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Era a primeira metade da década de 50, não houve no mundo equipe tão brilhante como o Honved, o time do Exército Vermelho da Hungria. Suas partidas eram espetáculos primorosos de técnica, habilidade e fantasia. Formado por alguns dos maiores craques que o futebol já viu em qualquer época Bozsic, Kocsis, Puskas e Czibor, entre outros o Honved jogava pelo mais puro prazer, sem se importar muito quando o adversário marcava um gol respondia com três ou quatro.
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A ascensão do Honved como equipe começou em 1949, depois que o vice-ministro de Esportes, Gustav Sebes, teve sua atenção despertada para um modesto time de bairro de Budapeste, o Kispest, líder do campeonato naquele ano. Sebes interessou-se, em especial, por dois jovens craques daquela surpreendente equipe: Puskas e Bozsic. Como ambos estavam em idade de servir o Exército, foram rapidamente convocados. A semente do poderoso Honved estava plantada.
A partir daí, a história do time se confunde com a própria história do futebol húngaro. Enquanto o clube ganhava os títulos nacionais de 1950, 1952, 1954 e 1955, a Seleção chegou a ficar 32 partidas invicta, um recorde que nem mesmo a Seleção Brasileira conseguiu bater. E nas grandes campanhas da Seleção Húngara a conquista do título olimpico de 1952 e o vice-campeonato mundial em 1954, nada menos do que sete jogadores do Honved estavam presentes.
No entanto, assim como a política uniu esse time maravilhoso, a mesma política o desfez sete anos depois. A equipe acabara de jogar com o Atlético de Bilbao, em Bruxelas pela Copa Européia dos Campeões quando foi surpreendida pela notícia de que a Hungria fora invadida pelas tropas do Pacto de Varsóvia.
A delegação resolveu então não voltar para Budapeste. E, apesar da proibição da FIFA, viajaram para o Brasil e Venezuela, para realizar vários amistosos. No Brasil, fizeram ao todo quatro jogos, e uma verdadeira chuva de gois: derrota para o Flamengo por 6 x 4; vitória sobre o Botafogo por 4 x 2 e Flamengo por 3 x 2; e derrota para o combinado Fla-Bota por 6 x 2.
Na volta para a Europa, a equipe se dispersou de vez: Puskas, por exemplo, foi para o Real Madrid e Kocsis e Czibor para o Barcelona. O Honved estava desfeito, mas ficaria para sempre na memória dos torcedores.
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Fonte:Arquivos pessoais e Placar