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Amistoso estadual, de 1954: Num jogo de 12 gols e três viradas, o Ceres venceu o Campo Grande

Assim descreveu a reportagem do Gazeta de Notícias sobre a vitória do Ceres sobre o Campo Grande, então campeão do Departamento Autônomo. A matéria na íntegra:

“O mau tempo reinante na tarde de domingo  último (no dia 28 de março de 1954) não impediu que um numeroso público circundasse completamente o campo do Ceres Futebol Clube a fim de assistir às festividades da passagem do 5º aniversário do campo do clube banguense.

SENSACIONAL FEITO DO CERES

O quadro de amadores do Ceres deixou gravado um grande triunfo, em sua praça de esportes. Vencendo o Campo Grande Atlético Clube, campeão do Departamento Autônomo, pela contagem de 7 x 5.

A PELEJA EM RESUMO

Mesmo com o gramado completamente encharcado e com chuva caindo, os dois conjuntos proporcionaram uma luta movimentada, que vez vibrar o numeroso público presente ao espetáculo.

O Campo Grande marcou o seu gol 1º gol, logo aos 5 minutos por intermédio de Arley. Aos 15 minutos, Naldo ampliou para o Campusca. Nilton Macaco aos 39 minutos conquistou o primeiro gol do Ceres. Terminando a primeira fase, com o escore de 2 x 1, favorável ao campeão do D.A.

Na fase complementar, o goleiro Jorge, do Campo Grande, não pode continuar guarnição a meta de seu clube, em virtude de ter sofrido uma contusão no braço direito. Em seu lugar entrou Cacique, que foi uma lastima. O Ceres empatou logo aos 3 minutos por intermédio de Nilton Macaco e aos 10, desempatou para o clube banguense.

Walter empatou a partida aos 12 minutos. O centroavante do Campo Grande colocou o clube em vantagem assinalando o quarto tento aos 15 minutos. Foi assim que o goleiro Cacique deixou passar uma penosa bem gorda. Espertinho atirou do meio de campo e a bola foi às redes.

Os dianteiros e médio do Ceres conheceram o fraco do goleiro do Campo Grande e chutavam de toda maneira e de longe. Gringo novamente atirou do meio de campo e marcou o 5º gol do Ceres. Samuel empatou. Logo a seguir para Jorge colocar já nos últimos minutos o seu clube em vantagem no marcador. Wilson cometeu toque dentro da área e Maurício encerrou a contagem”.

 

CERES F.C.             7          X         5          CAMPO GRANDE A.C.

LOCAL: Estádio (João Francisco dos Santos) da Rua da Chita, no Bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

DATA: Domingo, do dia 28 de março de 1954

CARÁTER: Amistoso estadual

ÁRBITRO: Araquém Destri (Boa atuação)

CERES FC: Toninho; Aimoré e Neném; Zico, Espertinho e Gringo; Maia (Tito), Geraldo, Nilton Macaco, Jorge e Maurício.

CAMPO GRANDE: Jorge (Cacique, depois China); Vergilio e Wilson; Gualter, Tião e Gambiarra; Naldo, Samuel, Walter, Lica e Arley.

GOLS: Arley aos 5 minutos (Campusca); Naldo aos 15 minutos (Campusca); Nilton Macaco aos 39 minutos (Ceres), no 1º Tempo. Nilton Macaco aos 3 e 10 minutos (Ceres); Walter aos 12 e 15 minutos (Campusca); Espertinho aos 21 minutos (Ceres); Gringo aos 29 minutos (Ceres); Samuel aos 35 minutos (Campusca); Jorge aos 43 minutos (Ceres); Maurício, de pênalti, aos 46 minutos (Ceres), no 2º Tempo.

PRELIMINAR: Ceres (Aspirantes)  2  x  0  Santa Rita (equipe principal)

 FONTE: Gazeta de Notícias

Atlético Clube Diana, de Campo Grande – Rio de Janeiro (RJ): 1º Escudo

O Atlético Clube Diana é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Alviceleste foi Fundado no dia 08 de Julho de 1955, e tem a sua Sede localizada na Rua Spinoza, 403, no Bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Após disputar por vários anos o Departamento Autônomo da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), em 2007, o Diana decidiu se profissionalizar e participou do Campeonato Carioca da Série C.

A campanha foi razoavelmente boa, pois conseguiu chegar à terceira fase do campeonato. No ano seguinte, se licenciou das competições até os dias atuais. Pesquisando, encontrei o 1º escudo do Atlético Clube Diana em 1956.

FONTE & FOTO: Gazeta de Notícias

Esporte Clube Liberdade, da Cidade Nova – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1946

O Esporte Clube Liberdade foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Praça de Esportes ficava localizado na Rua da Alegria (atual: Rua Prefeito Olimpio de Melo), nº 908, no Bairro de Benfica. Já a sua Sede ficava situada na Rua Ferreira Franco, nº 44, no Bairro da Cidade Nova – Zona Central do Rio.

FUNDAÇÂO & ORIGEM DO NOME

O clube Liberdadense foi Fundado na segunda-feira, do dia 04 de Novembro de 1946, por um grupo de desportistas: José Inácio de Castro, José Teixeira Martins Filho, Valdir Amaral, Avelino Guimarães, Santos Alfarone, Gaudêncio de Carvalho, entre outros.

A escolha pelo nome foi, no mínimo, interessante. Afinal, o assunto mais comentado, fora o futebol, era  a nova Constituição Brasileira de 1946 (estabelecida com um corpo de 218 artigos; somando-se mais 36 artigos nas ADCTs), que fora promulgada 47 dias antes (em 18/09/1946).

E a palavra que mais o povo festejou nas ruas foi ‘Liberdade’, uma vez que as liberdades expressas na Constituição de 1934, tinham sido retiradas pelo Estado Novo (foi o regime político brasileiro fundado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 29 de outubro de 1945), em 1937. Os tópicos em destaque na Constituição foram:

A liberdade de manifestação de pensamento, sem censura, a não ser em espetáculos e diversões públicas; A liberdade de consciência, de crença e de exercício de cultos religiosos; A liberdade de associação para fins lícitos. Assim, a escolha do nome ficou Esporte Clube Liberdade.

O grande feito do Liberdade, aconteceu, no domingo, do dia 26 de Junho de 1949, quando enfrentou o Sport Club Bemfica, então na 2ª Divisão de Amadores da Federação Metropolitana de Futebol (F.M.F.), no campo do adversário (na Rua Licínio Cardoso).

No final, vitória do Liberdade pelo placar de 2 a 0, com gols do atacante Rubinho. O time atuou com a seguinte formação: Jorge; Florindo e Malibuá; Vavá (Galego), Piolho e Rubinho I; Rubinho II, Lalau, Hildebrando, Waldir e Chico.

TÍTULOS

Campeão do Torneio do Cruzeiro Futebol Clube, do Estácio: 1947;

Campeão Invicto da Série Torneio Octacílio de Rezende (organizado pelo Jornal dos Sports): 1948 e 1949.

Time-base de 1949: Itajaí (Jorge); Florindo e Malibuá; Piolho, Vavá (Galego) e Rubinho I; Rubinho II, Lalau, Hildebrando, Valdir e Chico. Técnico: Avelino Guimarães.

Time-base de 1950: Erli; Pascoal e Malibuá; Lubio, Baiano e Armando; China (Anísio), Venicio, Chico II, Valdir e Chico I. Técnico: Avelino Guimarães.

Time-base de 1952: Mario; Nelson e Walter; Maliboá, Osmar e Jair; Betinho, Badú, Careca, Joel e Aluizio. Técnico: Avelino Guimarães.

Time-base de 1953: Itajaí; Jaú e Rubinho; Pino, Nelsinho e Piroquê; Bira, Otávio, Nilton, Tunda e Pedrinho. Técnico: Avelino Guimarães.

Time-base de 1956: Aniceto; Nelson e Quiabo; Fué, Orlando e Naldo; Carlos, Joãozinho, Rocha, Paulo e Chico. Técnico: Avelino Guimarães.

 

FONTES: Jornal A Manhã – Jornal dos Sports – Diário da Noite – Correio da Manhã – Gazeta de Notícias

Tupy Football Club Bicampeão Invicto do Campeonato Citadino de Juiz de Fora (MG), de 1948

No maior clássico de Juiz de Fora, o Tupy venceu o Sport Club por 4 a 2, conquistando de forma invicta o Bicampeonato Citadino de 1948. Destaque da partida ficou por conta da dupla Caquinho e Cotoco, que marcaram dois gols cada.

TÉCNICO SE DESPEDE PARA ASSUMIR O  SÃO CRISTÓVÃO (RJ)

Ao longo da competição, a equipe comandada pelo técnico João Lima venceu quase todos os jogos. O único em que perdeu um ponto foi no empate, justamente, com o Spot Club. Além disso, o time Carijó terminou a competição com o melhor ataque e também a defesa menos vazada.

Diante de uma campanha tão expressiva, acabou rendendo frutos para o treinador que foi contratado pelo São Cristóvão, então na Elite do Futebol Carioca. João Lima nem teve tempo para festejar e 48 horas após a conquista já tinha se apresentado, em Figueira de Melo, para comandar a equipe Cadete.

 

 SPORT CLUB         2          X         4          TUPY F.C.

LOCAL: Estádio Dr. José Procópio Teixeira (Capacidade: 10.500 pessoas), em Juiz de Fora (MG)

CARÁTER: Campeonato Citadino de Juiz de Fora

DATA: Domingo, dia 31 de Outubro de 1948

RENDA: Cr$ 16.305,00

ÁRBITRO: Carlos de Oliveira Monteiro, ‘Tijolo

SPORT CLUB: Natalino; Julinho e Ivo; Paulo, Demeuro e Pedro; Geraldino, Neri, Piaba, Sinhô e Aluizio.

TUPY F.C.: Chico; Pescoço e Gouveia; Belozinho, Paulo Garcia e Chumbinho; Cotoco, Didico, Cigano, Adílio e Caquinho. Técnico: João Lima

GOLS: Caquinho aos 45 segundos (Tupy); Sinhô aos 35 minutos (Sport), do 1º Tempo. Cotoco, de bicicleta, aos 15 e 25, de pênalti, minutos  (Tupy); Aluizio aos 34 minutos (Sport); Caquinho aos 41 minutos (Tupy), do 2º Tempo.

FONTE: jornal A Manhã

 

Esporte Clube São José – Campos dos Goytacazes (RJ): Reportagem de 1947

Na reportagem do jornal A Manhãde quinta-feira, do dia 04 de Setembro de 1947, conta u pouco da estrutura do ‘Estádio da Vitória’, do Esporte Clube São José (Fundado na sexta-feira, do dia 28 de Janeiro de 1938) e também a filiação da agremiação junto a Liga Campista de Desportos (LCD), naquele ano. Sobre a história do clube está publicado no História do Futebol, em 21 de julho de 2012 (Link:https://historiadofutebol.com/blog/?p=37939). 

Abaixo a matéria transcrita na íntegra:

“Campos, a grande cidade fluminense, tem em seus filhos verdadeiros entusiastas do esporte. Numerosas são as agremiações esportivas daquela cidade que tem primado por um esforço elogiável a fim de levantar aos píncaros da glória o esporte amador da nossa terra.

O Esporte Clube São José, novel grêmio de Campos é constituído de funcionários da Usina São José. Nele se congregam, nas horas de lazer, os administradores, os auxiliares e os operários da Usina.

O ESTÁDIO DA VITÓRIA

Possui o Esporte Clube São José magnífica praça de esportes, denominada “Estádio da Vitória“. O campo de futebol, já construído, mede 110 x 75 m. de terreno otimamente gramado, circundado por uma pista de atletismo. O “paratuche” é de cimento armado, o que constitui inovação em matéria de cercas internas.

Nas cabeceiras do campo, constroem-se uma piscina, vestiários, quadras de tênis e basquetebol. A tribuna social, já terminado, oferece amplo conforto aos associados e autoridades.

UMA ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE

A diretoria do Esporte Clube São José conta em seu seio, elementos batalhadores desportistas eméritos. O presidente atual é o Sr. Itamar Almirante Dias, que conta ainda com a colaboração dos seguintes diretores:

Vice-Presidente – Sr. Saturnino Monteiro Filho; Secretário Geral – Sr. Hélio Gomes Monteiro; 1º Secretário – Sr. Gilberto Batista Vieira; 2º Secretário – Sr. João Batista Tavares; Tesoureiro Geral –  Sr. Jael Sampaio; 1º Tesoureiro – Sr. Volgran Silvano da Silva; 2º Tesoureiro – Sr. Jorge Gonçalves.

A EQUIPE DE FUTEBOL

O esquadrão do Esporte Clube Usina São José é constituído de ótimos elementos. A característica principal é o entusiasmo com que lutam do primeiro ao último minuto da luta. O técnico Augusto Alvany conta com elementos esforçados.

Até a presente data, o grêmio campista obteve, em 35 jogos, 30 vitórias; empatando três partidas; somente foi derrotado duas vezes, tendo que na última delas contra a equipe do Leopoldina Railwal A.A. Sua ofensiva já marcou 161 tentos, contra 54 dos adversários.

FILIADO A LIGA CAMPISTA DE DESPORTOS

Uma notícia alvissareira veio alegrar os desportistas de Campos; é o que o Esporte Clube Usina São José vem de se filiar a Liga Campista de Desportos (LCD), onde disputará, com os seus co-irmãos, todos os torneios e campeonatos da entidade.

NOVOS INTERESTADUAIS PREVISTOS

Segundo apuramos, o Esporte Clube Usina São José está entabulando negociações com diversos clubes,  para a realização de outros encontros interestaduais.”

 

FONTE: A Manhã (de quinta-feira, do dia 04 de Setembro de 1947)

Azul e Branco Futebol Clube, de Anchieta – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1946

O Azul e Branco Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede ficava localizada na Rua Natália Teixeira, s/n – Estação de Anchieta – Zona Norte do Rio. O Alviceleste de Anchieta foi Fundado em Abril de 1946, por jovens desportistas do Bairro de Anchieta, como Joaquim da Silva Reis (foi o 1º Secretário), Otacílio F. Pinto (Diretor de Esportes), entre outros. A 1ª Diretoria foi constituída assim:

Presidente – José Gomes dos Reis;

1º Secretário – Joaquim da Silva Reis;

Tesoureiro – Mario Gomes dos Reis;

Diretor de Esportes e Técnico – Otacílio F. Pinto.

ORIGEM DO NOME –  Joaquim da Silva Reis revelou que a escolha do nome  surgiu antes mesmo da criação do clube. Aconteceu ainda quando o grupo ainda era criança. Naquela época, a garotada criou a “Pelada“, entre eles, que foi batizada de ‘Azul e Branco’.  Quando resolveram fundar o clube, onde os dois times se uniram, também juntaram as cores para definir como: Azul e Branco Futebol Clube.

PRIMEIRO JOGO

O Azul e Branco estreou oficialmente, num amistoso, no domingo, do dia 1º de Setembro de 1947, quando enfrentou o Adrianino F.C., campeão do Campeonato Citadino do Município Engenheiro Paulo de Frontin (o nome anterior deste lugar era chamado de Rodeio). Mesmo atuando como visitante, o Alviceleste de Anchieta arrancou um empate em 3 a 3.

Os gols foram assinalados por Bilé, Dadá e Wilson. Já os destaques da partida foram Otacílio e Áureo. O Azul e Branco jogou com a seguinte equipe: Edson; Haroldo e Áureo; Hugo, Otacílio e Rubem; Gonzaga (Darci), Wilson, Bilé, Dadá e Maurício. Técnico: Otacílio F. Pinto.

PRIMEIRA VITÓRIA

Duas semanas depois, no domingo, dia 14 de setembro, veio a 1ª vitória. A equipe bateu o Alvinegro F.C., pelo placar de 2 a 1. Bilé e Gonzaga foram os autores dos gols do Azul e Branco. A escalação foi a seguinte: Hugo; Haroldo e Áureo; Gastão, Otacílio e Rubem; Gonzaga, Wilson, Bilé, Dadá e Maurício. Técnico: Otacílio F. Pinto.

PS: O Município Engenheiro Paulo de Frontin nasceu de um entreposto comercial entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro que se transformou na Vila de Rodeio. A povoação floresceu no fim do século XIX com a construção da estrada de ferro que passou a cortar a vila. Mais tarde, em 1943, passou a chamar-se Soledade de Rodeio. Em 1946, mudou o nome para Engenheiro Paulo de Frontin, em homenagem ao responsável pela duplicação da linha férrea, especialmente pelo Túnel 12 ou “Túnel Grande“, que possui 2.245 metros de comprimento.

 

FONTE: jornal  A Manhã

Seleção Paulista Universitária, de 1956

A famosa equipe das ‘Jaquetas’ do escudo ‘U’, sob cuja égide militam as lidimas expressões do futebol universitário paulista, concretiza um dos mais belos ideais, da luta pela educação integral de nossa juventude estudantina. Nesta foto, vemos o “Esquadrão” do Clube Universitário de São Paulo, formando com:

Pádua (Médico), Regina (Acadêmico de Direito), Vignola (Dentista), R. Leite (Engenheiro), Dudu (Advogado), Rebelo (Engenheiro), R. Vignola (Médico), André (Acadêmico de Medicina), Corsini (Dentista), Rana (Acadêmico de Economia) e Jayme (Acadêmico de Direito).

Uma verdadeira equipe de escol, técnica e intelectualmente; baluartes de uma cruzada nobre e patriótica, de reais méritos.

FONTES: Gazeta Sportiva Ilustrada –  Marlon Krüger Compassi

Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte (MG): Escudo e uniforme de 1956

O Cruzeiro Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). A Raposa nasceu através do esforço de desportistas da comunidade italiana em Belo Horizonte, com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália, em 2 de janeiro de 1921.

Dos anos iniciais, datam os primeiros ídolos e conquistas do Palestra, como o tricampeonato estadual de 1928, 1929 e 1930, com uma equipe que contava com os lendários Ninão, Nininho, Bengala e Piorra. Em 1942, com a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial, um decreto de lei do governo federal proibiu o uso de termos que remetem à Itália em entidades, instituições e estabelecimentos no Brasil.

Com isso, o Clube precisou ser renomeado e o nome escolhido foi Cruzeiro Esporte Clube, em homenagem ao símbolo maior da pátria brasileira.  Assim como o nome, o uniforme também sofreu mudanças. Antes verde e vermelho, em homenagem à bandeira italiana, o Clube adotou o azul e branco, inspirado pela seleção da Itália.

Nas décadas seguintes, o que se viu foi o crescimento de um gigante, especialmente após a inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, onde o Cruzeiro conquistou os principais títulos da história do futebol de Minas Gerais. Com craques como Tostão, Piazza, Dirceu Lopes, Raul, Zé Carlos, Palhinha, Joãozinho, o fenômeno Ronaldo, Sorín, Alex, Fábio e tantos outros, o time passou a ser um dos clubes brasileiros com maior número de conquistas internacionais.

São dois títulos da Copa Libertadores (1976 e 1997), dois da Supercopa (1991 e 1992), um da Recopa (1999), um da Copa Ouro (1995) e um da Copa Master (1995). No âmbito nacional, o time azul foi quatro vezes campeão brasileiro (1966, 2003, 2013 e 2014) e, em quatro outras ocasiões, conquistou a Copa do Brasil (1993, 1996, 2000 e 2003).

Além dos títulos, o Cruzeiro é reconhecido mundialmente pela sua excelente estrutura e como um dos principais reveladores de talentos para o futebol, como aconteceu em relação a Ronaldo, Maicon, Gomes, Luisão, Wendell, Jussiê, Beletti e muitos outros.

FONTES: Gazeta Sportiva Ilustrada – Site do Clube – Marlon Krüger Compassi