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Inédito!!! Rio Foot-Ball Club – Rio de Janeiro (RJ): Foi o 1º adversário na história do Fluminense F.C. (RJ), em 1902!

Por Sérgio Mello

O Rio Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado da sexta-feira, do dia 18 de julho de 1902, por iniciativa dos jovens desportistas Armando Savio, Harold Cox, Gabriel e Jorge Nicklaus, Francisco Loup, Adolpho Nery, T. Mackintosh e Jorge Paes Leme. No primeiro mês, o Rio contava com 14 sócios, número esse que se elevou a 26, no segundo mês e assim foi aumentando gradativamente até chegar a 87. As cores escolhidas foram, o preto, branco e roxo.

A polêmica escolha do nome

A história começou meses antes, quando Oscar Cox organizou uma excursão para São Paulo, aonde iria realizar dois jogos, com o nome de “Rio Team”. Ali nascia o embrião que depois surgiria o Tricolor das Laranjeiras.

Oscar Cox montou a lista dos jogadores que viajariam para a Terra da Garoa. Dentre os “cortados” estava o Mister T. Mackintosh, que não gostou nem um pouco dessa decisão.

Então, organizou um grupo de rapazes e fundou o Rio Foot-Ball Club. A curiosidade do nome é que Oscar Cox já tinha manifestado para os amigos que o nome escolhido para fundar a futura equipe seria Rio Foot-Ball Club.

Porém, Mister T. Mackintosh, talvez por picuinha, se antecipou e batizou o seu time com o nome que Oscar Cox escolhera. Com isso, tal imprevisto determinou a mudança de nome para Fluminense Football Club.

A sua 1ª Diretoria estava composta pelos seguintes senhores:

Presidente – Armando Savio;

Vice-Presidente – Jorge Paes Leme;

Secretario – Jorge Nicklaus;

Thesoureiro – Francisco Loup;

Captain – Harold Cox.

A 2ª Diretoria foi eleita cerca de dois meses depois, na terça-feira, do dia 30 de Setembro de 1902, com os seguintes dirigentes:

Presidente – Raul Brandão;

Secretario – Emílio da Rocha Lima;

Thesoureiro – Heitor Luz;

Commisiorario – Manoel da Guia Ferreira;

Commisão Diretora de Jogos – João Ferreira, Henrique Palm, T. Mackintosh, Affonso Castro e Arnaldo Cerqueira.

Primeira “Praça de Esportes”

No mês seguinte, a diretoria trabalhou muito em prol do clube, pois o Rio se via em dificuldades para realizar seus jogos devido à falta de campo. O clube já contava com um grande número de sócios e conseguiram comprar terrenos na Rua Dona Mariana, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio, com o intuito de construir a sua Praça de Esportes.

O Rio conseguiu o seu campo na Rua Guanabara, esquina da do Paysandú, graças aos esforços tanto da diretoria como dos sócios em geral. Apesar dessa afirmação da matéria, acredito que na realidade, o Rio F.B.C. fez alguma parceria com o Fluminense Football Club, pois esse endereço correspondia ao Tricolor das Laranjeiras.

Harold Cox era irmão de Oscar Cox

Um dos fundadores do Rio F.B.C., Haroldo Cox era filho de um cidadão inglês vice-cônsul da Inglaterra no Equador e irmão de Oscar Cox, que três dias depois (do surgimento do Rio F.B.C.)  ajudou a fundar o Fluminense Football Club. Então, tempos depois, os dois irmãos resolveram fazer de forma oficial a estreia das duas agremiações e marcaram a data para a peleja: 19/10/1902.

Fluminense Football Club x Rio F.B.C. – 1º jogo da história do Tricolor!

No dia do jogo, uma matéria no Correio da Manhã, destacava o encontro: “Para assistir esta emocionante prova recebemos amável convite assignado pelos directores srs. Mario Rocha e dr. Domingos Moitinho.

Três meses e um dia depois da sua fundação, o Rio Foot-Ball Club entrou para a história do futebol carioca e brasileiro, pois foi o 1º time que enfrentou o Fluminense Football Club, no domingo, às 16 horas (de Brasília), dia 19 de outubro de 1902, na Praça de Esportes, da Rua Payssandu, em Laranjeiras.

Na ocasião, o Tricolor das Laranjeiras goleou o Rio F.B.C. pelo elástico placar de 8 a 0. Os gols da peleja foram assinalados por Horácio Costa Santos, três vezes; Heráclito Vasconcellos, em duas oportunidades; Félix Frias, Eurico de Moraes e Adolpho Simonsen um tento cada.

O curioso foi que oito dias antes da partida, uma pequena nota no Jornal do Brasil (sábado do dia 11 de outubro de 1902), descreveu que o Rio F.B.C. estava se preparando para a peleja: “Logo que o Rio Foot-Ball Club completar o seu team, consta-nos que desafiará o Fluminense Foot-Ball Club”.

O segundo jogo do Fluminense aconteceu no domingo seguinte (26/10/1902), diante do Paysandu Cricket Club, na Praça de Esportes, da Rua Payssandu, em Laranjeiras. O Tricolor, desperdiçou dois pênaltis – defendido pelo arqueiro Harrison, acabou derrotado por 3 a 0. Os gols foram de K. Robinson, duas vezes, e R. Brenton completou o placar. 

FLUMINENSE F.B.C (RJ)           8        X        0        RIO F.B.C. (RJ)

LOCALEstádio da Rua Payssandu, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio (RJ)
CARATERAmistoso Estadual
DATADomingo, do dia 19 de outubro de 1902
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
PÚBLICOEntrada Franca
ÁRBITROLouis Nóbrega Junior
AUXILIARESJ. Rocha Lima e Dr. Domingos Moitinho
FLUMINENSEAmerico Couto (Goal-keeper); Victor Etchegaray (full-bocks) e Mario Frias (holf-bocks); Walter Schubak, Oscar Cox e Mario Rocha (holf-bocks); Félix Frias, Heráclito Vasconcellos, Horácio Costa Santos, Eurico Moraes e Adolpho Simonsen (forwards).
RIO F.B.C.R. Belfort (Goal-keeper); T. Mackintosh e H. Palm (full-bocks); B. Lockhost, Alvarenga Senior e D. Croik (holf-bocks); T. Pereira, Alvarenga Junior, H. Brenton, J. Stewart e A. Cerqueira (forwards).
GOLSHorácio Costa Santos aos 5 minutos (Flu); Adolpho Simonsen aos 12 minutos (Flu); Heráclito Vasconcellos aos 20 minutos (Flu); Félix Frias aos 32 minutos (Flu), no 1º Tempo. Eurico de Moraes aos 8 minutos (Flu); Horácio Costa Santos aos 16 e 23 minutos (Flu); Heráclito Vasconcellos aos 28 minutos (Flu), no 2º Tempo.

Amistosos

Em 1903, o club jogou somente um jogo contra o Internacional Sport Club, vencendo pelo placar de 3 a 1. Em 1904, o Rio disputou dois jogos contra o Internacional Football Club. Vencendo um e sendo derrotado no outro.

Em pouco tempo depois jogou com Carioca Foot-Ball Club, do bairro de Botafogo, perdendo por 4 a 1. Uma das causas dessa derrota foi que o time estav2a desfalcado de dos jogadores.

Uniforme inglês

O club encomendou na Inglaterra o seu uniforme completo, que consta de camisa branca com monograma bordado a cores preta e roxa, bonet e faixas da mesma cor. As referidas cores branca, preta e roxa de tom violáceo, são ainda usadas e pertencem bem ao seu altivo pavilhão.

Em 1905, o Rio Fot ball Club tornou-se uma time forte e adquiriu bons reforços como: M. Simonsen, R. Brancante, Alberto Borgerth, A. de Almeida, D. Amaral, H. Peixoto, F. Figueira, A, Antunes e outros. Contra o Carioca, também um adversário forte, empenhou-se nos jogos vencendo em dois e empatando dois.

Em março de 1905 foi definido a Diretoria para os dois próximos anos, formado pelos seguintes membros:

Presidente – Mario Campello;

Vice-Presidente – Harold Cox;

Secretario – Adolpho Nery;

Thesoureiro – Francisco Loup;

Conselho Fiscal – Crespo Savio, Antônio Araujo e Armando Savio.

Um fato curioso é que nos próximos anos (1905-07) foram encontrados, algumas notas no qual o clube realizavam treinos, no campo do Fluminense Football Club, e jogos-treinos contra o Tricolor das Laranjeiras, demonstrando que a relação de ambos era da mais alta fidalguia. 

Em 1906, no começo da temporada jogou contra o Humaytá, mas a partida nã não terminou, porque o adversário desistiu, depois do Rio ter marcado o primeiro gol. Em seguida, jogou contra o Brasil Foot-Ball Club: derrotando-o por 5 a 1; contra o Gymnasio, do qual goleou por incríveis 10 a 0; contra o Carioca Football Club, derrotando-o por 5 a 2.

Grandes goleadas

Disputou depois contra o Ypiranga, infringindo uma inapelável goleada de 15 a 0; poucos dias após contra o Cattete levando-o de vencida por 3 a 0; e encerrou a sua brilhante temporada, no sábado dia 3 de novembro de 1906, goleando novamente o Cattete peplo placar de 10 a 1. O 2º Team também jogou na estação de 1906, com dois jogos e duas vitórias diante do Carioca (2 a 0) e contra o Guanabara (1 a 0).

Os jogadores que mais se destacaram na temporada foram: F. da Silveira, Mario Rezende, A. Antunes, A. Barreto, Brancente, Simonsen, Alair, Décio, Figueira, Arminio Motta, Alberto Borgerth, A. Almeida, W. Silva, Harold Cox, M. Campello, Η Peixoto, F. Loup, C. Smart, O. Ferreira, H. Rezende, J. Ayrosa, A. Bartholomeu, L. Bartholomeu, J. Paes Leme, Armando Dutra e Leoncio de Carvalho.

O 1º Team jogou, na temporada de 1906, 10 jogos, vencendo em todos; marcando 52 gols e sofrendo apenas cinco. Os artilheiros foram H. Peixoto, F. Loup e Armande de Almeida; cada um tendo assinalado mais de 10 gols.

Rio F.B.C. ajudou a fundar a União Sportiva Fluminense

No domingo, às 16 horas, do dia 5 de Maio de 1907, em amistoso, o Rio enfrentou o Cattete, no campo do Cattete, na Escola Militar. O 1º Team escalado foi: F. da Silveira; F. Lopes e Simonsen; A. Borgeth, A. Oliveira e C. Menezes; H. Peixoto, F. Loup, G. Carvalho, M. Campello e F. Mattos. Reservas: A. Valente, L. Bartholomeu, J. Paes Leme e Adolpho Nery.

Na preliminar, às 14 horas, as duas equipes também se enfrentam nos Segundos Team. O Rio estava assim escalado: M. Rezende (Cap.); D. Amaral e A. Gomes de Castro; H. Cox, W. Silva e G. Agese; M. Lopes, J. de Castro, A. Bartholomeu.

Por iniciativa do Rio Foot-Ball Club foi fundado na quarta-feira, do dia 08 de Maio de 1907, a União Sportiva Fluminense (USF), com Sede ficava na Rua Paysandu, n° 40, no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio/RJ. O Cattete Football Club e Bahia Football Club também estiveram presentes e filiados.

A 1ª Diretoria da União Sportiva Fluminense (USF) foi composta pelos seguintes membros:

Presidente – Luiz Costa Carvalho;

Secretário – Emmanuel de Almeida Sodré;

Thesoureiro – Oswaldo Palhares.

Pela 3ª rodada do Campeonato da União Sportiva Fluminense (USF), no domingo, do dia 14 de Julho de 1907, O Rio Foot-Ball Club derrotou o Sport Club José Floriano, de Copacabana, pelo placar de 2 a 1, nos Primeiros Team e 4 a 0, nos Segundos Team.

O Rio liderava nos Primeiros Team ao lado Cattete com 4 pontos (três jogos, com duas vitórias e uma derrota; marcando seis gols e sofrendo quatro). E, nos Segundos Team, o Rio liderava isolado com seis pontos: três vitórias em três jogos; marcando oito gols sem sofrer nenhum.

No entanto, o Rio F.B.C. e o Carioca Football Club, do bairro de Botafogo (não confundir com o homônimo e tradicional do Jardim Botânico) abandonaram a competição.

Não se sabe oficialmente o motivo do abandono, mas talvez tenha relação com a partida entre as duas equipes quando aconteceu uma briga generalizada, que ganhou repercussão em parte da imprensa.

A briga aconteceu uma vez que o Rio era quase uma filial do Fluminense, enquanto o Carioca era uma filial do Botafogo F.C. Devido a rivalidade, na época, os jogadores acabaram indo às vias de fato.

Alberto Borgerth ajudou a montar o futebol no C.R. Flamengo

Apesar do começo trincado, a relação entre o Rio Foot-Bball Club e Fluminense Football Club ao longo do tempo estreita. Muitos sócios frequentavam as duas agremiações de forma harmoniosa.

No final, o Rio F.B.C. passou a ser um “Clube Satélite” do Tricolor, onde possuia uma equipe juvenil de sócios do Fluminense que passavam a jogar nessa equipe. Nessa leva de jovens atletas, um em especial: Alberto Borgerth.

Nascido no Rio de Janeiro/RJ, em 03 de dezembro de 1892, Borgerth começou no futebol do Rio F.B.C. em 1905, aos 13 anos. No ano seguinte (1906), acumulou o futebol com o Remo, no Flamengo.

Em 1910, aos 18 anos, começou a jogar no primeiro time do Fluminense, sagrando-se campeão carioca em 1911. No final de 1911, por causa de um desentendimento interno no clube, do qual foi pivô, passou para o Flamengo, que não tinha seção de desportos terrestres e fundou o Departamento de futebol.

Fez o seu 1º jogo, na sexta-feira, do dia 03 de maio de 1912, na sonora goleada imposta pelo Flamengo ao Mangueira pelo placar de 15 a 2, no Estádio da Campos Salles, no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio. Jogou no Flamengo até 1916, marcando um total de 27 gols.

Sedes sociais

Em 1902, a sua 1ª Sede (provisória, onde ficava a Federação Brasileira das Sociedades de Remo) ficava na Rua Evaristo da Veiga, nº 74, no Centro do Rio (RJ). Até o clube definir a sua Sede na Rua Dona Mariana, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, alguns imóveis serviram de “casa”. Em 1907, dois endereços: no 1º semestre estava na Rua São Clemente, nº 140, em Botafogo, na Zona Sul do Rio; e no 2º semestre na Rua Paysandu, nº 40, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Em 1908, na Avenida Central, 183/ Sobrado, no Centro.

Homônimos 

Vários times, possuindo um senso de “originalidade extrema” resolveram fundar com o mesmo nome. Como por exemplo, o Rio Football Club, fundado no domingo, do dia 19 de maio de 1912, no bairro da Lapa, na região central do Rio.  Em junho de 1912, agremiação denominada Curso Anexo Football Club, mudou o nome para o Rio Football Club.

Algumas formações:

Time base de 1902 (1º Team): R. Belfort; T. Mackintosh e H. Palm; B. Lockhost, Alvarenga Senior e D. Croik; T. Pereira, Alvarenga Junior, H. Brenton, J. Stewart e A. Cerqueira.

Time base de 1905 (1º Team): Mario Rezende; F. Ramos (Cap.) e A. Borgeth; O. Trompowsky, J. Paes Leme e Alberto Borgerth, Sabino Antunes, Godofredo Sylvio Rocha, Mario Campello e Alair Antunes.

 Time base de 1905 (2º Team): Adolpho Nery; Renato Machado e Harold Cox; Jorge Dodsworth, Antônio de Araujo e Armando de Almeida; Francisco Loup, Jonas Cunha (Cap.), Brigard Biunt, Armando Savio e D. Dodsworth.

Time base de 1907 (2º Team): Mario Rezende (Cap.); D. Amaral e A. Gomes de Castro; H. Cox, W. Silva e G. Agese; M. Lopes, J. de Castro, A. Bartholomeu.

COLABOROU: Auriel de Almeida

Estatuto: Acervo de Gerson Rodrigues

FONTES: A Notícia (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Revista da Semana (RJ) – Semana Sportiva (RJ)

Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919: Brasil conquista seu 1º título no continente

BRASIL CAMPEÃO

Por: Sérgio Mello

Após ter sido realizado na Argentina (1916) e Uruguai (1917), respectivamente, a 3ª edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919, aconteceu no Brasil. Na realidade a competição deveria ter acontecido um ano antes, porém devido a epidemia mundial de gripe espanhola adiou em um ano. A doença vitimou mais de 50 milhões de pessoas pelo mundo, só no Brasil matou mais de 35 mil.

URUGUAI VICE-CAMPEÃO

Para fazer bonito, o Estádio da Rua Guanabara (atual Estádio das Laranjeiras e de propriedade do Fluminense), foi construído para o torneio, com capacidade para 25 mil torcedores, na época era o maior estádio das Américas. Localizado na Rua Guanabara, atual Rua Pinheiro Machado, no bairro das Laranjeiras, situado na Zona Sul do Rio/RJ.

ARGENTINA 3º LUGAR

O torneio contou com a participação de quatro países: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. O regulamento simples, todos contra todos e aquele que somasse mais pontos ficaria com o título.

CHILE 4º COLOCADO

Brasil estreia com goleada

Na tarde de domingo, às 15 horas, do dia 11 de maio de 1919, a Seleção Brasileira não tomou conhecimento e goleou o Chile pelo placar de 6 a 0, no Estádio das Laranjeiras, que estava lotado. Os gols foram assinalados por Haroldo, uma vez; Neco, duas vezes e Arthur Friedenreich, que balançou as redes em três oportunidades.

Seleção Brasileira: Marcos de Mendonça; Píndaro e Bianco; Sérgio Pires, Amílcar e Gallo; Menezes, Neco, Arthur Friedenreich, Haroldo e Arnaldo. Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.

Chile: Guerrero; Gatica e Poirier; Baez, Baeza e Gonzalez; Fuentes, Dominguez, Francia, Muñoz e Varas.     

Seleção Brasileira conquistou primeiro grande título no Campeonato Sul-Americano de 1919, sediado no Estádio de Laranjeiras

Segundo jogo e nova vitória

A segunda partida, aconteceu na tarde de domingo, às 15h30min., do dia 18 de maio de 1919, quando o Brasil bateu a Argentina por 3 a 1, novamente com o Estádio das Laranjeiras estava abarrotado. Os gols da partida, foram assinalados por Heitor, Amílcar e Millon para os brasileiros e Carlos Izaguirre fez o de honra para “Los Hermanos”. O árbitro da partida foi o uruguaio A. Minoli.

Seleção Brasileira: Marcos de Mendonça; Píndaro e Bianco; Sérgio Pires, Amílcar e Fortes; Millon, Heitor, Arthur Friedenreich, Neco e Arnaldo. Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.

Argentina: Isola; Castagnola e Reys; Mattozzi, Uslenghi e Martin; Calomino, Laiolo, Clarke, Izaguirre e Perinetti.

EM PÉ (esquerda para a direita): Píndaro, Sérgio Pires, Marcos de Mendonça, Fortes, Bianco e Amílcar;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Millon, Neco, Arthur Friedenreich, Heitor e Arnaldo.  

Brasil e Uruguai ficam no empate

Brasileiros e uruguaios venceram os seus dois jogos e se enfrentaram para definir quem ficaria com a taça! De um lado, a Celeste lutando pelo seu 3º título e do outro, a Seleção Canarinho buscando uma inédita conquista.

Na tarde de sábado, às 15h30min., do dia 25 de maio de 1919, bola rolando e o que se viu foi uma partida truncada e muito disputada. Final de jogo e o empate em 2 a 2, no Estádio das Laranjeiras (adivinha? Casa cheia!). O árbitro foi o chileno R. L. Todd.

Nos 18 primeiros minutos houve uma grande superioridade dos uruguaios que abriram dois gols com Isabelino Gradín e H. Scarone. Com o desenrolar da peleja o Brasil conseguiu reequilibrar a partida. Mas foi no segundo tempo, que a Seleção Canarinho voltou com tudo, chegando ao empate com dois gols de Neco.

Seleção Brasileira: Marcos de Mendonça; Píndaro e Bianco; Sérgio Pires, Amílcar e Fortes; Millon, Neco, Arthur Friedenreich, Heitor e Arnaldo. Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.

Uruguai: Saporiti; Varella e Foglino; Vauzzino, Zibecchi e Nagun; H. Scarone, Carlos Scarone, Carlos, Gradin e Maran. Técnico: Severino Castillo.

Reunião definiu o jogo-extra

Após o resultado, no período da tarde e começo da noite, os Srs. Hector Gomes, presidente da Confederacion Sudamericana, B. Pereyra e R. Mibelli, delegados uruguaios, tiveram uma conferência com a diretoria e membros da comissão terrestre da Confederação Brasileira, tendo ficado resolvido:

a) desempatar o Campeonato Sul- Americano na próxima quinta-feira, 29 do corrente;

b) começar a prova ás 2 horas da tarde em virtude das prorrogações que podem ir até 3 horas, de acordo com o regulamento;

c) propor o Sr. J. Barbera, juiz argentino, para servir no desempate.

EM PÉ (esquerda para a direita): Sérgio Pires, Fortes, Millon, Bianco, Marcos de Mendonça, Neco, Píndaro, Amílcar, Heitor, Arnaldo e Arthur Friedenreich.

Jogo-extra e prorrogação: veio o título inédito para o Brasil

 Apesar do Brasil ter um saldo melhor (8 a 3), o regulamento previa nesse caso, um jogo-extra e, se persistisse o empate: prorrogação. Então, na tarde de quinta-feira, às 14 horas, do dia 29 de maio de 1919, Brasil e Uruguai voltaram a campo para definir o campeão.

Após 150 minutos (com direito a duas prorrogações), o Brasil superou o desgaste físico e bateu o Uruguai por 1 a 0, ficando com o inédito título do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919.

A partida terminou empatado em 0 a 0. Veio a prorrogação e um novo empate sem ninguém ter balançado as redes. Aí veio a 2ª prorrogação! Não precisa ser um gênio para deduzir o nível absurdo de esgotamento físico e emocional dos dois lados.  A partir daí o que restou foi a famosa frase: “Coração na ponta da chuteira”, a Seleção Brasileira foi para cima.

Aos 2 minutos do primeiro tempo da segunda prorrogação saiu o gol do Brasil. Neco avança pelo lado esquerdo e dá excelente lançamento para Arthur Friedenreich, que muito bem colocado, chutou firme a meia-altura, sem chance para o arqueiro uruguaio Cayetano Saporiti, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Um baixinho invocado, de pele escura, olhos caros, filho de funcionário público e com mãe negra aproveitou a situação para anotar o gol do título brasileiro: Arthur Friedenreich, nascia ali o 1º herói do futebol brasileiro, para o delírio de 27.500 torcedores presentes no Estádio das Laranjeiras.

Artilharia foi verde e amarela

Os brasileiros Arthur Friedenreich e Neco foram os artilheiros do Campeonato Sul-Americano de 1919, com quatro gols cada um. Além da dupla outros quatro brasileiros também deixaram a sua marca na competição: Haroldo, Heitor, Amílcar e Millon, com um gol cada.

EM PÉ, NA PARTE ACIMA (esquerda para a direita): Bianco, Píndaro, Sérgio Pires, Píndaro, Amílcar e Fortes;  
EM PÉ, NA PARTE ABAIXO (esquerda para a direita): Marcos de Mendonça, Millon, Neco, Arthur Friedenreich, Heitor e Arnaldo.  

Curiosidades pós-jogo

Após o apito final da partida, apesar dos esforços empregados pelos policiais não conseguiram evitar que os torcedores brasileiros invadissem o gramado para carregar nos ombros os jogadores brasileiros pelo inédito título.  

A Taça Rio Branco foi oferecida pelo Ministro do Exterior, o Dr. Domício da Gama, fez a entrega ao Dr. Arnaldo Guinle, presidente da Confederação Brasileira de Desportos, uma rica e artística taça destinada ao campeão.

Preços durante a competição: o valor da arquibancada estava 5$000 (cinco mil réis) e a geral 3$000 (três mil réis). A cerveja 1$300 (um mil e trezentos réis); água mineral 1$000 (um mil réis); soda 600 réis e guaraná 800 réis. Os Bondes que levaram a maioria dos torcedores custavam 200 réis.

Tabela dos jogos do Sul-Americano de 1919

1ª Rodada:

Domingo, 11 de maio, às 15 horasBrasil6X0ChileEstádio das Laranjeiras
3ª-feira, 13 de maio (feriado), às 14 horasUruguai3X2ArgentinaEstádio das Laranjeiras

2ª Rodada:

Sábado, 17 de maio, às 14 horasUruguai2X0ChileEstádio das Laranjeiras
Domingo, 18 de maio, às 15h30min.Brasil3X1ArgentinaEstádio das Laranjeiras

3ª Rodada:

5ª-feira, 22 de maio, às 15h30min.Argentina4X1ChileEstádio das Laranjeiras
Domingo, 25 de maio, às 15h30min.Brasil2X2UruguaiEstádio das Laranjeiras

Jogo-Extra:

5ª-feira, 29 de maio, às 14 horasBrasil1X0UruguaiEstádio das Laranjeiras

BRASIL        1        X        0        URUGUAI

LOCALStadium da Rua Guanabara, no bairro das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio/RJ
CARÁTERFinal do Campeonato Sul-Americano de 1919
DATAQuinta-feira, do dia 29 de maio de 1919
HORÁRIO14 horas (de Brasília)
RENDANão divulgado
PÚBLICO27.500 pagantes
ÁRBITROJuan Pedro Barbera (ARG)
AUXILIARESErnesto Matozzi (ARG) e Armindo Castagnola (ARG)
BRASILMarcos de Mendonça (Fluminense); Píndaro (Flamengo) e Bianco (Palestra Itália, atual Palmeiras); Sérgio Pires (Paulistano-SP), Amílcar (Corinthians) e Fortes (Fluminense); Millon (Santos), Neco (Corinthians), Friedenreich (Paulistano), Heitor (Palestra Itália-SP) e Arnaldo (Santos). Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
URUGUAICayetano Saporiti; Manuel Varela e Alfredo Foglino; Rogelio Naguil, Alfredo Zibechi e José  Vanzzino; José Pérez, Héctor Scarone, Angel Romano, Isabelino Gradín e Rodolfo Marán. Técnico: Severino Castillo.
GOLArthur Friedenreich, aos 2 minutos (Brasil), no 1º Tempo da segunda prorrogação.

Classificação Final do Sul-Americano 1919

PAÍSESPGJVEDGPGCSG
BRASIL74311239
Uruguai54211752
Argentina2312770
Chile03311211

Elenco da Seleção Brasileira no Sul-Americano de 1919

ATLETASCLUBES
Marcos de MendonçaFluminense F.C. (RJ)
Píndaro de CarvalhoC.R. Flamengo (RJ)
Bianco GambiniS.S. Palestra Itália (SP)
Sérgio PiresC.A. Paulistano (SP)
Amílcar BarbuyS.C. Corinthians Paulista (SP)
Fortes FilhoFluminense F.C. (RJ)
Adolpho MillonSantos F.C. (SP)
NecoS.C. Corinthians Paulista (SP)
Arthur FriedenreichC.A. Paulistano (SP)
Heitor DominguesS.S. Palestra Itália (SP)
Arnaldo SilveiraSantos F.C. (SP)
DyonísioC.A. Ypiranga (SP)
PalamoneA.A. Mackenzie College (SP)
LaísFluminense F.C. (RJ)
PicagiliS.S. Palestra Itália (SP)
MartinsSão Cristóvão A.C. (RJ)
CarregalC.R. Flamengo (RJ)
ArlindoAmerica F.C. (RJ)
HaroldoSantos F.C. (SP)
GalloC.R. Flamengo (RJ)
Luiz MenezesBotafogo F.C. (RJ)
JunqueiraC.R. Flamengo (RJ)


A Comissão Técnica composta por Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto convocaram 22 jogadores, todos o eixo Rio São Paulo: sendo 10 cariocas e 12 paulistas.

O clube mais cedeu jogadores foi o Flamengo com quatro atletas. Depois com três jogadores: Palestra Itália, Santos e Fluminense. Na sequencia, com dois atletas o Paulistano e o Corinthians. Com um jogador, cinco clubes: Botafogo, America, São Cristóvão, Mackenzie College e Ypiranga.

DESENHOS DOS ESCUDOS E UNIFORMES: Sérgio Mello

FOTOS: O Malho (RJ) – Arquivo Nacional – Vida Sportiva (RJ)

FONTES: CBF – Wikipédia – O Malho (RJ) – Vida Sportiva (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

Alvacelli Sport Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1930!

O Alvacelli Sport Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A equipe Alvirrubra foi fundada na terça-feira, do dia 17 de Junho de 1930. A sua Sede e a Praça de Esportes, localizados na Estrada do Itararé, nº 363 (depois 370, 417 e 420), no bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio, foi inaugurado no domingo, do dia 03 de agosto de 1930.

O clube se destacou no futebol, ping-pong (Tênis de Mesa) e no atletismo. Nos gramados, o seu maior rival era[SM1] [SM2] , literalmente, o seu vizinho: São Paulo Football Club, cujo campo ficavam a metros de distância um do outro.

Apenas para um esclarecimento: a mudança dos números não foram mudanças do campo, mas sim com o crescimento da localidade, foi necessário ajustar os números.

Diário da Noite (RJ) – 09-05-1935

Corrida rustica “Volta Alvacelli”

Em 1934 e 1935, o clube contava com uma equipe de atletismo epromovia uma das principais corridas rústicas da cidade, denominada como “Volta Alvacelli”.

O percurso da prova era de 11,2 quilômetros possuía o seguinte itinerário: saída, em frente ao campo do Alvacelli Sport Club, sito à Estrada do Itararé, na estação de Ramos, e daí continuando pela Freguezia; Rua M. Costa; Est. Automóvel Club; Avenida Suburbana; Avenida dos Democráticos; Rua Uranos; rua 4 de Novembro; e novamente Estrada do Itararé, em frente ao campo do A. S. C., onde a chegada está no funil.

Alvacelli se fundiu com outras duas agremiações

No início de outubro de 1935, graças ao apoio no atletismo, o Sport Club Barreiros e o Grupo Athletico Azul e Branco se fundiram ao Alvacelli Sport Club, a fim de transformá-lo numa grande força da modalidade no subúrbio leopoldinense.  

A frente dessa fusão encontra-se verdadeiros abnegados do atletismo, como Raymundo Honorio (Diretor de Atletismo), Lindolpho Barrios, Domingos Silva, sargento Delmar Pereira da Silva (Técnico de Cultura Física).

Em razão dessa união, a diretoria do Alvacelli S. C. deliberou em sua última reunião, marcar a data de 8 de outubro, às 9 horas da noite para receber os novos atletas que defenderão o pavilhão tricolor de Ramos.

Por essa nota (acima) dá para entender que o nome foi mantido, mas o vermelho e branco ganhou mais uma cor: azul celeste. Nesse momento, o clube já estava filiado a Federação Metropolitana de Desportos (FMD) e Liga Carioca Athletismo, onde disputava o Campeonato Carioca de Atletismo.

Na quinta-feira, do dia 3 de dezembro de 1936, o clube se filiou a Federação Suburbana de Football (FSF). Na década de 40, o clube alterou o nome para Unidos da Alvacelli Futebol Clube. Nesse período o clube se limitou a realizar apenas amistosos sem participar de nenhuma competição.   

Algumas formações:

Time base de 1931 (1º Team): Gelson; Solon e Olympio; Rubem, Antônio e Canivete; Bolão, Enresto, Losso (Salvador), Armando e Moacyr (Assis).

Time base de 1931 (2º Team): Zé Maria; Motta e Jorge; Casaca, Adayl e Oswaldo; Armando, Pimpa, Claudionor, Chico e Salvador.

Time base de 1932 (1º Team): Mario; Waldemar e Tuneco; Lemos, Oswaldo (Cap.) e Pessôa II; João I, Pedro, Maranhense, Agostinho e Bolão. Reservas: Lula e Paulo.

Time base de 1932 (2º Team): Albino;Ledo e Nilton; Luiz, Zeca (Cap.) e Anísio; Brasilino, Álvaro, Milton, Velloso e Malvino. Reservas: Abdnago, Castorino, Rosa, João II e Pereira.

Time base de 1933 (1º Team): Domingos (Albino); Justino (Rodrigues) e Tuneca (Álvaro); Zeca (Arthur), Anísio (Nininho) e Milton (Lemos); Chamarrelli  (Rosa), Nero (Motta), Olavo (Oswaldo), Machado (Lucindo ou Rogério) e Zequinha (Araujo ou Arlindo).

Time base de 1933 (2º Team): Abílio; João e Álvaro (Juca); Rosa (Honorio), Oswaldo e Pessôa (Antoninho); Oscar, Péricles (Castorino), Vianna (Raymundo), Moacyr (Maranhense ou Alyrio) e Bolão (Arthur ou Brasilino).

Time base de 1934 (1º Team): Domingos; Juca e Tuneca (Cap.); Nelson (A. Silva), Chamarrelli (Oswaldo) e Pessôa; Vianna, Péricles, Roberto (Bangu), Leônidas e Chumbo.

Time base de 1935 (1º Team): Domingos; Juca e Nelson; Chamarrelli, Constantino e Pessôa; Pereira, Candido, Canoa (Péricles), Moacyr e Chumbo.

Time base de 1936 (1º Team): Domingos; Juca e Nelson; Canivete, Constantino e Pessôa; Formiga (Milton), Péricles (Candido), Cláudio (Arary), Captiveiro e Amaral. Técnico: Domingos Silva.

FONTES: A Batalha (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Diário Carioca (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ)


Escudo raro de 1935: Modesto Football Club – Rio de Janeiro (RJ)

Modesto Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado na terça-feira, do dia 27 de maio de 1913, por um grupo de sócios dissidentes do Cascadura Football Club.

A sua Sede e a Praça de Esportes, na Rua Goyaz (atual Rua Goiás), próxima da estação Quintino Bocaiúva (do ramal principal da Central do Brasil), no Subúrbio Carioca. Em 1917, a sua Sede ficava situada na Rua Elias da Silva, nº 287 depois 301, em Quintino, enquanto o campo permaneceu no endereço anterior. Atualmente, o local não existe mais e no seu lugar há casas e lojas comerciais. As suas cores eram o preto e o vermelho.

Na esfera do futebol, um relato dessa simpática agremiação. Em 1915, disputou o Campeonato organizado pela Associação Atlética Suburbana (AAS). Já em 1917, filiado à Liga Suburbana de Football (LSF), o Modesto foi vice-campeão do 1º Team: foram 12 jogos e 18 pontos: sete vitórias, quatro empates e uma derrota. Em 1918 foi campeão do Segundo Team.

Durante a sua permanência na Liga Suburbana de Football, época que foi o período áureo do simpático rubro-negro de Quintino Bocayuva, a sua equipe sempre representou o maior obstáculo para poderosos adversários de então, tais como Engenho de Dentro Ahtletico Club, Bonsucesso Futebol Clube, Eclair Football Club, Dois de Junho Football Club, Inhaumense Football Clube, entre outros.

Modesto ajuda fundar a Alliança Sportiva Municipal

O Modesto ajudou a Fundar no dia 15 de fevereiro de 1919, a Alliança Sportiva Municipal (ASM). “Tenho a subida honra de levar no vosso conhecimento que em reunião efetuada em 3 do presente, reunião de início, representada pelos clubs Modesto F. Club, Tiradentes F. Club, Cruz de Malta A. Club, A. Cajuense Club o Sport Club Pimenta de Mello, na sede do A. Cajuense Club, foi definitivamente fundada a Alliança Sportiva Municipal, sociedade que funcionará com a autoridade que lhe foi assegurada ne reunião acima mencionada”.

Seus estatutos foram aprovados em segunda reunião, efetuada no dia 18 de fevereiro, na sede do Cruz de Malta A. Club, sede provisória da Alliança Sportiva Municipal, o acham-se no prelo.

Foto de 1938

Sendo esta sociedade ainda nascente, está aparelhada com o seu mecanismo a funcionar por um sistema prático e moderno, sendo de esperar grande desenvolvimento no sport, do grande escrúpulo que em virtude predomina nos seus dirigentes, o na confecção de suas leis, códigos e regulamentos, que porão em vigor.

A Alliança Sportiva Municipal solicita desta ilustrada redacção a publicação deste, para que sirva de incremento ao seu desenvolvimento, fineza esta que antecipadamente agradecemos.

São representantes dos clubes fundadores os seguintes senhores: Cruz de Malta, José Paulo de Souza; Modesto F. Club, Godofredo Barbariz; Tiradentes F. Club, Octavio Rio Branco; Sport C. Pimenta de Mello, Jaymo Maia; Athletico Cajuense Club, João Souza Cardoso.

Duas participações no Campeonato Carioca da 1ª Divisão em 1924 e 1935

 O clube rubro-negro disputou à elite do futebol carioca duas vezes: 1924 e 1935. Em 1924, 1926 e 1927 jogou o Campeonato Carioca (LMDT), considerados não oficiais pela FERJ. Na sua primeira participação, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), o Modesto F.C. ficou na Série C, terminando na segunda posição com 17 pontos, atrás apenas do Engenho de Dentro A.C. (22 pontos).

 Contudo, apenas os campeões avançaram: Vasco da Gama (Série A), Bonsucesso F.C. (Série B) e o Engenho de Dentro A.C. (Série C). No final, o Vasco goleou o Engenho de Dentro por 5 a 0 (23/11/1924) e o Bonsucesso por 1 a 0 (30/11/1924) e ficou com o título. O Bonsucesso foi vice-campeão e o Engenho acabou em terceiro lugar

 Abaixo, os resultados dos jogos do Modesto F.C. em 1924. A campanha foi: 17 pontos em 12 jogos; com Sete vitórias, três empates e duas derrotas; marcando 32 gols e sofrendo 13, com um saldo de 19 gols.

25/05

Engenho de Dentro A.C.

2

X

1

Modesto FC

Eng. De Dentro

1º/06

Modesto F.C.

5

X

0

Ramos FC

Quintino

15/06

Modesto F.C.

2

X

3

S.C. Everest

Quintino

22/06

Campo Grande A.C.

0

X

2

Modesto FC

Campo Grande

29/06

Independência F.C.

0

X

4

Modesto FC

Independência

13/07

Olaria A.C.

2

X

2

Modesto FC

Rua Cândido Silva, em Olaria

10/08

Ramos F.C.

0

X

7

Modesto FC

Rua Jockey Club, em Ramos

31/08

Modesto F.C.

3

X

3

Campo Grande A.C.

Quintino

14/09

Modesto F.C.

2

X

1

Independência

Quintino

12/10

Modesto F.C.

W.O.

X

Olaria A.C.

Quintino

26/10

S.C. Everest

0

X

2

Modesto FC

Inhaúma

02/11

Modesto F.C.

2

X

2

Engenho de Dentro A.C.

Quintino

A sua segunda e última participação em 1935, o Modesto disputou a Liga Carioca de Football (LCF). O campeonato foi disputado por seis clubes (América, Bonsucesso, Flamengo, Fluminense, Modesto e Portuguesa), que se enfrentaram em três turnos, todos contra todos. No final, o América Football Club foi o grande campeão, somando.

 Já o Modesto F.C. terminou na 5ª posição. Foram Sete pontos em 15 jogos: Três vitórias, Um empate e 11 derrotas; marcando 19 gols e sofrendo 56. O único jogo realizado em Quintinho, no dia 1º de setembro de 1935, o Modesto venceu por 2 a 1 a A.A. Portuguesa Carioca.

 Abaixo, os resultados dos jogos do Modesto F.C. em 1935:

21/07

A.A. Portuguesa

3

X

4

Modesto F.C.

Campos Sales

28/07

América F.C.

3

X

1

Modesto FC

Campos Sales

11/08

Modesto FC

1

X

3

C.R. Flamengo

Estrada do Norte, na Rua Uranos

18/08

Modesto FC

2

X

6

Fluminense F.C.

Estrada do Norte, na Rua Uranos

25/08

Modesto FC

1

X

1

Bonsucesso F.C.

Estrada do Norte, na Rua Uranos

1º/09

Modesto FC

2

X

1

A.A. Portuguesa

Quintino

08/09

Modesto FC

0

X

5

América F.C.

Estrada do Norte, na Rua Uranos

22/09

C.R. Flamengo

4

X

1

Modesto F.C.

Laranjeiras

29/09

Fluminense F.C.

9

X

0

Modesto F.C.

Laranjeiras

06/10

Bonsucesso F.C.

4

X

0

Modesto F.C.

Estrada do Norte, na Rua Uranos

13/10

A.A. Portuguesa

4

X

2

Modesto F.C.

Estrada do Norte, na Rua Uranos

20/10

Modesto F.C.

1

X

6

América F.C.

Laranjeiras

27/10

Modesto F.C.

1

X

2

C.R. Flamengo

Campos Sales

03/11

Modesto F.C.

0

X

4

Fluminense F.C.

Campos Sales

10/11

Modesto F.C.

3

X

1

Bonsucesso F.C.

Campos Sales

Modesto Bicampeão do Torneio Início de 1926 e 1927

Torneio Início de 1927, no domingo, do dia 08 de maio, organizado pela LMDT (Liga Metropolitana de Desportes Terrestres) e ACD (Associação de Cronistas Desportivo), o Modesto foi campeão, no campo do Engenho de Dentro. O São Paulo-Rio, do Catumbi ficou com o vice.

Estreou vencendo o Esperança por 3 a 0. Depois, na semifinal, bateu o Engenho de Dentro por 2 a 0. Na grande final, derrotou o São Paulo-Rio por 1 a 0, gol assinalado por Lyrio, num chute enviesado magistralmente.

Depois o glorioso rubro-negro suburbano, presidido por Godofredo Barbariz e de João Moreira, tornou-se bicampeão 1926 e 1927.  

Foto de 1936

Modesto Campeão do Torneio Início da AMEA de 1929

Na sexta-feira, do dia 15 de Março de 1929, o clube se filou a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). No domingo, do dia 06 de Abril de 1930, o Modesto se sagrou campeão do Torneio Início da 2ª Divisão da AMEA, na Rua Figueira de Mello (campo do São Christovão Athletico Club). Na estreia, após empate sem gols, o Modesto passou pelo Engenho de Dentro por 2 a 1, em escanteios.

Na decisão, o Modesto bateu o River por 1 a 0, conquistando o título. O gol saiu restando dois minutos para o fim. Pio depois de driblar os zagueiros, conseguiu o gol da vitória!

O time campeão formou assim: Belford; Nauta e Ubaldo; Bisca, Mariano e Djalma; Rhodas, Mario, Pio, Barroso e Sá.

Depois da fundação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos continuou a disputar o campeonato da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres até o fim em 1932, conquistando os títulos em 1926 e 1927.

O futebol carioca era então administrado por duas entidades, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) e a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMTD), que continha equipes de menor expressão.

Depois da fundação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos continuou a disputar o campeonato da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres até o fim em 1932, conquistando os títulos em 1926 e 1927. O futebol carioca era então administrado por duas entidades, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) e a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMTD), que continha equipes de menor expressão.

Lá no ano de 1930, o Modesto ganhou o Torneio Início da Segunda Divisão promovido pela AMEA ao vencer o River na final. Depois de 1932, participou dos certames da Liga Carioca de Football (LCF). Ao obter o título da segunda divisão de 1934, conquistou o acesso à primeira divisão. O torneio contava com apenas seis equipes : America, Bonsucesso , Flamengo , Fluminense , Modesto e a Portuguesa. O Modesto ficou em penúltimo lugar.

Em 1934, o Modesto F. Club ingressou o Campeonato da Sub-Liga Carioca de Football. Nesse período adotando, sem um estudo aprofundado, o profissionalismo, que começava a ser posto em pratica.

Arcando com inúmeras responsabilidades, superiores as suas posses, e sofrendo revezes desconcertantes. como jamais em sua trajetória esportiva teve ocasião de experimentar, a veterana agremiação foi declinando pouco a pouco, passando a ser quase uma sombra do que fora. Crises seguidas se verificavam em seu seio, definhando o club cada vez mais.

Afinal, foi realizada sábado último, uma assembleia geral para estudar a situação do clube. Diversos oradores se fizeram ouvir, resolvendo-se. afinal, para evitar maiores prejuízos ao club, suprimir a secção de football e solicitar desligamento da Sub-Liga Carioca.

O público suburbano espera que os dirigentes e sócios do Modesto F. Club conseguissem restabelecer o antigo poderio da simpática e veterana agremiação, e para isso o rubro-negro de Quintino Bocayuva deve voltar ao seu antigo elemento, isto é unir-se ás agremiações ícones, procurando viver a sua vida, deixando da velleidade de querer seguir a existência dos grande clubs da cidade, que mal ou bem, vão vivendo do profissionalismo.

O ressurgimento do Modesto F. C.. assim como o das agremiações esportivas suburbanas, está no seu abandono do sport remunerado e na sua volta á pratica do amadorismo.

Modesto é goleado pelo America, pela Liga Carioca

No domingo, às 16 horas, do dia 20 de Outubro de 1935, no Estádio das Laranjeiras, o Modesto foi goleado pelo America Football Club, pelo placar de 6 a 1, valido pela Liga Carioca de Football (LCF). O árbitro foi o Sr. Motta e Souza.

America: Helion; Vital e Cachimbo (Orsini); Paiva, Og e Possato; Lindo, Mamede, Carola, Placido e Orlandinho.

Modesto F. Club: Onça; Valter e Nisco; Cito, Valdemar e Vavá; Valter II, Hélio, Paranhos, Estanislao e Bahianinho.

Pouco depois de começado o jogo o America troca Cachimbo por Orsini, modificou o trio atacante depois do 1º tempo, passando Placido para o centro, ficando Carola na meia esquerda.

A saída é dada pelo Modesto. O jogo inicia-se equilibrado, havendo ataques de parte a parte. Há corner, penalidades de parte a parte, mas sem contudo abrirem o score, até que Lindo em brilhante escapada pela sua ala marca o 1º goal da tarde.

O Modesto esboça uma reacção. Estanisláo de posse da pelota da Paranhos na brecha, aproveitando este para marcar o 1º goal do Modesto. e assim termina o 1º half-time com o score de 1 a 1.

Às 16h55min., é reiniciado o jogo. Logo de saída ha um corner contra o Modesto, batido por Orlandinho. Carola cabeceia magistralmente, marcando o 2º goal Os do America.

Orlandinho escapa, passa a Mamede, este a Placido que marca o 3º goal do America. Pouco depois deste tento, Lindo, de posse da bola passa a Carola e este á Placido que deixa a bola escapar para Orlandinho que arremessa fortemente, marcando o 4º goal fazer a América.

Noutro ataque do America o Modesto em último recurso desvia a bola para corner, batido este por Orlandinho. Placido arremata, marcando o 5º goal do America.

Dada a saída o America ataca novamente, escapando Mamede que centra para Carola, que shoota violentamente, marcando o  6°goal do America.

E sem outros lances termina o encontro, accusando o “placard” a victoria do America por 6 a 1. No jogo de amadores ainda venceu o America por 7 a 3.

No final de 1935, o clube quase teve a sua sede fechada

Uma notícia veiculado no Diário da Noite, na terça-feira, do dia 10 de dezembro de 1935, informava que a 2ª Delegacia Auxiliar iria fechar o Olaria e o Modesto por não terem legalizado os seus documentos, conforme exigia o regulamento da Polícia da época. Porém, o clube conseguiu todos os documentos e não foi fechado.

No dia 07 de Agosto de 1935, o Modesto Football Club e o Alvacelli Sport Club, se filiaram a Liga Carioca de Athletismo.

Modesto Campeão do Torneio Início da FAS de 1936

No dia 11 de Agosto de 1936, o Modesto abandonou a Sub-Liga Carioca. Em seguida ingressou na Federação Athletica Suburbana (FAS).

No domingo, do dia 20 de setembro de 1936, no Campo do River, o Modesto se sagrou Campeão do Torneio Início da FAS (Federação Athletica Suburbana). Na estreia vitória sobre o Mavilis por 2 a 0. Nas semifinais, o Modesto passou pelo Magno, com empate em 1 a 1, mas triunfou nos escanteios: 1 a 0.  Na grande final, com arbitragem de Nelson Conceição, o Modesto bateu o Del Castilho pelo placar de 2 a 0, ficando com o título.

Em 1940, o clube estava filiado a Federação Athletica Suburbana. Na sexta-feira, do dia 16 de setembro de 1944, o Modesto se filiou na 3ª categoria da Federação Metropolitana de Football.

Algumas Formações:

Time base de 1915 (1º Team): A. Silva (Machiada); Henrique (Careca) e Reginaldo; Barros (Joffre), Nelson (Miranda) e Donga (Castilhos); Chiquinho (Miúdo), Braga (Aroucas), Soares II (Paulista), Adolpho (Julinho) e Raul (Waldemar).

Time base de 1915 (2º Team): Mizi (José); Nelson III (Arlindo) e Oliveira (Barros); Pereira I (Nelson), Antunes (Affonso) e Pereira II (Henrique); Jesuíno (Julião), Soares I (Zezé), Filhote (Vianna) e Rocha (Pompilio).

Time base de 1918 (1º Team): Archias; Alcino e Victorino; Castilhos e Miranda; Henrique, Watter, Raphael, Bisca, Sterling e Paulista.

Time base de 1918 (2º Team): Baptista; Bento e Chico; Arthurzinho, Mizé e Lili; Raul, Álvaro, Buluca, Argemiro e Waldemar.

Time base de 1921 (1º Team): Paulino; Armando e Dionysio; Moreira, Lourenço e Jorge (Mizé); Waldemar I, Argemiro, Pacheco (Boluca), Álvaro e Zazá (Raul).

Time base de 1921 (2º Team): Irineu; Bento e Fernandes; Henrique, Soares e Gastão Carvalho; Waldemar II, Leoncio, Euclydes, Mario e Ernestinho.

Time base de 1922 (1º Team): Rubens (Cap.); Armando e Fausto; Moreira, Lourenço e Salvador; Álvaro, Boluca, Jonathas e Argemiro.

Time base de 1922 (2º Team): José de Souza; Nelson e Leal; Albino (Cap.), Henrique e Angenor; Pio, Ernesto, Mario, Machado e Waldemar II (Waldemar I).

Time base de 1930: Belford; Nauta (Lenuth) e Ubaldo (Leleco); Bisca (Machado), Marianno (Abrahão) e Djalma (Walter ou Octacílio); Pio (Dionysio), Mario, Barroso (Abrilino), Rhodas (Villa) e Sá (Careca).

Time base de 1935: Onça; Valter (Campista) e Alfredo (Nisco); Gunça (Cito), Waldemar (Rubens) e Rodrigues (Vavá); Jorge (Valter II ou Luiz), Nobre (Herves), Gallego (Paranhos ou Hélio), Estanislao (Theodomiro ou Canhoto) e Mangueirinha (Bahianinho).

Time base de 1938: Onça; Waldemar e Ludovico; Alberto, Carlos e Vavá; Nico, Antônio, Ayres, Cicero e Mangueirinha.

FONTES: A Offensiva (RJ) – A Razão (RJ) – A Rua: Semanário Ilustrado (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Diário Carioca (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Época Esportiva (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Paiz (RJ) – Wikipedia – Álbum Bala Favorita de 1935

Inédito!! Sport Club Praia Vermelha – Rio de Janeiro (RJ)

O Sport Club Praia Vermelha foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado na década de 30, por um grupo de desportistas e estudantes da Faculdade de Medicina da Urca (importante esclarecer que nesse mesmo período existia outra agremiação da mesma instituição: Sport Club Faculdade de Medicina). A sua Sede ficava localizada na Praia Vermelha, no bairro da Urca, na Zona Sul do Rio.

No domingo, do dia 23 de junho de 1935, na partida entre Fluminense x Flamengo, no Estádio das Laranjeiras, válido pelo Campeonato Carioca, o Praia Vermelha fez a partida preliminar, às 13h30min., enfrentando o Club Atlético Praiano.

Essa partida teve arbitragem do Sr. Carlos Navarro. No final, melhor para o Praia Vermelha que venceu pelo placar de 2 a 0. Tanto a partida de principal (competição profissional) quanto a preliminar (competição amadora, denominado por Campeonato Carioca do Sport Menor, patrocinado pelo jornal A Batalha), pertenciam a Liga Carioca de Football.

No domingo, às 15h15min., do dia 14 de julho de 1935, Fluminense venceu o America por 3 a 1, no Estádio das Laranjeiras, na decisão do Torneio Aberto, com arbitragem de Guilherme Gomes. Na preliminar, às 13h15min., com arbitragem do Sr. Oscar Carregal, o Sport Club Diabos goleou o Praia Vermelha, pelo placar de 6 a 1.

FONTES: A Batalha (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ) – Álbum Grande Concurso da Bala Favorita dos jogadores de football Fabrica “Vênus”

Inédito!! São Paulo Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado nos anos 30!

O São Paulo Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no começo da década de 30, tinha a sua Sede e a Praça de Esportes, ficavam localizados na da Estrada do Itararé, nº 152, na Estação de Ramos, na Zona Norte do Rio.

A equipe presidida pelo Sr. Manoel da Costa, tinha como principal rival o Alvacelli Sport Club (Fundado em 1930), onde a sua Praça de Esportes ficava também na Estrada do Itararé, no número 363 e depois 370.

No domingo, do dia 1º de Novembro de 1931, o São Paulo goleou o Ramos Football Club pelo placar de 4 a 1, na Praça de Esportes da Estrada do Itararé.

 Em 1935 e 1936, disputou o Campeonato Carioca do Sport Menor (Campeonato Inter-Clubs).

Algumas formações:

Time de 1932: Domingos; Ary e Aguiar; Rubens, Silva e Jamico; Toninho, Paulino, Baptista, Canoa e Elly.

Time de 1935: João; Chatô (Alfredo) e Paulino (Ary); Rubens (Quinzinho), Memé e Hugo; Toninho I, Canoa, Bucki (Ernesto), Caio (Nelsinho) e Toninho II.

Time de 1936: João; Toninho II e Ary; Quinzinho, Memé e Rubens; Toninho, Demaco, Ernesto, Canoa e Nelsinho.

 FONTES: A Batalha – A Noite (RJ) – A Noite (RJ) – Diário da Noite (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ) – Álbum Grande Concurso da Bala Favorita dos jogadores de football Fabrica “Vênus”

Distintivo raro de 1920: Sport Club Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ)

Sport Club Rio de Janeiro foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no dia 15 de Maio de 1914, a sua Sede ficava sediada na Rua São Francisco Xavier com Avenida Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel. Em 1922, a sua Sede se encontrava na Rua Santa Luiza, nº 125, no bairro Engenho Velho (atualmente Tuijuca). Mandava seus jogos no extinto campo da Rua Morais e Silva, na Tijuca. Possuía as cores branca, azul e preta.

Entre os fundadores destacam-se Ernâni Silva de Almeida (presidente), Belmiro Alves (vice-presidente), Paulo Ramos Paz “Pazinho” (secretário), Guilherme Silva (tesoureiro), Waldemar Macieira (1° procurador), Carleto Botelho (2° procurador), Nicanor Tourinho (capitão-geral), Eliézer Leite (vice-capitão), Alberto Silva (comissão de sindicância), Arnaud Reis (comissão de sindicância) e Arsênio Brousse (comissão de sindicância).

Praça de Esportes da Rua Moares e Silva

O Sport Club Rio de Janeiro inaugurou o seu campo, no domingo, do dia 24 de novembro de 1918. O valoroso club da 2ª Divisão da Liga Metropolitana, O seu novo e excelente campo ficava situado na Rua Moraes e Silva, no bairro do Engenho Velho (depois passou para a Tijuca e atualmente no bairro do Maracanã).

A Vida Sportiva destacou: “O lindo ‘ground’ que está situado em uma optima zona proxima do centro, se bem que seja pequeno é, no entanto, uma obra elegante dentro das regras hygienicas e desportivas.

A “Vida Sportiva” publicando hoje algumas photographias do bello campo nada mais faz do que render uma justa homenagem ao esforço dos queridos ‘sportsmen’ componentes do Sport Club Rio de Janeiro”.

Foi reorganizado em 2 de julho de 1914, com as cores preto e branco. A partir de 1920 se tornou azul e branco. Em 1915, filiou-se á Associação Brasileira Sports Athleticos (ABSA), fazendo bela figura no campeonato. Em 1916, continuou na A. B. S. A., conseguindo o terceiro lugar. Neste ano, o S. C. Rio de Janeiro derrotou, em seu último jogo returno, o campeão invencível Americano, por 3 a 2, depois de um prélio movimentado.

Em 1917, filiando-se á L. M. D. T (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres) conduziu-se de forma brilhante; embora não conseguindo o título de campeão, obteve boa colocação, proporcionando-lhe passar á 2ª Divisão, devido ao aumento de clubes em cada divisão.

Em 1918, foi o 3º colocado do Campeonato Carioca da Terceira Divisão. Conseguiu o acesso à Segunda Divisão ao derrotar o último colocado da Segunda DivisãoPaladino Foot-Ball Club por 6 a 1 na repescagem.

A diretoria de 1918 do S. C. Rio de Janeiro estava assim constituída:

Presidente, Horacio Werner;

Vice-presidente, Francisco da Cruz Vianna;

1° secretario, Pedro Lopes Macieira Sobrinho;

2° secretario, Domingos da Silva Manno;

1º thesoureiro, José Nunes Ribeiro;

2° thesoureiro, Carlos Leopoldo de Souza;

Procurador, Carlos Medeiros de Mello;

Conselho fiscal, Mario Guerra, Alipio Borges e Dermeval Freitas Gonçalves;

Commissão de syndicancia, Raul Portugal, Alvaro Leite Gomes e Arnaldo Reis.

Os seus quadros de football:

1º team: Roberto Ramos de Oliveira – Gustavo Moraes Vasconcellos e João Gomes Menezes – Armando Reis (cap.), Eurico Pinheiro Guerra, Arthur Machado Filho – Francisco Vianna Filho, Waldemar Alves Bragança, Emilio Champion, Carlito de Oliveira e Luciano Alver Bragança.

2º team: Horace Smith – Saint Clair Faria e Oswaldo Faria – Goamerges Silva, Oscar Couto e José Pinto Rodrigues – Humberto Malagutti de Souza, Ary Monteiro Amarante, Adalberto Santos Ribeiro, Oswaldo Carneiro e Alfredo José Vieira.

O quadro de honra:

Socios honorarios – Antonio de Miranda, Dr. Souza Silva, W Sylvester e Dr. Julio Fur- tado.

Socios benemeritos – José Nunes Ribeiro, Francisco Vianna Filho, Belmiro Alves, Horacio Werner e Alvaro Pereira da Costa.

Fundadores – Attila Ferraz, Ernaei Ferraz, Frederico Monken, Belmiro Alves, José Moreno Rodrigues, Arthur Soa- res, Nestor Soares, Alvaro Gomes, Paulo Ramos Paz e outros cujos nome nos escaparam.

Em 1919, foi vice-campeão da Segunda Divisão. O campeão e promovido à elite foi o Palmeiras Athletico Clube. Foi 6º lugar no Campeonato Carioca da Segunda Divisão, em 1920, em certame vencido pelo Carioca Foot-Ball Club.

Ainda em 1920, o Sport Club Rio de Janeiro prestou uma homanegem a bandeira do estado do Rio, alterando as suas cores. O uniforme passou a ser listrado na verticais nas cores azul e branco, enquanto o seu distintivo passou a ter o fundo na cor vermelha.

Em 1921, é campeão da Série A da Segunda Divisão. Na fase final perde para o Bonsucesso Futebol Clubecampeão da Série B, o título do campeonato. No mesmo ano conquista o Torneio Início da Segunda Divisão. 

Em 1922, faz fraca campanha e termina em sexto lugar na classificação da Série A, sendo eliminado na fase inicial. Em 1923, faz novamente má campanha e termina em último no campeonato. Em 1926 foi extinto. Em 1925, foi fundado o Sport Club Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, na Zona Sul fo Rio. Porém, não tem nenhuma relação.

“Hymno do Sport Club Rio de Janeiro”

(Musica da Canção do Soldado) – Letra de Moacyr Lafayette Chagas

Nós somos do glorioso Rio Janeiro.
Fieis defensores,
Nosso pavilhão garboso
Mostra altaneiro
Suas nobres côres.
 
Seguimos o mesmo trilho,
Cheios de crença,
Na altiva idéa,
– Cercal-o de intenso brilho,
Na gloria immensa,
Numa epopea!
 
Emblema das nossas tradições,
Das luctas, de nosso aureo, passado,
Tremula desfraldado,
Victorioso e evacionado
Em meio das multidões…
 
Inda se escuta,
Por onde vais,
– Eil-o nobre quando lucta,
– Sonhador, si reina a paz,
Cante o valor,
O mundo inteiro,
Do bi-color,
Sport Club Rio de Janeiro.
Publicado na Vida Sportiva, em 1918

Colaborou: Pedro Varanda

FONTES: Arquivo pessoal – O Malho (RJ) – Vida Sportiva (RJ) – Jornal do Commercio (RJ)

Flamengo Universitário – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1929!

O Flamengo Universitário (FU) foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social ficava na Rua São José, nº 39, no bairro do Centro da cidade do Rio. Fundado no sábado, do dia 14 de Setembro de 1929, por um grupo de desportistas e sócios do Clube de Regatas Flamengo. Um fato curioso é que a escolha das cores do clube foram o amarelo, azul e preto.

Abaixo a reportagem do jornal Diário de Notícias que contou um pouco sobre a história do Flamengo Universitário:

Flamengo Universitário! Estes nomes são um brado de guerra no seio do amadorismo puro.

Fundado a 14 de setembro de 1929, data do aniversário do dedicado rubro-negro Flavio Costa (Costinha), ο Flamengo Universitário tem sabido viver uma vida să e útil aos sports citadinos, pelo alevantado exemplo de sportividade baseado no mais rigoroso amadorismo, que os seus componentes têm dado aos sportmen cariocas.

O Flamengo Universitário é composto exclusivamente de associados do Club de Regatas do Flamengo, do qual ele é uma como que legitima projeção.

ONDE SE “BATE O 31” COM INSISTENCIA…

O número de seus associados é limitado a 31. Quem não andar depressa tem que ficar á espera de vaga… Lá é assim.

ARREDEM, PROFISSIONAES!

Nascido no seio de agremiação de verdadeiros amadores o C. R. Flamengo – o Flamengo Universitário tem absoluta aversão pelo profissionalismo. Todos os sócios pagam uma mensalidade de 3$000, da qual não escapam nem os próprios jogadores. Camisas, calções, meias, shooteiras, tudo, enfim, corre por conta de cada player.

Além disso, não há verba para taxis… Isto quer dizer que esse vitorioso e original club tem como princípio fundamental de sua existência o amadorismo. Volta, assim, aos tempos áureos do football carioca, quando cada jogador pagava, modestamente, o seu Nickel ao o condutor de bonde, se não queria ir a pé, sem esperar pela “benevolência” de seus clubes…

VÁRIOS SÓCIOS “IMPORTANTES” ELIMINADOS

O lema do Flamengo Universitário é este: “dura lex, sed lex“. Quem não pagar a mensalidade – zaz! olho da rua, eliminado por falta de pagamento. Existem, presentemente, cinco vagas, abertas com a eliminação, por aquelle motivo, dos “importantes” sócios: Fernandinho, Eloy, Roberto Sampaio, Saes e Newton, que não quiseram “entrar com os caraminguás“.

Diz o Augusto Gonçalves, o distinto sportman que pontifica no seio desse grêmio suigeneris, que não se pode “filar” um cigarro sequer. Quem cometer esse “crime” ė apontado logo como um provável profissional… Não existem, também, ali, os clássicos “mordedores“, que, para “agredirem” os bolsos dos conhecidos, simulam, quotidianamente, ter “esquecido” a carteira em casa…

OS “AZES” DO FLAMENGO UNIVERSITARIO

Four” de azes!… Aquele reduto de sinceros amadores tem também os seus “azes”. O “az de copas” é o João de Deus Candiota, presidente do club: o “az de ouros” o Raphael Candiota, thesoureiro; o “az de espadas” o director de sports, Alfredo Mazzeu, e o “az de paus“, Fernando Pinheiro, secretario.

Entretanto, o Augusto Gonçalves é uma das figuras mais destacadas da confraria, não só pela sua operosidade e inteligência, como pelo seu arraigado amor ao club. Chega-se a dizer até que o Augusto é uma espécie de “mamãe” do Flamengo Universitário… Honra seja feita a esse sportsman: ele merece esse “titulo” pelo carinho que dispensa ao seu grêmio.

OS ACTUAES SOCIOS QUITES

O Augusto Gonçalves é o número 1 e os associados que se lhe sucedem são os seguintes, nesta ordem:

João de Deus Candiota (2), Raphael Candiota (3), Francisco Bath (4), Nilo Arcos (5), Flavio Costa (6), Ayres Vieira (7), Moderato II (8), Lino Martinez (9), Alfredo Mazzeu (10), Alcides Horta (11), Jorge Torres (12), Ernani Van Erven (13), Conrado Van Erven (14), Carlos Douro (15), Angenor (16), Darcy (17), Pedro Fortes (18), Helcio Paiva (19), Pinheiro Machado (20), Ruy Machado (21), Fernando Pinheiro (22), Roberto Ferreira (23), Affonso Segreto (24), Amado Benigno (25), Leoxegildo Amaral (26).

Existem cinco logares vagos. Quem quiser ser sócio precisa ser associado do C. R. Flamengo e estar quite. Estas são as condições “sine qua non“…

OS NOVOS DIRIGENTES DO F. U.

Serão empossados hoje os novos dirigentes do valoroso club, que são os seguintes:

DIRECTORIA – Presidente, João de Deus Candiota; secretario, Fernando Pinheiro; thesoureiro, Raphael Candiota, e sports, Alfredo Макzeu.

CONSELHO DELIBERATIVO Augusto Gonçalves, Flavio Costa, Nilo Arcos, Francisco Bath e Ayres Vieiγα.

COMO SE ACEITA UM SÓCIO NOVO

Assistimos, ontem, a aceitação de Cassilandro para sócio do F. U. O Augusto Gonçalves estava em companhia de mais dois rubros-negros. Como Cassilandro demonstrasse desejos de entrar para ο F. U., ο Augusto indagou:

– Fulano, você aprova a entrada do Cassilandro?

– Sim foi a resposta.

– E você, Sicrano, acha que Cassilandro deverá entrar?

– Νᾶο.

– Pois bem, concluiu o Augusto, eu voto a favor.

E o Cassilandro foi admitido como sócio por quatro votos contra dois!…

O Flamengo Universitário não gasta dinheiro com propostas e em sua secretaria não ha o regimen da papelada…

O GRANDE BANQUETE DE 40 TALHERES NA “LA TOSCANA”

Será realizado, hoje, à noite, no restaurante “La Toscana”, o banquete comemorativo do segundo aniversário da fundação do clube. Estão todos “promptos”.. para as “comidas”… Apesar disso vae haver “champagne”, vinho branco de Angra dos Reis e “tutti quanti” seja necessário para consolar o estomago.

Durante as “comidas” será empossada a nova diretoria, que como sempre – vae prometer o início de uma nova fase de fecunda atividade…

A “GAIOLA DOURADA”…

O Flamengo Universitário tem sua sede á rua São José n. 39 (loja), onde está estabelecido o leiloeiro Candiota. Isto mostra que os dirigentes do F. U. têm um espirito pro- a fundamente prático. Se amanhã ou depois o F.U. estiver em aperturas, vai tudo ao correr do Marcello…

AS CORES DO FLAMENGO UNIVERSITÁRIO

As cores do F.U. são estas: camisa amarello, calção azul Marinho e o escudo amarelo com as iniciais FU em preto.

FONTE: Diário de Notícias (RJ)