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Unidos Futebol Clube – Contagem (MG)

O Unidos Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Contagem (MG). O Clube é recente, sendo fundado em 2003. Além das competições amador da região o clube também trabalha com a categoria de base. O Estádio Municipal Francisco Moreira é o local onde o Unidos F.C. manda os seus jogos.

O Primeiro Clássico do Sul de Minas

 Por: Dilson Braga

 
 
Atlético Clube de Três Corações em 1916
Segundo a história do Atlético Tricordiano, através da monografia de Benefredo de Souza, que cita o primeiro jogo deste clássico sulmineiro em 1914, diz o seguinte: “…
O segundo jogo foi em janeiro de 1914, contra o Varginha Sport Club e o Atlético venceu por 2×0, jogo realizado debaixo de um temporal violento com muitas brigas e sururús.” Continua em outra página: “…
Notáveis neste tempo foram ainda o jogo contra o Varginha, debaixo de chuva torrencial (dia em que o autor deste livro usou calças compridas pela primeira vez: 20/01/1914) – brigas, sururús e uma rivalidade duradoura…”
 
Sobre este desfecho e a publicação, digo que a data é esta da reportagem do jornal “O Momento”. Mas fica registrado que: Varginha e Três Corações, não importa qual time represente a cidade, é a maior rivalidade de todos os tempos para nós.
 
Em 1916 foi disputado em Três Corações a Taça Independente entre as equipes do Athlético Foot-Ball Club e Varginha Sport Club. Conforme publicação do jornal O Momento – do saudoso João Liberal – de 30/01/1916, procuramos publicar na íntegra e com todos as expressões da época, para que o leitor possa sentir em detalhes como era quase poética a publicação de uma matéria sobre um jogo de um time varginhense.
 

Leia abaixo o texto deste importante momento feito pelo jornalista João Liberal, o redactor chefe do jornal “O Momento”, na íntegra:

 “Pelo trem mixto que d’aqui parte às 11 horas, seguiu, no dia 23 acompanhada por grande número de pessoas, com destino a Três Corações, a valorosa equipe do Varginha Sport Club, que fora disputar a taça “Independente” com o Athlético Foot-Ball Club daquela cidade. Ao embarcar compareceu extraordinária massa de povo que, levada de entusiasmo, prodigilizada os mais francos elogios e vivas aos nossos sportmen, encorajando-os muito.
A hora da partida, o tempo estava magnífico: nem sequer uma nuvem entoldava o azul do céu. Prometia um dia belo e por consequinte um jogo estupendo, cheio de lances empolgantes.
Muitas pessoas que tinham comparecido à gare unicamente para assistir à partida dos nossos players, ante a bondade infinita do tempo e o entusiasmo intenso que reinava, não resistiram, embarcando também com a equipe. Às 11 horas e meia, o mixto largou rédeas, debaixo dum vozeiro infernal, arrastando 4 carros apinhados de gente.
Apesar de levar 4 carros, estes foram insuficientes para acomodar a enorme quantidade de gente que acompanhava os jogadores, sendo, por isso muitas pessoas obrigadas a viajarem nas plataformas dos carros.

Durante a viagem não registramos anormalidade alguma; muitos vivas, cantigas etc., quebrando, assim, o barulho enjoado e ensurdecedor da locomotiva, que aprecendo haver lançado um desafio aos ventos, devorava o espaço com velocidade notável.

 CHEGADA

Às 12:50h o silvo da locomotiva se faz ouvir anunciando qualquer cousa estranha: a massa de povo corre, aflita, às janelinhas dos carros para se cientificar do que se trata; o entusiasmo sobe ao apogeu; agora não é mais o barulho da locomotiva que ensurdece, que endoidece; é a equipe e o acompanhamento que, redobrando o entusiasmo, parecendo um delírio, erguem vivas intermináveis ao povo, à sociedade, à mocidade, ao belo sexo e ao Athlético Foot-Ball Club de Três Corações.
Cinco minutos havia que imperava essa espécie de delírio, quando a locomotiva, como que ufana de haver cumprido bem o seu dever, entrava soberba e altiva na gare de Três Corações.

A recepção foi magnífica: quatro belas demoiselles, segurando. uma bandeirola com o distintivo do Athlético, apresentavam-se à nossa equipe como que dizendo: eis aqui o vosso irmão! Nisso, à graciosa demoiselle Aurea Rezende, nossa conterrânea que daqui tinha ido acompanhando, sendo portadora também da bandeirola distintiva do nosso Varginha Sport Club, é convidada para se agregar àquele grupo de demoiselles e, tomando o centro, entrelaça as duas bandeiras oferecendo às nossas vistas um quadro entusiasta e ao mesmo tempo comovente: a confraternização dos dois povos ou a memorável expressão de Julio Roca: “Tudo nos une e nada nos separa!”

Urras de parte a parte vibram constantemente no ar. Uma corporação musical, que se achava presente, dá o sinal da partida, executando um belo “Dobrado”; e o povo acompanha o improvisado prestito até o Hotel Alcântara onde foram hospedados os nossos sportmens.

UMA NUVENZINHA DESPONTA, QUE É DISSIPADA

O Macalé, o extraordinário center-half do nosso team sentira-se muito mal durante a viagem, o que não deixou de entristecer bastante a Diretoria do Varginha Sport Club, que previa nisso talvez causa de tê-lo que excluir do team e sabia que absolutamente não arranjaria nas reservas um outro elemento capaz de substituí-lo. Por isso, logo que foram chegados, foi levado a uma pharmacia onde conseguira encontrar lenitivo para as suas dores, restituindo ao mesmo tempo a alegria à Diretoria e aos seus companheiros.

 MARCA-SE A HORA DO JOGO E DETERMINA-SE O JUIZ

A uma e meia hora da tarde a Diretoria do Varginha Sport Club fora procurada pela do Athlético para, de comum acordo, estabelecer-se o horário do jogo e a determinação do Juiz que devia servir de match.

Sendo proposto pela diretoria do Athlético que se iniciasse o jogo às 2:30h e que servisse de juiz um jogador de Cambuquira que se achava presente, a Diretoria do Varginha Sport Club aceitou a proposta, confiante na boa fé, sem fazer a mínima objeção.

NO GROUND

Das 2 às 2:30h da tarde, o tempo mudou completamente. As nuvens surgiam ameaçadoras no horizonte, que, tocadas pelo vento, corriam celeres pela abóbada celeste, quebrando, desta maneira o cálido efeito dos raios do sol, e dando ao azul do céu um cambiante todo lúgubre e pavoroso.

Às 2:30h partiram as duas equipes em demanda do campo, acompanhadas por uma multidão.

O campo apresentava um aspecto regular. Precisamente no momento em que iam entrando os sportmen, desabou um impiedoso temporal, uma terrível e implacável chuva, que pos a assistência em sopa; deixou o campo em petição de miséria.

Felizmente, às 2:50h a chuva termina, porém, o estado do campo é desolador. Com a chuva, as demarcações tinham desaparecido; ao centro formava uma lagoa que ia de ponta a ponta; nas laterais a terra movediça, com a chuva tinha formado uma barroca penosíssima. A chuva tinha estragado a festa! Algumas pessoas opinaram que fosse transferido o jogo, porque o campo absolutamente não estava em condições, mas essa opinião não vingou e eis que às 2:55h o Juiz, entrando em campo, apita para que cada jogador tomasse sua posição e imediatamente dá início ao jogo. Às 3 horas em ponto, o Juiz deixa perceber a parcialidade que acalentava pelo Athlético: o valoroso center-half do Athlético, pretendendo atravessar com a bola a linha de backs do Varginha Sport Club e varar o goal, não logra realizar o intento porque de repente surge-lhe à frente barreira intransponível, que é o Rolim, o glorioso back, que com pouco esforço tira a bola do inimigo e arremessa-a para além. O referido center-half, a respeito de disciplina, andou muito mal, quando caiu sem ser empurrado pelo back e começou a gritar fau com desespero. Esse procedimento é contra a regra, por falta de disciplina.

Aqui o Juiz fica desnorteado, não sabendo o que fazer.�
Um, caído no chão, reclamava fau, quando não tinha cabimento. Mas que fazer? Tinha jurado protegê-los, o quanto possível, e até de extorquir os direitos aos de Varginha! Nada; era necessário acender e contra a regra, contra a própria consciência, todo indeciso e confuso, dá penalidade máxima aos de Varginha: um penalty!!!

Com esse penalty sem fundamento, sem causa conseguiu o Athlético marcar o 1º goal.�
Dez minutos depois de ter marcado o 1º goal o Athlético cometeu a penalidade através de um córner chutado pelo Affonso, e rebatido pelo back com tanto azar que comete a mesma penalidade. A bola sobra para outro jogador do Varginha que chuta e a bola rebate na defesa, o Affonso conseguindo apanhar a bola, arremessa-a para dentro do goal inimigo, marcando o 1º contra o Athlético.
O Juiz comete aqui outra injustiça, deixando de considerar esse goal, alegando ter-se dado um fau.
A assistência de Varginha, em peso, protesta contra essa iniquidade e, em vão reclama o seu direito. Pouco depois o Juiz dá por terminado o 1º half-time, com 20 minutos apenas de jogo!
A respeito do 1º goal contra o Athlético existe certa dúvida. Em todo caso, como nós não estávamos perto e a maioria dizia que era goal, nós acompanhamos a onda.

Aos cinco minutos do recomeço do jogo, o Affonso, o prodigioso center-half, apanhando a bola, consegue levá-la até o goal inimigo e vará-lo.�
Estava marcado o 2º goal contra o Athlético.

Ainda a iniquidade do Juiz! Aqui então chega ao extremo!!! A proteção, que durante o jogo vinha dispensando ao Athlético já era escandalosa, era vergonhosa. Pois que chega ao ponto de negar que era goal, e goal feito com todas as regras!

Visto ser completamente impossível continuar o jogo daquela maneira, pois que, a julgar pelo procedimento do Juiz, era inútil qualquer tentativa, no sentido de chegar a um fim satisfatório, a Diretoria do Varginha Sport Club achou mais conveniente suspender o jogo, o que fez ato contínuo, dando tudo por terminado.
Louvamos o procedimento prudente da Diretoria do Varginha Sport Club, mandando suspender o jogo, porque se não agisse assim, hoje fatalmente teríamos que registrar aqui fatos deploráveis, devido à animosidade que já se fazia notar.
Suspenso o jogo aos nossos players, à Diretoria foi servido um jantar, oferecido pelo Athlético. Durante a refeição muitos vivas, à sociedade, ao povo,  ao Athlético e Três Corações.”

 
 
Fontes:  Benefredo de Souza (monografia), Jornal O Momento
Foto: Dilson Braga

AADP (Associação Atlética Danilo Passos) – Divinópolis (MG)

 

A Associação Atlética Danilo Passos (AADP) é uma agremiação da cidade de Divinópolis (MG). Fundada em 1981 a AADP corresponde a um dos principais times de futebol de Divinópolis principalmente em suas categorias de base.

 

Hoje a Associação desempenha um papel importante na sociedade, realizando a inclusão social de crianças jovens através do esporte.

Os treinos das categorias de base da AADP são realizados todos os sábados das 8 às 14 horas divididas por categoria, no Estádio Waldir Alves Coelho, na Rua Maria da Paz, 141, Bairro Danilo Passos I, Divinópolis.

 Fotos: http://aadp-divi.webnode.com.br/ 

CRAC (Clube Recreativo Atlético Caxambuense) de Caxambu (MG)

 

O CRAC (Clube Recreativo Atlético Caxambuense) é uma agremiação da cidade de Caxambu (MG). Fundado no dia 25 de Dezembro de 1943, o clube fica localizado na Rua Dr. Carlos Bustamant, 76 – Centro – Caxambu (MG).

 Atualmente, o CRAC possui dois campos de futebol: um society e o outro um Campo oficial (Estádio Rangel de Magalhães Viotti ou simplesmente ‘Rangel Viotti’), que foi palco de grandes eventos futebolísticos de porte mundial, como Pelé, Garrincha, Treinos de diversas agremiações do futebol  brasileiro, como Atlético Mineiro, Vasco da Gama, Santos, dentre outros.

 Além disso, o estádio também recebeu a Seleção Brasileira na década de 60, assim como foi palco de grandes espetáculos como festival de rock, com a presença de Lobão, Kid Abelha, Rita Lee e outros artistas.

Voltando para as quatro linhas… O CRAC já conquistou Seis títulos do Campeonato da Liga Desportiva Caxambuense: 1946, 1956, 1960, 1987, 2002 e 2004.

 Fotos: http://www.craccaxambu.blogspot.com.br/