Arquivo da categoria: Rio Grande do Sul

Excursão do G.E. Renner, em Alagoas – 1954

 Em pé: Valdir. Enio Rodrigues. Oby. Valdo. Ivo e Orlando.

Agachados: Carlito. Breno. Pedrinho. Enio Rodrigues e Orcely.

 

Esquadrão do Renner de Porto Alegre no primeiro jogo contra a Seleção Alagoana em excursão a Alagoas

Em 1954 o Renner de Porto Alegre jogou duas partidas em Maceió. Era o primeiro clube gaúcho a visitar o Estado Nordestino.

Tinha conquistado o campeonato gaúcho da temporada e veio com muito cartaz. Possuía grandes jogadores e, alguns deles terminaram jogando na seleção brasileira.

O 1º jogo aconteceu no dia 27 de dezembro. O Renner perdeu para a Seleção Alagoana por 3 x 2. Um resultado que foi contestado pelos gaúchos que não aceitaram o segundo pênalti marcado pelo arbitro alagoano, Adalberto Silva. O goleiro Valdir de Moraes não quis ficar no gol para a cobrança. O juiz mandou cobrar com o meta gaúcha vazia. Era o gol da vitória alagoana. Orizon fez os dois de pênalti e Géo completou os gols do locais. Joeci e Enio Andrade marcaram para o Renner.

O jogo foi bom até o momento em que o juiz assinalou o segundo pênalti contra os visitantes.

O marcador era de 2 x 2 e demonstrava o equilíbrio entre as duas equipes.

Depois de muita conversa os dirigentes azulinos conseguiram convencer os gaúchos a retornarem ao campo e terminarem o jogo.

Foram os piores momentos da partida.

O Renner fazendo o tempo passar.

A seleção perdeu o interesse pelo jogo e a própria torcida não sentiu mais nenhuma emoção pela vitória.

A Seleção Alagoana venceu com Epaminondas. Dirson e Orizon. Piolho. Zanélio e Mourão. Cão (Helio Miranda). Dida. Cécé. Bequinho (Tonheiro) e Géo.

Três dias depois, no mesmo campo do mutange, o Renner voltou para enfrentar o CSA.

Os gaúchos exigiram que o juiz fosse Aparicio Viana que acompanhava a delegação na temporada pelo Nordeste.

O resultado final foi de 1 x 1.

O CSA com um time bem entrosado realizou uma grande exibição.

O Renner, esquecendo os problemas do domingo, também fez por merecer os elogios.

O publico assistiu um grande espetáculo. Um futebol de alto nível. Os alagoanos começaram de forma arrasadora. Assinalaram seu gol através do ponteiro Géo e realizaram um jogo de boa técnica e rapidez nas jogadas. No segundo tempo, os alagoanos cansaram e os gaúchos continuaram com a mesma regularidade.

E mantendo o ritmo, chegaram ao empate através de Juarez. Foi um grande jogo e que apagou a má impressão deixada na partida anterior quando os lamentáveis acontecimentos envolveram os jogadores do Renner e o juiz Adalberto Silva.

O CSA jogou com Almir. Paulo Mendes e Orizon. Piolho. Zanelio e Napoleão. Italo (Deda). Dida. Sued. Netinho e Géo.

O Renner com Valdir (Albertino). Enio Rodrigues. Léo (Ody). Ivo Medeiros (Gago). Bonzo (Valdo) e Orlando. Carlito. Breno. Pedrinho (Juarez). Enio Andrade e Joeci (Orely).

 

FONTES: Esquadrões de Futebol – Futebol Gaúcho – Wikipédia – História do Futebol Alagoano

Distintivo diferente, de 1971: Esporte Clube Encantado – Encantado (RS)

O Esporte Clube Encantado é uma agremiação da cidade de Encantado, que fica a 148 km da capital Porto Alegre (RS). A equipe manda os seus jogos no Estádio das Cabriúvas, com Capacidade para 3 mil pessoas, situado na Rua Guerino Luca, s/n, no Bairro Zacarias, no Encantado.

O “Alvirrubro Encantadense” foi Fundado na terça-feira, do dia 21 de Abril de 1942. A Sede fica localizado na Rua Sete de Setembro, nº 2.204, no Centro da cidade.

História

Em 1º de março de 1942, numa das dependências do Café Sana, reuniram-se os desportistas de Encantado para fundar o Esporte Clube Encantado, tendo sua primeira diretoria formada por: Hugo Madureira Coelho, Presidente Romano De Nes, Secretário Paulo Bergamaschi, Tesoureiro e Armando Reali, como técnico.

Esta diretoria após a organização do Clube, tomou posse a 21 de abril do mesmo ano, data em que ficou oficializada a fundação da Entidade. O esquadrão principal era formado, praticamente dos mesmos atletas de 1940, com a saída de alguns e ingresso de outros.

Em 1949 formavam a equipe principal do Esporte Clube Encantado: Osvaldo, Alcir Periolo, Orlando Lucca, Neudy Bonfanti, Jovino Periolo, Sérgio Nardini, Nelci, Altamir, Nercy Angheben, Avelino Martini, Henrique Treméa, o veterano Leonório Secchi, (Noi) e Vitor Berticelli.

 

Em 19 de junho de 1950, o Prefeito Municipal em exercício, Miguel Luiz Pretto, sancionava a seguinte Lei: “LEI nº 86, de 1º de junho de 1950: Autoriza a doação de uma área de terras situadas na zona suburbana desta cidade à Sociedade ESPORTE CLUBE ENCANTADO, de 21 a 23 mil metros quadrados, para a prática de esportes — Futebol, Vôlei, Tênis e outros semelhantes para educação física. A denominação da Praça de Esportes será “Estádio das Cabriúvas”.

Títulos
Em 1954, o Esporte Clube Encantado, novamente desponta no cenário desportivo gaúcho, sagrando-se Campeão da Zona Leste, na categoria de amadores, a 10 de outubro, ao empatar com o Brasil Futebol Clube de Farroupilha (atual SERC Brasil).

Era Presidente do Encantado o desportista Nicodemo Martini, Secretário Genuino A. Ferri, técnico, Aurélio Hélio Moesch Massagista, Abel Pereira e a Madrinha, Norma Martini.

Em 1958, o Esporte Clube Encantado, disputando na categoria de Profissionais,  2ª Divisão, conquistou o título de vice-campeão da Zona Planalto. Outro título importante foi conquistado pela agremiação em 1967, de Vice campeão da Zona 1 –  Campeonato Estadual 1ª Divisão de Profissionais.
Vitor Berticelli, esforçado batalhador pelo esporte bretão, a partir de 1958, após “pendurar as chuteiras”, devido a uma lesão, passou a dirigir o Esporte Clube Encantado, inclusive como técnico.

Nessa época, durante um recesso do Clube, organizou um time de verão, denominado “Estrela Vermelha”, com os próprios jogadores do Clube, com curta duração. Vitor em 1971, em seu restaurante, onde se reuniam os desportistas, lançou a feliz ideia de convidar, para dirigir o Clube, um grupo de moças fãs do esporte.
1971: Clube elegem diretoria composta por homens e mulheres

Em 16 de agosto de 1971, os desportistas encantadenses elegiam, pela primeira vez no Brasil, a Diretoria do Esporte Clube Encantado, integrada por elementos do sexo feminino, nos cargos principais, com a seguinte constituição:
Presidenta: Jurema Bagatini;

Vice-presidente: Marta Kummer;

Secretária: Dione Maria Pavéglio;

2º Secretário: Lício Caumo;

Tesoureiro: Erno Pederiva;

Técnico: Vitor Berticelli.

Os Departamentos e as Comissões eram formadas por: Gladis Sangalli, Ivone Zanotelli Bigolin, Juraci Spagnollo, Lorena Bergamaschi, Vanira M. Ferri, Carmem Klima, Nedi Sandri, Claudete Cucciolli e Elaine Leite.
Esta Diretoria obteve repercussão de âmbito Municipal, Estadual, Nacional e Internacional, de vez que a imprensa de todo o Brasil comentou o fato, tendo sido convidada para participar de programas de rádio, televisão e jornais.
Em 20 de fevereiro de 1972, o Esporte Clube Encantado iniciava as disputas, visando o Campeonato Gaúcho, tendo como técnico, Marcos Garcia, passando Vitor Berticelli para Diretor de Futebol.

Em 1972, sagrou-se campeão na Categoria de Profissionais, 1ª Divisão, classificando-se para a disputa da Mini Taça Governador do Estado.  Atuaram nesta etapa os atletas: Luiz, João, Hélio, Valdir, Edílio, Eleutério, Mário, Bodinho, Malomar, Enio e lvaldo.
A 8 de agosto de 1972, tendo a Diretoria feminina cumprido seu mandato, foram eleitos para dirigir o Clube, Airto Gomes Aduar Borghetti, como Presidentes e Nelson Bergamaschi e Salin Chanan como vice-Presidentes.
Na fase seguinte o Esporte Clube Encantado, sagrou-se Campeão do torneio da Mini Copa Governador do Estado, classificando-se para a Copa Governador do Estado, em 1973, quando conseguiu o segundo lugar nesta categoria, obtendo o “passaporte” para a Divisão de Honara do Futebol Gaúcho, o “Gauchão”.

Esta classificação foi obtida pelos atletas Franck, Sidney; Valdir, Queco, Edujo, Mário, Celso, Bodinho, Malomar Enio, Ademir, João Radaelli, Nana, Paulo, Joãozinho, Ronaldo, Betinho, Rui, Dilvar e Soares.
Em agosto de 1973, o atleta do Esporte Clube Encantado, Ênio Fontana, foi convocado, pela Federação Gaúcha de Futebol, para integrar a Seleção Gaúcha do Interior a fim de excursionar para o Uruguai, Argentina e Chile. Para disputar o Campeonato da Divisão de Honra, o Esporte Clube Encantado, necessitava de melhores condições de seu Estádio, no que foi favorecido pela Prefeitura Municipal, na gestão de Evaldo Zílio, com a construção de 1.200 metros de arquibancadas de concreto, novos vestiários, sanitários e banheiros, fazendo com que o Estádio das Cabriúvas oferecesse as condições mínimas exigidas.
Antes do início do Campeonato o Esporte Clube Encantado recebia, em seu Estádio, a visita dos dois maiores Clubes do Estado, Grêmio e Internacional em duas partidas amistosas, respectivamente a 23 de junho e 21 de julho de 1974.
A quatro de agosto do mesmo ano, o Encantado, fazia sua estreia oficial no Gaúcho, realizando o maior feito esportivo da temporada, ao enfrentar o Grêmio Porto-alegrense em pleno Estádio Olímpico, vencendo, na primeira etapa, por três a zero. No segundo tempo, o Grêmio, com o auxílio do Juiz, segundo os jornais da época, conseguiu empatar a partida, após a expulsão de dois jogadores do Encantado.
Atuaram nesta partida, incentivados por uma enorme torcida do “Leão do Vale“, os atletas: Franck, Coti, Valdir, Ronaldo Betinho Rui, Nana, Clóvis, Malomar, Enio e Soares. Participaram ainda, João Ferri e Celso, em substituição.

Por diversas vezes o Esporte Clube Encantado participou dos testes da Loteria Esportiva sendo a última no teste nº 223, em Novo Hamburgo, quando perdeu por um a zero.

 

Em 1974, época áurea do futebol encantadense, bem como nas disputas de 1975, atuaram os atletas: José Carlos Franck (Franck), Humberto Chittó (Careca), João Agostinho Ferri (João), Valdir Antônio Virgulino (Valdir), Ronaldo Henrique Becker (Ronaldo), José Valmor dos Santos Rosa (Betinho), Lucrécio Moesch (Queco), Edílio Fontana (Edílio), Ivaldo Boeira Caral (Mickey), Celso Ruschel (Celso), Enio Fontana (Ênio), Adair Lopes Bicca (Adair), Enio Costa (Enio), Cleber Schaeffer (Cleber), Paulo Lopes (Xaxá), Cláudio Ari Mariani (Ari), Adroaldo Signorelli (Adroaldo), Paulo Moacir Rodrigues (Moacir),Rubem Brandão Nunes (Rubem), Eleutério Agnoletto (Telo), Djair Cardoso da Silva (Djair).
Vitor Berticelli da Silva: nos meios esportivos, chegou a ser sinônimo de Encantado. Foi elogiado por muitas pessoas importantes no futebol como pelo Diretor do Departamento Profissional da Federação Gaúcha, Gastão Prudente, que disse: “todos os clubes do interior deveriam ter um Vitor Berticelli”.

 

Vitor, na famosa partida do E.C.E. contra o Grêmio, prometera que viria de Porto Alegre a Encantado, a pé, caso seu time vencesse. O Grêmio, depois de estar perdendo por três a zero, conseguiu aos 46 minutos do segundo tempo, empatar a partida, que já estava em 3 a 2.

 

O Esporte Clube Encantado, em 1975, tendo de volta, como técnico, Vitor Berticelli e na presidência Raimundo Bolsi, disputou a Copa Cícero Soares, sagrando-se Campeão, com todos os méritos, fazendo jus ao prêmio de Cr$ 20.000 (Cruzeiros) na época.
Em outubro de 1975, o E.C.E. apareceu, em destaque, juntamente com o Internacional, na capa da Revista Carnet, em sua edição de nº 37, com os componentes de seu quadro principal, com a legenda: “O Esporte Clube Encantado é uma das novas tradições do futebol gaúcho”.

 

Em 1979, o E.C.E., sob a Presidência de Adroaldo Conzatti, assessorado por Nédio Debortolli, Vitor Berticelli como técnico e como preparador físico e jogador Enio Fontana, disputou o Campeonato da Divisão de Acesso entre 25 Clubes do Estado.

Neste período, o atleta Ênio Fontana, abriu mão de seu passe junto ao Joaçaba de Santa Catarina, para atuar pelo Encantado, numa atitude louvável. Nesta Categoria o Encantado classificou-se para a segunda fase da Divisão de Acesso.

Disputou ainda, neste ano, a Copa Vale do Taquari classificando-se em primeiro lugar, entre oito equipes. Atuaram nesta copa os atletas: Devitt, Didi, João, Queco, Tuti, Evaldo, Chico, Roque, Mamo, Babá, André, Leonardo, Arcari, Gringo, Noemir Radaelli, Moriggi, Roque e Jacaré.

Em 2006, o time ficou fechado, porém em 2007 em parceria com Mauro Galvão, o Estádio foi remodelado, e seu plantel remontado.

 

 Colaborou: Rosélio Basei

FONTES: Wikipédia – Livro de Gino Ferri –  “Encantado -Sua História, Sua Gente” – Jornal Antena – Blog Times do RS

Flâmulas dos anos 60 e 70: Grêmio Esportivo Flamengo – Caxias do Sul (RS)

Grêmio Esportivo Flamengo (atual Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul) foi uma agremiação da Cidade de Caxias do Sul (RS). Fundado no dia 10 de abril de 1935, graças a fusão dos clubes Rio Branco e Rui Barbosa. As circunstâncias que envolveram o surgimento do Flamengo, estão diretamente ligadas ao seu mais tradicional rival, o Juventude.

Germano Pisani, presidente do Rio Branco, procurou o presidente do Rui Barbosa, Sílvio Toigo e propôs uma fusão entre os clubes. Eles pensavam que se unindo forças iriam ter condições de enfrentar os maiores rivais, especialmente o Juventude que dominava o futebol de Caxias do Sul na época.
A primeira diretoria do Grêmio Esportivo Flamengo foi formada por Sílvio Toigo (presidente), Bôrtolo Facchin e Germano Pisani (vice-presidentes), Alfredo Caberlon e Mário Menegaz (secretários), Guerino Bedin e Ítalo Bertuzzi (tesoureiros).
FONTES: Mercado Livre- Blog Relíquias do Futebol