Arquivo da categoria: Escudos

Sorriso Esporte Clube – Sorriso (MT): Bicampeão Mato-Grossense de 1992 e 1993

O Sorriso Esporte Clube (SEC) é uma agremiação da cidade de Sorriso (MT). O Lobo do Norte foi Fundado no dia 20 de Julho de 1985, a sua Sede fica localizada na Avenida Natalino Brescansin, nº 385, no Centro da cidade. A equipe manda os seus jogos no Estádio Egídio José Preima, a ‘Toca do Lobo’, com capacidade para 5 mil pessoas, situado em Sorriso.

O SEC foi Vice-campeão do Campeonato Mato-Grossense de 2ª Divisão, em 1991. Já na Elite faturou o Bicampeonato Matogrossense em 1992 e 1993. Depois disso as melhores participações do SEC em estaduais: 2008 (6º lugar); 2009 (4º lugar); 2010 (5º lugar); 2011 (8º lugar); 2012 (9º lugar).

Sorriso Campeão Mato-Grossense de 1992, no Estádio José Egídio Preima

O SEC já participou duas vezes da Copa do Brasil. Em 1993 enfrentou o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense aonde empatou, em casa, por 1 a 1, e depois acabou eliminado ao ser goleado por 5 a 2, em Porto Alegre (RS). Já em 1994 enfrentou o Vitória da Bahia, novamente empatou, em casa, por 1 a 1, provando a força do Lobo do Norte jogando na Toca do Lobo, e acabou derrotado em Salvador (BA) por 4 a 0.

Tem como principais rivais o Sinop Futebol Clube (com quem faz o Clássico do Nortão) e o Luverdense Esporte Clube (com quem faz o Clássico da Soja). Atualmente está na segunda divisão do campeonato Mato-Grossense de futebol.

 

FONTES & FOTO: Wikipédia – Site Craques do Rádio (MT) – Acervo Gláucio Marcelo

Guarany Futebol Clube – Cachoeira do Sul (RS): Vice-campeão Gaúcho de 1943

O Guarany Futebol Clube foi uma agremiação do município de Cachoeira do Sul (RS). Fundado em 1917, mandava seus jogos no Estádio Joaquim Vidal, com Capacidade para 5 mil pessoas, junto com o seu maior rival Cachoeira Futebol Clube.

Em 1920, conquistava seu primeiro título, o Campeonato Citadino de Cachoeira do Sul. Oito anos depois, conquistava o heptacampeonato da cidade. Uma conquista semelhante veio no ano de 1941, com o hexacampeonato.

Foi vice-campeão do Campeonato Gaúcho da 1ª Divisão de 1943, em final com o Sport Club Internacional, conquistando o Campeonato do Interior Gaúcho daquele ano.

O ano de 1959 marca o seu último título na história, novamente ganha a competição municipal. Foi o maior campeão de Cachoeira do Sul com 23 títulos da cidade e mais um Campeonato do Interior.

Teve como ídolo o goleiro Evir Borba que, na década de 1960, jogou no Grêmio de Porto Alegre, e foi tricampeão paranaense pelo Grêmio Maringá, encerrando sua carreira em São Paulo.

TÍTULOS                                                    

Vice-Campeonato Gaúcho: 1943;

Campeonato do Interior: 1943;

Taça RBS de Futebol: 1940;

Campeonato Citadino de Cachoeira do Sul: 1920, 1922, 1923, 1924, 1925, 1926, 1927, 1928, 1933, 1936, 1937, 1938, 1939, 1940, 1941, 1943, 1946, 1947, 1953, 1954, 1956 , 1958 e 1959.

Centenário de Cachoeira do Sul : 1959.

 

 

FONTES: Diário de Notícias – Wikipédia – Marlon Krüger Compassi 

Grêmio Esportivo Renner – Porto Alegre (RS): Campeão Gaúcho de 1954

O Grêmio Esportivo Renner foi uma agremiação da cidade de Porto Alegre (RS). O Time dos Industriários foi Fundado em 27 de julho de 1931, pelos diretores e funcionários das antigas lojas A. J. Renner & Cia. (atuais Lojas Renner), de forma a dar atividades de recreação esportiva aos operários das fábricas.

De início, o time oficialmente criado por Victor Gottschold, Avelino Amaral e Apolinário Corrêa começou a disputar suas partidas na Rua Frederico Mentz, no bairro Navegantes. No entanto, pouco mais de quatro anos depois de seu estabelecimento, o Renner inaugurou seu próprio estádio, o Tiradentes.

O local foi construído em um terreno doado por Antônio Jacob Renner (proprietário das lojas que levavam seu nome), e não demorou para ganhar a alcunha de Waterloo, dada a dificuldade para que o clube fosse derrotado em suas dependências.

E foi em uma dessas “batalhas de Waterloo(Seu estádio ficou conhecido como “Waterloo”, porque ali o time da casa era quase imbatível) que o Alvirrubro inaugurou as dependências de seu campo, derrotando o Taquarense por 5 a 4 em 15 de novembro de 1935. No ano seguinte, um pouco mais ambicioso esportivamente, o Renner participou da criação da Liga Atlética Porto-Alegrense (LAPA), que organizaria uma das ligas municipais.

Entretanto, o fracasso da competição porto-alegrense da LAPA fez com que o ‘Time dos Industriários’ deixasse de lado seu projeto inicial e integrasse a Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos (AMGEA), filiada à CBD (‘AMGEA cebedense’).

Em campo, os primeiros resultados logo vieram. Em 1938, o Renner conquistou o Torneio Início e o Campeonato Municipal da AMGEA cebedense, disputado contra Novo Hamburgo, Foot-ball Club Porto Alegre, Sokol e Ferroviário entre junho e outubro.

No primeiro turno do Municipal, venceu Novo Hamburgo (2 a 0), empatou com Ferroviário (2 a 2), e goleou Porto Alegre (8 a 3) e Sokol (5 a 0). No segundo turno, venceu o Novo Hamburgo (4 a 1), perdeu para o Ferroviário (1 a 0) e derrotou Porto Alegre (3 a 1) e Sokol (2 a 0).

Com o título da Zona Centro do Rio Grande do Sul, o Renner garantiu a vaga para o Campeonato Gaúcho do mesmo ano, mas acabou derrotado nas semifinais pelo Riograndense (campeão da Zona Litoral) e ficou de fora da final.
Em 1939, a AMGEA unificou seus dois ‘braços’, o Cebedense e o Especializado, inchando o Campeonato Municipal daquele ano. Entretanto, um acordo feito com a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) do Rio de Janeiro em 1937 obrigou os gaúchos a colocarem apenas cinco clubes em sua primeira divisão.

Fez-se então o Torneio Relâmpago, com 11 equipes de Porto Alegre disputando as vagas na elite. Originalmente, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Força e Luz, São José, Americano, Porto Alegre, Ferroviário, Renner, Sokol e Villa Nova disputaram o torneio, mas o Villa Nova abandonou a competição depois de três partidas.

O Renner terminou na 4ª colocação, empatado com Cruzeiro e Americano, mas foi o lanterna do torneio desempate, sendo ‘rebaixado’ para a Série B de 1940, ao lado de São José, Porto Alegre, Ferroviário e Sokol. Ainda em 1939, o Grêmio faturou a Série A do Citadino, enquanto o Americano foi rebaixado e deu lugar ao São José, campeão da Série B da capital gaúcha.

ANOS 40 & 50: O ÁPICE

Em 1940, o Renner chegou a cogitar a mudança de seu nome para Industrial ou Navegantes, de forma a tentar melhor sorte nos estatutos da AMGEA. Sem sucesso, o clube deixou escapar o acesso para a Série A, ainda que a boa fase do ataque valesse ao atacante Caburé uma convocação para a seleção brasileira, que disputaria o Campeonato Sul-americano na Bolívia – Caburé jamais jogou, já que os clubes gaúchos se recusavam a ceder seus atletas.

Naquele mesmo ano, precisando apenas de um empate para voltar à elite sul-rio-grandense, o Renner foi derrotado pelo Porto Alegre, e permaneceu nas divisões inferiores. Aliás, não permaneceu, porque sequer se inscreveu para disputar o acesso em 1941.

Em 1942, com o início do profissionalismo no estado, o clube alvirrubro venceu a segunda divisão de Porto Alegre, mas não subiu. O acesso só veio em 1944, com mais um título da competição. Em 1947, o time foi quinto colocado do Citadino (que classificava seu campeão para o Campeonato Gaúcho, disputado contra os campeões de outras zonas regionais), ficando de fora da fase final (que contou com Internacional, Força e Luz, Cruzeiro e Grêmio); em 1948, ficou em sexto, à frente apenas do Nacional; em 1949, em sua melhor campanha até então, o Renner foi quarto, atrás de Grêmio, Inter e São José, e à frente de Nacional, Cruzeiro e Coríntians.

Mais estável, o Renner se tornou presença constante na elite porto-alegrense. Em 1950, a equipe do Tiradentes ficou em terceiro lugar, atrás da dupla Gre-Nal. No ano seguinte, ficou com a quinta colocação. Em 1952, foi vice-campeão municipal, perdendo o título para o Colorado por apenas dois pontos – no caso, o Inter venceu sete e empatou três de seus dez jogos, enquanto o Renner venceu seis, empatou três e perdeu uma, exatamente um 3 a 0 fora de casa para o próprio Inter, na segunda rodada do primeiro turno, em 14 de setembro.

Em 1953, mais uma vez o título municipal ficou com o Internacional, que superou Grêmio e Renner. A consagração, entretanto, viria em 1954, quando o Campeonato Citadino de Porto Alegre contou com clubes de São Leopoldo (Aimoré), Caxias do Sul (Flamengo e Juventude) e Novo Hamburgo (Floriano).

Cruzeiro, Força e Luz, Grêmio, Internacional, Nacional e Renner – todos da capital – completaram o certame. Arrasador, o Time dos Industriários não perdeu nenhuma de seus 18 partidas, vencendo 15 e empatando três. Acabou campeão da cidade com três rodadas de antecipação, contabilizando 33 pontos (o Inter, vice, somou 27), e garantiu presença na disputa do título gaúcho.

Com isso, em janeiro de 1955, o Renner iniciou a disputa do quadrangular que decidiria o título estadual do ano anterior. Pela frente, o clube porto-alegrense teria o Grêmio Esportivo Gabrielense, de São Gabriel (representante da Serra), o Brasil de Pelotas (representante do Litoral e do Sul) e o Ferro Carril de Uruguiana (representante da Fronteira).

O Gabrielense desistiu do torneio antes da primeira rodada, tornando a disputa ainda mais centralizada entre Brasil e Renner. Tanto que, no primeiro turno do triangular, os dois times venceram o Ferro Carril (2 a 1 para o Brasil e 2 a 0 para o Renner) e empataram entre si (1 a 1 na terceira rodada).

No segundo turno, os pelotenses venceram o Ferro Carril por 3 a 1, enquanto o Renner venceu por apenas 1 a 0. Em melhor fase, o Brasil viria a Porto Alegre para tentar a vitória sobre o Renner; porém, em mais uma batalha no Waterloo, os alvirrubros venceram por 3 a 0, com gols dois gols de Breno Mello e um de Pedrinho, e conquistaram – invictos – a maior glória de sua história. O time entrou em campo com Valdir de Moraes; Bonzo, Ênio Rodrigues, Orlando (depois Olavo) e Paulistinha; Leo e Ênio Andrade; Pedrinho, Breno Mello, Juarez e Joelcy, e ganhou tanta fama que ficou conhecido no Rio Grande do Sul como “Papão de 54”.

As boas campanhas se repetiram nos Citadinos dos anos seguintes (que passaram a se chamar Divisão de Honra), mas sem levarem novamente o Renner às fases decisivas do Gauchão. Em 1955, o clube foi terceiro em Porto Alegre, atrás de Inter e Grêmio.

Em 1956, foi vice-campeão, atrás dos gremistas. Em 1957 e 1958, foi novamente terceiro, desta vez atrás de Tricolores e Colorados – na segunda, fez o artilheiro da competição: Higino, com 17 gols, ao lado de Gessi (Grêmio) e Marino (Aimoré).

Em todas as ocasiões, o Municipal de Porto Alegre contou com pelo menos dez clubes, sendo que a edição de 1958 contou com 11. Ainda em 1957, o clube disputou o Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro, ao lado de Vasco, Fluminense e Bangu (que se sagrou campeão).

EM 1958: O ADEUS

Entretanto, ao final de 1958, a boa fase do Renner encontrou um adversário duro de ser combatido: as dívidas. Ao longo da década de 50, o clube vinha representando prejuízo para as lojas de A. J. Renner, que não pôde ser encoberto nem mesmo com o título estadual de 1954. Aí, ao final do Municipal de 1958, a empresa decidiu dar fim ao seu departamento de futebol profissional, encerrando o crescimento de um emergente dos gramados gaúchos.

O LEGADO

Ainda assim, o Renner deixou importantes marcas para o futebol do Sul do Brasil. O time de 1954 contou com uma legião de craques do futebol das décadas de 50 e 60 – casos de Valdir Joaquim de Moraes e Ênio Andrade (que foram contratados pelo Palmeiras após o fechamento do clube gaúcho).

Além disso, o Papão de 54 teve os artilheiros do Gauchão de 54, Joeci e Breno Mello – este segundo se transferiu para o Rio de Janeiro, onde defendeu o Fluminense e atuou como ator, participando de filmes como Orfeu Negro (vencedor da Palma de Ouro em Cannes), Os Vencidos, O Negrinho do Pastoreio e Prisioneiro do Rio.


TÍTULOS
Campeonato Gaúcho: 1954;

Campeonato Citadino de Porto Alegre: 1938 e 1954.

 

FONTES: Diário de Notícias –  Mercado Livre – Um Time por Dia – Marlon Krüger Compassi – http://wp.clicrbs.com.br/