no Brasil

Após os dois jogos, o treinador brasileiro afirmou que a equipe portuguesa sentiu muito a diferença de clima (no Recife um clima quente e em São Paulo uma temperatura melhor), mas prometeu que o time iria melhorar para os próximos jogos. A delegação do Belenenses teve problemas para sair de São Paulo em direção a capital mineira, onde ficou hospedado no Brasil Palace Hotel.

O motivo foi a falta de aviões da capital paulista para Belo Horizonte. Por isso, a delegação precisou se deslocar para o Rio de Janeiro e depois seguir em direção a capital de Minas Gerais.

Torneio Quadrangular de BH de 1966   

O Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, reuniu o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro e o Belenenses de Portugal. Na realidade, a competição seria “Torneio Pentagonal”, pois os organizadores contavam com a presença dos clubes acima e mais do West Bromwich Albion Football Club, mas o time inglês acabou desistindo dias antes.

A razão pelo qual torneio não teve as três, mas sim duas rodadas, não foi explicado pelos organizadores. O que foi apurado, nos jornais da época foi que na segunda rodada, os organizadores calcularam um prejuízo de cerca de Cr$ 6 milhões, o que talvez tenha feito com que a competição fosse abreviada. 

Com isso, a rodada inaugural programada para começar na quarta-feira, acabou sendo transferida para o dia seguinte: quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966.

Pela 1ª rodada, com arbitragem de Juan de La Pasión Artês, 35 anos (Federação Mineira de Futebol), às 19h30min., o Cruzeiro bateu o América pelo placar de 2 a 1.

Cruzeiro Esporte Clube
EM PÉ (esquerda para a direita): Pedro Paulo, Neco, Wilson Piazza, William, Procópio e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Davi, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

CRUZEIRO E.C. (MG)      2        X        1        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO19 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROJuan de La Pasión Artês (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Wilson Piazza (Zé Carlos) e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Celton), Evaldo, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
AMÉRICA-MGZé Ernesto; Luisinho (Hamilton), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 25 minutos, no 1º Tempo. Samuel (América Mineiro), aos 15 minutos; Marco Antônio (Cruzeiro), aos 37 minutos; no 2º Tempo.  

Na sequência, com arbitragem de Silvio Gonçalves David (Federação Mineira de Futebol), às 21h15min., o Atlético Mineiro venceu o Belenenses por 3 a 1, no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.

Atlético Mineiro
EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROSilvio Gonçalves David (FMF)
EXPULSÕESTião (Atlético); Alberto Luiz e Alfredo (Belenenses)
ATLÉTICO-MGHélio (Luizinho); Canindé (Dawson), Vânder e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê (Paulista); Ronaldo, Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
BELENENSESGomes; Sá Pinto (Estêves), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Caneira (Ramos) e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSSantana (Atlético) aos 5 e 12 minutos; Tião (Atlético) aos 17 minutos; Adelino (Belenenses) aos 43 minutos do 1º Tempo.

Na 2ª rodada, no domingo, do dia 29 de maio de 1966, começou com a preliminar. Nele, o Atlético Mineiro não teve dificuldades para vencer o América Mineiro por 3 a 0, no Mineirão. Destaque para o atacante Roberto Mauro, autor de dois gols, e Ronaldo marcou o outro tento para o Galo.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        0        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROHamlet Pernisa (FMF)
ATLÉTICO-MGLuizinho; Warlei, Dari, Vânder (Grapete) e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê; Ronaldo (Viladoniga), Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
AMÉRICA-MGMussula; Hamilton (Luisinho), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken (Mosquito) e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSRonaldo (Atlético), aos 44 minutos, no 1º Tempo. Roberto Mauro (Atlético), aos 26 e 33 minutos, no 2º Tempo.  

Na partida de fundo, o Cruzeiro goleou o Belenenses por 5 a 2 (na etapa inicial a Raposa venceu por 3 a 1. Logo aos 11 minutos Marco Antônio abriu o placar para a Raposa. Aos 35 minutos, Pedras arriscou um chute de fora da área. A bola bateu na trave, e, no rebote, o brasileiro Valdir deixou tudo igual para os portugueses.

Porém, aos 40 minutos, Evaldo recolocou o Cruzeiro em vantagem. Cinco minutos depois, após um cruzamento de Hilton Oliveira, Marco Antônio ampliou para a Raposa o placar na primeira etapa.

No segundo tempo, logo aos 9 minutos, Marco Antônio marcou o quarto gol cruzeirense. Aos 28 minutos, o brasileiro Carlos Pedro cobrou falta de fora da área, acertando um belo chute, diminuindo a desvantagem.  Mas, aos 41 minutos, Dirceu Lopes deu belo passe para Marco Antônio, que marcou o seu quarto gol, tocando para o fundo das redes, dando números finais a peleja.

CRUZEIRO E.C. (MG)      5        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROJosé Alberto Teixeira (FMF)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e Jarbas de Castro (FMF)
CRUZEIROTonho (Raul); Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (João José), Evaldo (Batista), Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Estêves, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Adelino (Côrrea); Teodoro, Pedras, Santana e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 11 e 45 minutos; Valdir (Belenenses), aos 35 minutos; Evaldo (Cruzeiro), aos 40 minutos, no 1º Tempo. Marco Antônio (Cruzeiro), aos 9 e 41 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 28 minutos, no 2º Tempo.  

Cruzeiro foi o campeão do Torneio Quadrangular de BH 1966

Após duas rodadas, o Cruzeiro Esporte Clube se sagrou campeão do torneio. A questão que não ficou claro foi qual critério definiu o título para a Raposa. Afinal, Atlético Mineiro e Cruzeiro venceram seus dois jogos, somando quatro pontos, sendo que o Galo marcou seis gols, sofrendo um e um saldo de cinco; enquanto a Raposa marcou sete tentos, sofrendo três e um saldo de quatro.

Nos 14 periódicos pesquisados, nenhum mencionou a razão do Cruzeiro ter ficado com o título. Caso alguém possua a informação (sem achismo, por favor!), peço que nos informem!

Marco Antônio o goleador máximo do Torneio

O artilheiro do Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, foi o atacante Marco Antônio, do Cruzeiro, com incríveis seis gols em dois jogos, uma média exata de três tentos por partida. Abaixo os goleadores do torneio.  

6 gols – Marco Antônio (Cruzeiro);

2 gols – Santana e Roberto Mauro (Atlético)

1 gol – Samuel (América Mineiro); Tião e Ronaldo (Atlético); Adelino, Valdir e Carlos Pedro (Belenenses); Evaldo (Cruzeiro).

Em amistoso, Flamengo goleia o Belenenses

Depois enfrentou o Flamengo, às 21h30min., na quinta-feira, do dia 02 de junho. Acabou goleado pelo rubro-negro por 4 a 1, no Estádio Mario Filho, Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Os gols foram assinalados por Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do primeiro tempo. Juarez aos 4 minutos e César Lemos aos 11 e 17 minutos, para o rubro-negro; enquanto o brasileiro Carlos Pedro, de pênalti, aos 40 minutos, fez o tento de honra do time luso, na etapa final.

C.R. Flamengo
EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Itamar, Jayme Valente, Valdomiro, Carlinhos Violino e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Carlos Alberto, Nelsinho Rosa, Almir Pernambuquinho, Silva Batuta e Osvaldo ‘Ponte Aérea’.

C.R. FLAMENGO (RJ)     4        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Mário Filho, o Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuinta-feira, do dia 02 de junho de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 6.900.560,00
PÚBLICO7.600 pagantes
ÁRBITROGualter Portela Filho
AUXILIARESNivaldo Santos e Arnaldo César Coelho
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
FLAMENGOFranz; Nelsinho (Mário Braga), Luís Carlos, Jayme Valente e Leon; Carlinhos Violino (Derci) e Juarez; Carlos Alberto, Fio Maravilha (Paulo Alves), César Lemos (Almir Pernambuquinho) e Osvaldo II. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESSerrano; Estêves (Carneiras), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro (Alfredo), Pedras, Adelino e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSFio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do 1º Tempo; Juarez (Flamengo), aos 4 minutos; César Lemos (Flamengo), aos 11 e 17 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), de pênalti, aos 40 minutos do 2º Tempo.
Grêmio F.B.P.A.
EM PÉ (esquerda para a direita): Arlindo, Cléo, Ortunho, Altemir, Airton e Áureo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Vieira, Joãozinho, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir.

Sexto jogo e nova derrota: Grêmio 3 a 0, no Olímpico

O Belenenses voltou a campo para enfrentar o Grêmio, no domingo, do dia 5 de junho, às 16 horas, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. O Tricolor Gaúcho bateu o clube luso pelo placar de 3 a 0. Gols foram marcados por Joãozinho, Paraguaio e Volmir.

GRÊMIO F.B.P.A. (RS)    3        X        0        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 05 de junho de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROAlberto Silva (boa atuação)
GRÊMIOArlindo; Altemir, Airton, Áureo (Paulo Sousa) e Ortunho; Cléo (Paíca) e Sérgio Lopes; Jorginho, Adão (Joãozinho e depois Paraguaio), Volmir e Vieira. Técnico: Luís Engelke.
BELENENSESSerrano; Quaresma, Caneiras, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro, Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSJoãozinho (Grêmio), aos 24 minutos do 1º Tempo. Paraguaio (Grêmio) aos 37 minutos; Volmir (Grêmio) aos 39 minutos do 2º Tempo.

Enfim, a primeira vitória: 2 a 1, no Cruzeiro

No seu último jogo em território brasileiro, enfim, a primeira e única vitória. Na quarta-feira, do dia 08 de junho, às 19 horas, voltou a enfrentar o Cruzeiro/MG, no Estádio Nacional, em Brasília/DF.

O Belenenses venceu a Raposa pelo placar de 2 a 1. Os gols foram assinalados por Pedras e Valdir para os portugueses, enquanto Zé Carlos fez o tento de honra dos mineiros.

CRUZEIRO E.C. (MG)      1        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Nacional, o Pelezão, em Brasília/DF
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 08 de junho de 1966
HORÁRIO19 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArnaldo César Coelho
AUXILIARESIdélcio Gomes de Almeida (FDB) e Rubens Pacheco (FDB – Federação Desportiva de Brasília)
EXPULSÃOAlberto Luiz (Belenenses)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos (Wilson Piazza) e Wilson Almeida (Natal); Marco Antônio, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir e Côrrea. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSZé Carlos (Cruzeiro), aos 19 minutos; Pedras (Belenenses), aos 36 minutos, no 1º Tempo. Valdir (Belenenses), 15 minutos, no 2º Tempo. 

Balanço de excursão do clube português

No final, a passagem do Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (POR) foi decepcionante. Foram sete jogos, com uma vitória e seis derrotas; oito gols pró, 21 tentos contra e um saldo negativo de 13.

O artilheiro do Clube de Futebol Os Belenenses, nos sete jogos, em território brasileiro foi o carioca Carlos Pedro (ex-America do Rio) com três gols. Depois outro brasileiro, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense) e o português Pedras, com dois tentos. Por fim, Adelino com gol marcado.

Na manhã da quarta-feira, no dia 14 de junho de 1966, a Delegação do Belenenses retornou para Portugal. À uma hora da madrugada, pela Varig com escala em Caracas (Venezuela) e de lá até Lisboa pela KLM, chegando na capital portuguesa às 21 horas da quarta-feira, hora local.

Colaboraram: Carlos Eduardo Magalhães, Arthur Mendes e Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – Arquivo Cobra Coral

FONTES: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1919-2013, de Henrique Ribeiro – A Tribuna (SP) – Correio da Manhã (RJ) – Correio Brasiliense (DF) – Cruzeiropedia.org – Diário da Manhã (PE) – Diário de Notícias (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Tarde (PR) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)

Inédito!! Associação Athletica Typographica – Cuiabá (MT): Fundado em 1934

A Associação Athletica Typographica (A.A. TYP.) foi uma agremiação da cidade de Cuiabá (MT). Fundado na segunda-feira, do dia 16 de Julho de 1934, pela classe dos typographos de Cuiabá, por iniciativa da primeira entidade esportiva da cidade: Liga Sportiva Cuyabana (LSC). A sua Sede social localizada na Rua Candido Mariano, nº 19, no bairro Bosque, em Cuiabá/MT.

No dia seguinte, foi eleita a 1ª Diretoria para o Biênio de 1934-35, a qual ficou assim constituída:

Presidente de honra – Major José Joaquim Graciano de Pina Filho;

Presidente – Raymundo Ernesto de Figueiredo;

Vice-presidente – J. Hovah de Pinho Maciel Epaminondas;

1º Secretário – Felix Lopes de Almeida;

2º Secretário – Acelino de Paula Carneiro;

Thesoureiro – João Gervasio Viegas;

Diretor-Sportivo – Savio Amarante;

Captain-geral – Jorge Thedim Costa;

Orador Official – Bel. Ezequiel P. R. Siqueira;

Conselho Fiscal – Jacintho Anastacio M. Mendonça; Antonio Evangelista e Manoel Francisco de Miranda;

Conselho Deliberativo – Carmindo Germano de Campos; João Plínio de Oliveira e Ismael Baptista Sigarini.

Cerca de dois meses antes, tinha sido fundado o Mixto Esporte Clube (20/05/1934), o maior campeão do estado de Mato Grosso e de Cuiabá até então: com 24 títulos estaduais, 12 a mais que o Operário-VG, segundo maior campeão do estado.

Acervo de Sérgio Santos

Na quinta-feira, do dia 30 de maio de 1935, na casa do Sr. Luiz Antonio de Figueiredo, à Praça General Mallet, no bairro do Quilombo, em Cuiabá, a festa da entrega da bandeira da Associação Athletica Typographica.

Nesse ano (1935), o clube fazia parte da Liga Sportiva Cuyabana (LSC), juntamente com outras quatro equipes: Americano Sport Club (rubro-negro); Club Esportivo Dom Bosco (alvianil); Paulistano Football Club (azul, vermelho e branco); Sport Club Destemido (Auri-verde).

A Associação Athletica Typographica, teve um período efêmero no futebol. Apesar da escassez de informações sabe que jogou o Campeonato Cuiabano de 1936 (7º e último lugar) e 1937 (7º e último lugar), organizado pela Liga Sportiva Cuyabana (LSC).

Colaborou: Sérgio Santos

FONTES: Wikipédia – Rsssf Brasil – site Primeira Página – A Violeta (MT) – A Cruz (MT) – O Matto Grosso (MT) – Jornal do Commercio (MT)

Fotos Raras, de 1981 e 1984: Pinheirense Esporte Clube – Belém (PA)

O Pinheirense Esporte Clube é uma agremiação do Distrito de Icoaraci, pertencente à cidade de Belém, capital do estado do Pará. A sua Sede social está localizada na Rua Manoel Barata, nº 130, no bairro Ponta Grossa, em Icoaraci.

O “General da Vila” foi Fundado na terça-feira, do dia 8 de dezembro de 1925, por um grupo de operários da Usina Conceição, que desejava dar a Pinheiro uma agremiação sócio esportiva, onde nas horas de folga livres do ensurdecer da maquinaria e abençoado pela Imaculada Conceição.

Os operários fundadores liderados por Martinho Silva, foram os seguintes: João Sururina, Sátiro Rodrigues, João Faustino, Raimundo Saturnino dos Santos, Manoel Pereira da Silva, Eustáquio Campelo, Osvaldo Cintra, Tobias, Mestre Anésio e tantos outros.

O Pinheirense manda seus jogos no Estádio Abelardo Conduru, com capacidade para 3 mil pessoas, situado na Rua Santa Isabel, s/n, em Icoaraci, em Belém (PA). As suas cores: azul e branco.

Jogou o Campeonato Paraense pela primeira vez em 1955. Foi perdendo espaço no futebol profissional masculino, porém esteve em evidência com o futebol feminino em âmbito nacional.

As campanhas de 2012 e 2013 creditaram o Pinheirense a ser, de acordo com o Ranking da CBF de Futebol Feminino de 2013, o sétimo melhor time do Brasil. Hoje o clube é 14º colocado.

Em 2016, o Pinheirense conquistou um título inédito na sua história: o Campeonato Paraense da Segunda Divisão com 100% de aproveitamento. Assim, voltou à elite, representando a Vila Sorriso de Icoaraci no Parazão 2017.

FOTOS: Acervo de Marco André Araújo Pinheiro

FONTES: Wikipédia – Federação Paraense de Futebol (FPF) – O Liberal (PA)

Sport Clube Internacional – Cuiabá (MT): uma participação do Estadual de 1989

O Sport Clube Internacional foi uma agremiação da cidade de Cuiabá (MT). O “Colorado Cuiabano” foi Fundado na segunda-feira, do dia 17 de Outubro de 1977. O seu CGC: 03.934.148/0001-91. A agremiação foi considerada Utilidade Pública, por meio da Lei Municipal nº 1.756 de 12 de Novembro de 1980 e, no ano seguinte, por meio da Lei Estadual nº 4.310 de Junho de 1981.

O “Colorado Cuiabano” obteve a sua melhor campanha em 1988, quando ficou com o Vice do Campeonato Mato-grossense da 2ª Divisão, perdendo o título para o Sinop Esporte Clube.

Acervo de Sérgio Santos

O Inter jogou pela primeira e única vez o Campeonato Mato-grossense da 1ª Divisão de 1989, que contou com a participação de 11 clubes: Associação Atlética Vasco da Gama (Tangará da Serra); Barra do Garças Futebol Clube (Barra do Garças); Cáceres Esporte Clube (Cáceres); Clube Esportivo Dom Bosco (Cuiabá); Clube Esportivo Operário (Várzea Grande); Esporte Clube Independente (Poxoréu); Grêmio Esportivo Jaciara (Jaciara); Mixto Esporte Clube (Cuiabá); Sinop Futebol Clube (Sinop) e União Esporte Clube (Rondonópolis).

FONTES: Rsssf Brasil – Sérgio Santos

Escudo raro de 1972: Comercial Esporte Clube – Poconé (MT)

O Comercial Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Poconé (MT). A sua Sede social ficava na Rua Salvador Marques, nº 282, no Centro de Poconé. O ‘Zebu do Norte’ foi Fundado na quafta-feira, do dia 03 de Maio de 1967, por fazendeiros liderados por Manoel Gomes de Arruda, conhecido como Neco Falcão. As suas cores são vermelho e branco.

Nascido em Poconé, no dia 20 de fevereiro de 1931, Neco era um farmacêutico e odontólogo, formado no Rio de Janeiro, que colaborou na fundação da Sociedade Beneficência Poconeana (Hospital Geral de Poconé).

Acervo de Sérgio Santos

Posteriormente foi Prefeito Municipal de Poconé em duas gestões: a 1ª de 1967 a 1970 e a 2ª de 1973 a 1977. Na sua primeira gestão como prefeito construiu o Estádio Manoel Gomes de Arruda. Neco Falcão morreu aos 80 anos, em 2011. A partida inaugural foi no dia 01 de março de 1970, na vitória do Comercial de Poconé por 5 a 2 sobre o Cacimba do Leite do Cuiabá.

Quatro anos depois o Comercial de Poconé inaugurou outro estádio. O Estádio Municipal Luiz Geraldo da Silva, conhecido como Geraldão, em Cáceres foi inaugurado no dia 06 de outubro de 1974, entre Seleção de Cáceres e Comercial de Poconé.

Após 40 anos longe do futebol profissional,  o Comercial de Poconé foi reativado. O clube vem se reestruturando para retornar futuramente as disputas profissionais, organizada pela Federação Matogrossense de Futebol (FMF).

COLABOROU: Sérgio Santos

FONTES & FOTO: Site Craques do Rádio (MT) – Olho no Esporte MT – Olhar Esportivo – Revista Placar – Craques do Rádio

Palmeiras Sport Club, de São João do Paraíso – Cambuci (RJ): Bicampeão Citadino em 1949 e 1959!

O Palmeiras Sport Club é uma agremiação do município de Cambuci (com uma população de 14.829 habitantes, segundo o censo do IBGE/2010), que fica a 295 km da capital do estado do Rio de Janeiro.

A Liga Cambuciense de Desportos (LCD), foi fundada no domingo, do dia 12 de Agosto de 1945. E, vinte dois dias depois o “Gigante Verde” foi Fundado na segunda-feira, do dia 03 de Setembro de 1945.

A sua Sede fica localizada Avenida Almeida Pereira, nº 27, em São João do Paraíso, 3º Distrito de Cambuci (RJ). A sua antiga Praça de Esportes ficava situada na Rua 5 de Julho, s/n em São João do Paraíso, 3º Distrito de Cambuci (RJ).

Títulos expressivos

Nas primeiras duas décadas, o Palmeiras faturou alguns títulos importantes: campeão do Campeonato Municipal de Cambuci, em 1949 e 1959; a conquista do Torneio Início Citadino de 1951 (realizado no domingo, do dia 5 de agosto, com a participação do vice-campeão Esporte Clube Suburbano, Floresta Atlético Clube, Paraíso Futebol Clube e Cruzeiro Futebol Clube); vice-campeão do Campeonato Municipal de Cambuci, em 1951; Taça Elvio Bacelar, em 1950.

EM PÉ (esquerda para a direita): Pedro Albino, Paulinho Lopes, Vavado, Artur Francisco, Carlinho Lopes, Aladir e Sr. José Gomes;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Júlio Cesar, Patinho, Luís Armando, Brandãozinho, Oswaldo e Oscar.

Foi campeão da 2ª Copa Vale do Paraíba de 1996. Campeão Invicto da Supercopa Hillo Noroeste Sub-23, em 2019. O último título aconteceu neste ano, quando o Palmeiras Sport Club faturou, de forma invicta, a Supercopa Noroeste de 2023.

A campanha foi de 12 jogos, com sete vitórias e cinco empates; marcando 26 gols, sofrendo oito e um saldo pomposo de 18 tentos. Além do título, a equipe comandada por Flávio Medina, teve o melhor ataque, a defesa menos vazada, o melhor goleiro (Douglas) e o craque do campeonato: o meia Alanzinho, camisa nº 18. O Elenco contou com 33 jogadores, em ordem alfabética:

Alanzinho, André, Breno, Caio, Carlinhos, Cavalini, Derlan, Douglas, Elias, Emerson Urso, Fael, Felipinho, Gabriel Capixaba, Gutinho, Henrique, Huga, Léo Itaperuna, Lekinho, Luan, Magnum, Maicon Piúma, Marcundinho, Marlinho, Mutante, Ruan, Talison, Tanque, Tatu, Valker, Vandinho, Victor Hugo, Vitão e Zé Vitor.

FONTES & FOTOS: Página do clube no Facebook – Jornal A Noite (RJ)   

Fotos raras de 1977: Esporte Clube Internacional – Alenquer (PA): disputou o Estadual de 1977

O Esporte Clube Internacional é uma agremiação do município de Alenquer (com uma população de 57.092 habitantes, segundo estimativa do IBGE/2020), que fica a 701 km da capital de Belém, no estado do Pará.

A sua Sede social (Foto abaixo) está localizada na Rua Visconde do Rio Branco (esquina com a Rua Tenente José Cardoso), s/n, no bairro Luanda, em Alenquer (PA).

O “Ximango Rubro-Negro” foi Fundado no sábado, do dia 10 de Março de 1956, por meio da insatisfação de alguns sócios do União Esportiva (Fundado em 1923), por não aceitarem certas burocracias daquela época, como por exemplo: não entrava no clube negro, pobre, filhos de mãe solteira, o próprio jogador, entre outras arbitrariedades.

Os fundadores foram os seguintes senhores: Gérson Melo (Telegrafista), Sr. Jacob Athias (proprietário da Olaria Iacy), Sr. Cyro Salomão, gerente da Casa Paysano, Sr. Juracy Cordeiro, Gerente da Casa Santo Antônio, José do Valle, funcionário do Fomento Agrícola, Sr. Juarez Amorim Rebello, Coletor federal, Sr. Benedicto Monteiro (escritor).

Responsável pelo Hino do clube

O escritor Benedicto Monteiro, nascido em Alenquer, em 29 de fevereiro de 1924, doou grande parte de sua Biblioteca particular para o Esporte Clube Internacional um caboclo bem sucedido financeiramente, dono de uma próspera sapataria no centro da cidade, que tentava ser aceito de todas as maneiras, inclusive oferecendo doações ao clube e não obtinha sucesso.

É claro que os fundadores do Internacional não deixaram e nem foram impedidos de frequentar a União Esportiva sempre que o desejassem. A reinauguração do Esporte Clube Internacional parece ter sido uma espécie de retaliação dos descontentes da União, ao mesmo tempo em que ganhavam a simpatia do povão, o que não seria ruim para quem ambicionasse eleger-se para cargos políticos.

É de autoria de Benedicto Monteiro o hino do Internacional, que caiu no gosto

dos alenquerenses popularizando-se de tal maneira, a ponto de transcender o clube deixando de ser sua exclusividade, passando a ser executado em todos os eventos que envolvam Alenquer, sendo um dos favoritos nas festas carnavalescas, independente do clube onde se realize, inclusive dentro do próprio União.

A letra do hino do Esporte Clube Internacional de Alenquer de seu autor diz:

Internacional

O povo de Alenquer te aclama.

És o ideal que a era do porvir reclama

Para construir a nossa grande sociedade,

Num clima de compreensão

Onde a separação seja só

Entre o bem e a maldade.

Nosso clube não separa

Rico, pobre ou doutor,

Nosso clube prestigia

O homem trabalhador,

Nosso Clube quer progresso

E harmonia social,

Nosso Clube é do povo

É o Internacional.

Estreia na elite do Paraense

O Inter de Alenquer debutou no Campeonato Paraense da Primeira Divisão de 1977. O clube estava no Grupo C, juntamente com o Comercial, Tuna Luso, Santarém e Altamira. Foram três derrotas (2 a 0 para o Santarém; 2 a 0 para o Tuna Luso; 1 a 0 para o Comercial) e um empate (1 a 1 com o Altamira), terminando na última posição da chave.

Inter de Alenquer foi para uma repescagem, mas novamente não teve êxito! Derrotas para Liberal Castro (2 a 1); Santarém (2 a 0) e Altamira (1 a 0) e a maior façanha: empate sem gols com o Club do Remo, que viria a conquistar o Paraense daquele ano.

FOTOS: página do clube no Facebook – Acervo de Marco André Araújo Pinheiro

FONTES: Museu da Cidade de Alenquer – Ruth Athias Mesquita – Jornal O Impacto (Santarém/PA) – Rsssf Brasil

Foto rara, de 1974: Sacramenta Esporte Clube – Belém do Pará

O Sacramenta Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Belém (PA). A equipe Alviverde foi Fundado na segunda-feira, do dia 07 de Setembro de 1936. A sua Sede ficava situado na Avenida Senador Lemos (esquina com a Av. Dr. Freitas), nº 740 (atual: 4.316), no bairro Sacramenta, em Belém. A sua Praça de Esportes está localizado na Passagem Magalhães Ramo, nº 2-118, no bairro Pedreira, em Belém.

O time tem um título em sua história: foi campeão Paraense da Segunda Divisão em 1957. O Sacramenta participou dos Campeonatos Paraense da 1ª Divisão, em oito oportunidades: 1961, 1962, 1968, 1969, 1970, 1971, 1976 e 1977.

Após o rebaixamento no Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1977, o Sacramenta não conseguiu mais o acesso à Elite do Futebol do Pará. Com o tempo, optou pelo futebol amador, se dedicando as categorias de base e, recentemente, figurou positivamente no futebol feminino local.

FOTO: Acervo de Marco André Araújo Pinheiro

FONTES: Wikipédia – O Liberal (PA) – Rsssf Brasil