Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

CLUBES DE BRASÍLIA: A. E. CARIOCA

Depois que Brasília passou a ser Capital do Brasil, em 1960, muitos órgãos foram transferidos dos seus Estados de origem.

Isso também aconteceu com o Tribunal Federal de Recursos, que tinha sede no Rio de Janeiro, e foi um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil, e hoje é o Superior Tribunal de Justiça. A ata da sessão de instalação do órgão em Brasília é de 22 de abril de 1960.

Pouco tempo depois, mais precisamente em 10 de agosto de 1960, funcionários do Tribunal criaram uma associação esportiva que tinha como finalidade proporcionar divertimento ao pessoal do órgão e mantida através do pagamento de mensalidades descontadas nas folhas de pagamento dos seus funcionários.

Passaram-se os anos e em 1º de julho de 1965, alguns desses funcionários reuniram-se no apartamento nº 302 do Bloco 4 da Super Quadra Sul 106 para fundar uma sociedade civil esportiva, cultural e cívica. Surgiu, assim, a Associação Esportiva Carioca.

Com forte influência de torcedores do Flamengo, o uniforme foi assim composto: camisa vermelha com golas e mangas pretas, calção preto e meias vermelhas.

A primeira diretoria da A. E. Carioca foi assim constituída: Presidente – Antônio Villela; Vice-Presidente – Aderbal Silva; Secretário Geral – Jorge Manoel Martins Ferreira; Tesoureiro Geral – Jorge de Carvalho; Diretor de Esportes – Clarindo Custódio Flauzina; Diretor Social e Cultural – Sérgio Luiz Mydosi May e Diretor de Patrimônio – Waldemar Siqueira Domingues.

Também foram eleitos os membros do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal.

Quando se filiou a Federação Desportiva de Brasília, o Carioca preferiu fazer parte do quadro de clubes do Departamento Autônomo. Na época ainda existiam os departamentos de profissionais e de amadores.

Sua primeira participação em uma competição promovida pela Federação foi o Torneio Início do Departamento Autônomo, disputado em 5 de junho de 1966, e do qual participaram 18 equipes.
Para surpresa de muitos, o Carioca conquistou o título de campeão. No primeiro jogo, venceu o D. A. E. por 1 x 0. Nos pênaltis (3 x 2), passou pelo Vila no segundo jogo. No terceiro, derrotou a A. D. Taguatinga, por 2 x 1. Nas semifinais e final enfrentou dois dos mais poderosos clubes do futebol amador de Taguatinga, Flamengo e Brasília, vencendo a ambos por 1 x 0.

Já no Campeonato do Departamento Autônomo de 1966 não obteve o mesmo êxito. A competição foi dividida em seções (Taguatinga, Gama, Sobradinho e Plano Piloto). Nesta última, onde estava o Carioca, apontou como classificados para a fase final o CSU (clube da Universidade de Brasília) e a AEB – Associação dos Economiários de Brasília.

Permaneceu no Departamento Autônomo até o dia 10 de março de 1969, quando a Federação Desportiva de Brasília realizou
uma Assembléia Geral Extraordinária com o objetivo de instituir a “Taça Brasília”, evento oficial da qual tomaram parte 24 clubes filiados, quer profissionais, amadores ou componentes do Departamento Autônomo, todos em igualdade de condições, havendo partidas de amadores com profissionais. Esses clubes foram divididos em dois grupos.

A estréia do Carioca foi no dia 20 de abril de 1969, no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, com um grande resultado: empate em 1 x 1 com o Grêmio (que viria a se tornar vice-campeão neste ano).

Na classificação final do Grupo A, o Carioca ficou em sétimo lugar, com a seguinte campanha: 10 jogos, 2 vitórias, 5 empates e 3 derrotas; 15 gols a favor e 16 contra.

O torneio foi em dois turnos, sendo que do segundo só participariam os seis primeiros colocados de cada grupo.

Apesar de obter a classificação para o turno final, o Guará, sexto colocado, solicitou o seu afastamento da competição; o Carioca foi incluído em seu lugar, por ser o clube imediatamente classificado na fase inicial.

Na Fase Final, o Carioca ficou com a décima e antepenúltima posição, somente à frente do Setor Automobilístico e da A. D. Taguatinga.

Nos 11 jogos que disputou, obteve apenas três vitórias (mais dois empates e seis derrotas). Marcou 13 gols e sofreu 22.

Alguns jogadores que defenderam o Carioca em 1969: Goleiro: Walter; Defensores: Paulo, Botija, Zezé, Jair, Moisés, Tulu e Quati; Atacantes: Calora, Wilson, Walter, Nico, Bonfim, Gisélio, Neluir, Arthur, Eraldo e Elói.

No ano de 1970, tomou parte do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, ficando na sexta colocação entre oito clubes.

Logo depois, tomou parte do Campeonato Brasiliense de 1970, disputado por dez equipes. Ficou em 9º lugar e não obteve classificação para o turno final (com os seis primeiros colocados).

Em 1971, chegou a participar do Torneio “Governador do Distrito Federal”, juntamente com mais dez equipes. O torneio foi marcado por muitos WO pois muitos clubes estavam irregulares (débito com a Tesouraria da FDB) e suspensos de suas obrigações.

Ficou na quarta colocação, com 13 pontos ganhos (seis vitórias, um empate e três derrotas).

No dia 21 de junho de 1971, encaminhou ofício para a Federação solicitando seis meses de licença e dispensa da disputa do campeonato oficial de 1971.

No dia 29 de fevereiro de 1972, realizou uma nova Assembléia para escolher sua nova diretoria, assim constituída: Presidente – Oswaldo Marcondes; Vice-Presidente – Aderbal Silva; 1º Secretário – Jorge Manoel Martins Ferreira; 2º Secretário – Antônio de Assis Laus;

Diretor de Esportes – Clarindo Custódio Flauzina e Diretor Social e Cultural – Sérgio Luiz Mydosi May.

Voltou a disputar uma competição oficial neste mesmo ano de 1972. No dia 20 de agosto de 1972 reestreou no campeonato brasiliense perdendo de 2 x 0 para o Grêmio.

Foi o último colocado dos sete clubes que disputaram o 1º turno, com apenas um ponto ganho.

No segundo turno, ficou com a quinta colocação, o que não o impediu de ficar em último lugar na classificação final do campeonato, vencido pela A. A. Serviço Gráfico.

Defenderam o Carioca nesse ano: Goleiros – Rezende e João Batista; Defensores – Carlinhos, Xavier, Maurício, Zezão, Clarindo e Edson; Atacantes – Baltazar, Jonas, Baiano, Joãozinho, Ivan, Cláudio, Chenco, Newton, Raimundo e Dimas.

Dez clubes disputaram o campeonato brasiliense de 1973 e o Carioca ficou em oitavo lugar no primeiro turno.

Antes do encerramento do segundo turno, o Carioca solicitou desfiliação, perdendo o restante de seus jogos por WO (1 x 0).

O último jogo de sua história foi no dia 16 de dezembro de 1973, no Estádio Pelezão, com derrota de 3 x 0 para o Unidos de Sobradinho.

Alguns dos últimos jogadores a vestirem a camisa do Carioca foram: Goleiros – Telles, Jaime e Chico; Defensores – Arlindo, Bartolomeu, Maurão, Maurílio, Carlinhos, Clarindinho e Raimundo; Atacantes – Chenco, Gordo, Raimundinho, Ari,
Berto, João, Peba, Divino e Néviton. Técnico: Clarindo Custódio.

No dia 21 de fevereiro de 1974 foi homologada, por unanimidade, a decisão da Diretoria da Federação Metropolitana de Futebol em desfiliar a Associação Esportiva Carioca, em razão do não cumprimento de obrigações deste clube junto à entidade. A representação do TFR deixou de comparecer a vários compromissos, o que, de acordo com os estatutos da FMF implicava na desfiliação da agremiação infratora.

AFE: Três vezes campeã no início de 1967

Após a extraordinária temporada de 1966, quando se tornou campeã da Primeira Divisão do Campeonato Paulista, a Ferroviária de Araraquara participou, no início de 1967, de três torneios quadrangulares amistosos que envolveram agremiações de expressão do futebol brasileiro.

A exemplo do que aconteceu no ano anterior, a Ferroviária seguiu jogando um futebol primoroso e, como resultado, levantou os três torneios em pouco mais de dois meses, prenunciando um retorno auspicioso à Divisão Especial do Paulistão, o que acabou verdadeiramente ocorrendo, uma vez que a AFE sagrou-se campeã do Interior.

No primeiro desses torneios, o quadrangular de Ribeirão Preto, a agremiação de Araraquara realizou dois jogos na cidade vizinha contra Botafogo e Comercial, fazendo o último jogo em casa, contra o Náutico. Na estreia, venceu o Botafogo; depois, perdeu para o Comercial; e no encontro final e decisivo, ganhou de sete do clube pernambucano, tetracampeão estadual.

Quadrangular de Ribeirão Preto

Botafogo 1 x 2 Ferroviária

19.02.1967, domingo (tarde); Estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto; Árbitro: José Astolphi; Gols: Quarenta, 23’ do 1º tempo; Téia, 23 e Maritaca, 43’30” do 2º tempo. Botafogo: Dirceu; Eurico (Vavá), Zé Carlos, Veríssimo e Carlucci; Paulinho (Cardoso) e Márcio; Paulo Leão, Quarenta (Antoninho), Mosquito (Adílson) e Jair. Técnico: José Carlos Bauer. Ferroviária: Machado; Beluomini, Fernando, Rossi (Paina) e Fogueira; Bebeto (Adão) e Bazzani; Passarinho (Dejair), Dejair (Maritaca), Téia e Pio (Mateus). Técnico: Agenor Gomes (Manga). Obs.: Este jogo foi preliminar de Comercial 5 x 1 Náutico.

Comercial 3 x 2 Ferroviária

22.02.1967, quarta-feira (noite); Estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto; Árbitro: José Favili Neto; Gols: Téia, 4’, Carlos César, 13’ e Peixinho, 30’ do 1º tempo; Paulo Bim, 25’ e Dejair, 43’ do 2º tempo. Expulsão: Téia (AFE), 38’ do 1º tempo. Comercial: Rosan; Ferreira, Jorge, Peter e Piloto; Hélio e Amaury; Peixinho (Luiz Carlos), Luiz Paulo, Paulo Bim e Carlos César (Noriva). Ferroviária: Dado; Beluomini, Fernando, Rossi e Fogueira; Bebeto e Bazzani (Adão); Dejair, Maritaca (Raul), Téia e Coró (Passarinho). Técnico: Agenor Gomes (Manga).

Ferroviária 7 x 2 Náutico-PE

26.02.1967, domingo (tarde); Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara; Árbitro: Dilson Barroso Moreira, auxiliado por Germinal Alba e Wilson Antônio de Medeiros; Renda: NCr$ 3.237,00; Gols da AFE: Valdir (3), Téia (2), Fogueira e Bazzani; Gols do Náutico: Nino (2). Ferroviária: Dado (Heitor); Beluomini, Fernando e Fogueira; Bebeto e Rossi; Valdir, Maritaca (Raul) (Dejair), Téia, Bazzani e Cacalo (Passarinho). Técnico: Agenor Gomes (Manga). Náutico: Carlos Viana (Navarro); Ivan (Fernando), Mauro, Fraga e Clóvis; Zé Carlos e Rafael (Benedito); Miruca (Jaílson), Bita, Nino e Lala (Marques). Obs.: Ferroviária, campeã do Quadrangular de Ribeirão Preto. Somente no dia 9 de julho de 1967, o presidente Aldo Comito, da AFE, recebeu, do presidente do Comercial, o troféu de campeão. O Comercial foi o patrocinador do torneio.

Quadrangular Baltazar Soares de Castro

Vila Nova-GO 2 x 5 Ferroviária   

02.04.1967, domingo (tarde); Goiânia-GO; Árbitro: Eurias Alves Júnior (Federação Goiana de Futebol); Renda: NCr$ 9.000,00; Gols da AFE: Téia, 8’ e 9’ e Bazzani, 10’ do 1º tempo; Leocádio, 18’ e Valdir, 35’ do 2º tempo. Gols do Vila Nova: Garcia, 29’ e Mauro, 40’ do 2º tempo; Expulsão: Bazzani (AFE), 33’ do 2º tempo. Ferroviária: Machado (Dado); Beluomini, Fernando, Brandão (Rossi) e Joãozinho; Bebeto (Wilson Botão) e Bazzani; Passarinho (Rui), Leocádio (Valdir), Téia e Pio. Técnico: Agenor Gomes (Manga). Vila Nova: não disponível. Obs.: No jogo principal da rodada do quadrangular, o Goiás venceu o Botafogo, de Ribeirão Preto, por 1 a 0, gol de Eurípedes.

Goiás 0 x 1 Ferroviária

07.04.1967, sexta-feira (noite); Estádio Pedro Ludovico, Goiânia-GO; Árbitro: Eurias Alves Júnior (FGF); Renda: NCr$ 4.866,00; Gol: Leocádio, 2’ do 1º tempo; Expulsões: Valdir (AFE) e Baltazar (Goiás). Goiás: Joel; Japonês (Vavá), Macalé, Baltazar e Dias; Baçú e Afonso; Eurípedes, Claudinho, Marrom (Goiano) e Laírson. Ferroviária: Machado; Beluomini, Fernando, Brandão e Joãozinho; Bebeto e Bazzani; Valdir, Leocádio (Dejair), Téia e Pio. Técnico: Agenor Gomes (Manga).

Ferroviária 1 x 0 Botafogo, de Ribeirão Preto

09.04.1967, domingo (tarde); Goiânia-GO; Gol: Roberto (contra), 2’ do 1º tempo. Ferroviária: Machado; Beluomini (Wilson Botão), Fernando, Brandão (Rossi) e Joãozinho; Bebeto (Adão) e Bazzani; Passarinho (Valdir), Leocádio (Dejair), Téia e Pio. Técnico: Agenor Gomes (Manga). Botafogo: Dirceu; Calegari, Zé Carlos (Veríssimo), Roberto e Carlucci (Zé Carlos); Edílio (Carlos Silva) e Márcio; Jair, Quarenta, Mirinho e Ganzepi (Antoninho). Técnico: José Carlos Bauer. Obs.: Na preliminar, Goiás 2 x 2 Vila Nova. Ao final do jogo principal, foi entregue, ao capitão da Ferroviária, Olivério Bazzani Filho, a Taça Baltazar Soares de Castro.

Classificação final do Quadrangular de Goiânia:

1º) Ferroviária, 0 ponto perdido (campeã);

2º) Goiás, 3

3º) Botafogo, 4; e

4º) Vila Nova, 5

Quadrangular do Recife-PE

Santa Cruz-PE 0 x 2 Ferroviária


23.04.1967, domingo (tarde); Recife-PE; Árbitro: Aírton Maio (PE); Renda: NCr$ 18.250,00; Gols: Téia, 6’ e Bebeto, 21’ do 2º tempo. Santa Cruz: não disponível. Ferroviária: Machado; Beluomini, Fernando, Rossi e Fogueira (Wilson Botão); Bebeto (Adão) e Bazzani; Passarinho (Valdir), Leocádio (Maritaca), Téia (Dejair) e Pio. Técnico: Agenor Gomes (Manga).

Náutico-PE 3 x 0 Ferroviária


26.04.1967, quarta-feira (noite); Estádio da Ilha do Retiro, Recife-PE; Árbitro: Aírton Vaz (Federação Pernambucana de Futebol); Renda: NCr$ 15.872,00; Público: 7.253 pessoas; Gols: Bita, 12’, Miruca, 35’ e Bita, 37’ do 2º tempo. Náutico: não disponível. Ferroviária: Machado; Beluomini, Fernando, Rossi e Fogueira; Bebeto (Adão) e Bazzani; Passarinho (Valdir), Leocádio (Maritaca), Téia (Dejair) e Pio (Passarinho). Técnico: Agenor Gomes (Manga).

Sport Clube Recife-PE 0 x 4 Ferroviária


01.05.1967, segunda-feira, feriado; Estádio dos Aflitos, Recife-PE; Árbitro: Erílson Gouveia; Gols: Bebeto, 6’ e Valdir, 23’ do 1º tempo; Bazzani, 22’ e Téia, 37’ do 2º tempo. Sport: Gilberto (Délcio); Aguiar (Ti Carlos), Bibiu, Baixa e Gilvan (Helmiton); Goioba, César (Bite) e Soares (Canhoto); Renê, Renato e Ricardo. Técnico: Schiller Diniz. Ferroviária: Machado (Dado); Beluomini (Wilson Botão), Brandão, Rossi e Fogueira; Bebeto e Bazzani; Valdir (Passarinho), Dejair (Maritaca), Téia e Pio. Técnico: Manga. Obs.: Na preliminar, Náutico 3 x 1 Santa Cruz.

A Ferroviária foi a vencedora do Quadrangular por gol average.


A Ferroviária obteve os três torneios quadrangulares no início da temporada de 1967, antes do Campeonato Paulista. A foto acima exibe a equipe grená já campeã do Interior do Paulistão, em final de temporada.

Fontes:

Arquivo do Prof. Antônio Jorge Moreira (Museu do Futebol e Esportes de Araraquara)
Sport – Retrospecto – 1960 a 1979 (Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro) – Ed. Autor – 2006
Arquivo pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

Biografia de vascaínos campeões/1952

Eis como se apresentava a biografia de cada jogador que formava o elenco do Vasco da Gama, campeão carioca de 1952:

BARBOSA – Moacir Barbosa Nascimento nasceu em Campinas, São Paulo, em 27 de março de 1921. É casado, mede 1,74 e pesa 70 quilos. Iniciou sua carreira como infantil do Almirante Tamandaré, aos 12 anos. Mais tarde, de 37 a 41, atuou no A.C.E.A. de L.P.B. Em 1941 e 42 jogou pelo Ipiranga, para em 1944 ingressar no Vasco. Títulos conquistados: Campeão carioca em 45, 47, 49, 50 e 52. Diversas vezes campeão brasileiro; campeão sul-americano de 1949; vice-campeão do mundo de 1950.

AUGUSTO – Augusto da Costa é carioca, tendo nascido em 22 de outubro de 1920. Mede 1,77 e pesa 71 quilos. Começou no São Cristóvão, em 1935, como juvenil; permaneceu no clube alvo até 1944, quando se transferiu para São Januário. É funcionário do D.F.S.P., servindo na Polícia Especial. Títulos conquistados: campeão carioca, pelo Vasco, nos anos de 45, 47, 49, 50 e 52. Campeão dos Campeões, tri-campeão brasileiro pela F.M.F.; campeão sul-americano de 1949 e vice-campeão do mundo de 1950.

HAROLDO – Haroldo de Magalhães Castro nasceu no Distrito Federal, em 20 de dezembro de 1931. Mede 1,78 e pesa 72 quilos. Em 1947 foi para General Severiano, não podendo jogar devido à idade. Começou realmente em 1948, no quadro de juvenis. Em 1951 passou a integrar a equipe de aspirantes. Na excursão que o Botafogo empreendeu à Venezuela e Colômbia atuou pela primeira vez no time principal. No Vasco, estreou contra o Bangu, conseguindo uma espetacular vitória por 6 a 2, tornando-se, daí por diante, efetivo. Títulos conquistados: bicampeão do Torneio Paulo Goulart de Oliveira, pelo Distrito Federal. Campeão Sul-Americano de Amadores de 1949. Campeão brasileiro de juvenis em 1951.

ERNANI – Ernani Ribeiro Guimarães nasceu no Distrito Federal, em 24 de outubro de 1928. Iniciou a sua carreira jogando pelo São Bento, e no mesmo ano passou a integrar a equipe de juvenis do Vasco, tendo conquistado o título da categoria. Jogou apenas uma vez mas está satisfeito por ter podido colaborar para o grande feito dos vascaínos.

ELI – Eli do Amparo nasceu eu Paracambi, no Estado do Rio, em 14 de maio de 1921. Mede 1,80 e pesa 82 quilos. É casado. Começou como juvenil do América, com 17 anos, permanecendo entre os rubros nos anos de 39 e 40. Neste ano foi para o Canto do Rio, de onde saiu em 45 para o Vasco. Títulos conquistados: campeão carioca de 45, 47, 49, 50 e 52. Campeão dos campeões de 48; campeão sul-americano de 1949. Vice-campeão do mundo de 1950.

DANILO – Danilo Alvim é natural do Distrito Federal, tendo nascido em 3 de dezembro de 1921. Começou a sua carreira em 1939, no América, onde ficou durante 4 anos. Em 1943 transferiu-se para o Canto do Rio, retornando um ano depois a Campos Sales. Finalmente ingressou no Vasco em 1946. Títulos já conquistados: campeão juvenil-amador de 39-40; campeão dos campeões de 48; campeão sul-americano de 49; campeão da cidade em 47, 49, 50 e 52 e vice-campeão do mundo de 1950.

JORGE – Jorge Dias Sacramento nasceu eu Recife, em 22 de março de 1924. Mede 1,75 e pesa 68 quilos, é casado e tem dois filhos. Deu início à sua carreira jogando como infantil do Primeiro de Maio, clube da várzea pernambucana. Em 40, ingressou no Íris F.C., onde permaneceu até 43, quando transferiu-se para o Portela F.C., já como profissional. Em 1945 veio para o Vasco da Gama. Já foi zagueiro e centro-médio. Títulos já conquistados: campeão carioca p-elo Vasco da Gama, nos anos de 47, 49, 50 e 52. Campeão de reservas e aspirantes de 45; campeão dos campeões de 48, título alcançado no Chile, e campeão brasileiro de 46.

BELINI – Hideraldo Luís Belini é natural de Itapira, São Paulo, e nasceu aos 7 de junho de 1930. Mede 1,81 e pesa 81 quilos. Começou em 43 em Itapira, na categoria de juvenil. Em 1949 foi para o Sãojoanense, de São João da Boa Vista, para integrar o primeiro quadro. Este quadro disputava o Campeonato da Divisão de Acesso da Federação Paulista. Em 1952, ingressou no Vasco da Gama, e por três vezes atuou pela equipe titular, tendo enfrentado o Madureira, Canto do Rio e Bonsucesso. Este é o seu primeiro título.

SABARÁ – Onofre de Souza é paulista, tendo nascido em Campinas, aos 18 de junho de 1931. Começou no juvenil da Ponte Preta, em 1942, tendo neste mesmo ano conquistado o título de campeão estadual da categoria. Em 1948, ascendeu ao quadro principal, assinando o seu primeiro contrato, com Cr$ 800,00 mensais e Cr$ 10.000,00 de “luvas”. Mede 1,66 e pesa 72 quilos. Pretendido por vários grandes clubes bandeirantes, acabou vindo para o Vasco, no transcurso deste certame. Custou perto de Cr$ 800.000,00, afora a cessão de mais três jogadores do plantel vascaíno. No Vasco percebe, atualmente, 7.000 cruzeiros de ordenado mensal. Títulos conquistados: Campeão estadual juvenil, em 42; campeão da cidade de Campinas, de 51 e campeão carioca de 52.

MANECA – Manoel Marinho Alves é baiano, tendo nascido em Salvador, no dia 20 de janeiro de 1925. É solteiro; mede 1,75 e pesa 65 quilos. Iniciou sua carreira futebolística em 1943, atuando pelo juvenil do Galícia, da capital baiana. Em 45 e 46 jogou pelo S.C. Bahia, de onde saiu para ingressar no C.R. Vasco da Gama. No grêmio da Cruz de Malta, já jogou em todas as posições do ataque. Títulos já conquistados: bicampeão juvenil pela Galícia; campeão baiano pelo Bahia; campeão carioca de 45, 47, 49, 50 e 52, pelo Vasco; campeão dos campeões de 48 e vice-campeão do mundo de 50.

IPOJUCAN – Ipojucan Lins de Araújo nasceu em Maceió, Alagoas, em 3 de junho de 1926. Mede 1,85 e pesa 78 quilos. Ensaiou os primeiro chutes nos Unidos de Cachambi, onde permaneceu até 1940. Nos anos de 41 e 42, jogou pelo River, tendo se transferido para o Vasco em fins de 42. É um autêntico malabarista da pelota, usando e abusando do extraordinário controle de bola que possui. Títulos conquistados: Campeão juvenil de 44; tricampeão de aspirantes (45, 46 e 47); campeão de reservas de 48 e campeão de profissionais de 49, 50 e 52, todos estes títulos conseguidos pelo Vasco.

ADEMIR – Ademir Marques de Menezes é pernambucano, natural de Recife, tendo nascido em 8 de novembro de 1922. É casado, mede 1.72 e pesa 70 quilos. Iniciou-se no futebol em 1938, jogando pelo S.C. Recife. Em 41, veio para São Januário, atuando pelo Vasco até 1945, transferindo-se neste mesmo ano para o Fluminense, disputando o certame de 46, pelo tricolor das Laranjeiras, para retornar em 47 ao Vasco. Títulos conquistados: Campeão infantil e juvenil pelo S.C. Recife; campeão carioca pelo Vasco em 45, 49, 50 e 52, e pelo Fluminense, em 46. Tricampeão brasileiro; campeão sul-americano de 49.

EDMUR – Edmur Pinto Ribeiro nasceu em Saquarema, Estado do Rio, em 9 de setembro de 1929. Mede 1,76 e pesa 70 quilos. Apareceu com destaque no Fonseca, de São Gonçalo. Transferiu-se em 1948 para o Flamengo, onde ficou até 1949. Neste ano foi para o Canto do Rio e devido às suas boas atuações foi contratado pelo Vasco em 51. Neste campeonato jogou dez vezes na ponta direita e duas como “in sider” direito. O Campeonato de 1952 é o seu primeiro título oficial.

ALFREDO – Alfredo dos Santos é natural do Distrito Federal, tendo nascido em 1º de janeiro de 1920. Mede 1,76 e pesa 73 quilos. Começou sua carreira em 1935, jogando pelo Costa Lobo F.C., onde permaneceu até 37, quando foi para São Januário. Estreou na equipe principal em 39, frente ao poderoso quadro argentino do Independiente, com um espetacular triunfo por 5 a 2. Já jogou em todas as posições, exceto de arqueiro – é o homem dos sete instrumentos. Títulos conquistados: campeão carioca de 45, 47, 49, 50 e 52; vice-campeão do mundo e sul-americano.

CHICO – Francisco Aramburu nasceu em Uruguaiana, Rio Grande do Sul, em 7 de janeiro de 1923. Mede 1,70 e pesa 68 quilos. Começou atuando pelo Grêmio Porto-Alegrense, de Porto Alegre. Títulos conquistados: campeão juvenil de 38, pelo Grêmio; campeão dos torneios de 43 e 46, ainda pelo campeonato gaúcho; campeão carioca de 45, 47, 49, 50 e 52; campeão dos campeões de 48 e vice-campeão do mundo de 50.

VAVÁ – Edivaldo Ezídio Neto é conterrâneo de Ademir, tendo nascido no Recife, aos 12 de novembro de 1934. Começou em 49, no S.C. Recife. Sagrou-se bicampeão juvenil de Pernambuco. Mede 1,75 e pesa 68 quilos. Em 51 veio para o Vasco, como amador, continuando nesta situação defendendo o grêmio da Cruz de Malta. Jogou duas vezes na equipe titular, estreando contra o Bangu, marcando o gol da vitória; jogou o prélio de encerramento da campanha do Vasco, atuando frente ao Olaria. Foi titular da meia-esquerda da seleção brasileira que disputou as Olímpíadas de Helsinque, em julho de 1952.

FRIAÇA – Albino Friaça Cardoso nasceu no Estado do Rio, em 20 de outubro de 1924, na cidade de Porciúncula. Contudo, iniciou sua carreira futebolística em Carangola, Minas Gerais. Em 45, juntamente com o seu companheiro de ala, naquela cidade mineira, Elgem, transferiu-se para São Januário, onde atuando pelo quadro de aspirantes chamou logo a atenção de todos, como ponta-esquerda. Mais tarde, ascendeu ao quadro efetivo. Devido à sua versatilidade como jogador é elemento de grande utilidade para qualquer plantel, pois joga, indiferentemente, em qualquer posição da linha de ataque. Em 49, integrando o quadro do São Paulo Futebol Clube sagrou-se campeão bandeirante, retornando ao Vasco em 51. É campeão carioca de 45; paulista de 49; campeão brasileiro; campeão dos campeões de 48; vice-campeão do mundo em 50 e campeão pan-americano de 51.

JANSEN – Jansen José Moreira é carioca, tendo nascido em 10 de julho de 1927. Mede 1,72 e pesa 68 quilos. Jogou este ano como ponta-esquerda. Iniciou-se como juvenil do América em 42, e um ano mais tarde transferiu-se para o Grêmio da Colina. No Vasco da Gama era amador; e em meio à temporada foi contratado pelo clube campineiro, Ponte Preta. Integrou a seleção de amadores que disputou as Olimpíadas de Helsinque, em julho de 52, como ponta-esquerda, formando ala com Vavá. É campeão juvenil de 44; aspirantes nos anos de 46, 47, 48 e 49; e profissional de 50, todos os títulos defendendo as cores do Vasco. Campeão Sul-Americano de Amadores, título alcançado no Chile em 49; Campeão Sul-Americano Universitário de 1950.

TÉCNICO: GENTIL CARDOSO – A Gentil Cardoso, quer queiram ou não, cabem os méritos da recuperação dos jogadores vascaínos. Foi o verdadeiro mago da “ressurreição” do famoso plantel vascaíno. Um plantel – é bom que se diga – tido e havido como liquidado. Mas os resultados do trabalho profícuo de Gentil aí estão: o Vasco da Gama campeão da cidade; e os jogadores, que foram considerados como acabados para o futebol, em plena forma, foram, quase todos, novamente convocados para a seleção brasileira. Barbosa, Eli, Danilo, Ademir e Ipojucan, cinco deles, defenderão, mais uma vez, o renome do nosso “soccer”, em campos peruanos. E estamos certos de que hão de fazê-lo com o brilho de sempre.

Gentil Cardoso é o mais antigo “coach” do Brasil, tendo-se iniciado como treinador no Sírio-Libanês, em 1929. Foi precursor do WM no nosso futebol, numa época em que não se admitia a sistematização, mentalidade que perdurou durante muito tempo, haja vista a campanha que sofreu o competente treinador húngaro Dori Kruschner, em 1935.

Declarações de Gentil Cardoso:

“Embora desde o início de minha carreira usasse o WM, isto em 1929, no antigo Sírio-Libanês, somente em 32, quando dirigia o Bonsucesso, comecei a ser alvo de críticas, devido ao meu método de trabalho. E como era obrigado a vir a público para defendê-lo ganhei um título: o de falador.”

Sobre ser partidário da sistematização no futebol, apesar das decantadas virtudes individuais dos jogadores brasileiros:

“A priori, devo dizer-lhe que a minha formação naval, em contato com as marinhas inglesa e americana, ensinou-me que a especialização e o método conduzem a resultados positivos. É um verdadeiro axioma, e os axiomas não se discutem; são evidentes por si sós… E as decantadas virtudes dos jogadores nacionais fortalecem a nossa convicção da especialização, e consequentemente o aperfeiçoamento.”

“E se assim não fosse, não se lapidariam os gênios…”

Fonte:
Esporte Ilustrado Nº 775, de 12.02.1953, edição especial.
Edição: Paulo Luís Micali

Ferroviária de Araraquara (SP): 62 anos de existência

Ferroviária de Araraquara: 62 anos de existência
Neste 12 de abril de 2012, a Ferroviária de Araraquara completa 62 anos e tem uma bela história nos registros do futebol.

Com o declínio acentuado do sistema ferroviário no Brasil, as agremiações de futebol que nasceram com ligação estreita junto às ferrovias acabaram sucumbindo.
Tivemos boas representações que fizeram história no futebol mas que não resistiram às transformações marcadas pelo tempo. Vide Ferroviária de Assis, Botucatu e Pindamonhangaba, para ficarmos no âmbito paulista. Esses clubes têm um histórico de respeito, mas não se sustentaram.

A Ferroviária de Araraquara, apesar das muitas e aflitivas situações de dificuldade manteve-se em atividade, fazendo frente às adversidades e tendo como trunfo maior a força do seu nome, pela rica história que criou. A Ferroviária de Esportes, querida de muita gente, foi a primeira a afrontar os clubes grandes, tornando-se também grande no final dos anos 50 e nos anos 60.

Camisa da AFE em exposição no Museu da Arena da Fonte - Araraquara/SP

Jogando um futebol técnico e vistoso, a Ferroviária fez com o Santos F.C. o clássico da técnica. Era o jogo mais bonito de ser visto.

“Sparrring” da Seleção Brasileira

Folha de São Paulo 30-04-1962

Era tão técnico e tão bonito o futebol afeano que os próceres do futebol nacional escolheram-na, em 1962, para servir de “sparring” da Seleção Brasileira.
Assim, no dia 29 de abril de 1962, há 50 anos, a Ferroviária de Araraquara ajudou a Seleção Brasileira nos preparativos que culminaram com a conquista do bicampeonato mundial no Chile.
Tendo por local a cidade de Serra Negra (SP), a Ferroviária atuou dois períodos de 40 minutos contra o Selecionado Nacional, empatando o primeiro período em 0 x 0 com a Seleção Azul (Reservas). Formações:
Seleção Azul – Castilho; Jair Marinho, Mauro, Calvet e Altair; Zequinha e Mengálvio; Jair, Quarentinha, Amarildo e Germano.
Ferroviária – Toninho; Ismael, Antoninho, Mário e Zé Maria; Dudu e Bazzani; Peixinho (Mateus), Laerte, Aurélio e Benny.
O outro período de 40 minutos reuniu a Seleção Brasileira (Amarela) e a Ferroviária. Os titulares do Brasil venceram por 2 a 0, gols assinalados por Didi, ambos de bola parada: aos 5’, de pênalti, e aos 25’, de falta.
Seleção Amarela – Gilmar; Djalma Santos, Belini, Jurandir e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo.
Ferroviária – Toninho; Ismael, Antoninho, Rodrigues e Zé Maria; Dudu e Bazzani; Mateus, Laerte, David e Benny.
A arbitragem foi de Domingos de Marco (FPF), a renda somou Cr$ 1.697.700,00 e o público pagante foi de 5.034.
Portanto, num dia como o de hoje – 12 de abril – há 62 anos, era fundada a Associação Ferroviária de Esportes, de Araraquara; e há exatos 50 anos, no mês de abril, a Ferroviária servia de “sparring” à Seleção do Brasil.

Fontes:
Folha de São Paulo
Arquivo pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

PADRE CÍCERO S.C. – Lavras da Mangabeira/CE

Em 03 de Outubro de 1994 em Lavras da Mangabeira é fundado o  PSV Sport Club.

Em Novembro de 1999 os Dirigentes, Jogadores e Torcedores resolvem mudar seu nome. Nasci assim o Padre Cícero Sport Club
O Pe Cícero Sport Club que recebeu o nome do santo dos sertões nordestinos, “Cícero Romão Batista” o padre que tem uma imensa legião de fiéis espalhados pelo Brasil. Levando na camisa as cores Azul, Branco e Preto.
Hoje o Padre Cícero Sport Club tem a maior torcida de Lavras, e a cada ano que passa ganha mais adeptos em toda região do cariri e respeito acima de tudo.
Padre Cícero sempre significará garra, profissionalismo, desafio, sucesso e orgulho para os torcedores Lavrenses e da região. Através dos melhores profissionais, determinando um padrão único de satisfação de nossos torcedores e colaboradores.
Escudo de quando a equipe usava o nome PSV.
MASCOTE: Todo clube tem um simbolo, e ele faz parte do carinho que o torcedor sente pelo clube do coração.
O Raposão foi fundado na década de 40, feito por Fernando Pierucetti, conhecido como Mangabeira. Atualmente é mascote do Cruzeiro Esporte Clube de Minas Gerais…
TÍTULOS:
– Campeão I Copa Intermediária;
– Campeão I Copa dos Campeões;
– Vice- campeão Municípal 2005;
– Campeão da 2ª Copa Dr. Tavinho;
– Bí- Campeão da Super Copa Cuandú;
– Campeão da Copa Novo Horizonte 2010
– Campeão municipal invicto 2011
FONTE:

FERRO-ADA completa

Por razões profissionais, o mineiro Antônio Tavares Pereira Lima foi residir em São José do Rio Preto (SP), na década de 1940. Lá fundou, em 1946, o América Futebol Clube.

Antônio Tavares Pereira Lima

Também por motivos profissionais, Pereira Lima, engenheiro de formação, mudou-se para Araraquara, prestando serviços à Estrada de Ferro Araraquara (EFA).

Com seu dinamismo, insuflou os ferroviários locais para terem o seu clube de futebol, fundando, então, a Associação Ferroviária de Esportes (AFE), em 1950.

Por razões políticas, Pereira Lima afastou-se da Ferroviária muito pouco tempo depois, e não poderia deixar as coisas assim, sem promover outra novidade.

Então, convenceu os dirigentes de dois clubes tradicionalíssimos da cidade – São Paulo e Paulista – a se unirem para a formação de um clube que reunisse maior potencial para tentar o sucesso no profissionalismo.

Fundou, com eles, na fusão de São Paulo e Paulista, a Associação Desportiva Araraquara (ADA).

Aí, a cor azul, que ele sugerira sem êxito para a Ferroviária, na Assembleia de fundação do clube da Estrada, no caso da ADA foi vitoriosa. Isso aconteceu em 1952.

A partir daí, criou-se na cidade de Araraquara a maior rivalidade esportiva de todos os tempos: Ferroviária de um lado, ADA de outro, ambas tentando chegar à Primeira Divisão do Campeonato Paulista.

Dividiu-se a cidade ao meio e os ânimos, no cenário esportivo, se acirraram.

Quando os times grená e azul se enfrentavam os estádios ficavam repletos de torcedores apaixonados.

Até hoje há resquícios dessa rivalidade nos meios citadinos.

Com a ascensão da Ferroviária, que contava com o respaldo financeiro da Estrada de Ferro, a ADA foi perdendo sua vitalidade e disposição para a luta, até que resolveu encerrar suas aspirações no profissionalismo para se devotar, durante algum tempo, ao amadorismo.

O próprio Pereira Lima voltaria à Ferroviária, dirigindo-a novamente, sempre com muita empolgação, uma sua característica inalienável.

Nem foram muitos os confrontos entre ADA e Ferroviária, mas suficientes para fazer vibrar a massa torcedora araraquarense.

O jogo ADA x AFE tornou-se conhecido como FERRO-ADA. A FERRO-ADA completa compreende 11 encontros.

Em 11 oportunidades deu-se a FERRO-ADA, apontando sete vitórias grenás, duas da ADA e dois empates; 31 gols afeanos contra 20 da ADA; sete partidas pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão e quatro amistosos.

 

Todos os jogos entre ADA e AFE

FERRO-ADA completa

1 – ADA 3 x 4 Ferroviária

10 de agosto de 1952, domingo; Estádio Municipal de Araraquara; Amistoso; Árbitro: Licínio Perseguitti (FPF); Gols ADA: Américo, Lula e Elvo; Gols AFE: Russo (2), Dirceu e Osvaldo. ADA: Alfredo; Montinho e Haroldo; Dirceu, Azambuja (Benjamin) e Izan; Lula, Zeferino (Gaeta), Elvo, Américo e Oliveira. AFE: Sandro; Sarvas e Avelino; Pierre, Gaspar e Porunga; Omar, Luiz Rosa (Dirceu), Russo, Zé Amaro e Dirceu (Osvaldo). Técnico: Zezinho

2 – Ferroviária 0 x 1 ADA

17 de agosto de 1952, domingo; Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara; Amistoso; Árbitro: Abílio Frignani; Gol: Elvo. AFE: Sandro; Sarvas e Avelino; Pierre, Gaspar e Porunga; Omar, Luiz Rosa, Russo, Zé Amaro e Dirceu. Técnico: Zezinho. ADA: Alfredo; Montinho e Haroldo; Dirceu, Lanzudo (Azambuja) e Benjamin (Izan); Lula, Gaeta, Elvo, Américo e Oliveira. Técnico: José de Andrade. Obs.: A ADA vencia por 1 a 0 quando aconteceu um sério desentendimento entre Elvo e o goleiro Sandro. O árbitro tentou expulsar somente o jogador Elvo, no que não concordaram Montinho e os demais jogadores da ADA, que ficaram sentados no gramado até o término da partida. Dias depois, Elvo, da ADA, foi suspenso pela FPF por 120 dias.

3 – ADA 2 x 2 Ferroviária

26 de outubro de 1952, domingo; Estádio Municipal de Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: João Etzel (FPF); Gols ADA: Aroldo (2); Gols AFE: Osvaldo (2). ADA: Alfredo; Montinho e Izan; Dirceu, Lanzudo e Benjamin; Lula, Edson, Aroldo, Zeferino e Oliveira. AFE: Julião; Sarvas e Avelino; Pierre, Gaspar e Porunga; Omar, Luiz Rosa, Russo, Zé Amaro e Osvaldo. Técnico: Zezinho

4 – Ferroviária 3 x 2 ADA

25 de janeiro de 1953, domingo; Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: Antônio Musitano (FPF); Gols AFE: Omar (2) e Vaguinho; Gols ADA: Lula (pênalti) e Jarbas. AFE: Sandro; Sarvas e Espanador; Tiana, Gaspar e Pierre; Omar, Luiz Rosa, Vaguinho, Zé Amaro e Dirceu. Técnico: Abel Picabéa. ADA: Alfredo; Lanzudo e Izan; Gaeta, Antoninho e Benjamin; Lula, Jarbas, Elvo, 109 e Edson

5 – Ferroviária 3 x 2 ADA

27 de dezembro de 1953, domingo; Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: Francisco Ceschini (FPF); Gols AFE: Boquita (2) e Tec (pênalti); Gols Ada: Cabelo (2); Expulsões: Vaguinho e Itamar. AFE: Fia; Pierre e Pixo; Dirceu, Gaspar e Henrique; Tec, Augusto, Vaguinho, Zé Amaro e Boquita. Técnico: Caetano de Domênico. ADA: Sandro; Saltore e Avelino; Braga, Itamar e Montinho; Afonso, Jarbas, Cabelo, Waldemar e Oliveira. Obs.: Pela sua atuação, o árbitro foi suspenso por 90 dias pela FPF.

6 – ADA 1 x 1 Ferroviária

14 de fevereiro de 1954, domingo; Estádio Municipal de Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: Manoel Augusto de Souza (FPF); Gol ADA: Oliveira, 39’ do 2º tempo; Gol AFE: Vaguinho, 42’ do 2º tempo.  ADA: Sandro; Saltore e Avelino; Joãozinho, Braga e Monte; Afonso, Cabelo, Elvo, Waldemar e Oliveira. AFE: Fia; Pierre e Tato; Diógenes, Gaspar e Henrique; Augusto, Tec, Vaguinho, Zé Amaro e Boquita. Técnico: Armando Renganeschi

7 – Ferroviária 5 x 0 ADA

13 de novembro de 1955, domingo; Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: Benedito Francisco (FPF); Renda: Cr$ 27.140,00; Gols: Paulinho (2), Bazzani, Gomes e Boquita. AFE: Fia; Elcias e Ferraciolli; Dirceu, Pixo e Itamar; Paulinho, Cardoso, Gomes, Bazzani e Boquita. Técnico: Clóvis Van Dick (Capilé). ADA: Mingão; Pimentel e Monte; Joãozinho, Nelson e Tim; Didié, Velasques, tomate, Cabelo e Tom Mix. Obs.: Um dos gols de Paulinho foi assinalado de pênalti. A ADA perdeu um pênalti.

8 – ADA 4 x 2 Ferroviária

18 de dezembro de 1955, domingo; Estádio Municipal de Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: João Rela Filho (FPF); Gols ADA: Maravilha, Monte (2), ambos de pênalti, e Cabelo; Gols AFE: Boquita e Cardoso. ADA: Mingão; Cinzeiro e Monte; Joãozinho, Nelson e Alípio; Paulinho, Cabelo, Maravilha, Mário e Tom Mix. AFE: Fia; Elcias e Ferraciolli; Dirceu, Pixo e Itamar; Paulinho, Cardoso, Bazzani, Marinho e Boquita. Técnico: Clóvis Van Dick (Capilé)


9 – ADA 2 x 4 Ferroviária

15 de janeiro de 1956, domingo; Estádio Municipal de Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: Catão Montez Júnior (FPF); Renda: Cr$ 60.000,00; Gols ADA: Tom Mix e Maravilha; Gols AFE: Pixo, Gomes (pênalti), Cardoso e Dirceu. ADA: Mingão; Cinzeiro e Monte; Joãozinho, Nelson e Alípio; tomate, Cabelo, Maravilha, Waldemar e Tom Mix. AFE: Fia; Elcias e Ferraciolli; Dirceu, Pixo e Itamar; Paulinho, Cardoso, Gomes, Marinho e Boquita. Técnico: Clóvis Van Dick (Capilé)

10 – Ferroviária 4 x 1 ADA

11 de março de 1956, domingo; Estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara; Campeonato Paulista da Segunda Divisão; Árbitro: Benedito Francisco (FPF); Renda: Cr$ 11.320,00. Gols AFE: Boquita (2), Cardoso e Bazzani; Gol ADA: Maravilha. AFE: Fia; Elcias e Ferraciolli; Dirceu, Izan e Itamar; Paulinho, Cardoso, Gomes, Bazzani e Boquita. Técnico: Clóvis Van Dick (Capilé). ADA: Mingão; Monte e Cinzeiro; Joãozinho, Nelson e Alípio; Paulo, Didié, Maravilha, Waldemar e Tom Mix. Obs.: Aos 4’ do 2º tempo, o goleiro Fia defendeu um pênalti cobrado por Monte.


11 – ADA 2 x 3 Ferroviária

29 de abril de 1956, domingo; Estádio Municipal de Araraquara; Amistoso em comemoração à conquista de campeã da Segunda Divisão, com a entrega de faixas aos jogadores da Ferroviária. Foi a última FERRO-ADA. Árbitro: Casemiro Gomes (FPF); Renda: Cr$ 27.000,00; Gols AFE: Gomes (2) e Paulinho; Gols ADA: Izan (contra) e Tom Mix. AFE: Fia; Izan (Elcias) e Ferraciolli; Dirceu, Pixo e Itamar; Jaime (Paulinho), Cardoso, Gomes, Bazzani e Jarbas (Marinho. Técnico: Clóvis Van Dick (Capilé). ADA: Mingão (Jairo); Monte e Cinzeiro; Catô (Joãozinho), Braga e Tim (Alípio); Paulo, Didié, Cabelo (Pimentel), Waldemar (Velasquez) e Tom Mix.

Fontes:

Arquivo do Prof. Antônio Jorge Moreira (Museu do Futebol e Esportes de Araraquara – Arena Fonte Luminosa)
Araraquara Futebol e Política, Luís Marcelo Inaco Cirino – Pontes, 2008
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

O primeiro acesso do CAT, em 1982

Campanha do Clube Atlético Taquaritinga (CAT) no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, em 1982

São informados: data, jogo e artilheiros do CAT

Série Vermelha

Primeiro turno

07.03.82 – Batatais 2 x 2 CAT – Gelson e Marcelo

14.03.82 – CAT 1 x 2 Jaboticabal – Braguinha

17.03.82 – Catanduvense 1 x 1 CAT – Braguinha

28.03.82 – Internacional de Bebedouro 0 x 1 CAT – Braguinha

04.04.82 – CAT 3 x 0 Novorizontino – João Marcos, Wagner e Cássio

11.04.82 – CAT 1 x 0 Radium de Mococa – Braguinha

18.04.82 – Orlândia 1 x 1 CAT – Gelson

21.04.82 – CAT 1 x 0 Lemense – Braguinha

25.04.82 – Sãocarlense 2 x 0 CAT

02.05.82 – CAT 1 x 1 Palmeiras (São João da Boa Vista) – Cássio

09.05.82 – Sertãozinho 0 x 2 CAT – Braguinha e Wagner

16.05.82 – CAT 4 x 0 Barretos – Cássio, Nascimento, Roberlei e Nelson

Finais do Primeiro turno

26.05.82 – Jaboticabal 1 x 0 CAT

30.05.82 – CAT 2 x 1 Sãocarlense – Roberlei e Nascimento

02.06.82 – CAT 1 x 2 Internacional de Bebedouro – Roberlei

06.06.82 – Sãocarlense 0 x 2 CAT – Cássio e Toninho

09.06.82 – CAT 3 x 0 Jaboticabal – Braguinha, Wagner e Cássio

12.06.82 – Internacional de Bebedouro 1 x 0 CAT

Segundo turno

03.07.82 – CAT 1 x 1 Batatais – (?)

10.07.82 – Jaboticabal 2 x 1 CAT – Marcelo

14.07.82 – CAT 2 x 0 Catanduvense – Roberlei e Nascimento

23.07.82 – CAT 3 x 2 Internacional de Bebedouro – Wagner, Braguinha e Nascimento

01.08.82 – Novorizontino 1 x 2 CAT – Roberlei e Nascimento

07.08.82 – Radium de Mococa 1 x 1 CAT – Braguinha

15.08.82 – CAT 2 x 1 Orlândia – Wagner e Nascimento

22.08.82 – Lemense 2 x 1 CAT – Roberlei

25.08.82 – CAT 1 x 0 Sãocarlense – Cássio

29.08.82 – Palmeiras (São João da Boa Vista) 2 x 1 CAT – Marcelo

05.09.82 – CAT 0 x 2 Sertãozinho

12.09.82 – Barretos 0 x 0 CAT

Finais do Segundo turno

19.09.82 – CAT 1 x 0 Internacional de Bebedouro – Nascimento

22.09.82 – Sãocarlense 1 x 1 CAT – Roberlei

26.09.82 – Catanduvense 0 x 0 CAT

03.10.82 – CAT 1 x 0 Catanduvense – Cidão

06.10.82 – CAT 2 x 1 Sãocarlense – Roberlei e João Carlos

10.10.82 – Internacional de Bebedouro 0 x 2 CAT – Cássio e Toninho

(Grande festa na chegada dos atletas cateanos, com passeata grandiosa em Taquaritinga.)

Final (decisão do Segundo turno)

11.11.82 – CAT 1 x 0 Sertãozinho – André

14.11.82 – Sertãozinho 2 x 1 CAT – Cássio

16.11.82 – CAT 0 x 0 Sertãozinho (em Araraquara)

Na prorrogação: CAT, 3 x 1 – João Carlos, Toninho e Cássio

Decisão da Série Vermelha

Jogos no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto

18.11.82 – Internacional de Bebedouro 1 x 1 CAT – Nascimento

20.11.82 – CAT 2 x 2 Internacional de Bebedouro – Carlos Alberto e Toninho

24.11.82 – CAT 2 x 2 Internacional de Bebedouro – Nascimento e Cássio

Prorrogação: CAT, 2 x 0 – João Carlos e Roberlei

Quadrangular Final da Segunda Divisão/1982, em São Paulo (no Palestra Itália)

27.11.82 – CAT 1 x 1 Bragantino – Toninho

CAT: João Luís; João Carlos, Coutinho, Carlos Alberto e Toninho; Celsinho (Braguinha), Roberlei e Wagner; Cássio, Gelson e Nascimento

30.11.82 – Araçatuba 1 x 1 CAT – Roberlei

CAT: Nilton; João Carlos, André, Coutinho e Toninho; Carlos Alberto (Celsinho), Roberlei e Wagner; Cássio, Gelson e Nascimento

02.12.82 – Mogi Mirim 2 x 2 CAT – Nascimento e Roberlei

CAT: João Luís; João Carlos, André, Carlos Alberto e Toninho; Gelson, Roberlei e Celsinho (Marcelo); Cássio, Nascimento (Braguinha) e Wagner

04.12.82 – Bragantino 1 x 1 CAT – João Carlos

CAT: Nilton; João Carlos, André, Cidão e Toninho; Carlos Alberto, Roberlei e Wagner; Braguinha (Marcelo), Gelson (Nascimento) e Cássio

07.12.82 – CAT 2 x 0 Araçatuba – Cássio e Wagner

CAT: João Luís; João Carlos, André, Cidão e Nelson; Carlos Alberto (Celsinho), Roberlei e Marcelo; Cássio, Nascimento (Braguinha) e Wagner

09.12.82 – CAT 2 x 0 Mogi Mirim – Nascimento e Wagner

CAT: João Luís; João Carlos, André, Cidão e Nelson; Carlos Alberto (Celsinho), Roberlei (Braguinha) e Marcelo; Cássio, Nascimento e Wagner

O Clube Atlético Taquaritinga, ou “Leão da Araraquarense” venceu o Mogi Mirim e esperou o angustiante empate entre o Araçatuba e o Bragantino, sem abertura de contagem, para festejar o título de Campeão da Segunda Divisão paulista de 1982, ganhando assim o direito de integrar a Divisão maior do Estado em 1983.

Jogadores Campeões da Segunda Divisão paulista de 1982 pelo Clube Atlético Taquaritinga

Fonte:

Revista do CAT, edição comemorativa dos 50 anos do clube, em 1992 – CAT – Sempre no Coração dos Taquaritinguenses – Setembro de 1992 – Hamilton Roberto Aiéllo

Edição: Paulo Luís Micali

CLUBES DE BRASÍLIA: BRASIL CENTRAL ATLÉTICO CLUBE

O Brasil Central Atlético Clube foi fundado, inicialmente, com a denominação de Fundação da Casa Popular Futebol Clube, em 8 de dezembro de 1957 por, dentre outros, Décio de Souza Reis, Hugo Mósca, José Pereira, José da Silva Sobrinho e Otávio Lago.
A Fundação da Casa Popular foi criada pelo Decreto-lei nº 9.218, de 1º de maio de 1946, para ser o primeiro órgão federal destinado a promover a habitação social e que viria a ser, mais tarde, absorvido pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Em 9 de março de 1959 foi reorganizado com o nome de Brasil Central Atlético Clube. Foi um dos fundadores da Federação Desportiva de Brasília.
Logo depois de sua reorganização, em 20 de maio de 1959 realizou Assembléia Geral para eleger sua primeira diretoria, que ficou assim composta: Presidente – Paulo Dionísio Augusto (ex-Assiban); Vice-Presidente – Ubiraci Dutra Gusmão; Secretário-Geral – Décio de Souza Reis; 1º Secretário – Carlos Canalerges da Silva; 1º Tesoureiro – Cyro Torres e Diretor de Esportes: José da Silva
Sobrinho.
Poucos dias depois, disputou o 1º Torneio Início de Futebol em Brasília, no dia 24 de maio de 1959, no campo do Clube de Regatas Guará, denominado Estádio Provisório “Israel Pinheiro”. O Clube de Regatas Guará foi o vencedor do Torneio.
Para o primeiro campeonato de futebol de Brasília, em 1959, se inscreveram 19 equipes, que foram divididas em duas chaves: Zona Sul e Zona Norte. O Brasil Central fez parte da Zona Sul, juntamente com Grêmio, Taguatinga, IPASE, EBE, Expansão, A.A. Bancária (IAPB), Guará e Brasil (Coenge).
Eis alguns resultados da campanha do Brasil Central no campeonato: 3 x 2 Expansão, 6 x 1 Brasília, 6 x 0 Coenge, 4 x 2 Taguatinga, 1 x 1 EBE, 2 x 3 Grêmio e 3 x 7 Guará.
Foi o quarto colocado na fase classificatória da Zona Sul, atrás de Grêmio, Guará e EBE.
Em 1960 o Brasil Central participou do Troféu Danton Jobim, em homenagem ao Diário Carioca-Brasília e aos jornalistas brasileiros. Os doze clubes foram divididos em três chaves. O Brasil Central integrou a Chave A, juntamente com Edilson
Mota, Planalto e Consispa.
Os jogos foram realizados nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960. O Brasil Central perdeu seus três jogos para o Edilson Mota (2 x 7), Consispa (3 x 4) e Planalto (0 x 3).
No mês de agosto de 1960, antes do início das competições oficiais, os clubes filiados realizaram muitos amistosos. Intensa era a atividade dos clubes, procurando acertar seus quadros visando as competições oficiais. Num desses amistosos, no dia 7 de agosto, o Brasil Central empatou com o Real em 2 x 2.
No dia 9 de agosto de 1960 aconteceu a Assembléia Geral da Federação Desportiva de Brasília que aprovou os estatutos do Brasil Central Atlético Clube.
Em 4 de setembro de 1960 aconteceu o Torneio Início, que levou o nome de Taça “Governador Roberto Silveira” e teve e a inscrição de 16 clubes. Os jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará, em dois tempos de dez minutos cada, sem intervalo. No caso de empate, haveria a decisão por pênaltis, três para cada equipe, na primeira série. No quinto jogo do dia, o
Brasil Central perdeu para o Edilson Mota, por 1 x 0.
Em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
Os 16 clubes foram divididos em 4 grupos. Os clubes com campos em condições de jogo foram cabeças-de-chave. O Brasil Central fez parte do Grupo B, com jogos no campo do Grêmio, com Consispa, Expansão e Grêmio.
No dia 18 de setembro, na primeira rodada do torneio classificatório, quando aconteceria a sua estréia, seu adversário, o Expansão, não compareceu ao campo, ficando a vitória a favor do Brasil Central, por WO.
Uma semana depois, em 25 de setembro de 1960, o Brasil Central venceu o Consispa por 2 x 1. Joaquim e Babá marcaram os gols da vitória.
Veio a terceira e última rodada do torneio, no dia 9 de outubro de 1960, com derrota diante do dono da casa, o Grêmio, por 2 x 0.
Brasil Central, Grêmio e Consispa ficaram com o mesmo número de pontos ganhos (4) mas, no critério de desempate “saldo de gols” o Brasil Central ficou em terceiro e desclassificado para a Primeira Divisão.
Uma nova esperança surgiu quando, em 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota (um dos classificados) encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção.
Para preencher a vaga na Primeira Divisão, a FDB promoveu um torneio eliminatório entre os clubes da Segunda, iniciado em 30 de outubro de 1960.
Naquele dia, o Brasil Central venceu o Industrial, por 3 x 2, com um detalhe: o gol da vitória do Brasil Central foi marcado na prorrogação.
No dia 6 de novembro de 1960 o torneio classificatório prosseguiu. O Brasil Central não deu sorte e cruzou com o Defelê, sendo derrotado por 1 x 0 e perdendo a chance de continuar na luta pela vaga na Primeira Divisão. Nota: o Defelê acabaria vencendo o campeonato de 1960.
Passou, então a disputar o campeonato da Segunda Divisão, que contou com a participação de seis equipes: A. A. Guanabara, Brasil Central A. C., E. C. Industrial, E. C. Real de Brasília, Sobradinho E. C. e o Trópicos A. C.
Foi disputado em turno único e o Brasil Central ficou com a quinta e antepenúltima colocação, com a seguinte campanha: 5 jogos, 1 vitória, 4 derrotas, 3 gols a favor e 9 contra.
Aos poucos foi perdendo a ajuda da Fundação da Casa Popular, licenciou-se nos anos de 1961 e 1962, encerrando suas atividades em junho de 1963.