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Hoffenheimm a outra surpresa!!!

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Outra revelação acontece no campeonato alemão, um pequeno clube é a sensação da temporada.

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Nome: TSG 1899 Hoffenheim
Apelido: Hoffe
Ano de fundação: 1899
Estádio: Rhein Neckar Arena

A formação do TSG 1899 Hoffenheim nos moldes atuais aconteceu em
1945, com a união de dois outros clubes da região, o Turnverein Hoffenheim (1899) e o Fussballverein Hoffenheim (1921).

Mesmo sendo uma agremiação antiga, com mais de 100 anos de história, o Hoffenheim, até a década de 1990, foi apenas uma equipe amadora, que disputava a oitava divisão do futebol alemão. As mudanças começaram nesse período, com a chegada de Dietmar Hopp.
Dietmar não é um técnico visionário, um goleiro seguro e muito menos um atacante goleador. O criador do software SAP, um dos mais utilizados na Europa, viveu sua infância no clube e voltou como principal investidor, injetando boas quantias e, com isso, reacendendo a esperança dos torcedores.
O aquecimento econômico trouxe resultados quase que imediatos. No ano 2000 a equipe venceu a Verbandsliga e se classificou para a quarta divisão. Na temporada seguinte veio outro bom resultado e o clube conquistou mais um acesso, chegando à Terceira Divisão.
A evolução não parou por aí. O Hoffenheim fez sua primeira participação na Copa Alemã durante a temporada 2003/04 e, logo de cara, conseguiu chegar às semifinais. Equipes como Karlsruher e o Bayer Leverkusen atravessaram o caminho do Hoffe e ficaram para trás. A eliminação veio apenas na disputa contra o VfB Lübeck.

Os investimentos de Hopp continuaram na mesma proporção dos resultados. Em 2006, jogadores que já haviam obtido destaque na Bundesliga, como Tomislav Maric e Jochen Seitz foram contratados e conseguiram levar a equipe à Segunda Divisão.
O sonho ficava cada vez mais próximo. Até que, na temporada 2007/08 da divisão de acesso do futebol alemão, o Hoffenheim ganhou 17 partidas, marcou 60 gols e garantiu a segunda posição na tabela, ganhando o direito de desfrutar seu mais desejado sonho, o de integrar a elite do esporte na Alemanha.

Ídolos, títulos e artilharia

A história do TSG 1899 Hoffenheim é muito longa, já que os primeiros registros do clube datam de 1899. Porém, a agremiação passou anos e anos disputando campeonatos inferiores, e alcançou a elite alemã pela primeira vez apenas na temporada 2008/09. Com isso, os grandes ídolos da torcida são os principais jogadores que conseguiram este feito, como Ramazan Özcan, Carlos Eduardo e Demba Ba.

O goleiro austríaco Ramazan Özcan chegou ao clube por empréstimo no segundo turno da temporada 2007/08 e logo garantiu a posição. Com boas defesas e um ótimo posicionamento, o camisa 1 do Hoffenheim disputou 17 jogos e sofreu apenas 13 gols, colaborando muito para o acess
Özcan foi o terceiro goleiro da seleção austríaca durante a Eurocopa 2008, mas não disputou nenhuma partida. Sua estréia com o uniforme da seleção aconteceu no dia 20 de agosto do mesmo ano, em um amistoso contra a Itália que terminou 2 a 2.

Não foi apenas na defesa que o Hoffenheim se destacou. Com 60 gols feitos, o ataque da equipe figurou entre os melhores da Segunda Divisão. Destaque para o senegalês Demba Ba, que balançou as redes adversárias em 12 oportunidades.
Nascido na França, o atacante mudou-se para Senegal ainda pequeno. Rápido e preciso, Demba Ba chegou ao clube em 2007 junto com o brasileiro Carlos Eduardo e ambos fizeram história no comando do poderoso ataque do Hoffe.

O ex-gremista Carlos Eduardo chegou muito jovem ao clube alemão. A imprensa no Brasil o criticou, dizendo que o bom atacante estaria prejudicando sua carreira ao jogar em um time considerado pequeno. Porém, o brasileiro não desanimou e ganhou espaço cativo no coração dos torcedores.
Habilidoso e determinado, Carlos Eduardo marcou apenas cinco gols na campanha do acesso, mas seus passes precisos foram responsáveis por inúmeros gols de seus companheiros.
Na temporada 2008/09, Ramazan Özcan, Demba Ba e Carlos Eduardo brigam juntos para colocar o Hoffenheim em destaque no cenário futebolístico do país.

Carlos Eduardo
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Fonte:HowStuffWorks

Leixões, a sensação da temporada em Portugal!!

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Esta temporada um clube pesqueno vem surpreendendo em Portugal, o Leixões.Repasso aos membros uma breve história para sabermos que clube é esse.

Nome Leixões Sport Club
Apelido Os Bébés e Heróis do Mar
Mascote Bébé
Fundação 28 de Novembro de 1907
Estádio Estádio do Mar,Matosinhos
Capacidade 12.700

O Leixões Sport Club é um clube de Matosinhos fundado a 28 de Novembro de 1907.
Apesar de ser um clube com diversas modalidades e com um rico historial, existem três que se destacam das restantes, o Voleibol, a Natação e claro, o Futebol.

O Leixões possui no seu historial futebolístico grandes êxitos, dos quais se destacam uma vitória na Taça de Portugal frente ao Futebol Clube do Porto, várias presenças na Taça UEFA e uma presença na Taça das Taças indo até aos quartos-de-final desta mesma competição.
O Leixões é ainda um clube conhecido pelo seu grande número de adeptos que são ainda muito fervorosos. A média de adeptos por jogo em casa é entre 4 a 8 mil adeptos e fora arrasta sempre entre 2000 e 6000 adeptos, é considerado um dos maiores clubes ao nível do desporto nacional. É importante referir que o Leixões possui ainda uma filial no Luxemburgo com o nome Leixões do Luxemburgo formada por emigrantes do Leixões.

O Leixões tem alguns livros dedicados ao clube, tem uma longa metragem (“És a Nossa Fé” de Edgar Pêra) dedicada aos adeptos do Leixões e o clube e esta época, o Leixões tem direito a programas exclusivos na televisão Porto Canal.
São até ao momento a primeira e única equipa da Europa a qualificar-se para a taça UEFA não estando na primeira divisão do seu país. Foi graças a Taça de Portugal, onde acabaria por perder na final contra o Sporting CP, no entanto este já estaria qualificado para a Liga dos Campeões graças a sua classificação na liga.

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Participações

* 55 Presenças na Taça de Portugal (Vencedor em 1960/1961)
* 22 Presenças na I Liga/I Divisão
* 6 Presenças na II Liga/Liga de Honra (Campeão em 2006/2007)
* 40 Presenças na II Divisão B (Campeão em 2002/2003)
* 1 Presença na Supertaça Cândido de Oliveira (2002/2003)
* 1 Presença na Antiga I Liga
* 3 Presenças na Antiga II Liga (Campeão em 1937/1938)
* 6 Presenças no Campeonato de Portugal
* 1 Presença na Taça das Taças (Quartos-de-final em 1961/1962)
* 3 Presenças na Taça UEFA
* Campeão Nacional de Juniores (1947)

Fonte
Texto cedido pela Administração do LeixoesSC.com – Site dos Adeptos do Leixões -Wikipédia

Estudiantes X Grêmio , Guerra de La Plata,1983

“Foi a única vez na vida que tive medo. Não medo de jogar, que nunca me aconteceu: medo de morrer mesmo”. Quem disse isso foi o ex-zagueiro uruguaio Hugo De León (à direita na foto), três títulos de Libertadores e dois de Mundial nas costas, um vivido em guerras futebolísticas. O jogo que fez De León temer ocorreu em La Plata, no 8 de julho de 1983, pelo triangular semifinal da Libertadores daquele ano. O Grêmio do oriental foi duelar com o Estudiantes num clima de guerra real – os argentinos, mordidos pela Guerra das Malvinas, queriam usar o futebol para se vingar do pouso de um avião inglês na base aérea de Canoas, região da Grande Porto Alegre, dias antes da partida.

Com a complacência da portaria do hotel, telefonemas ameaçadores chegavam à concentração gaúcha: van a murir todos ustedes. Antes de a bola rolar, no meio de campo, o lateral Camino já levava cartão amarelo por agredir com um chute o gremista Caio. Durante a partida, torcedores atiraram paus e pedras no gramado, e usaram suas bandeiras como lanças através do alambrado. Um fotógrafo invadiu o campo e deu um soco no goleiro Mazarópi. O Estudiantes teve quatro expulsos. O Grêmio abriu o placar de 1 a 3. Mas as ameaças… Vencer era morrer, diziam os torcedores argentinos. O Grêmio acreditou e deixou o quadro da casa empatar. Até fez um quarto gol depois, anulado erroneamente pela arbitragem, mas nem reclamou: “quando o juiz anulou o gol do Osvaldo, nós só faltamos vibrar”, disse Mazarópi; “aquilo era um pesadelo”, concordou De León. O Grêmio terminaria classificado e sairia daquela Libertadores como campeão.

Incrível
Por Luis Fernando Veríssimo
(publicado em 14/07/1983, seis dias depois da Batalha de La Plata)

Por uma fatalidade geográfica, temos com a Argentina, além do clima e de uma fronteira em comum, certas afinidades platinas. Não faz muito tempo que a “ele erre uno, ele erre dos, Rádio El Mundo de Buenos Aires” era mais ouvida aqui do que qualquer rádio nacional e não havia cabaré que não tivesse sua orquestra típica para intercalar com seu “jazz”. Uma linha de silêncio em memória dos cabarés e de suas orquestras típicas.

Mas apesar de sermos um pouco argentinos, a verdade é que nunca compreendemos, mais do que o resto do mundo, os argentinos. Pelo contrário, a proximidade só aumenta nossa perplexidade. Pois se Buenos Aires é a cidade européia mais próxima da nossa fronteira, como explicar que aquela capital de cultura e urbanidade também seja cenário de tanto primitivismo, não só no futebol? Como conciliar a idéia de um povo politizado, britânico, de blazer, com aqueles surtos passionais? Quanto mais conhecemos a Argentina, mais difícil fica a explicação. Desconfia-se que nem os argentinos se explicam.

Pra mim, mais incrível do que o Estudiantes virar o jogo e empatar com sete contra 11 foi aquela torcida que – seu time perdendo de três a um e com quatro jogadores a menos – em vez de ir para casa como pessoas sensatas, continuou no lugar, pulando e gritando como antes. Mais do que antes. A torcida não tinha dúvidas de que sete argentinos podiam virar o jogo e empatar contra 11. Qualquer outra torcida teria sucumbido, senão ao desânimo então ao senso do ridículo.

Os argentinos vivem perigosamente à beira do ridículo. Veja o tango. Todo o tango está sempre arriscado a se transformar na sua própria paródia. Está sempre à beira do excesso. Raramente passa para o excesso, ou então passa e a gente descobre que o excesso também tem o seu valor, que o dramalhão tem a sua grandeza e que o “bom gosto” pode ser uma limitação. Um jogo como Estudiantes x Grêmio, transformado em literatura, seria condenado como ingênuo e inverossímil. Um pouco argentino demais. Só que os argentinos ainda acreditam nas suas fantasias. É a sua arrogância. De vez em quando dá Malvinas. De vez em quando dá certo, e aí nós é que passamos por ridículos. O Grêmio foi sensato, jogou com extremo bom gosto e empatou. Os argentinos apostaram no impossível e o impossível aconteceu. A fantasia sobreviverá por mais algumas gerações. E nós continuaremos sem compreender.

fonte: http://futebesteirol.blogspot.com/