Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

C.R. Flamengo e os seus estrangeiros em 116 anos de histórias

Quando o clube é grande, as curiosidades sempre chamam a atenção. No Clube Regatas Flamengo há muitas situações interessantes. Poucos sabem – inclusive a presidenta do Flamengo, Patrícia Amorim – mas ao longo dos 116 anos de vida, 50 jogadores estrangeiros de 16 países já vestiram, pelo menos uma vez, o Manto Sagrado (como é chamado o uniforme do time pelos torcedores).

 

Dos países da América do Sul, apenas quatro nunca tiveram um jogador no rubro-negro: Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela. Do continente africano, o Flamengo já teve dois jogadores: o atacante argelino Haraoui Nino e o meio-campista moçambicano Carlos Jorge.

 Da Europa, o clube da Gávea já teve alemão, espanhol, húngaro, italiano, polonês, sérvio, sueco, tchecoslovaco e inglês. Nunca o Flamengo teve um atleta oriundo da América Central, Norte e Caribe; Ásia e Oceania.  

Apelido (nome completo) – Nascimento – local (Pais)

Engel (Fritz Engel) (Alemanha)

Haraoui Nino (Haraoui Nino) (Argélia)

Colace (Hugo Roberto Colace) – 6/1/1984 – Buenos Aires (Argentina)

Borghi (Claudio Daniel Borghi) – 28/9/1964 – Buenos Aires (Argentina)

Castillo (Júlio Castillo) – 1915 – Buenos Aires (Argentina)

Colleta (Sabino Colleta) – 12/5/1924 – Buenos Aires (Argentina)

 Darío Bottinelli (Darío Bottinelli) – 26-12-1986 Buenos Aires (Argentina)

Dominguez (Rogélio Antonio Dominguez) – 9/3/1931 – Buenos Aires (Argentina)

Doval (Narciso Horácio Doval) – 4/1/1944 – Buenos Aires (Argentina)

Fillol (Ubaldo Matildo Fillol) – 21/7/1950 – Buenos Aires (Argentina)

Gonzales (Alfredo Gonzales) – 11/3/1915 – Buenos Aires (Argentina)

Orsi (Raimondo Bibiano Orsi) – 2/12/1901 – Buenos Aires (Argentina)

Paolino (Jorge Paolino) – 12/7/1949 – Buenos Aires (Argentina)

Sanz (Rafael Sanz) – 3/5/1915 – Buenos Aires (Argentina)

Valido (Agustin Valido) – 31/1/1914 – Buenos Aires (Argentina)

Mancuso (Alejandro Victor Mancuso) – 4/9/1968 – Ciudadela (Argentina)

Naon (Arthur Naon ) – 31/12/1912 – La Plata (Argentina)

Volante (Carlos Martin Volante) – 11/11/1910 – Lanus (Argentina)

Sambueza (Rubens Omar Sambueza) – 1/1/1984 – Neuquén (Argentina)

Maxi (Maximiliano Ariel Biancucci Cuccittini) – 15/9/1984 – Rosário (Argentina)

Chamorro (Eusébio Chamorro) – 22/11/1922 – Rosário (Argentina)

Fierro (Gonzalo Antonio Fierro Caniullán) – 21/3/1983 – Santiago (Chile)

 Maldonado (Claudio Andrés del Tránsito Maldonado Rivera) – 03/01/1980 – Curiocó (Chile)

 Marcos González (Marcos Andrés González Salazar) – 9-06-1980 – Rio de Janeiro (Chile – naturalizado)

Rivera (Wagner Rivera) – 11/1/1963 – Quito (Equador)

Espanhol (José Armando Ufarte Ventoso) – 17/5/1941 – Pontevedra (Espanha)
Albert (Florian Albert) – 15/9/1941 – Hercegsszants (Hungria)

Sidney Pullen (Sidney Pullen) – 1895 (Inglaterra)

Welfare (Harry Welfare) – 22/08/1888 – Liverpool (Inglaterra)

Francisco (Francisco Miceli) – 29/5/1925 – Calabria (Itália)

Carlos Jorge (Carlos Jorge dos Santos Alves) – 15/9/1951 – Luanda (Moçambique)

Gavilan (Diego Antonio Gavilan Zarate) – 1/3/1980 – Assunção (Paraguai)

Cáceres (Juan Daniel Cáceres Rivas) – 6/10/1973 – Assunção (Paraguai)

Reyes (Francisco Santiago Reyes Villalba) – 4/7/1941 – Assunção (Paraguai)

Rivas (Severo Rivas) – 6/11/1916 – Assunção (Paraguai)

Monin (Carlos Monin Garcia) – 18/7/1939 – Concepcion (Paraguai)

Ramirez “El Tigre” (Cesar Ramirez Caje) – 24/3/1977 – Curuguaty (Paraguai)

Bria (Modesto Bria) – 8/3/1922 – Encarnacion (Paraguai)

Garcia (Sinforiano Garcia) – 22/8/1924 – Puerto Pinasco (Paraguai)

Benitez (Jorge Duílio Benitez Candia) – 23/4/1927 – Yaguaron (Paraguai)

Gamarra (Carlos Alberto Gamarra Pavón) – 17/2/1971 – Ypacarai (Paraguai)

Piekarski (Mariusz Piekarski) – 22/3/1975 – Bialystok (Polônia)

Petkovic (Dejan Petkovic) – 10/9/1972 – Majdanpek (Servia)

Rimbo (Rimbo Lundblad) – 17/5/1943 – Estocolmo (Suécia)

Peter (Peter Timko) – 13/2/1928 – Vzrohd (Tchecoslováquia)

Manicera (Jorge Carlos Manicera Fuentes) – 4/9/1939 – Montevidéu (Uruguai)

Mendoza (Carlos Anibal Mendoza) – 13/9/1945 – Montevidéu (Uruguai)

Peralta (Walter Horacio Peralta Saracho) – 3/6/1982 – Montevidéu (Uruguai)

Dario Pereyra (Alfonso Dario Pereyra Bueno) – 19/10/1956 – Sauce (Uruguai)

Ramirez (Sergio Ramirez D’Ávila) – 24/12/1951 – Treinta y Tres (Uruguai)

FERROVIÁRIA NA ARENA FONTE LUMINOSA

A Arena Fonte Luminosa, estádio municipalizado que abriga os jogos da Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara, foi inaugurada no dia 22 de outubro de 2009. Naquela oportunidade, a AFE enfrentou o Ituano, pela Copa Paulista, vencendo por 2 a 1. O primeiro gol da Arena foi consignado pelo ala/lateral Fernando Luís, de cabeça.

Jogo de inauguração da Arena

Desde então, foram 53 apresentações afeanas naquele próprio. O saldo é amplamente favorável, acusando 31 vitórias contra 15 derrotas e 7 empates. Os grenás da Morada do Sol assinalaram 84 gols e sofreram 64, livrando um belo saldo de 20 tentos.

O que mais a Ferroviária fez na Arena foi jogar pela Copa Paulista: foram 21 jogos. Pelo Campeonato Paulista da Série A2 registraram-se 17 jogos. Pelo certame paulista da Série A3, 14 jogos. E amistoso, apenas um, contra o  Santos de Neymar.

O maior público aconteceu na inauguração: 21.254 pessoas festejaram a abertura do novo palco de espetáculos com a bola.

O maior artilheiro da Ferroviária na Arena Fonte Luminosa segue sendo Leandro Miranda, que marcou dez tentos.

Leandro Miranda ( Foto: Cláudio Dias - www.araraquara.com)

Fabrício Carvalho, há pouco tempo defendendo a Locomotiva, já soma sete gols, o mesmo se dando com Danilo Martins e Tobias. Daniel deixou sua marca em seis ocasiões. Tuia em cinco e Clênio em 4. Esses foram os principais goleadores em partidas realizadas na Arena Fonte Luminosa, que segue tendo, também, a denominação de Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros.

 

(Jogo/Data/Finalidade/Artilheiros)

AFE 2 x 1 Ituano – 22.10.09 – Copa Paulista – Fernando Luís e Joel

AFE 2 x 0 Lemense – 03.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Giba e Danilo Martins

AFE 1 x 0 Portuguesa Santista – 13.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Danilo Martins

AFE 4 x 3 Juventus – 21.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Júlio César (2) e Danilo Martins (2)

AFE 1 x 2 Red Bull – 28.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Danilo Martins

AFE 1 x 1 São Carlos – 04.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda

AFE 4 x 0 Penapolense – 10.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda (2), Júlio César e Danilo Martins

AFE 1 x 0 Itapirense – 17.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Rodrigo César

AFE 1 x 0 XV de Piracicaba – 23.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Amarildo

 AFE 1 x 0 Batatais – 31.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias

AFE 1 x 2 Palmeiras B – 11.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias

AFE 2 x 1 XV de Piracicaba – 21.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias (2)

AFE 2 x 1 Comercial – 25.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – André e Leandro Miranda

AFE 3 x 0 XV de Jaú – 08.05.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda, Danilo Martins e Tobias

AFE 0 x 3 Red Bull – 15.05.10 – Campeonato Paulista, A3

AFE 0 x 3 Santos – 04.07.10 – Amistoso

AFE 0 x 1 São Carlos – 18.07.10 – Copa Paulista

AFE 3 x 1 Batatais – 04.08.10 – Copa Paulista – Marcelo Tevez (2) e Leandro Miranda

AFE 1 x 0 Oeste – 18.08.10 – Copa Paulista – Guilherme Alves

AFE 3 x 1 Comercial – 01.09.10 – Copa Paulista – Marcelo Tevez, Daniel e Walker

AFE 3 x 2 Francana – 05.09.10 – Copa Paulista – Leandro Miranda (3)

AFE 2 x3 Sertãozinho – 12.09.10 – Copa Paulista – Leandro Miranda e Ronaldo

AFE 1 x 0 Atlético Sorocaba – 29.09.10 – Copa Paulista – Daniel

AFE 2 x 4 Paulista – 09.10.10 – Copa Paulista – Felipe e Giancarlo

AFE 2 x 2 Grêmio Prudente – 17.10.10 – Copa Paulista – Daniel e Walker

AFE 0 x 2 União São João – 16.01.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 1 x0 Rio Claro – 26.01.11 – Campeonato Paulista, A2 – Tuia

AFE 2 x 3 Comercial – 29.01.11 – Campeonato Paulista, A2 – Tuia e Feijão

AFE 0 x 1 Grêmio Catanduvense – 05.02.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 2 x 1 Sertãozinho – 12.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Ray e Luizinho

AFE 3 x 1 América – 23.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Luizinho, Moisés e Daniel

AFE 1 x 1 Marília – 26.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Moisés

AFE 3 x 4 Rio Preto – 13.03.11 – Campeonato Paulista, A2 – Raul, Cristiano e Luizinho

AFE 0 x 4 Monte Azul – 23.03.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 1 x 1 Velo Clube – 17.07.11 – Copa Paulista – Cesinha

AFE 1 x 0 Francana – 31.07.11 – Copa Paulista – Tuia

 AFE 2 x 3 São Carlos – 03.08.11 – Copa Paulista – Felipe Blau e Jobinho

AFE 2 x 0 Batatais – 04.09.11 – Copa Paulista – Clênio (2)

AFE 2 x 0 União São João – 18.09.11 – Copa Paulista – Tobias e Tiaguinho

AFE 4 x 1 Botafogo – 21.09.11 – Copa Paulista – Clênio, Daniel, Jobinho e Tuia

AFE 0 x 0 Comercial – 02.10.11 – Copa Paulista

AFE 0 x 3 Ituano – 08.10.11 – Copa Paulista

AFE 1 x 0 Noroeste – 22.10.11 – Copa Paulista – Tuia

AFE 1 x 0 Paulista – 26.10.11 – Copa Paulista – Wanderson

AFE 1 x 2 Comercial – 02.11.11 – Copa Paulista – Tobias

AFE 0 x 0 São José – 26.01.12 – Campeonato Paulista, A2

AFE 2 x 1 Santacruzense – 01.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Clênio e Rafael Dias

AFE 1 x 1 União Barbarense – 11.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Ricardinho

AFE 3 x 2 São Carlos – 18.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2) e Ricardinho

AFE 3 x 2 Palmeiras B – 22.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2) e Jobinho

AFE 2 x 0 Rio Preto – 29.01.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2)

AFE 2 x 0 Velo Clube – 07.03.12 – Campeonato Paulista, A2 – Tatuí e Daniel

AFE 1 x 0 Rio Claro – 14.03.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho

Praticamente classificada para a Segunda Fase do Campeonato Paulista da Série A2, a Ferroviária passa confiança à sua torcida, que, empolgada, vê com grande expectativa a possibilidade de retorno à Série
A1, de onde saiu no já distante 1996. Este ano já é o 16º sem futebol de elite em Araraquara, a não ser pela presença de grandes clubes do futebol paulista enfrentando outras agremiações que não a Ferroviária, fazendo uso assim da bela e acolhedora Arena Fonte Luminosa.

 Fonte:
Arquivo Pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

CAMISAS CAMPEÃS DA FERROVIÁRIA DE ARARAQUARA (1966 a 1969)

1966

Camisa AFE campeã da Primeira divisão 1966

Depois de dez anos na Divisão Especial do Campeonato Paulista, de 1956 a 1965, a Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara fez uma má campanha em 1965 e foi rebaixada para a Primeira Divisão. Em 1966, a cidade se uniu e a agremiação da Estrada de Ferro sagrou-se campeã da Divisão de Acesso, em decisão emocionante no Pacaembu, em duas partidas muito disputadas contra o XV de Novembro de Piracicaba. Empate de 1 x 1 no primeiro jogo e vitória por 1 x 0 no segundo e o retorno garantido. Para comemorar a volta, a Ferroviária recebeu o Cruzeiro de Belo Horizonte e empatou em 2 x 2 com o time de Tostão.

 

1967

Camisa AFE Campeã do Interior 1967

No ano da volta à Divisão Especial, a Ferroviária conseguiu sagrar-se Campeã do Interior. Além disso, participou de três torneios amistosos e os venceu. O primeiro deles foi o Torneio de Ribeirão Preto, contra Botafogo, Comercial e Náutico-PE. O segundo aconteceu em Recife, contra Náutico, Sport Recife e Santa Cruz. E o terceiro foi em Goiânia, contra Vila Nova, Goiás e Botafogo de Ribeirão Preto. No jogo de entrega das faixas de Campeã do Interior, presença do São Paulo FC em Araraquara, com vitória da Ferroviária por 3 a 2.

 

1968

Camisa AFE Bicampeã do Interior - 1968

A Locomotiva conseguiu o bicampeonato do Interior em 1968, e mais que isso: terminou o Paulistão em terceiro lugar, atrás apenas de Santos e Corinthians. E teve o artilheiro número um do campeonato, o centroavante Téia com 20 gols. Para comemorar o feito, foi realizada uma partida internacional na Fonte Luminosa, reunindo Ferroviária e Napoli da Itália. A equipe afeana estabeleceu 4 a 0 no vice-campeão italiano.

 

1969

Camisa AFE Tricampeã do Interior - 1969

Em 1969 a Ferroviária coroou a sua estupenda fase levantando o Tricampeonato do Interior, recebendo em definitivo o Troféu Folha de S. Paulo, em disputa. Na festa de entrega das faixas de tricampeã, presença do Palmeiras na Fonte e vitória da Ferroviária por 3 a 2.

Oportunamente, estaremos apresentando as campanhas da Ferroviária nos anos de 1966 a 1969.

FONTES:
Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, localizado na Arena Fonte Luminosa.
Arquivo pessoal.
Fotos tiradas no interior do Museu aludido, por Paulo Luís Micali.
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

CLUBES DE BRASÍLIA: ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA GUANABARA

No ano de 1960, quando aconteceu a transferência de vários funcionários da Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro para Brasília, logo aconteceu uma mobilização com o objetivo de ser criado um clube esportivo que agregasse todo esse pessoal.
Surgiu, assim, o Clube Esportivo Câmara dos Deputados. Com esse nome, disputou, em 17 de julho de 1960, um amistoso contra o Grêmio. Foi derrotado por 4 x 2.
Esse mesmo clube passou a ser, a partir de 15 de agosto de 1960 (data oficial de sua fundação), a Associação Atlética Guanabara. Dentre seus fundadores estavam Mário Fonseca Saraiva, Lincoln de Sena Gonçalves, Sylvio Carlos Knapp Didier, Carlos Brasil de Araújo e Matheus Octávio Mandarino.
Como a maioria era torcedora do Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, suas cores oficiais passaram a ser vermelha e preta e seu uniforme era idêntico ao do rubro-negro carioca, ou seja, camisa com listras horizontais em vermelho e preto, calção branco e meias listradas em vermelho e preto.
Mário Fonseca Saraiva exercia funções de destaque na Câmara dos Deputados; velho militante do esporte, exerceu o cargo de Secretário da antiga CBD, mesmo depois de radicado em Brasília.
No dia 16 de agosto de 1960 aconteceu a Assembléia Geral que concedeu filiação a A. A. Guanabara.
No dia 21 de agosto de 1960 disputou seu primeiro jogo com o novo nome, um amistoso contra o Nacional, jogo cujo resultado final não conseguimos descobrir.
Uma semana depois, em 28 de agosto, realizou outro amistoso, também com o resultado desconhecido.
No dia 4 de setembro de 1960, aconteceu o Torneio Início, a primeira competição organizada pela nova entidade dirigente dos esportes em Brasília, a Federação Desportiva de Brasília. Solicitaram inscrição 16 clubes, dentre eles a A. A. Guanabara e os jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.
Logo em sua primeira participação, uma surpresa: empate de 0 x 0 com o Defelê (que viria a ser tricampeão brasiliense de 1960 a 1962); na decisão por pênaltis, vitória do Guanabara por 3 x 2. No segundo jogo, vitória de 1 x 0 sobre o Expansão, gol de Walfredo. Na semifinal, foi derrotado pelo Planalto, por 1 x 0.
Em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
Os 16 clubes foram divididos em 4 grupos. Os clubes com campos em condições de jogo foram cabeças-de-chave.
O Guanabara integrou o Grupo C (com jogos no campo do Planalto), juntamente com Defelê, Pederneiras e Planalto.
Na primeira rodada do torneio classificatório, no dia 18 de setembro de 1960, o Guanabara foi goleado pelo Defelê, por 4 x 0.
Uma semana depois, em 25 de setembro, nova derrota por goleada, desta vez para o Pederneiras: 4 x 1. Brasil marcou o gol do Guanabara. Curiosidade: Neiva, do Guanabara, foi expulso de campo; no entanto, o árbitro, João de Souza não conseguiu retirá-lo, ficando o jogador até o final da partida.
Na terceira e última rodada do torneio classificatório, em 9 de outubro, outra vez foi goleado por 4 x 1, diante do Planalto.  Com isso, o Guanabara passou a fazer parte da Segunda Divisão.
O campeonato da Segunda Divisão foi disputado em turno único e contou com a participação de seis equipes: Associação Atlética Guanabara, Brasil Central Atlético Clube, Esporte Clube Industrial, Esporte Clube Real de Brasília, Sobradinho Esporte Clube e o Trópicos Atlético Clube.
O Guanabara ficou na terceira colocação, invicto, com a seguinte campanha: cinco jogos, duas vitórias e três empates; marcou dez gols e sofreu sete.
Em 1961 continuou na Segunda Divisão. No dia 9 de julho foi realizado o Torneio Início da Segunda Divisão (com quatro equipes) e o Guanabara conquistou seu primeiro troféu de campeão, ao derrotar o La Salle (2 x 0) e o Colombo, na final, por 3 x 1.
Estreou na Segunda Divisão no dia 6 de agosto de 1961, com uma goleada de 4 x 1 sobre o La Salle.
No dia 7 de setembro de 1961, disputou um amistoso com o Guará, com o placar de 0 x 0.
Vencedor do primeiro turno, decidiu o campeonato em uma “melhor-de-três” com o ganhador do segundo, o Colombo.
No primeiro jogo, em 12 de novembro de 1961, empate em 1 x 1, com Walfredo marcando para o Guanabara. Duas semanas depois, em 26 de novembro, novo empate, desta vez em 2 x 2, com gols de Walfredo e Barbosinha para o Guanabara.
Finalmente, no 3 de dezembro de 1961, no Estádio Israel Pinheiro, vitória do Guanabara sobre o Colombo, por 1 x 0, gol de Walfredo, resultado que lhe deu o título de campeão da Segunda Divisão e a ascensão para a principal divisão do campeonato brasiliense em 1962.
Uma das formações do Guanabara foi essa: Ivan Braga, Antônio Carlos Dias (Toninho) e Zenildo Vidal Santos; Pedro
Gonçalves de Oliveira (Pedrinho), Antônio Lírio Farneze e Hélcio Rodrigues Dias; Nelício Rodrigues Dias, Hélio Melo Viana, Walfredo Vieira dos Santos, João Dutra Corrêa e Walter de Freitas Oliveira.
Em 1962, quando se reuniu a Seleção de Brasília para o amistoso contra o Vasco da Gama (em 21 de abril: 1 x 1), dois jogadores do Guanabara constavam da lista dos convocados: o goleiro Gonçalinho e o ponteiro-direito Nelício.
Nos dias 30 de maio e 3 de junho foi disputado o Torneio “Antônio Carlos Barbosa”, quadrangular promovido pelo Alvorada, reunindo, além desse clube, Presidência, Guanabara e Cruzeiro do Sul. No dia 30, foi derrotado pelo Presidência (3 x 1) e, no dia 3 de junho venceu o Alvorada (2 x 1).
Em 10 de junho aconteceu a primeira participação em uma competição da Primeira Divisão, o Torneio Início, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”. E, novamente, surpreendeu a todos ao conquistar o torneio, após o empate de 0 x 0 com o Nacional (nos pênaltis, vitória de 3 x 1), outro empate de 0 x 0, desta vez com o Rabello (nos pênaltis, nova vitória do Guanabara por 2 x 1, chegando, assim, à final contra o Alvorada. No tempo normal de jogo, empate em 2 x 2. Nos pênaltis, vitória do Guanabara por 6 x 5 e a conquista do título de campeão do Torneio Início.
O Guanabara formou com João I, Toninho e Isaías; João II, Raimundo (Da Silva) e Julinho (Aragão); Luisinho, Barbosinha, Walter (Bocaiúva), Gilberto e Joãozinho.
Logo depois, participou do Torneio da Prefeitura do Distrito Federal, Taça “Embaixador Sette Câmara”, com início em 11 de março de 1962.  Seis clubes participaram e o Guanabara ficou com a quinta colocação.
Já o campeonato brasiliense da Primeira Divisão de 1962 teve a participação de dez clubes e foi dividido em duas zonas: o Guanabara ficou na Norte, juntamente com Nacional, Rabello, Defelê e Alvorada.
Classificavam-se os três primeiros colocados de cada zona para a Fase Final do campeonato. O Guanabara não obteve êxito: foram sete jogos, uma vitória, dois empates e quatro derrotas; marcou sete gols e sofreu doze. Na classificação geral, ficou com a oitava colocação.
Alguns jogadores que defenderam o Guanabara: Goleiro: Cláudio; Defensores: Toninho, Farneze, Zenildo, Agassis, Adilson, João e Julinho; Atacantes: Fuso, Régis, Francisco, Barbosa, Walfredo, Hélio, Eli e Walter.
Já o campeonato de aspirantes foi vencido pelo Guanabara, em decisão contra a A. E. Presidência.
O ano de 1963 não começou muito bem: no dia 7 de abril, foi derrotado no amistoso contra o Rabello: 3 x 0.
No Torneio Início, realizado em 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”, foi desclassificado logo em seu primeiro jogo: jogando contra o Defelê, após empate em 1 x 1, foi derrotado nos pênaltis.
E terminou mal o ano de 1963, após disputar o campeonato da Primeira Divisão. Entre nove clubes, ficou com a sexta colocação (16 jogos, 3 vitórias, 7 empates e 6 derrotas; 23 gols a favor e 33 contra).
Os jogadores que defenderam o clube foram: Goleiros: Divaldo, Braga e Diogo; Defensores: Zenildo, Toninho, Aldair, Farneze, Agassis, Jair e Isaías; Atacantes: Barbosinha, Eli, Lula, Chico, Walfredo, Hélio, Nilson e Válter.
Em 25 de fevereiro de 1964 aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a reforma nos estatutos da Federação. As categorias passaram a ser: Divisão de Futebol Profissional, Primeira Divisão de Futebol Amador, Segunda Divisão de Futebol Amador, Departamento Autônomo e Divisão de Juvenis.
O Guanabara preferiu continuar na categoria de amadores.
No dia 10 de maio de 1964 disputou o Torneio Início da Primeira Divisão de Amadores, realizado no Estádio “Aristóteles Góes”. No primeiro jogo venceu o Pederneiras por 1 x 0 e, na decisão do torneio, empatou com o Dínamo em 0 x 0, perdendo o
título na cobrança de pênaltis.
Sete clubes participaram da Primeira Divisão de Amadores de 1964: Guanabara, Cruzeiro do Sul, Nacional, Dínamo, Grêmio, Pederneiras e Vila Matias.
Após a realização de dois turnos, o Guanabara sagrou-se campeão, com a seguinte campanha: 12 jogos, 7 vitórias, 4 empates e uma derrota; assinalou 28 gols e sofreu 18.
Entre os artilheiros do campeonato, a primeira posição (junto com Zezito, do Nacional) pertenceu a Lula, do Guanabara, ambos com oito gols. O segundo artilheiro do campeonato também foi do Guanabara, Azulinho, com 6.
Atuaram pelo Guanabara: Goleiro: Diogo; Defensores: Santiago, Walmir, Nelson, Jair, Toninho, Ercy e Agassis; Atacantes: Azulinho, Nelício, Lula, Paulinho, Zezé, Chico e Nilson. Técnico: Adroaldo Lopes.
Esse título deu direito ao Guanabara de defender o futebol do Distrito Federal na Taça Brasil de 1965. Foram dois jogos contra o Atlético Goianiense.
O Guanabara foi aceito pela CBD para disputar a Taça Brasil daquele ano, desde que fosse satisfeita a exigência de “terreno gramado” e capacidade do estádio para o mínimo de dez mil assistentes.
No primeiro jogo, no dia 18 de julho, em Goiânia, derrota de 2 x 0. O Guanabara formou com João, Nair, Cauby, Pelé e Serginho; Moisés (Zé Raimundo) e Azulinho; Paulo Afonso, Lula, Nelício e Nilson.
Uma semana depois, 25 de julho, no Estádio Vasco Viana de Andrade, em Brasília (DF), foi goleado pelo rubro-negro goiano, por 4 x 2. Os gols do Guanabara foram marcados por Paulo Afonso e Nilson. O time foi quase o mesmo do primeiro jogo, com Paulinho no lugar de Nair e Walter revezando com Paulo Afonso na ponta-direita.
Veio o campeonato da Primeira Divisão de Amadores de 1965, com cinco participantes. O Guanabara ficou em segundo lugar, atrás do Pederneiras.
Utilizou esses jogadores: Goleiro: Raspinha; Defensores: Toninho, Zé Luís, Paulinho, Cauby, Nair, Serginho, Agassis e Carneiro; Atacantes: Paulo Afonso, Walter, Zé Raimundo, Lula, Nelício e Nilson.
Como consolo, foi o vencedor da Taça Eficiência de 1965.
A Primeira Divisão de Amadores de 1966 contou com cinco clubes participantes. Além do Guanabara, tomaram parte Cruzeiro do Sul, Nacional, Grêmio e Vila Matias.
O Guanabara voltou a ser campeão, após uma decisão com o Vila Matias. No dia 8 de outubro, empate em 1 x 1. Em 16 de outubro, novo empate em 1 x 1. Finalmente, no dia 23 de outubro, vitória do Guanabara por 2 x 1, sagrando-se
campeão. Ely marcou os dois gols do Guanabara, que formou basicamente com Pena (Frajola), Agassis, Sabará, Francisco e Serginho (Manuel); Geraldo (Aragão) e Jair (Lelé); Nelício (Adilson), Lula (Xavier), Paulinho (Mazinho) e Ely (Walter).
Em 1967 só aconteceu a realização do campeonato brasiliense de profissionais e o Guanabara ficou todo esse tempo sem atividades.
Em 10 de maio de 1968, a Associação Atlética Guanabara decidiu não participar do campeonato de futebol amador. A justificativa era concentrar esforços no sentido de construir a sua praça de esportes. Isso nunca aconteceu. Não disputou nenhuma competição oficial neste ano e nos três próximos anos.
No dia 22 de junho de 1971 aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a desfiliação da A. A. Guanabara.

O PRIMEIRO ANO DO CAT NA DIVISÃO ESPECIAL DO CAMPEONATO PAULISTA (1983)

O PRIMEIRO ANO DO CAT NA DIVISÃO ESPECIAL DO CAMPEONATO PAULISTA (1983)

EQUIPE CAMPEÃ DA SEGUNDA DIVISÃO DE 1982

O CAT foi fundado em 1942. Quando completava 40 anos de existência, em 1982, conseguiu o acesso à principal Divisão do futebol paulista.Aí, então, surgiu o dilema: como fazer se o estádio de Taquaritinga não preenchia as exigências da Federação Paulista de Futebol? Providências iniciais já haviam sido tomadas em relação à construção de um novo estádio, por parte da Municipalidade, mas o desafio era muito grande: tratava-se de agilizar a construção de um estádio em pouquíssimo tempo. Tais eram as dificuldades, que a própria F.P.F. chegou a declarar, através de um de seus dirigentes técnicos, que não haveria acesso naquele ano. Só que aí se viu a grandeza de um povo imbuído do propósito de ter a sua cidade presente no cenário maior do futebol paulista. Em pouquíssimo tempo os operários ergueram um belo templo do futebol. Uns afirmam que foi em 90 dias, outros em 150. Seja como for, tratou-se de uma façanha do povo taquaritinguense, que se uniu e se mobilizou. Consta que os trabalhadores foram movidos a pinga produzida em uma usina de álcool combustível da cidade. Houve, há alguns anos, declaração do projetista do estádio, Chico Palhares, afirmando que ia diariamente a um tonel e “abastecia” o pessoal com pinga. O estádio foi erguido e inaugurado no dia do Trabalho (dia mais oportuno, impossível, pois simbolizou da melhor forma o empenho extraordiário da cidade).

TAQUARÃO - ENTRADA PRINCIPAL

TAQUARÃO - VISTA PANORÂMICA

Assim, no dia 1º de maio de 1983, a cidade de Taquaritinga assistia à inauguração do Estádio Municipal que mais tarde receberia o nome do então Prefeito Municipal, Adail Nunes da Silva, e que seria conhecido popularmente como Taquarão.

JOGO DE INAUGURAÇÃO DO TAQUARÃO

Grande clube da época, o Cruzeiro E.C., de Minas, foi convidado para participar das festividades de inauguração. E o time de Tostão exibiu toda a sua categoria, estabelecendo no amistoso o placar elevado de 5 tentos a 2.

A ficha técnica do jogo:

Clube Atlético Taquaritinga (CAT) 2 x 5 Cruzeiro (MG)
Dia 1º de maio de 1983
Árbitro: Ulisses Tavares da Silva Filho (SP)
Gols: Edu 4, Palhinha 6, Aílton 33, Amado (pênalti) 46, Edmar 64, Carlinhos 75 e Edu 88
CAT: Itamar, João Carlos, Eugênio, Sérgio Miranda (Gaé), Toninho Costa, Volney, Gelson (Marco Antônio), Amado, Carlinhos, Rogério, Edivaldo. Técnico: Tonho
Cruzeiro: Vítor (Gomes), Alves, Silva, Aílton, Luiz Cosme (Celso Roberto), Douglas, Mauro, Palhinha, Eduardo (Edu), Edmar, Tostão.
Nota: Os portões foram franqueados ao público e o estádio ficou lotado.

 

CAMPANHA COMO CAÇULA DA DIVISÃO ESPECIAL DO CAMPEONATO PAULISTA

Poucos dias depois da inauguração do Taquarão, iniciava-se o Campeonato Paulista, e nele se via, pela vez primeira, o famoso “Leão da Araraquarense”. Por se tratar de estreia, a presença do CAT na Especial revestiu-se de sucesso. O clube não somente permaneceu na Divisão principal como também colheu bons resultados.

Primeiro Turno

Dia 19.05.83 – CAT 0 x 2 Juventus, no Taquarão
Dia 22.05.83 – CAT 1 x 0 América, no Taquarão, gol de Bittencourt
Dia 29.05.83 – Portuguesa 2 x 2 CAT, no Canindé, gols de Amado e Edivaldo para o CAT
Dia 01.06.83 – CAT 0 x 1 Guarani, no Taquarão
Dia 12.06.83 – Comercial 0 x 0 CAT, em Ribeirão Preto
Dia 19.06.83 – CAT 2 x 1 Botafogo, no Taquarão, gols de Carlinhos Maracanã e Carlinhos para o CAT
Dia 22.06.83 – Santos 1 x 1 CAT, na Vila Belmiro, gol de Carlinhos Maracanã para o CAT
Dia 26.06.83 – XV de Jaú 1 x 0 CAT, em Jaú
Dia 03.07.83 – CAT 1 x 1 São Bento, no Taquarão, gol de Amado para o CAT.
Dia 06.07.83 – Ponte Preta 0 x 1 CAT, em Campinas, gol de Jarbas
Dia 10.07.83 – CAT 2 x 0 Corinthians, no Taquarão, gols de Edivaldo e Carlinhos Maracanã
Dia 13.07.83 – Ferroviária 2 x 0 CAT, em Araraquara
Dia 16.07.83 – CAT 0 x 0 Santo André, no Taquarão
Dia 20.07.83 – CAT 0 x 0 Marília, no Taquarão
Dia 24.07.83 – Internacional 2 x 1 CAT, em Limeira, gol de Amado para o CAT
Dia 27.07.83 – CAT 1 x 1 São Paulo, no Taquarão, gol de Nelsinho (contra) para o CAT
Dia 31.07.83 – São José 0 x 0 CAT, em São José dos Campos
Dia 04.08.83 – Palmeiras 5 x 1 CAT, no Parque Antarctica, gol de Sena para o CAT
Dia 07.08.83 – CAT 2 x 0 Taubaté, no Taquarão, gols de Sena e Edivaldo

Segundo turno

Dia 13.08.83 – Juventus 2 x 1 CAT, na Rua Javari, gol de Bittencourt para o CAT
Dia 21.08.83 – CAT 0 x 2 Ponte Preta, no Taquarão
Dia 28.08.83 – São Paulo 2 x 0 CAT, no Morumbi
Dia 04.09.83 – CAT 1 x 0 São José, no Taquarão, gol de Claudinho
Dia 07.09.83 – Marília 1 x 3 CAT, em Marília, gols de Edivaldo (3) para o CAT
Dia 11.09.83 – CAT 0 x 0 Comercial, no Taquarão
Dia 18.09.83 – CAT 1 x 1 Palmeiras, no Taquarão, gol de Sena
Dia 21.09.83 – Santo André 0 x 0 CAT, em Santo André
Dia 25.09.83 – Taubaté 0 x 1 CAT, em Taubaté, gol de Carlinhos Maracanã
Dia 28.09.83 – Guarani 4 x 1 CAT, em Campinas, gol de Jarbas para o CAT
Dia 02.10.83 – CAT 0 x 0 Ferroviária, no Taquarão
Dia 09.10.83 – CAT 2 x 0 Internacional, no Taquarão, gols de Jarbas e Sena
Dia 12.10.83 – América 1 x 0 CAT, em São José do Rio Preto
Dia 16.10.83 – CAT 1 x 0 Portuguesa, no Taquarão, gol de Edivaldo
Dia 19.10.83 – Corinthians 2 x 1 CAT, no Pacaembu, gol do Edson Alcântara para o CAT
Dia 23.10.83 – São Bento 3 x 1 CAT, em Sorocaba, gol de Edivaldo para o CAT
Dia 26.10.83 – CAT 3 x 1 XV de Jaú, no Taquarão, gols de Edson Alcântara (2) e Carlinhos Maracanã para o CAT
Dia 30.10.83 – Botafogo 1 x 0 CAT, em Ribeirão Preto
Dia 06.11.83 – CAT 0 x 3 Santos, no Taquarão

 

Campanha

Jogos – 38; Vitórias – 11; Empates – 12; Derrotas – 15
Gols a favor – 31; Gols contra – 41; Saldo negativo de 11
Artilheiros: Edivaldo, 8; Carlinhos Maracanã, 5; Sena, 4; Amado, Jarbas e Edson Alcântara, 3; Bittencourt, 2; Carlinhos, Claudinho e Nelsinho (do São Paulo, contra), 1

 

AMISTOSOS DO CAT EM 1983

Dia 10.02.83, em Taquaritinga – CAT 0 x 1 XV de Piracicaba
Dia 27.02.83, em Rio Claro – Velo Clube Rioclarense 1 x 0 CAT
Dia 02.03.83, em Mogi Guaçu – Guaçuano 1 x 0 CAT
Dia 13.03.83, em Leme – Lemense 1 x 1 CAT, gol de João Alfredo para o CAT
Dia 20.03.83, em Taquaritinga – CAT 0 x 0 América
Dia 03.04.83, em Taquaritinga – CAT 4 x 1 XV de Jaú, gols de Aurélio (3) e João Carlos para o CAT
Dia 06.04.83, em Taquaritinga – CAT 0 x 1 América
Dia 10.04.83, em Taquaritinga – CAT 2 x 2 Comercial, gols de Edivaldo e João Alfredo para o CAT
Dia 14.04.83, em Catanduva – Catanduvense 1 x 0 CAT
Dia 21.04.83, em Cambará (PR) – Matsubara (PR) 1 x 1 CAT, gol de Sérgio Miranda para o CAT
Dia 24.04.83, em Taquaritinga – CAT 2 x 2 Matsubara (PR), gols de Rogério e João Carlos para o CAT
Dia 01.05.83, no Taquarão – CAT 2 x 5 Cruzeiro (MG), gols de Amado e Carlinhos para o CAT
Dia 08.05.83, no Taquarão – CAT 0 x 0 Marília
Dia 11.11.83, em Jaboticabal – Jaboticabal 0 x 1 CAT, gol de Jarbas
Dia 20.11.83, no Taquarão – CAT 2 x 1 América, gols de Edson e Jorge Lima (contra) para o CAT

Fontes

CAT – 50 Anos – Sempre no Coração dos Taquaritinguenses – Hamilton Roberto Aiéllo – Revista do CAT, do Diário “Cidade de Taquaritinga” – 1992, setembro
Almanaque do Cruzeiro, de Henrique Ribeiro
Futepoca (Futebol, Política e Cachaça), blog, dia 31.12.2007
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

CLUBE ATLÉTICO TAQUARITINGA (CAT): O PRIMEIRO ANO DE ATIVIDADES DO CAT (1942)

CLUBE ATLÉTICO TAQUARITINGA (CAT)

Mascote: Leão

O PRIMEIRO ANO DE ATIVIDADES DO CAT (1942)
Fundado no dia 17 de março de 1942, o Clube Atlético Taquaritinga iniciou suas atividades futebolísticas logo no mês seguinte. Os cinco primeiros jogos, todos realizados em casa, resultaram em vitórias. O sucesso cateano, já na primeira temporada, foi valorizado pelos adversários que enfrentou. Entre eles, no encerramento da temporada, como presente à torcida de Taquaritinga, a Sociedade Esportiva Palmeiras. Mas aí, claro, falou mais alto o poderio esmeraldino.

Jogo nº 1 – CAT 3 x 2 Internacional de Bebedouro
Dia 26 de abril de 1942, no Estádio Antônio Storti, em Taquaritinga
Árbitro: Romeu Amatuzzi
Gols: Atlas (2) e Dema para o CAT; Nelsinho Girardi (2) para o Inter. Uma curiosidade: todos os gols da partida foram anotados por jogadores nascidos em Taquaritinga.
Entraram em campo e posaram para a foto histórica, pelo CAT, os seguintes atletas: Piq Tot, Padeiro, Armando Girardi, Dito, Moacir, Gagliano (capitão), Paulinho, Jorge, Terra, Atlas, Tim Lombardi, Fogaça, Nenê Micali, Nelson Parise, Dema e Walter.

Foto histórica do primeiro jogo do CAT antes do início da partida.

Jogo nº 2 – CAT 5 x 1 Cravinhense (de Cravinhos)
Dia 10 de maio de 1942, em Taquaritinga.

Jogo nº 3 – CAT 3 x 1 Paulista de Araraquara
Dia 31 de maio de 1942, em Taquaritinga.

Jogo nº 4 – CAT 4 x 0 Palestra de São José do Rio Preto
Dia 21 de junho de 1942, em Taquaritinga.

Jogo nº 5 – CAT 3 x 2 C.A. Monte Azul
Dia 5 de julho de 1942, em Taquaritinga
Árbitro: Romeu Amatuzzi
Gols do CAT: Tatias (2) e Dema
CAT: Armando; Pelocha e Luizinho; Dito, Gagliano e Moacir; Atlas, Nenê, Tatias, Nelsinho e Dema. Nelson Parise entrou durante o jogo.

Jogo nº 6 – CAT 2 x 2 Rio Preto E.C.Dia 12 de julho de 1942, em Taquaritinga
Árbitro: Artur Frenderick
Gols do CAT: Atlas e Tatias; Gols do Rio Preto: Bonge e Ernani
CAT: Armando; Luizinho (Dito) e Pelocha; Lulu, Zé Preto e Moacir; Atlas, Nenê, Tatias, Nelson Parise e Dema
Rio Preto: Pedrinho; Salim e Ciríaco; Paulo, Túlio e Paraguay; Ernani, Palaquim, Delposto, Bonge e Biriguy (Durval)

Jogo nº 7 – Palestra de Rio Preto 0 x 0 CAT
Dia 19 de julho de 1942. Aconteceu em São José do Rio Preto a primeira apresentação do CAT fora de casa.

Jogo nº 8 – CAT 5 x 2 Velo Clube Rioclarense
Dia 26 de julho de 1942, em Taquaritinga
Árbitro: Romeu Amatuzzi; Renda: recorde, de quase 2 contos de réis
Gols do CAT: Tatias (2), Nelson Parise (2) e Atlas
CAT: Armando; Pelocha e Luizinho; Dito, Zé Preto e Moacir; Atlas, Tatias, Nenê, Nelson Parise e Dema

Jogo nº 9 – CAT 4 x 1 São Paulo Goyas de Bebedoruo
Dia 9 de agosto de 1942, em Taquaritinga
Árbitro: Romeu Amatuzzi
Gols do CAT: Nenê (2), Nelson Parise e Luizinho
CAT: Armando; Luizinho e Padeiro; Dito, Túlio e Moacir; Atlas, Tatias, Nenê, Nelson Parise (Gagliano) e Nelsinho (Dema)
Preliminar: CAT (2º Quadro 3 x 2 Escola de Farmácia e Odontologia de Araraquara

Jogo nº 10 – CAT 3 x 2 Guarani de CatanduvaDia 30 de agosto de 1942, em Taquaritinga
Árbitro: Eustáquio Pozzetti
Gols do CAT: Tatias (2) e Dema; Gols do Guarani: Logu (2)
CAT: Armando; Adolfo e Luizinho; Dito, Changai e Moacir; Atlas, Lima, Tatias, Nelson Parise e Dema
Guarani de Catanduva: Edgar; Bazoni e Santana; Cafelândia, Baiano e Santiago; Barcelona, Messias, Gaiola, Grané e Logu

Jogo nº 11 – CAT 3 x 0 Luzitana de BauruDia 6 de setembro de 1942, em Taquaritinga
Árbitro: Eustáquio Pozzetti
Gols: Dema (2) e Nelson Parise
CAT: Buck; Adolfo e Luizinho; Dito, Changai e Moacir; Atlas, Tatias, Nelson Parise e Dema

Jogo nº 12 – Paulista de Araraquara 5 x 1 CATDia 16 de setembro de 1942, em Araraquara
Gol do CAT: Tatias
Observação: Primeira derrota da história do CAT, para o forte Paulista de Araraquara. O elenco cateano foi para a Morada do Sol acompanhado de enorme caravana, que se acomodou em 11 carros de uma composição da E.F.A. (Estrada de Ferro da Araraquarense), bem recebida na gare de Araraquara.

Jogo nº 13 – Guarani de Catanduva 0 x 1 CAT
Dia 20 de setembro de 1942, em Catanduva
Árbitro: Orozimbo Santana (de Ariranha)
Gol: Dema
Obs.: Primeira vitória cateana fora de casa.

Jogo nº 14 – CAT 1 x 2 Paulista de São Carlos
Dia 27 de setembro de 1942, em Taquaritinga
Gol do CAT: Luizinho
Gols do Paulista de São Carlos: Zuza (2)
Obs.: Primeira derrota do CAT em casa.

Jogo nº 15 – CAT 1 x 4 S.P.R. (de São Paulo)Dia 18 de outubro de 1942, em Taquaritinga
Gol do CAT: Nelson Parise

Jogo nº 16 – Paulista de Araraquara 2 x 3 CATDia 8 de novembro de 1942, no Estádio Municipal de Araraquara
Gols do CAT: Nenê (2) e Dema
Obs.: Vitória expressiva, fora de casa, para um forte oponente.

Jogo nº 17 – CAT 1 x 1 Seleção Santista
Dia 15 de novembro de 1942, feriado nacional, em Taquaritinga
Obs.: Jogo renhidamente disputado, contra uma qualificada Seleção de jogadores da cidade de Santos.

Jogo nº 18 – CAT 5 x 0 Internacional de Limeira
Dia 28 de novembro de 1942, em Taquaritinga
Gols: Atlas (3), Nelson Parise e Nenê
Obs.: Vitória marcante do LEÃO, apelido recebido pelo CAT.
Nota curiosa: um esportista de Limeira apitava o jogo. Em dado momento, o capitão do CAT dirigiu-lhe uma reclamação. O juiz entregou o apito, negando-se a seguir dirigindo o encontro. Gagliano Pagliuso apitou o restante do jogo.

Jogo nº 19 – CAT 0 x 6 S.E. Palmeiras
Dia 13 de dezembro de 1942, no Estádio Municipal de Taquaritinga
Gols palmeirenses: Villadoniga (3), todos no 1º tempo; Cabeção, Joane e Brandão, no 2º
Formação do Palmeiras: Clodô; Celestino e Carnera; Gengo, Américo e Del Nero; Ministrinho, Waldemar Fiúme, Cabeção, Villadoniga e Joane. Entraram no transcurso do prélio: Brandão, Romeu Pellicciari, Oliveira, Goliardo e Gabardo. Técnico: Mário Minervino

Resumo da temporada de 1942:
Jogos – 19; Vitórias – 12; Empates – 3; Derrotas – 4
Gols marcados – 48; Gols sofridos – 33; Saldo positivo – 15
Foram 15 jogos em Taquaritinga e 4 em outras localidades.
Dos 48 gols assinalados pelo CAT, em 1942, 34 têm o seu autor conhecido. São eles:
Tatias, 8 gols; Atlas e Dema, 7; Nelson Parise e Nenê, 5. Luizinho, 2.

FONTES:
Aiéllo, Hamilton Roberto, CAT – 50 Anos – Sempre no Coração dos Taquaritinguenses, uma publicação do Diário “Cidade de Taquaritinga”, setembro de 1992.
Unzelte, Celso Dario & Venditti, Mário Sérgio, Almanaque do Palmeiras, Abril (Placar).
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

Associação Desportiva Araraquara (ADA)

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA ARARAQUARA (ADA)

A Associação Desportiva Araraquara (ADA) foi fundada em 9 de janeiro de 1952, pelo engenheiro Antônio Tavares Pereira Lima, o mesmo fundador da Associação Ferroviária de Esportes (AFE), em 1950. Aliás, esse dinâmico esportista havia também fundado, em 1946, o América de São José do Rio Preto.
Nascida da fusão de dois clubes fortes da cidade de Araraquara – Paulista F.C. e São Paulo F.C. – a ADA passou a rivalizar com a Ferroviária. O “derby” então em evidência, reunindo ADA e Ferroviária era denominado FERRO-ADA. Ambas as agremiações disputavam a divisão de acesso, tentando subir para a Primeira Divisão do futebol paulista. A Ferroviária foi mais feliz, conseguindo o feito em 1956, no Campeonato Paulista da Segunda Divisão referente ao ano de 1955. Mas a cidade de Araraquara esteve dividida entre torcedores que defendiam ferrenhamente as cores azuis da ADA e as cores grenás da Ferroviária.
Embora a ADA encerrasse as atividades ainda na década de 1950, a rivalidade permaneceu entre os torcedores. Até hoje ainda há resquícios desse confronto.

Associação Desportiva Araraquara (ADA) - fundada em 9 de janeiro de 1952

Apresentamos, a seguir, a ficha técnica de dois jogos realizados pela ADA em 1954, válidos pela Divisão de Acesso do Campeonato Paulista.

Dia 21 de fevereiro de 1954
ADA 2 x 0 Rio Preto
Estádio Municipal de Araraquara (SP)
Árbitro: Antero Júnior
Renda: Cr$ 13.000,00
Gols: Elvo (pênalti), 1º tempo; e Afonso (falta), 2º tempo
ADA: Sandro; Saltore e Avelino; Joãozinho, Itamar e Monte; Afonso, Cabelo, Elvo, Waldemar e Oliveira.
Rio Preto: Pacau; Odilon e Laudelino; Renê, Espanador e Colim; Ataíde, Miltinho, Canhotinho e Tampinha.
Obs.: Falta um jogador na escalação do Rio Preto, mas é como consta na fonte que utilizamos.

Dia 7 de março de 1954
Palmeiras (de Franca) 2 x 2 ADA
Local: Franca (SP)
Árbitro: Abílio Ramos
Renda: Cr$ 20.000,00 (aproximadamente)
Gols: Elvo, 31’ e Paraguaio, 34’ do 1º tempo para a ADA; Fernando, 42’ do 1º tempo e 26’ do 2º tempo para o Palmeiras de Franca
Palmeiras (Franca): Toninho; Doleite e Zarilo; Baré, Osvaldo e Stacis; Guilherme, Edson, Acosta, Fernando e Tom Mix.
ADA: Sandro; Saltore e Avelino; Joãozinho, Itamar e Monte; Jarbas, Paraguaio, Elvo, Cabelo e Oliveira.

FONTE:
O Imparcial Esportivo, edições de 22 de fevereiro de 1954 e 8 de março de 1954.
Foto do Escudo tirada de réplica da camisa da ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA ARARAQUARA (ADA), por Paulo Luís Micali.
Fonte: Museu do Futebol e Esportes de Araraquara (Arena Fonte Luminosa)
Foto da Equipe: Foto divulgação/internet
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

CLUBES DE BRASÍLIA: A. E. CRUZEIRO DO SUL

No mesmo dia em que Brasília completava seu primeiro ano de vida (21 de abril de 1961), às dez horas, na Casa 1 da Quadra 16 do Setor Residencial Econômico Sul – SRES, reuniram-se 93 moradores do então bairro do Cruzeiro para a organizar uma associação recreativa e esportiva.
Foi pelos presentes escolhido João Scarano para presidir a seção e para secretariá-la Norberto Fernandes Teixeira.
João Scarano explicou o motivo da criação de uma associação esportiva e recreativa, dizendo que, com a criação daquela entidade o setor teria mais vida e seus moradores não precisariam recorrer a outros lugares para se distraírem, porque a agremiação que estava sendo fundada iria lhes proporcionar o que de melhor existia no setor recreativo e esportivo. Continuou dizendo que já estava sendo providenciada a sua sede provisória, com sua praça de esportes para competições oficiais e que, em breve, seria passada a “patrola” (espécie de trator para nivelar terrenos) para os primeiros passos do futebol no bairro.
A seguir foi escolhida uma comissão para elaborar os estatutos da agremiação, sendo Felinto Epitácio Maia, o Presidente, e tendo como auxiliares Zorobabel Josué dos Passos, Francisco Jacob dos Santos, Geraldo da Silva Santos e Norberto Fernandes Teixeira.
O novo clube recebeu o nome de Associação Esportiva Cruzeiro do Sul e tinha como cores oficiais a azul e a branca.
O uniforme tinha duas variações: o primeiro com camisa azul, calção branco e meias azuis (semelhante do Cruzeiro, de Belo Horizonte) e o segundo com camisas com listras verticais em azul e branco, calção branco e meias com listras horizontais também em azul e branco.
Tinha um gavião como símbolo.
Norberto Fernandes Teixeira foi eleito o primeiro Presidente da A. E. Cruzeiro do Sul.
Aproveitando a paralisação do certame oficial de 1961, o Cruzeiro do Sul fez um amistoso visando a assegurar boa estrutura para sua equipe. No dia 14 de janeiro de 1962, venceu o Carioca, por 4 x 3.
No dia 20 de janeiro de 1962 foi até a cidade goiana de Luziânia, vencendo o clube local por 2 x 0, quebrando uma invencibilidade de 54 jogos do Luziânia.
Nos dias 30 de maio e 3 de junho de 1962 participou do Torneio “Antônio Carlos Barbosa”, quadrangular promovido pelo Alvorada, reunindo também Presidência e Guanabara.
No dia 30 de maio, estragou a festa do clube promotor, vencendo o Alvorada por 6 x 1. No dia 3 de junho, perdeu a final para a A. E. Presidência, por 3 x 1.
Veio o Torneio Início, em 10 de junho de 1962, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”. Logo no primeiro jogo, foi derrotado pelo Rabello, por 3 x 0.
Cedeu o zagueiro Edilson Braga para a Seleção que representou o Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de 1962.
O Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1962 dividiu-se em duas zonas: Norte e Sul. O Cruzeiro do Sul ficou na Zona Sul, onde fez sua estréia na competição no dia 8 de julho de 1962, no Estádio Vasco Viana de Andrade, perdendo para o Grêmio por 1 x 0. Só foi conseguir a primeira vitória já no segundo turno da competição, no dia 19 de agosto de 1962, ao derrotar o Colombo, por 4 x 2. Morales (2) e Walmir (2) marcaram os gols do Cruzeiro do Sul. E foi só essa. Foram oito jogos no total e mais dois empates e cinco derrotas. Marcou 7 gols e sofreu 15. Ficou na penúltima e nona colocação, à frente somente do Alvorada, que desistiu da competição.
Utilizou os seguintes jogadores: goleiros – David e Assis; defensores – Vicente, Meridian, Mello, Adalberto, Morales e Miro; atacantes – Laerte, Foguinho, Barros, Chumbinho, Chaves, Walmir, Isnard e Aguinaldo.
O ano de 1962 não foi de todo ruim para o Cruzeiro do Sul, pois este venceu o primeiro campeonato brasiliense da categoria de juvenis, com apenas um ponto perdido. Participaram da competição os mesmos clubes que disputaram a Primeira Divisão.
Para o ano de 1963, o Cruzeiro do Sul passou a contar com a administração da dupla Norberto Teixeira e Jackson Roedel, o que lhe renderia bons frutos.
Além de manter os bons jogadores de 1962, tais como Edilson Braga e Morales, o Cruzeiro do Sul reforçou o time, contratando bons jogadores dos clubes locais e também de outros Estados, tais como Ceninho, que jogou no futebol carioca (no Fluminense e no América), e Beto Pretti, que era jogador do Atlético Mineiro.
Com isso, conquistou de forma brilhante o título de campeão brasiliense de 1963, com uma campanha impecável: nos 16 jogos que disputou, venceu 10, empatou 5 e perdeu apenas 1. Marcou 39 gols e sofreu 14. Além disso, teve os dois principais artilheiros do campeonato, Ceninho, em 1º (com 10 gols) e Beto Pretti, em 2º (juntamente com Nilson, do Nacional), com 9.
Os jogadores utilizados pelo Cruzeiro do Sul foram: Goleiros – Zezinho e João Luís; Defensores – Edilson Braga, Aderbal, Mello, Davis, Morales, Humberto, Remis, Valdemar, Pedrinho e Pedersoli; Atacantes – Foguinho, Zezito, Ceará, Beto Pretti, Moisés, Ceninho, Omar, Quarteroli, Belini, Raimundinho, Paulinho, Isnard e Zezé.
Na “Seleção do Ano” escolhida pelo DC-Brasília, o Cruzeiro do Sul cedeu Beto Pretti, Ceninho e Quarteroli. Além disso, Beto Pretti foi escolhido o “craque do campeonato” e Gil Campos, o melhor treinador do ano de 1963.
No final deste ano, com a saída de Jackson Roedel para o Rabello (que iria aderir ao profissionalismo no ano seguinte), vários jogadores do Cruzeiro do Sul foram com ele, tais como Aderbal, Ceninho, Beto Pretti e outros.
Assim sendo, não estava mais com sua força máxima quando enfrentou o Vila Nova, de Goiânia (GO) pela Taça Brasil de 1964. No primeiro jogo, em 26 de julho de 1964, em Goiânia, perdeu por 3 x 1. No jogo de volta, em Brasília, foi desclassificado com o empate de 2 x 2.
Defenderam o Cruzeiro do Sul na Taça Brasil os seguintes jogadores: João Luís, Zé Paulo, Melo, Davis e Pedersoli; Mário César e Fino (Beline) (Waldemar); Zezito, Baiano, Paulinho (Abel) e Zezé.
Não adotou o profissionalismo no ano de 1964 e ficou em quarto lugar no campeonato brasiliense de amadores, atrás de Guanabara, Dínamo e Nacional. Foram sete vitórias, dois empates e três derrotas nos doze jogos que disputou.
Como consolo, conquistou a Taça Eficiência de 1964, três pontos à frente do campeão Guanabara, e novamente venceu o campeonato brasiliense de juvenis, com apenas três pontos perdidos.
Continuou perdendo peças importantes para os clubes que aderiram ao profissionalismo e em 1965 realizou péssima campanha no campeonato brasiliense de amadores, chegando em último lugar, sem conquistar ao menos uma vitória.
Em 1966, mais um ano ruim para o Cruzeiro do Sul, novamente último colocado no campeonato brasiliense de amadores.
Em 20 de fevereiro de 1967, a A. E. Cruzeiro do Sul enviou ofício nº 3/67 a Federação Desportiva de Brasília solicitando sua inscrição no campeonato de profissionais. Uma semana depois, aconteceu a Assembléia Geral que elegeu sua nova diretoria, tendo à frente o ex-presidente da Federação, Wilson Antônio de Andrade.
Para concorrer com os fortes adversários, trouxe muitos jogadores do interior de Minas Gerais e também aproveitou alguns jogadores da sua base, sendo o de maior destaque o meio-de-campo Alencar (que mais tarde jogaria no Ceub).
E os resultados não demoraram para aparecer. Foi vice-campeão do Torneio Início (disputado em 11 de junho de 1967). Logo depois, nos dias 16 e 18 de junho, conquistou o torneio interestadual em comemoração ao 9º aniversário de Taguatinga. Os
jogos foram realizados no recém-inaugurado estádio do Flamengo (Ruy Rossas do Nascimento). O Cruzeiro do Sul venceu o Flamengo (3 x 2) e, na decisão, contra o Clube do Remo, do Pará, vitória de 1 x 0,  gol de Ribamar.
Também conquistou um torneio quadrangular realizado na cidade do Gama, em novembro de 1967, vencendo a A. A. Cultural Mariana (2 x 1) e, na decisão, marcou 4 x 3 sobre o Coenge. O outro time que participou do torneio foi o Rabello.
Para coroar o seu bom primeiro ano no profissionalismo, ficou com o vice-campeonato brasiliense, somente atrás do Rabello, à frente de Colombo, Defelê, Flamengo e Guará.
Utilizou os seguintes jogadores: Goleiros – Waldemar e Vicente; Defensores: Juca, Grover, Elias, Maninho, Brigadeiro, Adilson, Ercy, Elinho e Aderbal; Meias e Atacantes – Ramalho, Geraldo, Alencar, Mário César, Paulada, Nando, Luciano e Edgard.
Não conseguiu manter a ótima performance de 1967 no ano seguinte (1968). No campeonato brasiliense deste ano, disputado por apenas cinco equipes, o Cruzeiro do Sul ficou em 4º. Foram apenas duas vitórias nos oito jogos que disputou.
Sua última participação no campeonato de 1968 aconteceu no dia 22 de maio, com derrota de 3 x 0 diante do Defelê. Foi a última vez de forma oficial que o Cruzeiro do Sul entrou em campo.
Preferiu ficar de fora do campeonato brasiliense de 1969, quando a Federação resolveu juntar em sua competição oficial clubes profissionais com amadores, e também do ano seguinte, 1970.
Em 22 de junho de 1971 aconteceu a Assembléia Geral de Clubes que aprovou a desfiliação do Cruzeiro do Sul.