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Times de Futebol Amador de Itanhaém/SP – 2016

Na cidade de  Itanhaém, localizada no litoral paulista, os campeonatos são promovidos pela Liga Itanhaense de Futebol Amador (LIFA) em três divisões, possuindo 47 equipes filiadas, conforme abaixo:

1ª Divisão (16 clubes)

2ª Divisão (16 clubes – 12 clubes + 4 clubes que subiram da 3ª divisão de 2016)

3ª Divisão (19 clubes – 04 subiram para 2ª divisão de 2016)

Fonte:

Comunidade no Facebook do Programa É Hora de Esporte da Rádio Anchieta 1390 khz.

Times de Futebol Amador em São José dos Campos/SP – 2015

Em São José dos Campos no Estado de São Paulo Existem duas entidades que organizam o futebol local: Liga Municipal de Futebol de São José dos Campos (LMFSJC), que é filiada a Federação Paulista de Futebol; e a Associação de Clubes Amadores de Futebol (ACAF). Sendo assim, mais de cem equipes se dividem entre as entidades. Para quem gosta de escudos e cores é um prato cheio. Segue abaixo a divisão:

LMFSJC – 2015 – 50 Filiados (Séries A e B)

 

ACAF – 2015 – 58 filiados (03 divisões – Especial, Primeira e Segunda divisão).

Fontes: Facebook da LMFSJC e ACAF

EDUARDO, O XERIFE DO MORRO DO POSTO

Corria o ano de 1982. O futebol brasileiro ainda sangrava a derrota de Sarriá e procurava por novos heróis, ou por algo que devolvesse o sentido à bola que se jogava. No meu caso, um garoto de nove anos que teve na Copa da Espanha sua primeira desilusão amorosa, algo que devolvesse o sentido à vida que se vivia, depois do sonho destroçado pelos pés de Paolo Rossi. Cada qual à sua maneira, os torcedores buscavam uma nova esperança. Era preciso reconciliar-se com o jogo.

Eu reencontrei o futebol em um pequeno palco do sul do país. “Estádio Vidal Ramos Júnior, o próprio da municipalidade”, dizia Aldo Pires de Godoy na Rádio Clube. Naquela noite de inverno o Inter de Lages entrou em campo para encarar o Joinville, que reinava absoluto em terras catarinenses. E era certo que aquele Joinville seria outra vez campeão catarinense, não havia força capaz de impedir o quinto título seguido tricolor. O que queríamos é que naquela noite, apenas naquela noite, a história fosse diferente. Que o Joinville levasse suas taças, mas não com uma vitória em nosso quintal. Havia sido assim na Taça Governador do Estado, disputada no primeiro semestre. Joinville campeão, mas sem vencer o Internacional.

Liderado pelo craque Nardela, o adversário buscou o ataque. Mas suas iniciativas paravam em um beque parrudo, peito estufado, altivez cangaceira. A barba espessa sobre a pele castigada, a cara de poucos amigos, nada era acolhedor em Eduardo. Poderia ser um bandido de um faroeste de Sergio Leone. Todavia, para nós lageanos, os colorados eram mocinhos, e bandidos eram os outros. Por isso Eduardo era o nosso xerife. Como morava no bairro do Morro do Posto, assim ficou conhecido: Eduardo, o Xerife do Morro do Posto.

Amigos, o embate foi épico. O Joinville atacava em bloco e Eduardo desbaratava a trama ofensiva sem sutilezas. Carrinhos, voadoras, cabeçadas na bola e nas chuteiras, chutes giratórios, tudo sem mexer um músculo facial. Houvesse uma gravação do que fez Eduardo naquela noite e os atuais lutadores de MMA mudariam de profissão, envergonhados. Talvez se transformassem em jardineiros para cultivar petúnias.

Outros tempos. Defender era um ofício sério, que prescindia de sorrisos ou boas maneiras. Eduardo não era violento, apenas herdara a impávida rudeza do homem lageano. Honrava suas chuteiras pretas e sua insígnia em forma de estrela. Era um cumpridor de seus deveres. Um boi de botas. Um sério.

Eduardo pôs os atacantes tricolores em debandada e o Joinville ficou acuado em sua metade de campo. O Inter estabeleceu o cerco. Apenas Eduardo ficou na intermediária defensiva, onde recolhia as rebatidas desesperadas do adversário para repor o Inter no ataque. Vinha o chutão, Eduardo amaciava a bola no peito estufado e a despachava para o companheiro melhor colocado.

De tanto pressionar, o Inter conseguiu um pênalti. Martinho Bin executou o goleiro Hélio Fernandes com a frieza habitual e anotou o único gol da noite. Os jogadores vieram comemorar junto ao pavilhão social onde eu estava com meu pai, e procurei no emaranhado de braços erguidos o nosso xerife. Não, ele não estava entre os que festejavam o gol. Eduardo já havia retornado ao seu posto, sozinho, e ajeitava a camisa por dentro do calção, esperando o jogo recomeçar.

Eduardo, estampa de bandido, autoridade de xerife

Pelo registro histórico, diga-se que naquele ano o Joinville venceu a Taça Governador e o campeonato estadual, mas não superou o Inter em nenhuma oportunidade. Nos dois jogos no Ernesto Schlemm Sobrinho, empates sem gols. Nos dois jogos no Vidal Ramos Júnior, vitórias coloradas pelo escore mínimo. Ser campeão era uma coisa. Dobrar o Inter de Eduardo em 1982 era algo bem diferente.

Naquela noite, o Inter venceu com o gol de Bin e com a autoridade de Eduardo, nos pés de quem o jogo se encerrou exatamente no nonagésimo minuto. Após dominar a derradeira rebatida do Joinville, o Xerife pisou na bola e ficou estático. Assertivo, olhou para o árbitro José da Silva Melo que, entendendo o gesto, apitou o fim. Melhor para todos. Eduardo não deixaria o Joinville fazer um gol nem que a partida fosse até o amanhecer.
A Rádio Clube já havia escolhido, por unanimidade, o melhor em campo. Eduardo receberia um radinho a pilha, oferecimento da Loja Magnetron. O repórter Evaldir Nascimento alcançou Eduardo quando este já deixava o gramado e o interpelou: “- Eduardo, você acaba de ganhar este rádio National Panasonic, fidelidade em ondas curtas, médias e longas, como o melhor jogador da noite!”

Sem interromper sua caminhada, Eduardo disse rangendo dentes: “- Não quero. Não fiz mais do que a minha obrigação”.

E desceu a escadaria rumo ao vestiário, onde deixaria sua camisa vermelha, sua estrela dourada e suas chuteiras pretas. Dentro de instantes voltaria a ser apenas Eduardo Antunes de Castro, misturado entre outros lageanos no último ônibus circular com destino ao Morro do Posto, sem querer mais que um prato de comida e o reconfortante sono dos justos.

O futebol sente saudade de você, Eduardo.

Antarctica Football Club – São Paulo (SP): disputou quatro edições do Paulista da 1ª Divisão, entre 1926 a 1929

O Antarctica Football Club foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na segunda-feira, do dia 1º de Junho de 1914, por funcionários da Companhia Antarctica Paulista. As suas cores: vermelho e branco.

O clube alvirrubro, que era mantido pela Companhia Antarctica Paulista, tinha a sua Sede e a Praça de Esportes, localizados na Rua da Mooca, nº 328, no bairro da Mooca, que fica na Zona Leste na cidade de São Paulo. Atualmente, no endereço fica um belo condomínio.

O Antarctica debutou nas competições futebolísticas, no Campeonato Paulista da 2ª Divisão, em 1916, ficando com o vice-campeonato. Depois jogou no Campeonato Paulista da 3ª Divisão, em 1917 e 1918. Retornando ao Campeonato Paulista da 2ª Divisão, disputando as edições de 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1924 e 1925.

Quatro edições do Paulista da 1ª Divisão

Na sexta-feira, do dia 12 de Março de 1926, se filiou a Liga de Amadores de Futebol (LAFcriada em 1926 e existiu até 1929), onde disputou a Elite do Futebol Paulista, onde participou por quatro temporadas: 1926 (3º lugar), 1927 (9ª posição), 1928 (7º lugar) e 1929 (11ª colocação).

Com o fim da LAF em 1929, o clube retornou ao Campeonato Paulista da 2ª Divisão, onde se sagrou campeão em 1930. A última participação aconteceu em 1931.

Se ausentou da temporada seguinte, e, em 1933, o Sport Club Internacional, um dos grandes clubes do início do século, aceitou convite da Companhia Antarctica Paulista e aconteceu a fusão com o Antarctica, dando origem ao Clube Athletico Paulista no ano seguinte (1934).

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Almanaque do Futebol Paulista, de José Jorge Farah Neto e Rodolfo Kussarev Jr. – Correio Paulistano (SP) – Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 07/11/1920, na página 6.748 – Revista A Cigarra – Wikipédia 

S.P.R. x S.P.A.C. – Football além do tempo.

A primeira ficha técnica completa de um jogo realizado no Brasil e em São Paulo, publicada no jornal The Rio News em 19 de julho de 1898 em sua página 06 é inédita. Em nenhum momento da história do futebol no Brasil foi apresentado algum material de tamanha importância para a a verdadeira análise dos fatos nos primórdios do “football” que estava nascendo no país. Coube ao historiador e bugrino Moisés H.G.Cunha a descoberta neste jornal que circulava na capital do Império e depois República desde 1874. O editor e proprietário se chamava Andrew Jackson Lamourex que nasceu em 1850 e faleceu em 1928. Seus leitores eram majoritariamente britânicos. Na ficha podemos contemplar na escalação do SPAC  a presença de

Charles Miller e Hans Nobiling. Um presente valioso para São Paulo, no dia de sua fundação.

Escudo diferente da AA Campo Limpo Paulista

Em 1982 e 1983 a cidade de Campo Limpo Paulista teve um representante nas divisões de acesso do Campeonato Paulista: a Associação Atlética Campo Limpo Paulista. Do mesmo jeito que o time surgiu, ele sumiu. É muito complicado encontrar alguma lembrança física dessa equipe nos dias atuais.

Eis que nos últimos dias eu adquiri um agasalho da falecida agremiação, e constatei que o escudo é diferente daquele mostrado no Almanaque do Futebol Paulista, obra brilhante dos amigos Rodolfo Kussarev e Jorge Farah, a única publicação que mostrou esse distintivo até hoje. Não é uma diferença enorme em relação ao escudo mostrado na Bíblia, mas acho que vale o registro.

Grande abraço a todos!


					

Amazonas Esporte Clube – Blumenau (SC): Existiu entre 1919 a 1975

Amazonas Esporte Clube (AEC), foi uma agremiação da cidade de Blumenau (com uma população de 361.855 habitantes), que fica a 130 km da capital (Florianópolis) do estado de Santa Catarina.

Em 1911, um grupo de entusiastas da bola conhecidos como “Jogadores do Garcia” vinham dos mais variados setores da empresa Industrial Garcia (EIG), no bairro Garcia, em Blumenau.

 Jogo após jogo, a ideia de criar um clube de verdade foi amadurecendo, onde jogavam futebol num pasto, adaptado a um campo (hoje, o local fica o 23º Batalhão de Infantaria).

Assim, o “Anilado” foi Fundado na sexta-feira, do dia 19 de setembro de 1919. Suas cores eram o azul e branco. Sete anos depois, o clube já possuía a sua Praça de Esportes: o estádio da Empresa Industrial Garcia, considerado por muitos como o mais belo do estado catarinense.

Além disso, o majestoso estádio era um verdadeiro alçapão para os adversários, que sofriam para não serem abatidos pelo esquadrão Anilado. No que tange ao elenco, o clube não deixava a desejar com grandes craques, lembrados até hoje pela turma da velha guarda blumenauense.

Entre a sua fundação oficial até 1944, o AEC viveu um tempo áureo dentro do amadorismo, com diversas conquistas no Campeonato Citadino de Blumenau. Como no ano de 1939, nas celebrações dos 20 anos do então Brasil, sendo dito “convidado indesejado” da festa clube alviverde.  

Chuva torrencial destruiu o estádio

Estádio em 1970

Tornou-se um dos grandes clubes da cidade que, ao lado de Olímpico, Palmeiras, Vasto Verde e Guarani, disputavam o Campeonato Citadino organizado pela Liga Blumenauense de Futebol (LBF).

Na década de 60, o Amazonas sobrevivia as adversidades graças ao empenho das diretorias abnegadas e dos torcedores fiéis. No entanto, com a enxurrada da terça-feira, do dia 31 de outubro de 1961, que destruiu totalmente a praça esportiva, inclusive o salão, e ali foram encontradas três vitimas fatais presas ao alambrado.

O reduto Amazonense ficou em ruínas, tal a violência da água que transbordou do curso normal do Ribeirão Garcia, para causar destruição geral e deixar um rastro de calamidade. O gramado praticamente sumiu, tal o acumulo de areia, pedras, lama, árvores, móveis, balcão frigorífico, material esportivo, troféus, tudo ficou inutilizado.

Estádio reinaugurado em 1962

formação da década de 60
EM PÉ (esquerda para direita): Jepe, Hélio Cunha, Arlindo Eing, Osni, goleiro Antônio Tillmann e Oscarito
AGACHADOS (esquerda para direita): Nicácio, Joel, Maia, Boião e Felipinho
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Neste período de recuperação do estádio, que se tornou mais bonito, sediando até competições dos primeiros Jogos Abertos em Blumenau em 1962, o Amazonas treinava num estádio construído provisoriamente próximo de onde hoje é a praça Getúlio Vargas.

Nos jogos oficiais, o mando de campo era no estádio do Palmeiras Esporte Clube, O Estádio da Empresa Industrial Garcia foi reinaugurado no domingo, do dia 23 de setembro de 1962, na derrota para o Marcílio Dias pelo placar de 6 a 2.  

A partir daí o clube focou no desejo em voltar ao futebol profissional. Chegou a se sagrar campeão de torneios da Liga Blumenauense de Futebol (LBF), em 1972 e 1973, porém um fato acabou mudando o curso da história do esquadrão Anilado.

Amazonas Esporte Clube é extinto em 1975

Em maio de 1974, a empresa Artex adquiriu a Industrial Garcia. Consequentemente, em 1975, o Amazonas Esporte Clube (AEC) acabou sendo desativado e o seu estádio foi aterrado. A última partida foi a decisão da Taça Governador Colombo Salles no mesmo mês.

FOTOS: Acervo de Adalberto Day

FONTES: Wikipédia – site Alexandre José – Adalberto Day

Campeonato Paulista de 1920 – Palestra Italia 1 x 2 Minas Gerais F.C.

 

Partida realizada na data de 31 de outubro de 1920, no Parque da Antárctica Paulista.

Gols: Heitor (1º tempo)

Árbitro: Ernani Cômmodo

Palestra: Primo, Bianco e Pedretti. Bertolino, Picagli e Fabbi. Caetano, Ministro, Heitor, Imparato e Martinelli.

Minas Gerais: Bozzato, Barbosa e Porto. Nonô, Sebastião e Castro. Laerte, De Vitto, Cádena, Francisco e Romão.

 

Fontes: revista “A Cigarra” e o livro “O Caminho da Bola” de Rubens Ribeiro.