Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

Foto rara, de 1919: Palestra Itália Esporte Clube – Ribeirão Preto (SP)

Palestra Itália Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Ribeirão Preto (SP). Fundado no dia 1º de Janeiro de 1917. A sua Sede fica localizado na Rua Padre Euclides, nº 543, no Bairro de Campos Elíseos, em Ribeirão Preto.

Palestra Itália participou do Campeonato Paulista do Interior, da APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos), em 19251926, 1927 e 1929. Em julho de 1932, o Operário foi desligado, juntamente com outras agremiações, por falta de pagamento de anuidades da APEA.

Time de 1921: Carrara; Cecílio e Domingos; Vecchi, Julio e Orlando; Arthur, Scarparim, Totó, Ricardo e Lepera.

 FONTES: Correio Paulistano – O Combate – A Gazeta – Vida Sportiva

CLUBES DE BRASÍLIA: ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA E CULTURAL MARIANA

A Associação Atlética e Cultural Mariana do Gama foi fundada em 11 de novembro
de 1962 e tinha por finalidade criar cursos de alfabetização e profissionais,
desenvolver a Educação Física e os desportos, promovendo e organizando jogos,
exercícios desportivos e reuniões sociais capazes de favorecer o desenvolvimento cultural, físico, social e cívico da mocidade do Gama.

Eram duas as categorias de sócios: os efetivos, que eram todos os membros da Congregação Mariana Nossa Senhora Divina Pastora e São Sebastião, do Gama, e os honorários, aqueles que, pertencendo ou não ao corpo social, merecessem essa distinção por deliberação da Assembléia Geral.

Jader Carrijo foi o primeiro Presidente da Cultural Mariana.

As cores oficiais da associação eram o verde, o azul, o amarelo e o branco.

Os uniformes eram os seguintes: um com as camisas verdes, com golas e punhos
amarelos, e o outro branco com duas listras horizontais, punhos e golas azuis.
Os calções e meiões eram azul ou branco.

A única participação da A. A. Cultural Mariana no campeonato de futebol de
Brasília aconteceu em 1969, quando 24 equipes disputaram a competição
(divididas em dois grupos). Na estréia, no dia 13 de abril daquele ano, foi
derrotado pelo Brasília Futebol Clube, de Taguatinga (que nada tem a ver com o
Brasília Esporte Clube, fundado em 2 de junho de 1975), por 3 x 0.

Uma semana depois, em seu campo, derrotou outro time de Taguatinga, o Flamengo,
por 2 x 1. Zé Maria (contra) e Parada marcaram os seus gols.

Terminou a primeira fase na terceira colocação, apenas atrás do Brasília e do
Coenge (que acabaria vencendo o campeonato). Foram doze jogos, oito vitórias e quatro derrotas. Vinte e quatro gols a favor e quinze contra.

Na fase final, disputada pelos 12 melhores colocados da primeira fase (seis de
cada grupo), empatou muitos jogos (seis) e ficou na sétima colocação, com 12
pontos ganhos (mesma pontuação de Brasília e Serviço Gráfico, que levaram
vantagem após aplicação dos critérios de desempate. Foram onze jogos, com três
vitórias, seis empates e duas derrotas. Marcou 16 gols e sofreu 13.
Curiosamente, não foi derrotado pelo campeão Coenge (2 x 2) e pelo vice-campeão
Grêmio Brasiliense (1 x 1).

Os jogadores que defenderam a Cultural Mariana foram:

Goleiros: Sindásio e Faustino;

Defensores: Domingos, Fernando, Crente, Juvenil, Barbosa, Fula, Chiquinho,
Barreto e Dimenor;

Atacantes: Tadeu, Ivan, Paulinho, Mangabeira, Gildásio, Baiano, Jorge e Parada.

No dia 8 de fevereiro de 1970, Amado Inocêncio, presidente da entidade,
convocou uma Assembléia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede social
do clube, onde foi decidida a troca do nome do clube, argumentando que o clube
atravessava uma fase muito difícil e que não encontrava apoio da população da
cidade. Surgia, assim, o Clube Atlético Planalto.

O grande legado que a A. A. Cultural Mariana deixou para o futebol do Gama e do
Distrito Federal foi o seu campo de futebol. Naquele local hoje fica a sede da
Sociedade Esportiva do Gama.

Crônica da época conta como foi o primeiro clássico Fla-Ju

Grêmio Esportivo Flamengo e Esporte Clube Juventude se enfrentaram pela primeira vez em 1935

Grêmio Esportivo Flamengo e Esporte Clube Juventude se enfrentaram pela primeira vez em 1935

Os clássicos Fla-Jus foram disputados até 1971. Em 1972, Flamengo e Juventude uniram seus departamento de futebol para formar a Associação Caxias. A fusão se desfez em 1975, e no ano seguinte o clube grená estava de volta, agora com o nome de Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias.

Em 1935, somente um jornal contou em detalhes a história do primeiro Fla-Ju. Foi o Diário de Notícias, em Porto Alegre. Confira, com a ortografia da época, como foi:

Caxias, 9 (Via Postal) – As sociedades desportivas locaes ultimamente vêm redobrando esforços, com desusado enthusiasmo, seleccionando seus quadros e melhorando seus campos. Deduz-se dahi que si proseguirem neste caminho dentro em breve estarão em condições de enfrentar, com reaes vantagens, qualquer quadro desportivo dessa capital.
Domingo último, dia 5
(na verdade, dia 4, houve um erro na redação da matéria) do corrente, realizou-se, consoante determina o carnet da FRGD, a primeira partida official, nesta cidade, em disputa ao campeonato da 2ª região, sendo seus contendores o S.C. Juventude e o G.S. Flamengo, cujo resultado causou surpreza nas rodas desportivas daqui. Enviado dessa capital, pela entidade máxima do Estado, actuou como juiz o desportista sr. Samuel Salatino, o qual se desempenhou com brilhantismo.

O jogo – Precisamente às 15,20 é iniciado o jogo, cabendo a Mario movimentar a bola, que a passa a Bortinha, fazendo o Juventude a sua primeira carga, porem é annullada pela defeza tricolor. Aos 10 minutos, o Flamengo carrega, Filhinho centra e Antenor de posse da bola a schoota fora. O Juventude procura investir ao arco de Maguicha, porem os deanteiros alvi-verdes não se entendem e, em consequencia nada conseguem.

Aos 15 minutos, os tricolores carregam pelo centro e Antenor corta para Filhinho, que entra celere e obtem o primeiro tento para o Flamengo.

Aos 39 minutos, o Juventude carrega e Bortinha schoota no canto direito, indo a bola alinhar-se nas redes do Flamengo. Esse feito é vivado delirantemente pelos torcedores juventudistas. Reiniciado o jogo, trocaram-se mais algumas cargas de ambos os lados, findando, assim, o primeiro tempo com este resultado:
Flamengo……………………………….1
Juventude……………………………….1

Decorrido o tempo regulamentar para o descanso, o juiz chama a postos os jogadores e às 16,30 horas Antenor começa a movimentar a bola, passando-a a Nenê, que por sua vez manda-a a Monteiro, este a centra e Decio a defende. Nesta phase, nota-se que os locaes jogam com muito mais enthusiasmo.

Aos 7 minutos Antenor recebe um passe de Nenê, fazendo estremecer as redes sob a guarda de Vanzetti. A torcida flamenguista aplaude enthusiasticamente o feito de Antenor.

O Juventude esforça-se para tirar a desvantagem, porem, embora luctando tenazmente não o consegue, em vista da defeza tricolor estar jogando com vigilancia e firmeza, destacando-se Darcy, que annulla constantemente as cargas alvi-verdes.

Aos 20 minutos, numa carga tricolor, Antenor vasa novamente a meta juventudista, assegurando, assim, a victoria de seu club.

Aos 21 minutos, o Juventude torna a carregar e Cypriano commette penalty, que o juiz o pune. Bortinha cobra-o mal atirando a bola nas mãos de Maguicha, que antes disso fez brilhantes defesas, fazendo vibrar de enthusiasmo os torcedores do Flamengo. Com mais algumas cargas de ambos os lados, finda-se a pugna, com o resultado seguinte:
Flamengo……………………………….3
Juventude……………………………….1

Desejando commemorar sua primeira victoria sobre o Juventude, o G.S. Flamengo, composto por jovens e enthusiastas rapazes, offereceu, quinta-feira ultima, aos seus associados e jogadores um lauto banquete no Club Juvenil, tendo nessa ocasião diversos oradores enaltecido o brilhante feito dos tricolores.

Fonte: Pioneiro

CLUBES DE BRASÍLIA: A CURTÍSSIMA EXISTÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA EDILSON MOTA

A Construtora ECRA Limitada, com sede em Fortaleza (CE), foi uma das dezenas de empresas que chegaram para a construção de Brasília, ainda em agosto de 1959. Dentre outras obras, foi responsável pela construção de vários edifícios ministeriais e suas garagens.

Idealizado, fundado e desenvolvido por funcionários e operários dessa construtora, o ECRA Futebol Clube foi fundado em 2 de março de 1960.

Com este nome, participou do Troféu “Israel Pinheiro”, competição que envolveu equipes de outras sete companhias construtoras de Brasília, no sistema “mata-mata”.

No dia 12 de junho, venceu o Pederneiras, por 2 x 1. Uma semana depois, enfrentou o Ribeiro F.C. (promotor do torneio) e também o derrotou, por 3 x 2. Na final, no dia 26
de junho, perdeu para o Nacional, por 2 x 1, ficando com o vice-campeonato.

Entre os jogadores do ECRA destacavam-se o goleiro Gaguinho (um dos melhores de Brasília), Sudaco, Cardoso e Paulista. Sudaco foi médio-volante em vários clubes do futebol brasileiro, dentre os quais São Paulo, Guarani, América (RJ) e América (MG). Depois, passou a ser técnico de futebol.

Nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960, o ECRA inscreveu-se no Troféu “Danton Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros.

Durante esse torneio, o ECRA passou a denominar-se Associação Esportiva Edilson Mota, em homenagem ao Engenheiro-Chefe da Construtora ECRA Ltda. e presidente de honra do clube e seu fundador, Edilson Nogueira Mota.

Junto a Federação Desportiva de Brasília o ECRA somente solicitou a modificação de seu nome através do ofício nº 11, de 10 de agosto de 1960.

A A. E. Edilson Mota passou a ter em seu uniforme oficial as cores grená e branca (camisa grená, calção branco e meias grenás) e no escudo redondo duas colunas da Alvorada com as iniciais da associação, A. E. E. M.

No Troféu “Danton Jobim” ficou na Chave A, juntamente com Brasil Central, Planalto e Consispa.

Estreou no dia 3 de julho, goleando o Brasil Central, por 7 x 2. No dia 10 de julho, enfrentou a forte equipe do Planalto e foi derrotada por 2 x 0. Voltou a aplicar outra goleada no dia 17 de julho (7 x 1 sobre o Consispa) mas o Planalto venceu o Brasil Central e classificou-se para a fase seguinte.

Como clube filiado à Federação Desportiva de Brasília a primeira competição da A. E.
Edilson Mota foi o Torneio Início, realizado no dia 4 de setembro de 1960, no
Estádio Israel Pinheiro, do Guará.

No quinto jogo do dia, vitória de 1 x 0 sobre o Brasil Central, gol de Alemão. No jogo de número 11, nova vitória de 1 x 0 sobre o Pederneiras, gol de Cardoso. Nas semifinais, ficou no 0 x 0 contra o Rabello (que acabaria vencendo o torneio), sendo derrotado na decisão por pênaltis, por 3 x 2.

Duas semanas depois, em 18 de setembro de 1960, em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio
para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira
Divisão e as oito que comporiam a Segunda. Esses 16 clubes foram divididos em 4
grupos. A A. E. Edilson Mota ficou no Grupo A, com jogos no campo do Guará,
juntamente com Guará, Industrial e Sobradinho.

Estreou com derrota pelo placar de 2 x 1 no dia 18 de setembro, frente ao poderoso Guará.

Recuperou-se plenamente uma semana depois (25 de setembro), ao aplicar grande goleada sobre o Sobradinho, por 11 x 0, gols de Gesil (4), Dario (3), Brasil (3) e Pedrão.

Na terceira e última rodada do torneio classificatório, no dia 9 de outubro, outra goleada (5 x 0) sobre o Industrial, garantiu-lhe o segundo lugar do Grupo A e a vaga na Primeira Divisão.

Antes do início do campeonato, no dia 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção. Após uma auditoria na empresa, ficou constatado que os jogadores recebiam seus salários apenas para treinar e jogar no time, o que fez a Companhia solicitar uma definição: ou os jogadores seriam mantidos pelo time, ou retomariam seus postos na empresa. O clube foi dissolvido em ato administrativo. Este fato levou o time a solicitar desfiliação. Com isso aconteceu a transferência de alguns jogadores para outros clubes, destacando-se a de Osvaldo Pio Nogueira para o Defelê, e de Francisco de Assis Florentino para a Liga Anapolina de Futebol.

Noroeste de Bauru, 101 anos de história

Um dos poucos clubes do Interior a chegar aos 100 anos, completado em 2010, o Esporte Clube Noroeste comemora nesta quinta-feira, 1º de Setembro de 2011, 101 anos, com muita história para contar e também com grandes desafios para os próximos anos.

Fundado em 1910 por um grupo de funcionários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, o Noroeste se destacou já em seus primeiros anos como uma equipe de expressão nos campeonatos amadores disputados em Bauru e região. Em 1943, o clube bauruense alcançou sua primeira conquista em nível estadual, com o Título do Interior. Na final do campeonato, o Alvirrubro derrotou o Guarani de Campinas, em partida disputada no Estádio do Pacaembú, em São Paulo.

O primeiro acesso à Elite Paulista ocorreu em 1953, dando ao Noroeste o direto de disputar o Campeonato Paulista de 1954. Ao longo das diversas participações do clube no Paulistão, grandes campanhas e momentos memoráveis foram registrados, como o quinto lugar no Campeonato Paulista de 1960 (quando o Noroeste ganhou o apelido de “Demolidor Ferroviário”), a grande campanha de 1987, com o Norusca liderando o certame durante parte da primeira fase e vencendo de forma maiúscula os grandes do futebol paulista nos jogos realizados no Alfredão e também o quarto lugar do Paulistão de 2006 (melhor campanha da história do Noroeste), marcando também a volta do clube à Série A-1 após 13 anos disputando as Séries A-2 e A-3.

Corinthians, 101 anos de história

Em 1 de setembro de 1910, um grupo de cinco operários de uma companhia ferroviária, a São Paulo Railway, do bairro paulistano do Bom Retiro decidiram criar um time de futebol. Eram os pintores de parede, Joaquim Ambrósio e Antonio Pereira; o sapateiro Rafael Perrone; o cocheiro Anselmo Correa e o trabalhador braçal Carlos Silva, além de mais oito pessoas que contribuíram com 20 mil réis e também foram considerados sócio-fundadores. A ideia surgiu depois de assistirem à atuação do Corinthian,equipe inglesa de futebol, fundada em 1882, que excursionava pelo Brasil à convite da equipe carioca Fluminense Football Club. Aqui, os ingleses foram chamados pela imprensa de “Corinthian’s Team”. Mas o time brasileiro só seria batizado “Sport Club Corinthians Paulista” depois de muita discussão e algumas reuniões na casa de outro integrante do grupo de amigos, o alfaiate Miguel Bataglia, que acabaria se tornando o primeiro presidente da agremiação, embora ele tenha ficado apenas duas semanas no cargo.

Em sua estréia nos campos de futebol, o Corinthians perdeu para o União da Lapa, por 1 a 0. Porém, no segundo jogo oficial, em 14 de setembro de 1910, contra o Estrela Polar, vieram o primeiro gol (marcado pelo italiano Luigi Salvatore Fabbi) e a primeira vitória (por 2 a 0). O Corinthians atuou no futebol de várzea paulista até 1912. Como os campeonatos oficiais de futebol eram praticados exclusivamente por equipes aristocráticas, como o Clube Atlético Paulistano, o Esporte Clube Pinheiros e o São Paulo Athletic Club, a atuação do Corinthians era até então restrita ao futebol de várzea.

TÍTULOS

Mundiais
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 1 (2000)

Nacionais
Campeonato Brasileiro: 4 (1990, 1998, 1999 e 2005)

Copa do Brasil: 3 (1995, 2002 e 2009)

Supercopa do Brasil: 1 (199)

Campeonato Brasileiro – Série B: 1 (2008)

Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 5 (1950, 1953, 1954, 1966 e 2002)

Estaduais
Campeonato Paulista: 26 (1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003 e 2009)

Avaí, 88 anos de história

Tudo começou quando em setembro de 1923, o comerciante de Florianópolis chamado Amadeu Horn conheceu um grupo de garotos, praticantes assíduos do futebol, e que organizavam seus jogos na rua Frei Caneca no bairro Pedra Grande. Amadeu então resolveu realizar o sonho daqueles garotos, que era poder utilizar os “ternos” (termo utilizado na época para designar o uniforme) durante os jogos bem como os times famosos utilizavam. O comerciante doou um kit de futebol aos garotos que, além de ganharem uma bola e chuteiras, ainda foram agraciados com os tão sonhados “ternos” contendo camisetas listradas em azul e branco e calções e meias azuis, em homenagem ao seu time de coração, o extinto Riachuelo.

Foi então que, num sábado em 1º de setembro de 1923 em uma reunião na casa do Sr. Amadeu Horn, ficou decidido que iriam fundar um clube. O nome escolhido seria Independência e o presidente seria o idealizador, o Sr. Amadeu. Eis que, atrasado para a reunião, Arnaldo Pinto de Oliveira chega e influencia o grupo a trocar o nome, já que, Independência seria um nome complicado para a torcida gritar em apoio ao time. Como naquela época Arnaldo estava lendo um livro sobre a história do Brasil, ele sugeriu o nome Avahy, em referência à Batalha do Avahy. Todos apoiaram a idéia, e foi aí que começou gloriosa história do então Avahy Foot-ball Club.

O Avaí é o primeiro time campeão do Campeonato Catarinense de Futebol, feito este ocorrido no ano de 1924. Disputou a primeira divisão do campeonato brasileiro (Série A) em quatro oportunidades em 1974, 1976, 1977 e em 1979. Em 1998, ganhou o único título nacional de um time de futebol de Florianópolis, a terceira divisão do campeonato brasileiro (Série C). Desde 1999, joga o Série B e as melhores campanhas aconteceram em 2001 e em 2004, quando Avaí ficou entre os quatro melhores, mas não pode ser promovido à primeira divisão (somente as duas equipes melhores colocadas foram promovidas). Em 2008, conquistou o acesso com três rodadas de antecedência, ao vencer o Brasiliense por 1 gol a 0, no estádio da Ressacada, gol de Evando, aos 81 minutos de jogo. A partir de 2009, o Avaí voltou a Primeira Divisão Nacional, disputando a Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol.

O Avaí é o clube catarinense com o maior número de títulos ganhos no século 20. É também um dos maiores vencedores do Campeonato Catarinense de Futebol.

TÍTULOS
Nacionais

Campeonato Brasileiro de Futebol – Série C: 1998

Estaduais
Campeonato Catarinense: 15 vezes — 1924, 1926, 1927, 1928, 1930, 1942, 1943, 1944, 1945, 1973, 1975, 1988, 1997, 2009 e 2010.

SE Palmeiras, 97 anos de história


A História da Sociedade Esportiva Palmeiras começa no dia 26 de agosto de 1914, quando o clube foi fundado por imigrantes italianos na cidade de São Paulo com o nome de Società Sportiva Palestra Italia. A primeira partida da equipe foi disputada em 24 de janeiro de 1915 contra o Savóia, do atual município de Votorantim, à época distrito de Sorocaba, no interior paulista, e contou com a vitória palestrina por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. Depois de colecionar nas décadas de 20 e 30 do Século XX uma série de títulos paulistas e conquistar uma quantidade relevante de torcedores, o clube foi obrigado a mudar seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras em 1942, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, já que o Brasil, governado pelo então presidente Getúlio Vargas, declarou guerra aos países do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão) e se alinhou aos países “Aliados”, (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França, e outros países).

Na sua primeira partida com o novo nome, sagrou-se campeão paulista com uma vitória sobre o São Paulo FC no Estádio do Pacaembu. Nas décadas seguintes, ampliou seu acervo de títulos e se consolidou com uma das equipes mais importantes do Brasil.

Nos “anos de ouro” do futebol brasileiro, quando o País conquistou seus três primeiros títulos mundiais de futebol e encantou o planeta, o Palmeiras era um dois poucos times que conseguiam ser páreo para o Santos de Pelé, considerado um dos maiores times do mundo em todos os tempos. Na ocasião, por conta da técnica apurada e pelo toque de bola refinado de seus jogadores, o Palmeiras foi comparado durante anos a uma “Academia de Futebol”, que teve entre os principais protagonistas, em duas fases distintas e consecutivas, grandes nomes do futebol, como Ademir da Guia, Dudu, Julinho Botelho, Djalma Santos, Servílio, Tupãzinho, Luís Pereira, Leivinha, César e Leão

Coincidentemente, após o maior ícone da Academia, o meia Ademir da Guia, encerrar a carreira em 1977, o Palmeiras ficou durante um longo período sem conquistar títulos. Conhecido como “Divino” por conta da grande classe no trato da bola e pela eficiência, Ademir é considerado o maior jogador da história do alviverde, com a impressionante marca de 901 jogos disputados, 153 gols marcados e dezenas de títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios amistosos nacionais e internacionais.

O jejum de títulos entre 1976 e 1993 foi o mais longo da história do clube e exigiu paciência da torcida, que viu seus maiores rivais dominarem as conquistas da década de 1980. O martírio alviverde foi sepultado depois que a diretoria idealizou uma inédita parceria para a gestão do futebol com a empresa multinacional de origem italiana Parmalat. Tal acordo, possibilitou a contratação de grandes jogadores e técnicos competentes, como Luiz Felipe Scolari, que recolocaram o Palmeiras na trilha das conquistas e levaram a equipe para o topo da América, com o título da Libertadores de 1999.

Depois do novo período de alegria e já com o término da parceira com a Parmalat, a torcida alviverde conviveu com a enorme tristeza do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2002. Numa demonstração de paixão e fidelidade, apoiou o Palmeiras na conquista da Série B de 2003. A primeira década do Século XXI foi um período de tentativas de reestruturação política e administrativa para o clube, que voltou a levantar um título de primeira divisão somente em 2008, quando conquistou o Campeonato Paulista.

TITULOS
Mundiais
Copa Rio Internacional: 1 (1951)

Continentais
Copa Libertadores da América: 1 (1999)
Copa Mercosul: 1 (1998)

Nacionais
Campeonato Brasileiro: 4 (1972, 1973, 1993 e 1994)
Copa do Brasil: 1 (1998)
Taça Brasil: 2 (1960 e 1967)
Robertão: 2 (1967 e 1969)
Copa dos Campeões: 1 (2000)
Campeonato Brasileiro – Série B: 1 (2003)

Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 5 (1933, 1951, 1965, 1993 e 2000)
Copa dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo: 4 (1926, 1934, 1942 e 1947)

Estaduais
Campeonato Paulista: 22 (1920, 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996 e 2008)
Campeonato Paulista Extra: 2 (1926 e 1938)