Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

América de São José do Rio Preto 66 anos de História

Clube: América Futebol Clube
Fundação: 28/1/1946 (66 anos)
Cidade: São José do Rio Preto (SP)
Estádio: Teixeirão (36,4 mil lugares)
Site: www.america-sp.com.br
Principais Títulos: 1 Paulista do Interior (1950) e 3 Séries A2 (1957/63/99)
Situação atual: Estreou empatado em casa por 2 a 2 com o Noroeste, pela Série A2 do Paulista. Neste domingo, joga fora de casa contra o Rio Preto.
História
O time dos Bancários dominava a cena de São José do Rio Preto, em meados dos anos 1940. O que incomodava o centroavante Antônio Tavares Pereira Lima, que também era engeheiro da Estada de Ferro Araraquarense. Em uma viagem de trem, encontrou Vitor Buongermino, que tinha a mesma ideia: formar um clube que rivalizasse com os Bancários. E, depois de vários encontros, organizaram uma assembleia no dia 28 de janeiro de 1946, onde foi decidida a criação e as cores oficiais (o vermelho e o branco). Só ficou uma dúvida no nome. Depois de cogitarem Dínamo e Flamengo, resolveram colocar América FC. Curiosamente, o América começou tão grande, que logo se filiou à Federação Paulista de Futebol e nunca enfrentou o time dos Bancários.

Hino Oficial
Letra: Walter Benfatti; Música: Roberto Farath

Do alto da cidade
O América nasceu
E crescendo a cidade
O América cresceu

No campo, lutando
Espalhando emoções
Dentro das linhas vibrando
São onze corações

Nas cores rubra e branca
Está o seu valor
No branco a paz serena
No rubro seu ardor

No vale dos esportes
Vai dobrar o seu valor

No vídeo, o gol do título americano da Série A2 de 1999
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Fonte: Protofutebol

CLUBES DE BRASÍLIA: CLUBE ATLÉTICO COLOMBO


Mineiro de Uberlândia (MG), Adolfo Luís Rizza chegou para Brasília ainda em 1957. Juntamente com seu irmão Antônio, era proprietário do Posto e Recapagem Colombo, na Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante, durante a construção de Brasília. Seus irmãos Pedro e Luiz também atuaram como empresários na Cidade Livre.
Formada por vários desportistas, a família Rizza foi a maior incentivadora para a fundação, na Cidade Livre, do Clube Atlético Colombo, em 6 de abril de 1960.
A primeira diretoria do Colombo ficou assim composta: Presidente: Francisco Correia Bento; Vice-Presidente: José Ribeiro Costa, Diretor Secretário: Jason Santana; Diretor Tesoureiro: Manoel Ribeiro da Costa; Diretor Esportivo: Adolfo Rizza e Vice-Diretor Esportivo: Pedro Rizza. Adolfo Rizza também era o representante do clube junto a Federação Desportiva de Brasília – FDB.
As cores oficiais do novo clube foram escolhidas na mesma reunião: amarela e azul.
Disputou campeonatos oficiais da Federação desde o ano de sua fundação até o ano de 1972.
A primeira participação do Colombo em competições oficiais da FDB aconteceu no dia 9 de julho de 1961, no Torneio Início da Segunda Divisão. Ficou com a segunda colocação, perdendo a final para o Guanabara, por 3 x 1. Real e La Salle foram os outros clubes participantes.
Sua estréia no certame da Segunda Divisão de 1961 aconteceu no dia 6 de agosto de 1961. No Estádio “Israel Pinheiro”, o Colombo marcou 3 x 0 no Real.
Depois de dois turnos disputados, chegou a uma melhor-de-três em igualdade de condições com o Guanabara. Após dois empates (1 x 1 e 2 x 2) e uma derrota de 1 x 0 no dia 3 de dezembro de 1961, o Colombo ficou com o vice-campeonato.
Revelaria bons jogadores, tais como Tião I, Vonges, Nilo, Baiano, Ventura, Paulista, Tião II e Cid.
No ano de 1962, já como clube da Primeira Divisão, participou, nos dias 28 de abril e 1º de maio, da Taça Candango, torneio patrocinado pela Companhia Antarctica Paulista, juntamente com Guará, Defelê e Rabello. Foi derrotado pelo Guará.
No Torneio Início de 10 de junho, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”, em seu primeiro e único jogo empatou em 0 x 0 com o Defelê, sendo derrotado nos pênaltis por 3 x 1).
No dia 9 de setembro foi até a cidade goiana de Anápolis e trouxe um ótimo resultado: empate de 3 x 3 com o Anápolis.
Sua estréia na Primeira Divisão foi no dia 1º de julho de 1962, no Estádio “Israel Pinheiro”, com vitória de 3 x 0 sobre a A. E. Presidência, com dois gols de Tião I e um de Tião II.
Realizou uma brilhante campanha (18 jogos, 11 vitórias, 3 empates e 4 derrotas; 47 gols a favor e 19 contra), mas ficou com a segunda colocação, atrás apenas do bicampeão Defelê. Dez equipes disputaram o campeonato brasiliense de 1962.
Além da campanha, três jogadores do Colombo terminaram o campeonato entre os quatro maiores artilheiros da competição: 1º Cid, com 14 gols; 2º Tião I, com 11 e 4º Tião II, com 9.
A formação básica foi Chico Itacarambi, Vonges, Nilo, Landulfo (Índio) e Nenê; Paulista (Léo) e Cascorel; Baiano (Almir), Tião I, Cid e Tião II. O treinador era Edvard Brandão.
Ainda neste ano de 1962 teve três de seus jogadores convocados para representarem o Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de Seleções: os atacantes Cid, Tião I e Tião II. O DF passou por Mato Grosso mas foi desclassificado por Goiás.
Iniciou o ano de 1963 com bons resultados: no dia 17 de fevereiro, em Anápolis, empatou com o clube do mesmo nome em 2 x 2. Um mês depois, novamente em Anápolis, venceu o Ipiranga local por 3 x 2.
No Torneio Início, realizado em 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”, chegou até a final, contra o Defelê. No tempo normal de jogo, empate em 1 x 1. Na cobrança de pênaltis, seu ex-jogador Cid (contratado pelo Defelê) decidiu o torneio em favor do seu novo clube, convertendo 2 em 3 cobranças, enquanto Nilo, do Colombo, perdeu dois.
No campeonato, não reeditou sua campanha anterior, ficando em quinto lugar entre nove participantes.
Em 1964, foi aprovada a implantação do profissionalismo no futebol de Brasília e o Colombo resolveu aderir à novidade.
Logo no dia 5 de abril, conquistou um grande resultado ao ganhar o amistoso interestadual contra o Vila Nova (GO), por 3 x 2.
Antes, no dia 8 de março de 1964, estreou no Torneio “Prefeito Ivo de Magalhães” derrotando o Luziânia por 2 x 1. Ficou em terceiro lugar no torneio.
No campeonato de profissionais, que reuniu cinco equipes, estreou com derrota de 3 x 0 para o Defelê, no dia 6 de outubro de 1964. No final do certame, ficou na terceira colocação, atrás de Rabello e Defelê.
Seus maiores destaques foram o goleiro Dico (que mais tarde defenderia o Rabello e o Clube do Remo), o zagueiro Sir Peres e o meio-de-campo João Dutra, além de continuar contando com a eficiência da dupla Tião I e Tião II.
Preparando-se para o campeonato de 1965, disputou alguns amistosos interestaduais, com destaque para estes: 26 de maio – 1 x 2 Moto Clube, do Maranhão, e 27 de junho – 1 x 0 Uberlândia (MG), ambos em Brasília.
No campeonato de profissionais de 1965, disputado por apenas quatro clubes, ficou em segundo lugar, um ponto atrás do Rabello, o campeão, e à frente de Guará e Defelê. Voltou a contar com a força do atacante Cid e teve como treinador Didi de Carvalho.
Em 1966, perdeu João Dutra para o Rabello. Chegou à semifinal do Torneio Início, quando foi derrotado pelo Defelê. No campeonato de profissionais, que passou a contar com sete equipes, ficou em terceiro lugar, e teve o artilheiro
do campeonato, Cid, com 11 gols, e o segundo colocado (junto com outros dois jogadores), Baiano, com 9.
Logo depois, a FDB promoveu o Torneio de Profissionais “Engenheiro Plínio Cantanhede”, com a participação das mesmas equipes que disputaram o campeonato.
O título foi decidido em um jogo extra entre Colombo e Defelê. Aconteceu empate de 3 x 3, com Zezé, Tião e Baiano marcando para o Colombo e Invasão (2) e Sabará para o Defelê. Com o empate, o título foi decidido no “gol-average”, critério que beneficiou o Colombo, declarado campeão do torneio.
Individualmente, o destaque do Colombo foi o zagueiro Juci, que tempos depois defenderia a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo. Além dele, o Colombo colocou mais dois jogadores na “Seleção do Ano” escolhida pela Editoria de Esportes do jornal Correio Braziliense: o lateral-esquerdo Oliveira e o atacante Cid.
Em 1967, perdeu seu grande artilheiro Cid para o Rabello, o mesmo acontecendo com seu goleiro Dico. Sua primeira competição no ano foi o Torneio Brasil Central, disputado por duas equipes de Goiânia (GO), duas de Anápolis (GO) e mais o Defelê, do DF, de 30 de abril a 28 de junho. O Colombo chegou na sexta e última colocação, sem vitória nos dez jogos que disputou.
Venceu o Torneio Início de Profissionais, no dia 11 de junho. Na decisão: Colombo 1 x 0 Cruzeiro do Sul, gol de Milton (contra).
No campeonato de profissionais, jogando contra outras cinco equipes, ficou com a terceira colocação. O campeão foi o Rabello.
O ano de 1968 já começou ruim para o Colombo depois que Juci e Crispim, dois dos seus melhores jogadores, se transferiram para o América, de Belo Horizonte (MG). E terminou mal, com o clube chegando na quinta e última colocação no campeonato de profissionais de 1968.
Preferiu não se inscrever no campeonato misto (profissionais e amadores) que a Federação resolveu promover em 1969.
Retornou em 1970 e em 2 de maio deste ano realiza Assembléia para escolher sua nova diretoria. O Diretor de Esportes e representante na FDB era Adolfo Rizza.
Não participou do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, iniciado em 5 de julho de 1970. Por outro lado, tomou parte do campeonato, onde estreou no dia 7 de setembro, com vitória de 2 x 0 sobre o Jaguar, gols de Zequinha e Paulinho. O Colombo ficou com a quinta colocação entre dez equipes.
Não foi bem no Torneio “Governador do Distrito Federal”, primeira competição oficial do ano de 1971 e marcada por muitos WO, pois muitos clubes estavam irregulares (débito com a Tesouraria da FDB) e suspensos de suas obrigações. Disputado por 11 equipes, o Colombo chegou em 8º lugar.
Em compensação, conquistou invicto o título do campeonato oficial de 1971, com direito a vencer os dois turnos disputados.
Em seu último jogo, no dia 31 de outubro de 1971, o Colombo formou com Carlos José, Luiz Gonçalves, Sir Peres, Jonas e Paulo Moreira; Zoca e Pedro Léo; Procópio (Gonçalves), Zé Carlos, Diogo (Hermes) e Macalé.
Foram oito jogos disputados, com cinco vitórias e três empates. Marcou 12 gols e sofreu 3. Somou treze pontos ganhos, quatro a mais que Serviço Gráfico, o vice-campeão. Os demais participantes foram Ceub, Grêmio Brasiliense e Jaguar.
Seus artilheiros foram: Zé Carlos, com cinco gols; Pedro Léo, com 2 e Paulinho, Hermes, Procópio, Macalé e Zoca, todos com um.
O goleiro menos vazado foi Carlos José, do Colombo, com 3 gols sofrido, tendo disputado todas as partidas.
Logo no começo de 1972, mais precisamente em 8 de fevereiro, aconteceu nova Assembléia do C. A. Colombo, para eleição da nova Diretoria. Entre os dirigentes escolhidos estavam o 2º Vice-Presidente João Batista Rizza (filho de Adolfo Rizza) e o Diretor Financeiro: Milton Rizza, primos.
No campeonato daquele ano, que seria o último disputado, o Colombo chegou na terceira colocação entre sete equipes. Foram 12 jogos, com seis vitórias, quatro empates e duas derrotas. Vinte gols a favor e doze contra.
O último jogo disputado pelo Colombo foi no dia 26 de novembro de 1972, no Estádio Pelezão, contra o Ceub. Sob a arbitragem de Alaor Ribeiro, aconteceu empate em 1 x 1. O gol do Colombo foi marcado por Sérgio, do Ceub, contra suas próprias redes.
Numa Assembléia Geral Extraordinária de 16 de agosto de 1973, o Colombo transformou-se em Sociedade Esportiva Bandeirante e tinha como presidente João Batista Rizza. Não disputou nenhuma competição oficial naquele ano.

CLUBES DE BRASÍLIA: OLÍMPICO

O Olímpico Atlético Clube foi fundado em 31 de março de 1976, em uma reunião realizada na sede da ASMINTER – Associação dos Servidores do Ministério do Interior, no 11º andar do Edifício Sede do Ministério do Interior, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília (DF).

Estiveram presentes à Assembléia que fundou o novo clube Waldyr Mattos Magno, Presidente da Mesa, Aluízio de Melo Cavalcanti, Secretário da Mesa, Antônio Gomes de Magalhães Bastos, Presidente da ASMINTER, Ayrton Emmanuel Leal Chaves,  1º Secretário da ASMINTER, Gentil Rodrigues do Nascimento, Cid Sebastião Leal Chaves, Carlos Eduardo Ferreira, Ivo José Batista e Romildo Moreira Dias.

Foram eleitos por aclamação Ayrton Emmanuel Leal Chaves para Presidente do Olímpico, Gentil Rodrigues do Nascimento para Vice-Presidente e Cid Sebastião Leal Chaves para Diretor de Futebol.

O Olímpico era uma sociedade vinculada a ASMINTER através do seu Departamento de Esportes, com personalidade jurídica distinta da de seus sócios.

As cores oficiais do Olímpico eram vermelha, branca e azul.

No dia 9 de outubro de 1976 aconteceu outra Assembléia que aprovou a desvinculação do Olímpico da ASMINTER.

O novo clube não teve nenhuma atividade entre os profissionais no ano de 1976. Por outro lado, inscreveu-se no campeonato brasiliense de juniors, quando foi 5º colocado no primeiro turno, e segundo do Grupo A no 2º turno, quando os dez
clubes participantes foram divididos em duas chaves, cada uma com cinco clubes.

No ano seguinte, resolveu investir para fazer boa campanha no campeonato de 1977. Contratou jogadores bastante conhecidos no futebol brasiliense como o goleiro Elizaldo, o lateral-artilheiro Aderbal e o centro-avante Humberto.

Estreou no Torneio Imprensa (disputado por 9 equipes) no dia 8 de março de 1977, vencendo o Taguatinga, por 2 x 1. Além desse jogo, teve uma seqüência de quatro jogos sem derrota (0 x 0 Corinthians, 1 x 1 Gama, 2 x 0 Grêmio e 0 x 0 Demabra), até conhecer sua primeira derrota em 16 de abril, diante do Canarinho (2 x 1).

Terminou o torneio na quinta colocação, com a seguinte campanha: 8 jogos, 2 vitórias, quatro empates e duas derrotas, a segunda delas para o campeão Brasília, em 7 de maio de 1976.

Depois disso, ficou de fora do Torneio Incentivo e do campeonato oficial de 1977. Não voltou a atuar em competições promovidas pela Federação Metropolitana de Futebol.

Foto rara, de 1919: Palestra Itália Esporte Clube – Ribeirão Preto (SP)

Palestra Itália Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Ribeirão Preto (SP). Fundado no dia 1º de Janeiro de 1917. A sua Sede fica localizado na Rua Padre Euclides, nº 543, no Bairro de Campos Elíseos, em Ribeirão Preto.

Palestra Itália participou do Campeonato Paulista do Interior, da APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos), em 19251926, 1927 e 1929. Em julho de 1932, o Operário foi desligado, juntamente com outras agremiações, por falta de pagamento de anuidades da APEA.

Time de 1921: Carrara; Cecílio e Domingos; Vecchi, Julio e Orlando; Arthur, Scarparim, Totó, Ricardo e Lepera.

 FONTES: Correio Paulistano – O Combate – A Gazeta – Vida Sportiva

CLUBES DE BRASÍLIA: ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA E CULTURAL MARIANA

A Associação Atlética e Cultural Mariana do Gama foi fundada em 11 de novembro
de 1962 e tinha por finalidade criar cursos de alfabetização e profissionais,
desenvolver a Educação Física e os desportos, promovendo e organizando jogos,
exercícios desportivos e reuniões sociais capazes de favorecer o desenvolvimento cultural, físico, social e cívico da mocidade do Gama.

Eram duas as categorias de sócios: os efetivos, que eram todos os membros da Congregação Mariana Nossa Senhora Divina Pastora e São Sebastião, do Gama, e os honorários, aqueles que, pertencendo ou não ao corpo social, merecessem essa distinção por deliberação da Assembléia Geral.

Jader Carrijo foi o primeiro Presidente da Cultural Mariana.

As cores oficiais da associação eram o verde, o azul, o amarelo e o branco.

Os uniformes eram os seguintes: um com as camisas verdes, com golas e punhos
amarelos, e o outro branco com duas listras horizontais, punhos e golas azuis.
Os calções e meiões eram azul ou branco.

A única participação da A. A. Cultural Mariana no campeonato de futebol de
Brasília aconteceu em 1969, quando 24 equipes disputaram a competição
(divididas em dois grupos). Na estréia, no dia 13 de abril daquele ano, foi
derrotado pelo Brasília Futebol Clube, de Taguatinga (que nada tem a ver com o
Brasília Esporte Clube, fundado em 2 de junho de 1975), por 3 x 0.

Uma semana depois, em seu campo, derrotou outro time de Taguatinga, o Flamengo,
por 2 x 1. Zé Maria (contra) e Parada marcaram os seus gols.

Terminou a primeira fase na terceira colocação, apenas atrás do Brasília e do
Coenge (que acabaria vencendo o campeonato). Foram doze jogos, oito vitórias e quatro derrotas. Vinte e quatro gols a favor e quinze contra.

Na fase final, disputada pelos 12 melhores colocados da primeira fase (seis de
cada grupo), empatou muitos jogos (seis) e ficou na sétima colocação, com 12
pontos ganhos (mesma pontuação de Brasília e Serviço Gráfico, que levaram
vantagem após aplicação dos critérios de desempate. Foram onze jogos, com três
vitórias, seis empates e duas derrotas. Marcou 16 gols e sofreu 13.
Curiosamente, não foi derrotado pelo campeão Coenge (2 x 2) e pelo vice-campeão
Grêmio Brasiliense (1 x 1).

Os jogadores que defenderam a Cultural Mariana foram:

Goleiros: Sindásio e Faustino;

Defensores: Domingos, Fernando, Crente, Juvenil, Barbosa, Fula, Chiquinho,
Barreto e Dimenor;

Atacantes: Tadeu, Ivan, Paulinho, Mangabeira, Gildásio, Baiano, Jorge e Parada.

No dia 8 de fevereiro de 1970, Amado Inocêncio, presidente da entidade,
convocou uma Assembléia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede social
do clube, onde foi decidida a troca do nome do clube, argumentando que o clube
atravessava uma fase muito difícil e que não encontrava apoio da população da
cidade. Surgia, assim, o Clube Atlético Planalto.

O grande legado que a A. A. Cultural Mariana deixou para o futebol do Gama e do
Distrito Federal foi o seu campo de futebol. Naquele local hoje fica a sede da
Sociedade Esportiva do Gama.

Crônica da época conta como foi o primeiro clássico Fla-Ju

Grêmio Esportivo Flamengo e Esporte Clube Juventude se enfrentaram pela primeira vez em 1935

Grêmio Esportivo Flamengo e Esporte Clube Juventude se enfrentaram pela primeira vez em 1935

Os clássicos Fla-Jus foram disputados até 1971. Em 1972, Flamengo e Juventude uniram seus departamento de futebol para formar a Associação Caxias. A fusão se desfez em 1975, e no ano seguinte o clube grená estava de volta, agora com o nome de Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias.

Em 1935, somente um jornal contou em detalhes a história do primeiro Fla-Ju. Foi o Diário de Notícias, em Porto Alegre. Confira, com a ortografia da época, como foi:

Caxias, 9 (Via Postal) – As sociedades desportivas locaes ultimamente vêm redobrando esforços, com desusado enthusiasmo, seleccionando seus quadros e melhorando seus campos. Deduz-se dahi que si proseguirem neste caminho dentro em breve estarão em condições de enfrentar, com reaes vantagens, qualquer quadro desportivo dessa capital.
Domingo último, dia 5
(na verdade, dia 4, houve um erro na redação da matéria) do corrente, realizou-se, consoante determina o carnet da FRGD, a primeira partida official, nesta cidade, em disputa ao campeonato da 2ª região, sendo seus contendores o S.C. Juventude e o G.S. Flamengo, cujo resultado causou surpreza nas rodas desportivas daqui. Enviado dessa capital, pela entidade máxima do Estado, actuou como juiz o desportista sr. Samuel Salatino, o qual se desempenhou com brilhantismo.

O jogo – Precisamente às 15,20 é iniciado o jogo, cabendo a Mario movimentar a bola, que a passa a Bortinha, fazendo o Juventude a sua primeira carga, porem é annullada pela defeza tricolor. Aos 10 minutos, o Flamengo carrega, Filhinho centra e Antenor de posse da bola a schoota fora. O Juventude procura investir ao arco de Maguicha, porem os deanteiros alvi-verdes não se entendem e, em consequencia nada conseguem.

Aos 15 minutos, os tricolores carregam pelo centro e Antenor corta para Filhinho, que entra celere e obtem o primeiro tento para o Flamengo.

Aos 39 minutos, o Juventude carrega e Bortinha schoota no canto direito, indo a bola alinhar-se nas redes do Flamengo. Esse feito é vivado delirantemente pelos torcedores juventudistas. Reiniciado o jogo, trocaram-se mais algumas cargas de ambos os lados, findando, assim, o primeiro tempo com este resultado:
Flamengo……………………………….1
Juventude……………………………….1

Decorrido o tempo regulamentar para o descanso, o juiz chama a postos os jogadores e às 16,30 horas Antenor começa a movimentar a bola, passando-a a Nenê, que por sua vez manda-a a Monteiro, este a centra e Decio a defende. Nesta phase, nota-se que os locaes jogam com muito mais enthusiasmo.

Aos 7 minutos Antenor recebe um passe de Nenê, fazendo estremecer as redes sob a guarda de Vanzetti. A torcida flamenguista aplaude enthusiasticamente o feito de Antenor.

O Juventude esforça-se para tirar a desvantagem, porem, embora luctando tenazmente não o consegue, em vista da defeza tricolor estar jogando com vigilancia e firmeza, destacando-se Darcy, que annulla constantemente as cargas alvi-verdes.

Aos 20 minutos, numa carga tricolor, Antenor vasa novamente a meta juventudista, assegurando, assim, a victoria de seu club.

Aos 21 minutos, o Juventude torna a carregar e Cypriano commette penalty, que o juiz o pune. Bortinha cobra-o mal atirando a bola nas mãos de Maguicha, que antes disso fez brilhantes defesas, fazendo vibrar de enthusiasmo os torcedores do Flamengo. Com mais algumas cargas de ambos os lados, finda-se a pugna, com o resultado seguinte:
Flamengo……………………………….3
Juventude……………………………….1

Desejando commemorar sua primeira victoria sobre o Juventude, o G.S. Flamengo, composto por jovens e enthusiastas rapazes, offereceu, quinta-feira ultima, aos seus associados e jogadores um lauto banquete no Club Juvenil, tendo nessa ocasião diversos oradores enaltecido o brilhante feito dos tricolores.

Fonte: Pioneiro

CLUBES DE BRASÍLIA: A CURTÍSSIMA EXISTÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA EDILSON MOTA

A Construtora ECRA Limitada, com sede em Fortaleza (CE), foi uma das dezenas de empresas que chegaram para a construção de Brasília, ainda em agosto de 1959. Dentre outras obras, foi responsável pela construção de vários edifícios ministeriais e suas garagens.

Idealizado, fundado e desenvolvido por funcionários e operários dessa construtora, o ECRA Futebol Clube foi fundado em 2 de março de 1960.

Com este nome, participou do Troféu “Israel Pinheiro”, competição que envolveu equipes de outras sete companhias construtoras de Brasília, no sistema “mata-mata”.

No dia 12 de junho, venceu o Pederneiras, por 2 x 1. Uma semana depois, enfrentou o Ribeiro F.C. (promotor do torneio) e também o derrotou, por 3 x 2. Na final, no dia 26
de junho, perdeu para o Nacional, por 2 x 1, ficando com o vice-campeonato.

Entre os jogadores do ECRA destacavam-se o goleiro Gaguinho (um dos melhores de Brasília), Sudaco, Cardoso e Paulista. Sudaco foi médio-volante em vários clubes do futebol brasileiro, dentre os quais São Paulo, Guarani, América (RJ) e América (MG). Depois, passou a ser técnico de futebol.

Nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960, o ECRA inscreveu-se no Troféu “Danton Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros.

Durante esse torneio, o ECRA passou a denominar-se Associação Esportiva Edilson Mota, em homenagem ao Engenheiro-Chefe da Construtora ECRA Ltda. e presidente de honra do clube e seu fundador, Edilson Nogueira Mota.

Junto a Federação Desportiva de Brasília o ECRA somente solicitou a modificação de seu nome através do ofício nº 11, de 10 de agosto de 1960.

A A. E. Edilson Mota passou a ter em seu uniforme oficial as cores grená e branca (camisa grená, calção branco e meias grenás) e no escudo redondo duas colunas da Alvorada com as iniciais da associação, A. E. E. M.

No Troféu “Danton Jobim” ficou na Chave A, juntamente com Brasil Central, Planalto e Consispa.

Estreou no dia 3 de julho, goleando o Brasil Central, por 7 x 2. No dia 10 de julho, enfrentou a forte equipe do Planalto e foi derrotada por 2 x 0. Voltou a aplicar outra goleada no dia 17 de julho (7 x 1 sobre o Consispa) mas o Planalto venceu o Brasil Central e classificou-se para a fase seguinte.

Como clube filiado à Federação Desportiva de Brasília a primeira competição da A. E.
Edilson Mota foi o Torneio Início, realizado no dia 4 de setembro de 1960, no
Estádio Israel Pinheiro, do Guará.

No quinto jogo do dia, vitória de 1 x 0 sobre o Brasil Central, gol de Alemão. No jogo de número 11, nova vitória de 1 x 0 sobre o Pederneiras, gol de Cardoso. Nas semifinais, ficou no 0 x 0 contra o Rabello (que acabaria vencendo o torneio), sendo derrotado na decisão por pênaltis, por 3 x 2.

Duas semanas depois, em 18 de setembro de 1960, em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio
para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira
Divisão e as oito que comporiam a Segunda. Esses 16 clubes foram divididos em 4
grupos. A A. E. Edilson Mota ficou no Grupo A, com jogos no campo do Guará,
juntamente com Guará, Industrial e Sobradinho.

Estreou com derrota pelo placar de 2 x 1 no dia 18 de setembro, frente ao poderoso Guará.

Recuperou-se plenamente uma semana depois (25 de setembro), ao aplicar grande goleada sobre o Sobradinho, por 11 x 0, gols de Gesil (4), Dario (3), Brasil (3) e Pedrão.

Na terceira e última rodada do torneio classificatório, no dia 9 de outubro, outra goleada (5 x 0) sobre o Industrial, garantiu-lhe o segundo lugar do Grupo A e a vaga na Primeira Divisão.

Antes do início do campeonato, no dia 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção. Após uma auditoria na empresa, ficou constatado que os jogadores recebiam seus salários apenas para treinar e jogar no time, o que fez a Companhia solicitar uma definição: ou os jogadores seriam mantidos pelo time, ou retomariam seus postos na empresa. O clube foi dissolvido em ato administrativo. Este fato levou o time a solicitar desfiliação. Com isso aconteceu a transferência de alguns jogadores para outros clubes, destacando-se a de Osvaldo Pio Nogueira para o Defelê, e de Francisco de Assis Florentino para a Liga Anapolina de Futebol.

Noroeste de Bauru, 101 anos de história

Um dos poucos clubes do Interior a chegar aos 100 anos, completado em 2010, o Esporte Clube Noroeste comemora nesta quinta-feira, 1º de Setembro de 2011, 101 anos, com muita história para contar e também com grandes desafios para os próximos anos.

Fundado em 1910 por um grupo de funcionários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, o Noroeste se destacou já em seus primeiros anos como uma equipe de expressão nos campeonatos amadores disputados em Bauru e região. Em 1943, o clube bauruense alcançou sua primeira conquista em nível estadual, com o Título do Interior. Na final do campeonato, o Alvirrubro derrotou o Guarani de Campinas, em partida disputada no Estádio do Pacaembú, em São Paulo.

O primeiro acesso à Elite Paulista ocorreu em 1953, dando ao Noroeste o direto de disputar o Campeonato Paulista de 1954. Ao longo das diversas participações do clube no Paulistão, grandes campanhas e momentos memoráveis foram registrados, como o quinto lugar no Campeonato Paulista de 1960 (quando o Noroeste ganhou o apelido de “Demolidor Ferroviário”), a grande campanha de 1987, com o Norusca liderando o certame durante parte da primeira fase e vencendo de forma maiúscula os grandes do futebol paulista nos jogos realizados no Alfredão e também o quarto lugar do Paulistão de 2006 (melhor campanha da história do Noroeste), marcando também a volta do clube à Série A-1 após 13 anos disputando as Séries A-2 e A-3.